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I.

Introdução 05
II.Apresentação 07
III.Diretrizes do Programa de Governo 13
IV.Eixos Temáticos
1.Saúde 29
2.Educação 39
3.Assistência Social 49
4.Cultura 59
5.Juventude, Lazer e Esporte 65
6.Infra-estrutura urbana, Trânsito e Transporte 73
7.Habitação 79
8.Ambiente e Saneamento 85
9.Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda 95
10.Agricultura e Desenvolvimento Rural 101
11.Turismo 107
12.Gestão e Servidores Públicos 113
13.Segurança Pública 117
Introdução

Através deste trabalho, a Coligação “Joinville de toda sua gente”, apre-

senta seu programa de governo para as eleições de 2008, denominado Plano

13.

Elaborado por especialistas, assessores, técnicos, nossos vereadores,

colaboradores, trabalhadores, estudantes e nas reuniões com a comunidade, este

programa foi construído a partir de um levantamento criterioso dos anseios e

aspirações da população de nossa cidade e também pela experiência de luta po-

lítica e mobilização social do Partido dos Trabalhadores e do Partido República,

principais partidos da base de apoio do Governo Federal.

Este Plano oferece um novo modelo de gestão para Joinville: partici-

pativo, inovador e, acima de tudo, eficiente, baseado na democratização e na

verdadeira descentralização proporcionada pelo Orçamento Participativo, pela

valorização das Conferências, Conselhos e Congresso da Cidade. Subordinado

ao Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável, lei complementar 261/2008,

as propostas aqui reunidas querem finalizar projetos em andamento e realizar

ações estruturais na melhoria das condições urbanas da cidade, além de priorizar

ações sociais, culturais, na saúde e educação.

De forma simples, direta e completa, o Plano 13 apresenta propostas

para solucionar as dificuldades existentes hoje em Joinville e, ao mesmo tempo,

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planejar a cidade para o futuro, absorvendo a expansão populacional e o cres-

cimento econômico e todas as exigências de infra-estrutura urbana, serviços e

equipamentos públicos.

Iniciamos este trabalho com o documento de apresentação feito pela

equipe que coordenou e sistematizou o Plano. Os coordenadores, a quem agra-

decemos pela dedicação e empenho, discutem o modelo de gestão, sua eficácia,

sua efetividade, a participação popular e, principalmente, a transparência e o

controle social.

Também incorporamos a este documento as diretrizes elaboradas pelo

coletivo do Partido dos Trabalhadores onde foram sugeridas as prioridades po-

líticas que unificaram a coligação e constituíram esse programa de governo.

O Plano finaliza com a apresentação de propostas para as 13 áreas temá-

ticas.

Queremos, com um governo democrático, ampliar os direitos da cida-

dania, melhorar a cidade e criar um ambiente de desenvolvimento social, de

uma satisfação cada vez maior de se viver em Joinville.

Irio Correa – Presidente do PT/Joinville

Dr. Ingo Butzke – Presidente do PR/Joinville

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Apresentação

A participação das pessoas no cotidiano da cidade deve ser vista como

um processo importante de articulação dos atores sociais e coesão da comunida-

de. Melhora a qualidade e a oportunidade das decisões, tornando mais fácil rea-

lizar os objetivos da coletividade. Os processos participativos só se constituirão

em práticas efetivamente democráticas se forem transparentes e possibilitarem

a expressão irrestrita dos interesses de todos os segmentos afetados, direta ou

indiretamente, pelas questões em discussão.

Para incorporar a diversidade dos interesses de toda a sociedade na es-

fera do governo, o melhor caminho é romper com a centralidade burocrática e

autoritária do poder tradicional e inaugurar formas diretas, simples e amplas de

manifestação popular, institucional, sindical ou de movimentos sociais.

Por isso, a verdadeira descentralização surge como alternativa capaz de garantir

maior eficiência das ações públicas e a democratização da própria sociedade.

Em outras palavras, o que defendemos como critério para a eficiência é a par-

ticipação popular no governo da cidade. Ser eficiente é fazer mais, com menos

recursos.

Diferente da desconcentração, que apenas opera a transferência de atri-

buições sem a respectiva capacidade decisória, a participação popular redefine,

pela pluralidade, os centros de poder e assegura a execução das decisões demo-

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craticamente constituídas. O planejamento desta descentralização deve ter em

vista a presença plena dos beneficiários, desde o estabelecimento de prioridades

até a alocação de recursos, abrangendo a execução até a avaliação dos resulta-

dos.

Democratizar o poder decisório aumenta consideravelmente a eficácia

da gestão pública, ou seja, a capacidade de fazer diagnóstico e instituir o objeti-

vo certo para mudar determinada realidade.

