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Vassalidade

A vassalidade - situação ou ato em que se manifesta a vassalagem - teve,


historicamente, origem a partir da formação dos primeiros reinos gerados pelas
invasões e fixação de povos germânicos ("bárbaros") no antigo Império Romano do
Ocidente, a partir dos séculos V e VI, acentuando-se a partir do Império
Carolíngio (depois dos séculos VIII e IX).

Nessa altura, uma série de minifundiários começou a agregar-se,


preferencialmente, a um senhor terratenente detentor de maiores
propriedades e melhores capacidades de defesa dos seus domínios.

A vassalidade pode, neste contexto, ser entendida como o conjunto de actos


de vassalagem ou situações em que esta existe, em que há vassalos,
homens livres que prometem fidelidade a um homem poderoso que se
torna assim seu senhor. É pois a relação de um homem livre com o seu
senhor, o qual recebe do primeiro, o menos poderoso, um juramento de fidelidade
e compromisso de auxílio sempre que necessário. Em troca, o senhor outorga-lhe
uma porção de terra, ou feudo, a sua protecção e um direito relativo no seio da
autoridade pública.

A vassalagem é o vínculo de dependência de carácter privado entre o


homem livre e o senhor, que tem como base a cerimónia da homenagem, a
qual se estriba em compromissos recíprocos, ainda que em desigualdade
entre as partes. Um homem livre recebia, pela sua fidelidade, uma terra e
tinha acesso a uma autoridade pública.

Este esquema de interdependência que é a vassalidade aplicava-se a todos os que


integravam a sociedade baseada nesse sistema, que por isso se designa como
"feudal", no topo da qual estava o rei, o último senhor a quem deveriam
prestar contas os máximos detentores de terras, ou senhores feudais.

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