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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Faculdade de Farmácia, Odontologia e


Enfermagem
Departamento de Enfermagem
Guia eletrônico
2009.2 de raiva
humana

Gleydson Fabrício de Freitas


Ruanna Lorna Vieira Fernandes
Profª. Drª. Escolástica Rejane Ferreira Moura

Iniciar Sair
Menu inicial

Raiva humana
Dados epidemiológicos
Reexposição ao vírus da Raiva

Gleydson Fabricio de Freitas


Humana
Imunobiológico utilizado no
Brasil
Soro anti-rábico

Agressão causadas por animais

Condutas em casos de faltosos


Autor / Co-autoras /
Orientadores
Hom
Exercícios
e
Qual o animal agressor?

Gleydson Fabricio de Freitas


Morceg Outros animais
os silvestres

Cão ou
Gato

Roedores Outros animais


urbanos domésticos
Menu
inicial
Tipo de acidente

Gleydson Fabricio de Freitas


Acidente leve

Acidente
grave

Contato
indireto

voltar
Acidente leve

Ø Ferimento superficial;

Pouco extenso;

Gleydson Fabricio de Freitas


Ø

Ø Geralmente único;

Ø Acomete tronco e membros (exceto mãos, polpas


digitais e planta dos pés).

volta Confir
r ma
Acidente grave

Ø Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos, polpa digital


e/ou plantas dos pés;

Gleydson Fabricio de Freitas


Ø Ferimentos profundos;
Ø Múltiplos;
Ø Extensos;
Ø Em qualquer região do corpo;
Ø Lambedura de mucosas;
Ø Lambedura de pele onde já existe lesões graves.
volta Confir
r ma
Contato indireto

Gleydson Fabricio de Freitas


Ø Lambedura de pele sem lesões;
Ø Contato com fezes.

volta Confir
r ma
Qual a condição do animal? (leve)

Cão ou gato sem suspeita de

Gleydson Fabricio de Freitas


raiva

Cão ou gato clinicamente


suspeito

Cão ou gato raivoso,


desaparecido ou morto

volta
Menu
r
Cão ou gato sem suspeita de raiva
(conduta)

ü Lavar a ferida;

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Observar animal durante dez dias;
ü Se sadio: encerrar o caso;
ü Se raivoso, morrer ou desaparecer: administrar 5
doses de vacina: dias 0, 3, 7, 14 e 28.

volta
Menu
r
Cão ou gato clinicamente suspeito

ü Lavar a ferida;

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Iniciar tratamento com 2 doses: dias 0 e 3;
ü Observar o animal durante dez dias;
ü Se a suspeita de raiva for descartada,
encerrar o caso;
ü Se raivoso, morrer ou desaparecer: completar
5 doses: uma dose entre o 7º e 10º dia e uma
dose nos dias 14 e 28.
volta
Menu
r
Cão ou gato raivoso, desaparecido ou
morto.

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Lavar a ferida;
ü Iniciar tratamento imediato com 5
doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28.)

volta
Menu
r
Qual a condição do animal? (grave)

Cão ou gato sem suspeita de

Gleydson Fabricio de Freitas


raiva

Cão ou gato clinicamente


suspeito

Cão ou gato raivoso,


desaparecido ou morto

volta
Menu
r
Cão ou gato sem suspeita de raiva.
(conduta)
ü Lavar a ferida;
ü Iniciar tratamento com duas doses: dias 0 e 3;

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Observar o animal durante dez dias;
ü Se sadio: encerrar o caso;
ü Se raivoso, morrer ou desaparecer:
§ continuidade ao tratamento, completar
5 doses: uma dose entre o 7º e 10º dia
e uma dose nos dias 14 e 28.;
§ administrar soro.
volta
Menu
r
Cão ou gato clinicamente suspeito.