A descentralização também promove grande efetividade aos resultados

do governo. Efetividade é quando definimos nossos objetivos e os alcançamos

plenamente.

Vale repetir que a participação potencializa a partilha de poder, garante

transparência na administração pública, educa para a tomada de decisões, facili-

ta a compreensão e a negociação de conflitos de interesses, aumenta a represen-

tatividade e legitima as instituições públicas.

Defendemos que a nova gestão pública pressuponha o envolvimento

competente das esferas governamentais, a multiplicidade dos novos atores po-

líticos e a liberdade na arena pública para debater e decidir os temas coletivos.

Pensar, discutir e agir no presente visando uma cidade melhor para todos.

Para que a gestão pública tenha eficácia, eficiência e efetividade, precisa estar

acompanhada de:

a) servidores comprometidos, capacitados e motivados para incorporar no seu

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dia-a-dia, processos de trabalho que dinamizem as ações públicas.

b) um sistema integrado e informatizado de gestão que acompanhe, controle e

divulgue com rigor os processos, os projetos e as atividades.

c) um controle social, com a participação efetiva da sociedade, capaz de dar

transparência e conhecimento ao que é feito pelo poder público e, ao mesmo

tempo, viabilize o poder de decisão e priorização de ações pela comunidade.

d) uma parceria ativa com o poder privado, por meio de um pacto de concerta-

ção social que consensualize objetivos comuns.

e) uma valorização política da independência dos atores sociais, com respeito às

diferenças de opinião, com tolerância para a diversidade política e a constituição

plural da sociedade.

A Coligação Joinville de toda sua Gente entende que a cidade merece

um processo de governança democrático, participativo, honesto e descentraliza-

do, definido por toda a gente joinvilense. Defendemos que o governo da cidade

deva ser uma gestão inovadora e qualificada, capaz de dar respostas aos desafios

de uma realidade sócio-econômica, histórica e cultural, colocando-nos diante de

grandes desafios.

Joinville é o município mais populoso e industrializado de Santa Catari-

na, com quase 500 mil habitantes. O parque fabril do município possui cerca de

2.000 indústrias e emprega 60 mil trabalhadores. É o 32º município mais rico do

país e responsável por cerca de 20% das exportações catarinenses. Terceiro pólo

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industrial da região sul, com volume de receitas geradas aos cofres públicos

inferior apenas às capitais: Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). Joinville figura

entre os quinze maiores arrecadadores de tributos e taxas municipais, estaduais

e federais.

A cidade concentra grande parte da atividade econômica na indústria,

com destaque para os setores mecânico, têxtil, plástico, metalúrgico, químico e

farmacêutico. O Produto Interno Bruto per capita de Joinville também é um dos

maiores do país, em torno de R$ 15,3 mil.

A partir da década de 80, o setor terciário vem ganhando espaço e, atu-

almente, já contribui com 51% da renda do município.

Temos excelentes indicadores de educação e ocupamos o 13º lugar no

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o que envaidece toda a cidade e

apaixona a todos os que nos visitam. A cidade é acolhedora, gera oportunidades

para os migrantes e faz com que todos tenham verdadeiro orgulho de viver em

Joinville.

Porém, o desenvolvimento econômico desigual e certas escolhas políti-

cas acabaram gerando focos de pobreza, desarticulação social e ausência de in-

vestimentos estruturais. O resultado é trânsito congestionado, a falta de médicos

especialistas, a insegurança nos bairros, a falta de saneamento básico e de polí-

ticas sociais para promover a cidadania. Temos que ter a alegria de comemorar

os bons indicadores, mas temos que ter a coragem, a determinação, a visão de

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futuro para enfrentar e resolver os mínimos problemas.

Só uma gestão pública inovadora, qualificada, honesta e comprometida

com a cidade poderá dar respostas aos desafios atuais da comunidade de Join-

ville ou joinvilense.

Ao elaborar este plano de governo, a Coligação Joinville de toda sua

Gente reconhece que a comunidade joinvilense tem expressado suas necessida-

des, seus desejos de melhorar cada vez mais a cidade e suas contribuições no

sentido de apontar os rumos das mudanças. Esse esforço encontra-se registrado

em vários documentos importantes para cidade que, sem dúvida, indicam dire-

cionamentos estratégicos para uma gestão pública vocacionada para o desenvol-

vimento social e econômico.

O Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável da cidade, lei comple-

mentar 261/2008, aprovada em fevereiro, é um desses documentos de sentido

estratégico, construído pela participação da comunidade e que retrata seus an-

seios nas mais diversas áreas. Da mesma forma, as resoluções das conferências

municipais de cultura, da educação, da assistência social, da saúde, das pessoas

com deficiências, da juventude e mais as contribuições de técnicos e especialis-

tas, nortearam a elaboração do Plano que ofertamos, para diálogo, a toda comu-

nidade de Joinville.

A Coligação Joinville de toda sua Gente, com a candidatura de Carlito

Merss prefeito, apresenta uma proposta de governo que busca o desenvolvimen-

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to sustentável e a inclusão social capaz de garantir aos joinvilenses uma melhor

qualidade de vida na cidade que todos amamos.

Coordenadores do Programa de Governo

Marlon Moraes, Maria Ivonete Peixer da Silva e Eduardo Dalbosco

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Diretrizes para o Programa de Governo
(Documento base /PT – Joinville – maio 2008)

O Partido dos Trabalhadores possui grande acúmulo de propostas para

governar Joinville com democracia, participação popular, cidadania, eficiência

nos serviços públicos, dinamização econômica e valorização da cultura local.

Em 1996, apresentamos um programa de governo baseado na amplia-

ção dos direitos sociais e na participação popular, com a definição das políticas

públicas, quer com a realização de conferências, quer pelo controle direto

da transparência administrativa. Naquela oportunidade, abordamos problemas

como saúde, transporte coletivo, habitação popular e saneamento básico como

prioridades para a ação do poder municipal.

Em 2000, o programa construído a partir das conferências temáticas e

com a participação de nossos aliados, produziu um programa de governo centra-

do no avanço da cidadania e na qualificação de serviços públicos, notadamente

saúde, educação e assistência social. Nesta eleição, reafirmamos o modo petista

de governar com o“Orçamento Participativo”, com a presença dos conselhos e

ênfase em programas como o “Saúde da Família” e o “Banco do Povo”, ferra-

menta de microcrédito para a geração de empregos e a qualificação profissio-

nal.

Em 2004, nosso programa, novamente elaborado a partir de diversas

conferências temáticas, reuniões populares, contribuições acadêmicas e colabo-

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ração de especialistas, avançou nas propostas sobre o desenvolvimento de uma

cidade sustentável, integrada às políticas públicas que promovessem a qualida-

de de vida e a preparação para o desenvolvimento social e econômico. Já nesta

eleição foi utilizado o conceito de “intersetorialidade” (adotado recentemente

no programa “Territórios da Cidadania” do governo federal), ação combinada

e simultânea entre diversas secretarias para o enfrentamento das demandas lo-

cais.

Este acúmulo nos permite afirmar, sobretudo pela presença na cidade

há mais de 28 anos, com representantes na Câmara de Vereadores desde 1988,

parlamentares estaduais e federais, o fortalecimento das relações com a comuni-

dade, nas lutas dos trabalhadores e com os exemplos vitoriosos dos programas

nacionais do governo Lula, que o partido sabe “o que precisa ser feito” e o

“como fazer” para transformar Joinville numa cidade melhor, com mais desen-

volvimento, presença política nacional e cidadania.

Cabe também resgatar que algumas propostas que defendemos de longa

data, como o saneamento básico, por exemplo, agora começam a ser imple-

mentadas no governo Lula. Os investimentos do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC) em Joinville, em habitação, saneamento, ampliação da pista

do aeroporto e no contorno ferroviário, é o maior volume de recursos federais

aplicados no município em toda a sua história, uma operação que irá garantir

profundas transformações urbanas. O aumento da coleta e do tratamento do es-

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goto de Joinville vai impactar sensivelmente na melhoria da saúde pública e na

proteção ambiental da Babitonga e de nossos mananciais hídricos.

Da mesma forma, a inauguração do “Restaurante Popular”, o “Banco

de Alimentos” e o “Programa de Aquisição de Alimentos” (PAA) da agricultura

familiar desenvolvido pela CONAB, companhia de abastecimento do governo

federal, constroem uma política de segurança alimentar que sempre enfatizamos

em nossos programas e que realizam os objetivos do programa “Fome Zero”.

O sucesso da “Casa Brasil” na Inclusão Digital, projeto do governo fe-

deral, também apoiado em Joinville pela ONG Fome Zero e pela Fundamas, é

outro exemplo de proposta que já defendemos e que agora é uma realidade no

município. Para 2008, emenda orçamentária aprovada pelo deputado Carlito,

irá garantir o treinamento dos professores da rede municipal para a Inclusão

Digital.