ü Lavar a ferida;

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Iniciar tratamento com soro + 5 doses de vacina
(dias 0, 3, 7, 14 e 28);
ü Observar o animal durante dez dias;
ü Se for descartada a suspeita de raiva: suspender
o tratamento e encerrar o caso.

volta
Menu
r
Cão ou gato raivoso,
desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Lavar a ferida;
ü Iniciar tratamento imediatamente com soro + 5
doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).

volta
Menu
r
Qual a condição do animal? (indireto)

Cão ou gato sem suspeita de

Gleydson Fabricio de Freitas


raiva

Cão ou gato clinicamente


suspeito

Cão ou gato raivoso,


desaparecido ou morto

volta
Menu
r
Conduta profilática humana

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Lavar com água e sabão;

ü Não tratar.

volta
Menu
r
Tipo de acidente

Gleydson Fabricio de Freitas


Acidente
leve

Acidente
grave

volta
r
Acidente leve

Gleydson Fabricio de Freitas


Início imediato de vacinação

volta
r
Acidente grave

Gleydson Fabricio de Freitas


Início imediato de vacinação e administração do
soro.

volta
r
Tipo de acidente

Acidente

Gleydson Fabricio de Freitas


leve

Acidente
grave

volta
r
Qual a condição do animal?

Animal sem suspeita de raiva

Gleydson Fabricio de Freitas


Animal clinicamente suspeito

Animal raivoso, desaparecido ou


morto

volta
Menu
r
Animal sem suspeita de raiva (leve)

Iniciar imediatamente esquema

Gleydson Fabricio de Freitas


de vacinação ou de
reexposição.
Se sadio: encerrar o caso;
Se raivoso, desaparecido ou
morto: continuar tratamento.

volta
r
Animal clinicamente suspeito

Iniciar imediatamente esquema

Gleydson Fabricio de Freitas


de vacinação;
Se sadio: encerrar o caso;
Se raivoso, desaparecido ou
morto: continuar tratamento.

volta
r
Animal raivoso, desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas


Iniciar imediatamente esquema de vacinação

volta
r
Qual a condição do animal?

Animal sem suspeita de raiva

Gleydson Fabricio de Freitas


Animal clinicamente suspeito

Animal raivoso, desaparecido ou


morto

volta
Menu
r
Animal sem suspeita de raiva ou
clinicamente suspeito (grave)

Iniciar imediatamente esquema de vacinação


ou de reexposição e aplicação de soro.

Gleydson Fabricio de Freitas


Se sadio: encerrar o caso;
Se raivoso, desaparecido ou morto: continuar o
tratamento.

volta
r
Animal raivoso desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas


Iniciar imediatamente esquema de vacinação ou de
reexposição e aplicação de soro.

volta
r
Conduta profilática humana

Aplicar imediatamente vacina e soro

Gleydson Fabricio de Freitas


Ø

ou esquema de reexposição.

volta
r
Conduta profilática humana

Gleydson Fabricio de Freitas


Dispensar tratamento profilático.
Ø

volta
r
Tipo de esquema anterior

Completo com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou de

Gleydson Fabricio de Freitas


cultivo celular

Incompleto com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou


de cultivo celular

volta
r
Completo com as vacinas Fuenzalida &
Palacios e/ou de cultivo celular

Gleydson Fabricio de Freitas


Vacina de cultivo celular:
● Até 90 dias: não tratar;
● Após 90 dias: 2 doses, uma no dia 0 e outra
no dia 3

volta Menu
r inicial
Incompleto com as vacinas Fuenzalida &
Palacios e/ou de cultivo celular

Ø Cultivo celular:

Gleydson Fabricio de Freitas


● Até 90 dias: completar o número de doses;
● Após 90 dias: ver o esquema de pós-
exposição.

volta Menu
r inicial
Introdução
Propriedades do vírus da raiva:

Ø Pertence ao gênero Lyssavirus, da


família Rhabdoviridae;

Gleydson Fabricio de Freitas


Ø Genoma de RNA simples;
Ø Envelope bilipídico;
Ø Cerca de 100 nanômetros;
Ø Forma de bala;
Ø Pode ser inativado por CO2;
Ø Destruído por radiação UV, luz solar,
calor e solventes lipídicos;
Ø Apresenta múltiplos hospedeiros;
Ø SNC, saliva , urina, leite e sangue. Menu

Introdução
Ø A raiva é uma antropozoonose viral que afeta tanto seres
humanos quanto animais;

Ø Período de incubação varia 2-10 semanas (em média 45


dias), mas existe relato na literatura de até 06 anos;

Gleydson Fabricio de Freitas


Ø Atinge principalmente o sistema nervoso.