Igualmente, cabe citar que a “Casa para Mulheres Vítimas de Violên-

cia”, o “Centro de Referência em Saúde do Trabalhador”, a Capacitação de Tra-

balhadores Rurais, o “Centro de Convivência ao Idoso”, o “Abrigo Transitório

para Crianças e Adolescentes”, a construção do PA do Boa Vista, do Aventureiro

e Floresta, além da reforma do Hospital São José e do Mercado Público, foram

ações sugeridas em nossos programas de governo e, quase todos, receberam

recursos de emendas parlamentares do deputado Carlito Merss de Joinville. O

empenho do PT também garantiu a dragagem do Rio Santinho, a construção de

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armazém para produtores de arroz (em obras), de moradias em áreas de risco e a

construção de valas do Bairro Boa Vista (em obras), além da conclusão do Eixo

de Acesso Sul à BR101.

A qualificação profissional e o ensino profissionalizante, que constou

de nossos programas, vem sendo implementados com a inauguração do novo

CEFET do Costa e Silva e do novo laboratório do CEDUP, ações do governo

Lula que, igualmente, receberam recursos de emendas individuais do nosso par-

lamentar.

No ensino superior, o PT esteve envolvido direta e decisivamente para

a construção do Pólo da UFSC (que chegou a ser rejeitado pela prefeitura) e da

abertura do novo campus da universidade federal na Curva do Arroz. Conquista

tornada possível graças ao Programa de Expansão e Interiorização do Ensino

Superior, patrocinado pelo Governo Lula. Além disso, diferentemente do parti-

do que hoje está na prefeitura, o PT foi o principal responsável pela aprovação

do Fundeb e do Prouni, programas que beneficiam diretamente nossa cidade

com aumento de recursos e vagas gratuitas no ensino superior.

A inclusão social e o combate às desigualdades em Joinville têm nas

6.000 Bolsas Famílias e no pagamento dos mais de 2.300 Benefícios de Pres-

tação Continuada (BPC) do governo federal um forte instrumento de proteção

social contra a pobreza e garantia de renda mínima. Além disso, diversas enti-

dades assistenciais de Joinville (AMA, AJIDEV, ADEJ e PROFIS) receberam

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emendas parlamentares do PT para custeio de suas atividades assistenciais.

Mesmo questões estruturantes na cidade como a subestação de energia

elétrica, a construção de binários, a pavimentação de numerosas ruas, a moder-

nização do transporte coletivo, a reurbanização habitacional do Rio do Ferro, a

conclusão do Eixo de Acesso Sul, o programa de modernização administrativa

(PMAT), a reforma e ampliação do aeroporto, a construção de unidades habita-

cionais pelo PAR e PSH, o SAMU, a duplicação do Programa Saúde da Família,

a Construção do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), ações do

Programa de Saúde Mental e diversas outras realizações do município tiveram

sempre a participação de verbas federais, do repasse da CIDE, de empréstimos

do BNDES e o apoio de programas implantados nacionalmente pelo governo

Lula.

No campo cultural, constou em nosso programa de 2004 a implanta-

ção de um sistema municipal de cultura que impulsionasse a produção local

de cinema, teatro, música e artes. Esse sistema hoje vigora e produz resultados

bastante positivos, recuperando o papel da Fundação Municipal de Cultura. O

próprio carnaval de rua demonstrou o potencial que sempre afirmamos sobre a

revitalização dos espaços públicos da cidade para o lazer, o entretenimento e o

fortalecimento da identidade cultural do joinvilense.

Neste particular, também, sempre defendemos uma política mais agres-

siva para a criação de parques e praças, como forma de melhorar a qualidade de

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vida da cidade. A inauguração recente e a forte satisfação popular com a praça

Castelo Branco, no bairro Guanabara, com equipamentos de ginástica inovado-

res para a melhor idade, confirma o que já registramos em nossos programas.

E mais, a educação infantil, com atendimento universal, que defende-

mos no “Compromisso Criança” do Programa de Governo de 2000, vem sendo

realizada gradativamente com a construção dos Centros de Educação Integral -

CEIs, obrigação determinada pela justiça em virtude de ajustamento de conduta

provocada por ação de nossos vereadores.

Foi o poder judiciário e o Ministério Público que também confirma-

ram as irregularidades denunciadas no Sistema Flotflux, açodo da prefeitura

na implantação de um sistema curativo de despoluição do Rio Cachoeira, sem

o devido licenciamento ambiental e sem as ações preventivas necessárias para

uma despoluição definitiva. A denúncia do uso abusivo, personalista e ilegal da

propaganda também vem sendo confirmada por sucessivas decisões do poder

judiciário.

O PT também esteve diretamente envolvido com a discussão da Com-

panhia Águas de Joinville, atuando no sentido de evitar a privatização do abas-

tecimento e o aumento de custos para o consumidor. A municipalização do sis-

tema foi um acerto, mas, apesar do forte aumento das tarifas, não houve ainda o

retorno adequado em obras no abastecimento.

Da mesma forma, o PT esteve atuando legitimamente ao lado da popu-

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lação estudantil nas mobilizações pelo passe livre, pela transparência da planilha

de custos do transporte coletivo e pela redução das tarifas. Também procuramos

intermediar alternativas para comércio de ambulantes e de artesanato, vítima de

truculência e desnecessária violência policial promovida pela prefeitura. Além

disso, nossos vereadores têm sido interlocutores das demandas dos servidores

públicos, professores e da comunidade.

O PT acompanhou a luta dos trabalhadores pela manutenção das fábri-

cas ocupadas, buscando alternativas para a preservação dos empregos e das em-

presas, vítimas de gestões fraudulentas de empresários inescrupulosos. Apoia-

mos diversas iniciativas de cooperativas de trabalhadores, autogestão e formas

alternativas de economia solidária, que geram emprego e renda. O partido tam-

bém participou diretamente das conferências municipais de saúde, juventude,

cultura, deficientes, da definição do novo Plano Diretor e de mobilizações popu-

lares pela regularização fundiária dos terrenos de marinha, pela reforma urbana

e moradias populares.

No campo econômico, além do vigor da presença do BNDES em gran-

des empresas na cidade, como a Tupy e Busscar, tivemos forte aquecimento das

empresas locais pelo aumento do mercado interno e das exportações, garantidas

pela política econômica do governo Lula. A recuperação da BR-280 e do porto

de São Francisco, obras do PAC, também ajudaram enormemente a produção

joinvilense. E mais, a Lei Geral da Pequena e Microempresa garantiu a desone-

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ração e a simplificação tributária para um setor econômico expressivo de Join-

ville, medida que reduziu a informalidade e incentivou o empreendedorismo e a

geração de empregos.

Ou seja, podemos concluir que o PT de Joinville, mesmo não governan-

do, esteve sempre vinculado ao cotidiano da cidade e colaborou diretamente,

através de sua direção, militantes dos movimentos sociais, parlamentares e do

governo federal, para que diversas ações se confirmassem em benefício do cida-

dão.

O PT é oposição
Em que pese os avanços anunciados, o Partido dos Trabalhadores avalia que

a atual gestão municipal não demonstrou capacidade para fazer de Joinville a

cidade que o joinvilense merece.

A opção política e partidária do atual prefeito em se colocar como opo-

sição intransigente ao governo federal, desmerecendo e não reconhecendo as

positivas mudanças no país, conquistas que beneficiaram diretamente o muni-

cípio, apequena o enorme potencial de Joinville no cenário nacional e estadual,

amesquinha a agenda da cidade e o desempenho da máquina administrativa.

Ao invés de se integrar com determinação às políticas nacionais que promo-

vem, com sucesso, a distribuição de renda, a inclusão social, o desenvolvimen-

to econômico, a geração de empregos, a melhoria dos indicadores em saúde e

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educação, a prefeitura insiste em isolar a cidade e reproduzir relações locais

baseadas no clientelismo e na cooptação, via distribuição de cargos públicos

e ocupação das regionais. Vivenciamos hoje uma verdadeira “privatização” da

política local, com redução do espaço público da política para o círculo restrito

do governante de plantão.

A prefeitura, antes de investir em ações públicas duradouras, com

acompanhamento dos Conselhos, prefere a produção de políticas pontuais e

ações espetaculares, sustentadas por uma gigantesca e desproporcional verba de

publicidade. As decisões, verticalizadas e imperiais, impõem obras e projetos

que a cidade não discutiu, não participou, não compartilha, não concorda, mas

paga a conta.

Objetivos
Neste sentido, o PT se apresenta neste processo eleitoral com os objetivos de fa-

zer avançar a cidadania, democratizar os espaços públicos, garantir transparên-

cia, a eficiência e o controle social das finanças e das políticas públicas, além de

fortalecer a identidade, a história e a cultura local. Nosso programa de governo

deve espelhar a cidade que queremos, a partir de uma concepção democrática de

emancipação política da sociedade e de sua participação livre e direta nas ações

do governo e no futuro do município.

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Diretrizes
Para atender estes objetivos, o PT propõe as seguintes diretrizes para a elabora-

ção do Programa de Governo que será apresentado nas eleições de 2008:

1. Caráter do programa: A partir de suas alianças partidárias, o PT irá

definir um programa de governo para Joinville baseado na democratização radi-

cal das relações políticas entre a prefeitura e a cidade, com profissionalização da

administração pública, com valorização da impessoalidade, publicidade, trans-

parência e do compromisso público com a gestão, que será essencialmente mar-

cada pelo debate coletivo e pela participação popular, com fortalecimento dos

conselhos, das relações institucionais e estímulo à organização livre e autônoma

de setores sociais, das comunidades e dos trabalhadores.