Ø Transmissão:

ü Através da Saliva de Mamíferos, tais como, Cães, Gatos,


Morcegos, Macacos, Coiote, Gato do mato, Jaritataca,
Mangusto etc.;

Ø Transmissão inter-humana (através de transplante de

córnea)


Manifestações clínicas

1. Encefalite aguda,

Gleydson Fabricio de Freitas


fulminante e fatal;

2. Em geral, é mais curto


nas crianças do que
nos adultos devido a
sua fragilidade
Paciente com raiva em
imunológica.
agitação.

 
Manifestações clínicas

PRÓDROMO

Gleydson Fabricio de Freitas


Mal-estar;
Cefaléia;
Anorexia;
Fotofobia;
Náuseas e vômitos;
Febre;
Dor de garganta;
Sensação anormal ao redor da infecção.
Introdução  Menu
detalhada inicial
Imunobiológico utilizado no Brasil

 Vacina:
Ø Cultivo celular:
Ø Vírus inativado.
Ø Forma liofilizada.

Gleydson Fabricio de Freitas


Ø Dose: 0,5 e 1ml, a depender do fabricante.
Ø Via IM (nunca na região glútea).
Ø Não há contra-indicações específicas.
Ø Eventos Adversos:
ü Manifestações locais;
ü Manifestações sistêmicas;
ü Manifestações neurológicas (1 em 500.000):
o
Parestesia; déficit muscular.
Menu
Conduta em caso de
pacientes faltosos

Responsabilidades do serviço de saúde.

Gleydson Fabricio de Freitas


Tratamento todos os dias, inclusive finais de semana e feriados.
Busca ativa de faltosos.

Vacina de cultivo celular:


1. As cinco doses devem ser administradas no período de 28 dias a
partir da 1ª dose.
2. Faltoso 2ª dose: agendar 3ª com intervalo mínimo de 2 dias.
3. Faltoso 3ª dose: agendar 4ª com intervalo mínimo de 4 dias.
4. Faltoso 4ª dose: agendar 5ª para o 28º dia após 1ª dose.

Menu
Só para exercitar!
J.B., 35 anos, pedreiro, chega à unidade de saúde após ser
mordido na mão esquerda pelo cachorro domesticado após
insulto ao animal. Qual conduta deverá ser seguida? Resposta:
click com o mouse na tela.
 Ferimento profundo
 Polpa da mão

Gleydson Fabricio de Freitas


 Animal domesticado

Acidente grave
 Conduta:
 Lavar a ferida;
 Iniciar tratamento imediato com uma dose
nos dias 0 e 3;
 Observar o animal durante dez dias;
 Se sadio: encerrar o caso;
 Se raivoso, morrer ou desaparecer:
 Continuidade ao tratamento;
 Administrar soro;
 Completar o esquema de cinco
 doses: nos dias 10, 14 e
28.
Menu

Só para exercitar!

L.F., 1 ano, sofreu uma arranhadura sem sangramento em


face esquerda por gato desconhecido. Qual a conduta a ser
seguida, se a unidade possuir apenas vacina de cultivo
celular? Resposta: click com o mouse na tela.

Gleydson Fabricio de Freitas


 Ferimento
superficial
 Face
 Animal
desconhecido
 Conduta:
● Lavar a ferida;
● Acidente
Iniciar tratamento imediatamente com
grave
soro + 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14
e 28).

 Menu
inicial
Autor/ co-autores/ orientadores

Gleydson Fabricio de Freitas

Gleydson Fabricio de Freitas


Ruanna Lorna Vieira
Fernandes
Escolástica Rejane Ferreira
Moura

Menu
Autor

Nome: Gleydson Fabricio de Freitas;


Acadêmico do 7º semestre do curso de Enfermagem da
Universidade Federal do Ceará;
Integrante do grupo de Extensão Comportamento Sexual

Gleydson Fabricio de Freitas


Saudável, Essa Onda Pega!
Integrante do grupo de pesquisa Saúde Sexual e
Reprodutiva no contexto da atenção básica do SUS-CE;
Bolsista da Monitoria da disciplina Enfermagem no Processo
de Cuidar do Adulto I;
Email: gleydsonfabricio@hotmail.com
Mais informações:

Currículo
lattes 
Co-autora

Nome: Ruanna Lorna Vieira Fernandes


Acadêmica do 7º semestre do curso de Enfermagem
da Universidade Federal do Ceará;

Gleydson Fabricio de Freitas


Bolsista do grupo de Extensão Comportamento Sexual
Saudável, Essa Onda Pega!
Integrante do grupo de pesquisa Saúde Sexual e
Reprodutiva no contexto da atenção básica do SUS-
CE.
Email: ruannavieira@hotmail.com
Mais informações:
Currículo
lattes

Exercitando...
7. A vacina contra a raiva para uso humano
comumente usada no Brasil é a Fuenzalida-
Palacios. Sobre essa vacina, é correto afirmar,

Gleydson Fabricio de Freitas


EXCETO:
a) A vacina pode provocar reações locais
(eritema, edema e prurido).
b) A vacina é administrada via subcutânea.
c) A vacina pode ser dada em qualquer idade.
d) As reações desmielinizantes como acidentes
neuropáticos são incomuns no
Respost
nosso 
a meio.
orientadora

Nome: Escolástica Rejane Ferreira Moura


Profa. Dra. do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Ceará.

Gleydson Fabricio de Freitas


Pesquisadora CNPq.
Email: escolpaz@yahoo.com.br
Mais informações:
Currículo
Lattes


Exercitando...
8. A avaliação sorológica para as pessoas
submetidas ao tratamento profilático da raiva
humana pré-exposição deve ser realizada a partir de

Gleydson Fabricio de Freitas


quantos dias após a administração da vacina ?
A) 7
B) 10.
C) 14.
D) 15.
E) 21.
(Sorocaba, 2006 - VUNESP-Enfermeiro)  

 
Respost

a
Soro Anti-rábico

Composição

Gleydson Fabricio de Freitas


Apresentação

Conservação

Dose e volume
Via de
administração

Menu
Composição

O
Ø soro anti-rábico é uma solução
concentrada e purificada de anticorpos

Gleydson Fabricio de Freitas


obtidos a partir de soros de eqüinos
imunizados com antígenos rábicos.


Apresentação

O soro anti-rábico é apresentado, sob a


Ø

Gleydson Fabricio de Freitas


forma líquida, em frasco-ampola de 5,0
ml (1000UI).


Conservação

O soro anti-rábico é conservado entre


Ø

Gleydson Fabricio de Freitas


+2ºC e +8ºC
O soro anti-rábico não pode ser congelado,
Ø

pois provoca a perda de sua potência.


Dose e volume
A dose do soro anti-rábico é de 40 UI para cada quilo de
Ø

peso. A dose máxima é de 3000 UI. A dose pode ser dividida


e aplicada em diferentes músculos simultaneamente.
OBSERVAÇÕES:
Ø

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Administrar a dose total até sete dias do início da
vacinação;
ü Quando a dose total do soro não estiver disponível
administrar, inicialmente, a parte existente e o
restante da dose recomendada até sete dias do início
da vacinação;
ü Quando o soro não estiver disponível iniciar,
imediatamente, a administração da vacina;
ü Na administração do soro e da vacina utilizar
Via de administração

O
Ø soro anti-rábico é administrado por via
intramuscular.
A injeção deve ser feita na:
Ø

ü Região do deitóide;

Gleydson Fabricio de Freitas


ü Na face externa superior do braço;
ü No vasto lateral da coxa (principalmente para
crianças menores de dois anos) ou no glúteo;
ü No quadrante superior externo;
Ø A maior parte da dose do soro deve ser infiltrada
ao redor da lesão, caso a região anatômica onde
está localizado o ferimento permita tal
procedimento. 
Como utilizar o guia eletrônico?

Para utilizar corretamente o guia o usuário


deve clicar somente nos botões criados para
tal fim, caso contrário, o guia eletrônico pode

Gleydson Fabricio de Freitas


não atender adequadamente os interesses /
objetivos traçados pelo usuário.

O
K
Exercitando...

1. Quanto à raiva humana, considere as seguintes


afirmativas:

Gleydson Fabricio de Freitas


I. O período de incubação no homem varia de
acordo com a localização e gravidade da mordedura
do animal infectado.
II. Nos aspectos clínicos da raiva poderá ser
observado hiperestesia no trajeto de nervos
periféricos próximos ao local da mordedura.
III. Na vigilância epidemiológica, o caso suspeito
deve ser compulsoriamente notificado em nível
regional.
Resposta
IV. 
Todo animal agressor suspeito deve ser
Exercitando...
2. Os imunobiológicos são conservados nos diversos níveis da rede de frio em
temperaturas específicas que levam em conta os antígenos e os adjuvantes utilizados na
sua preparação. Com base no enunciado acima, relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª.
 
 
1ª Coluna

Gleydson Fabricio de Freitas


1. Imunobiológicos que podem
ser congelados
A 2. Imunobiológicos
seqüência correta é que não podem
a)ser
1 – 2 congelados
–1–1

 
b) 1 – 2 – 2 – 1
c) 2 – 1 – 1 – 2
2ª Coluna
d) 1 – 1 – 1 – 2
( ) Vacina Tríplice (DPT)
( ) Vacina contra sarampo (CENTRO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA AERONÁUTICA 2002)

( ) Vacina contra a febre amarela


Respost
()a Vacina contra  a raiva
Exercitando...
3. Analise as seguintes
afirmações.

Gleydson Fabricio de Freitas


1. O método de
imunofluorescência direta
em impressão de córnea,
raspado de mucosa lingual
ou tecido bulbar de folículos
pilosos
Resposta  para o diagnóstico
Exercitando...
4. Analise as seguintes afirmações.
1. A raiva é uma encefalomielite aguda

Gleydson Fabricio de Freitas


causada pelo vírus da Raiva cujas principais
características são neuroinvasividade,
neurotropismo e neurovirulencia.
2. O vírus da raiva pode infectar quase todos
os mamíferos, inclusive o homem.
3. Os cães, morcegos e carnívoros silvestres
são os reservatórios naturais do vírus da Raiva.
4. O vírus da Raiva é um vírus RNA de
polaridade negativa que pertence à família
Respost
Rhabdoviridae.

a
Exercitando...
5. No período de 1990 a 2001, foram
registrados no Brasil 458 casos de raiva
humana (MS/2002). Com relação ao

Gleydson Fabricio de Freitas


tratamento profilático anti-rábico humano com
a vacina de cultivo celular (células vero), é
correto afirmar: 
a) Mordeduras de animais em mãos e polpas
digitais são consideradas acidentes leves.
b) Não é indicado tratamento para ferimento
causado por unha de gato.
c) O esquema anti-rábico humano pré-
Respost
exposição compreende 5 doses, com os

a
seguintes dias de aplicação: 0, 3, 7, 14 e 28
Exercitando...
6. Nos casos de suspeita de Raiva Humana
transmitida por morcegos hematófagos,
recomenda-se observar:

Gleydson Fabricio de Freitas


a) Antigos assentamentos urbanos e rurais.
b) Aparecimento de casos humanos de encefalite.
c) Presença de moradias com proteção adequada.
d) Extensão da ação de bloqueio em um raio de
até 12 Km em áreas urbanas.
(Belo Horizonte, 2006 - Fumarc-Biólogo)

Resposta 
Exercitando...
7. A vacina contra a raiva para uso humano
comumente usada no Brasil é a Fuenzalida-
Palacios. Sobre essa vacina, é correto afirmar,

Gleydson Fabricio de Freitas


EXCETO:
a) A vacina pode provocar reações locais (eritema,
edema e prurido).
b) A vacina é administrada via subcutânea.
c) A vacina pode ser dada em qualquer idade.
d) As reações desmielinizantes como acidentes
neuropáticos são incomuns no
nosso meio.Menu
Resposta
Inicial
Introdução mais detalhada

A raiva acomete mamíferos, em geral, e é


causada por um vírus RNA da ordem
Mononegavirales, família Rhabdoviridae,
gênero Lyssavirus e espécie Rabies virus
(RABV).