2. Prioridades da Administração: O Programa de Governo do PT, rea-

presentando nossos compromissos históricos e nossa participação na construção

de uma Joinville melhor e mais democrática, irá concentrar suas propostas em

três eixos: saúde, educação e planejamento urbano.

Na saúde, as propostas visam aperfeiçoar os princípios do SUS de aten-

dimento universal e gratuidade, buscando estabelecer uma rede municipal des-

centralizada de atendimento preventivo e curativo que seja eficiente para elimi-

nar longas esperas e falta de especialidades. Neste capítulo, deveremos integrar

as propostas de saneamento básico, melhor idade, assistência social, criança e

adolescentes que visem ampliar e qualificar a rede de proteção do município,

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promovendo a inclusão social e humanizando fortemente o atendimento presta-

do.

Na educação, além de manter a luta pela erradicação do analfabetismo,

pela capacitação e valorização permanente dos professores, pela modernização

constante dos equipamentos públicos, pela busca de uma cobertura total para o

ensino infantil, devemos incorporar propostas que melhorem o ensino médio e

profissionalizante do município, além da Inclusão Digital, pesquisa e inovação

tecnológica. Neste eixo devemos somar propostas de cultura, esportes, lazer,

turismo e preservação do patrimônio histórico da cidade que promovam a auto-

estima e a valorização da identidade joinvilense.

No planejamento urbano, precisamos rediscutir o futuro da cidade e

apresentarmos formas de ordenamento territorial, com um plano diretor que en-

frente os congestionamentos de trânsito e a expansão demográfica. É preciso

combinar propostas inovadoras para o crescimento com a manutenção das con-

dições ambientais necessárias para uma melhor qualidade de vida. Isso implica

prioridade para ações estruturais, tanto no sentido da preservação e manuten-

ção do espaço natural quanto do espaço construído, como novas vias, ciclovias,

transportes alternativos, elevados, saneamento básico, abastecimento de água,

energia, comunicações, mas também um capítulo forte de educação ambiental e

recuperação de áreas degradadas como o Rio Cachoeira, a Lagoa do Saguaçu e

a Baia da Babitonga. O controle do território também deve estar combinado com

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políticas de segurança pública que visem reduzir os indicadores de violência no

município.

3. Compromissos: Para viabilizar o programa democrático de partici-

pação popular, o PT irá garantir a irrestrita transparência das contas públicas,

recuperar o papel da administração na formulação, planejamento e implementa-

ção dos programas de governo, com valorização do servidor público, respeito à

independência do Poder Legislativo, fortalecimento institucional dos Conselhos

e uso constitucional das verbas publicitárias, como mecanismo de informação e

educação.

4. Temas: Para atingir os objetivos apresentamos um conjunto de temas

que devem subsidiar a elaboração do programa de governo:

Verticalização de programas federais – implantação dos programas do

Sistema Único de Saúde, do sistema único de assistência social, do Programa de

Desenvolvimento da Educação e das ações federais que nacionalizam políticas

públicas de inclusão social.

Fim do analfabetismo, inclusão digital e educação de adultos.

Universalização do Ensino Infantil – Construção de novos CEIs, par-

cerias com creches comunitárias e domiciliares, fim do turno intermediário.

Ampliação do ensino médio, tecnológico e profissionalizante – parce-

rias com o governo federal, com o governo estadual e dinamização das ativida-

des da Fundamas.

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Ampliação do Ensino Superior – novo Campus da UFSC, bolsas na

Univille, IELUSC e ampliação do PROUNI.

Aproveitamento do potencial turístico do município – Consolidação

de roteiros e criação de outros, estimulo ao turismo interno, turismo de eventos,

industrial, rural, eco-turismo e turismo de aventura.

Promoção do reordenamento territorial, a regularização fundiária e

a implementação estratégica do plano diretor – promover a habitação popular,

melhorar a circulação viária, ampliar a pavimentação comunitária, incentivar o

transporte público, baratear as tarifas, garantir a mobilidade urbana e segurança

para as ciclovias e para os pedestres.

Promoção do desenvolvimento humano e inclusão social – produzir o

mapa social do município, focalizar a exclusão e induzir ações de capacitação

profissional, associativismo e geração de renda. Integrar o município nos obje-

tivos da Rodada do Milênio.

Garantia da sustentabilidade ambiental – preservar, despoluir, recupe-

rar ambientes degradados e programar a ocupação sustentável de áreas verdes,

com incentivo para a proteção de mananciais, parques e praças. Ampliar ciclo-

vias e a segurança dos pedestres.