O envelope é constituído de duas proteínas: a
glicoproteína (G) e a proteína matrix (M ou
M2).
A proteína mais importante e mais conhecida é
a glicoproteína (G), responsável pela indução
de anticorpos neutralizantes, pela estimulação
das células T e pela adsorção entre vírus e
célula. A resposta imune específica ao vírus da
raiva possui dois componentes: a mediada por
anticorpos e a mediada por células. Além da
glicoproteína (G), a nucleoproteína (N) tem
importante papel na resposta imune, visto que,
mediante uma interação, age na resposta
imune celular.

 
Morfologia

No que diz respeito à morfologia, o vírus da


raiva apresenta a forma de um projétil, com
uma das extremidades plana e a outra
arredondada. Seu comprimento médio é de
180nm e o diâmetro médio é de 75nm. As
espículas do envelope, de glicoproteína,
possuem 9nm.

 
Propriedades do vírus

O vírus da raiva é sensível aos solventes de


lipídeos (sabão, éter, clorofórmio e acetona),
ao etanol a 45-70%, aos preparados iodados e
aos compostos de amônio quaternário. Outras
relevantes propriedades são a resistência à
dessecação, assim como aos congelamentos e
descongelamentos sucessivos, a relativa
estabilidade a um pH entre 5-10 e a
sensibilidade às temperaturas de
pasteurização e à luz ultravioleta. É inativado a
60°C, em 35 segundos; a 4°C, se mantém
infectivo por dias; a -70°C ou liofilizado (4°C),
se mantém durante anos.
 
Patogenia

A patogenia da raiva é semelhante em todas


as espécies de mamíferos: Ocorre replicação
viral no local da inoculação, inicialmente nas
células musculares ou nas células do tecido
subepitelial, até que atinja concentração
suficiente para alcançar as terminações
nervosas, sendo este período de replicação
extraneural responsável pelo período de
incubação relativamente longo da raiva.
Nas junções neuromusculares, o vírus rábico,
por meio da glicoproteína, se liga
especificamente ao receptor nicotínico da
acetilcolina. Após essa fase,
 os vírus atingem
os nervos periféricos, seguindo um trajeto

O vírus rábico pode localizar-se também na retina e
no epitélio da córnea.
Em cães e gatos, a saliva pode ter maior
concentração de vírus do que o próprio SNC.
Devido ao seu extremo neurotropismo, a produção
de anticorpos anti-rábicos em indivíduos infectados
só ocorre tardiamente, com freqüência apenas
quando surgem os primeiros sintomas. Ao penetrar
nos neurônios, o vírus da raiva torna-se protegido da
ação dos anticorpos, das células do sistema imune e
da ação dos interferons, responsáveis pela resposta
imune inespecífica.

 
Ciclos de transmissão da raiva

Clique para editar os estilos do texto mestre


Segundo nível
● Terceiro nível

● Quarto nível

● Quinto nível

 
Período de incubação

Humanos
O período de incubação, na maioria dos casos,
é de 2 a 12 semanas, podendo variar de 10
dias até 4 a 6 anos. Durante o período de
incubação, o paciente apresenta-se
absolutamente assintomático. A maior ou
menor duração do período pode depender da
dose de vírus injetada pela mordedura, do
lugar desta e da gravidade da lesão, sendo
mais longo o período quanto mais distante do
sistema nervoso central localizar-se a lesão.

 
A doença inicia-se com alterações de
comportamento, sensação de angústia, cefaléia,
pequena elevação de temperatura, mal-estar e
alterações sensoriais imprevistas, com freqüência
relacionadas ao local da mordedura. O paciente
costuma sentir dor e irritação na região lesionada.
Na fase seguinte, de excitação, surge hiperestesia
de uma extrema sensibilidade à luz e ao som,
dilatação das pupilas e aumento da salivação.
Conforme a doença progride, surgem espasmos
nos músculos da deglutição e a bebida é recusada
por contrações musculares. A disfunção de
deglutição observa-se na maioria dos doentes,
muitos dos quais apresentam contrações
espasmódicas laringofaríngeas à simples visão de
um líquido e se abstêm de deglutir a sua própria
saliva (hidrofobia). Também
 podem ser observados
espasmos dos músculos respiratórios e convulsões

Referencial utilizado

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de


Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual de
diagnóstico laboratorial da raiva – Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2008. 108 p. :
Il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).\

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