Valorização do planejamento estratégico do crescimento econômico

– garantir condições estruturais para novas empresas, incentivando tecnologias

limpas, agregação de empregos e a diversificação de atividades.

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Incentivo a economia solidária – incentivo às micro e pequenas empre-

sas e à economia local.

Promoção da segurança alimentar – fomentar a agricultura familiar, o

banco de alimentos e os equipamentos de alimentação popular.

Redução da burocracia - combate à corrupção e qualificação do atendimento ao

cidadão – promoção das carreiras do serviço público e modernização da máqui-

na administrativa.

Políticas para os jovens - Redimensionamento do papel da secretaria da

juventude.

Segurança com cidadania - resgate das deliberações dos Conselhos

Comunitários de Segurança (Consegs) – definir políticas afirmativas para a se-

gurança pública e para a não violência.

Prioridade para o transporte público - barateamento das tarifas, desoneração tri-

butária, uso de combustíveis alternativos e transparência da planilha de custos.

Valorização da inteligência local – participação das universidades e

centros de pesquisa na inovação tecnológica, no pensamento estratégico da ci-

dade e na busca de soluções para a melhoria dos serviços públicos.

Promoção de relações internacionais – integração com o Mercosul

(Mercocidades) e com os novos parceiros externos do país.

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Conclusão
Essa avaliação política e o conjunto de diretrizes, aprovadas pelo Encontro Elei-

toral do Partido dos Trabalhadores, irão recepcionar as propostas para o Pro-

grama de Governo 2009/2012. Estas propostas devem recuperar a participação

do PT na história de Joinville, políticas públicas aprovadas nacionalmente pelo

governo Lula e abrigar as demandas formuladas pela população, pelos trabalha-

dores, pelos setores organizados, pelos conselhos e conferências já em funcio-

namento na cidade.

Nosso Programa de Governo terá a marca do PT: radicalizar a democra-

cia e construir uma cidade para todos, com mais desenvolvimento, cidadania e

justiça social.

Maio de 2008.

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Saúde Pública

A saúde em nosso município tem uma boa rede física. Com o apoio do

governo Lula, a cidade vai passar de 30% para 50% na cobertura do programa

de Saúde da Família, atingindo 350 mil pessoas Temos s PAs 24h, hospital, la-

boratório municipal e uma rede preventiva com o PSF e os agentes comunitários

de saúde.

No entanto, acompanhamos ao longo dos anos um acúmulo de consul-

tas represadas que não se justifica. Faltam médicos especialistas e a defasagem

de leitos hospitalares retarda a oferta de consultas. Hoje, o número de consultas

suspensas ultrapassa 42 mil, fazendo com que os cidadãos joinvilenses levem

mais de um ano para receberem determinados atendimentos. Essa situação é

inadmissível em uma cidade do porte de Joinville.

A Coligação “Joinville de toda sua gente” quer eliminar estas filas e

humanizar o atendimento à população que utiliza o Sistema Único de Saúde.

Para garantir o desenvolvimento estratégico da saúde, defendemos o di-

reito da população receber uma saúde pública, gratuita e de qualidade, 24 horas

por dia, 7 dias por semana, valorizando os profissionais, garantindo sua justa re-

muneração, bem como a adequada estrutura para o atendimento ao joinvilense.

Para viabilizar esses compromissos, cumpriremos o que determina a lei

complementar 261, que estabelece o plano diretor de desenvolvimento estraté-

Plano de Governo | 29
gico de Joinville (que fazemos questão de reproduzir na íntegra) e, igualmente,

acataremos às deliberações do Conselho Municipal de Saúde, instância que de-

termina a política municipal do SUS na cidade.

A saúde pública de qualidade é uma prioridade de governo para a Coli-

gação “Joinville de toda sua gente”.

(Plano Diretor – Lei 261/2008)

Seção III

Da Saúde

Art. 20. Para a Saúde, que tem como base as diretrizes do Ministério da Saúde

e da Organização Mundial da Saúde, e tem por objetivo promover ações inter-

setoriais que elevem o padrão de vida da população, assegurando a construção

de uma cidade saudável com ampla garantia do bem-estar e da cidadania, são

estabelecidas as seguintes diretrizes:

I - fortalecer o órgão municipal de saúde para concretizar sua competência na

formulação, implantação e gerenciamento de planos, programas, projetos e ati-

vidades, garantir a produção social da saúde e um sistema de saúde equânime e

de qualidade.

II - garantir o respeito aos princípios e diretrizes que orientam a saúde: universa-

lidade e eqüidade, fornecimento de serviços de qualidade, atendimento e acom-

panhamento humanizado. integralidade no atendimento com ações simultâneas

Plano de Governo | 30
de promoção, proteção e ou recuperação da saúde mediante:

a) a promoção dos meios para ampliar e facilitar o acesso dos usuários à rede do

sistema de saúde, de modo que possa ser utilizada, quando necessárias, em toda

a sua potencialidade, com centros de saúde e unidades especializadas funcio-

nando 24 horas, promovendo o acesso dos usuários aos hospitais, no que tange

aos potenciais hoje existentes e com o aumento de leitos e vagas de acordo com

as necessidades.

b)a garantia de mecanismos concretos, objetivos de gerenciamento do parque

tecnológico, do diagnóstico, tratamento e recuperação da saúde.

c) a adequação dos procedimentos orçamentários e financeiros ao modelo as-

sistencial e de gestão, através de uma política de alocação de recursos subordi-

nados à lógica de Universalidade, Integralidade, Eqüidade, Descentralização e

Hierarquização.

d) a valorização dos profissionais da área por meio de uma política de capaci-

tação e de remuneração adequada, instrumentos de avaliação e incentivos ao

desempenho e à produtividade, constante aperfeiçoamento e reciclagem e estí-

mulo à formação de profissionais ligados ao gerenciamento, manutenção e ges-

tão do sistema de saúde.

e) a orientação do planejamento da saúde, baseada no modelo assistencial de-

senvolvido para uma base populacional, onde o enfoque epidemiológico sirva

para o controle dos problemas de saúde e onde a produção social da saúde pro-

Plano de Governo | 31
duza impactos positivos, tais como: alimentação, renda, transporte, emprego,

lazer, moradia, saneamento básico, educação, dirigindo a atuação para medidas

específicas que consigam prevenir a ocorrência de doenças e agravos.

f) a integração dos órgãos públicos e privados para uma atuação mais efetiva

sobre os agravos de doenças decorrentes das condições de saneamento do meio

ambiente (esgotamento sanitário, captação e tratamento e distribuição de água)

inclusive para o controle e soluções das reais causas.

g) o desenvolvimento e implementação de uma política de Alimentação e Nu-

trição, com vistas à segurança alimentar e melhorias do estado nutricional da

população, abrangendo todo o ciclo: produção, distribuição e consumo.

III - elaborar Planos Estratégicos para intensificação das ações de:

a) oferta de serviço especial em campos de problemática acentuados pelas con-

dições sociais básicas tais como: doenças transmissíveis, dependência química,

e outros.

b) ampliação do atendimento odontológico à rede de serviços de Saúde do mu-

nicípio.

c) prosseguimento das campanhas de medicina preventiva (campanha de vaci-

nação direcionada, diagnósticos precoces e campanhas educativas).

d) estímulo, em articulação como os agentes comunitários de saúde, à difusão de

conhecimentos básicos sobre a saúde.

e) intensificação e dimensionamento, segundo as especificidades municipais,

Plano de Governo | 32
dos serviços de vigilância em saúde cujo caráter sistêmico orientará o planeja-

mento e gestão das diversas vigilâncias: epidemiológica, sanitária, em saúde do

trabalhador e ambiental em saúde.

f) fortalecimento e expansão do modelo assistencial da saúde da família como

eixo estruturante da atenção primária.

IV - atualizar e adequar o sistema único de cadastro e o sistema integrado de

informações da saúde, com vistas a uma maior confiabilidade e seletividade

dos dados necessários ao planejamento das ações e serviços de saúde, focando

sempre e, principalmente, o perfil epidemiológico, com ênfase na ecoepidemio-

logia.

V - fomentar o efetivo controle social, com o Conselho Municipal de Saúde

e movimentos organizados da sociedade civil, no planejamento e acompanha-

mento das ações e metas definidas no Plano Municipal de Saúde.

VI - assegurar mecanismos de assistência social, enfatizando a saúde para pes-

soas com necessidade de reabilitação.

VII - assegurar equipamentos adequados aos portadores de deficiências que pos-

sam garantir o exercício da autonomia.

VIII - constituir Câmaras Técnicas específicas para o estabelecimento de medi-

das de avaliação permanente de desempenho de forma a possibilitar o acompa-

nhamento constante dos resultados atingidos, e instituição de meios, mecanis-

mos e instrumentos que permitam ao órgão gestor da saúde sair da avaliação

Plano de Governo | 33
estritamente quantitativa das ações de saúde, passando a avaliar os impactos

e os aspectos positivos e negativos das ações implementadas e assegurando a

protocolização das intervenções adequadas.

Nossas propostas
Saúde Básica

• Expansão do Programa Saúde da Família (PSF) para 70% da população até

2012.

• Valorização e reconhecimento profissional dos Agentes Comunitários de Saú-

de, com pagamento do adicional por insalubridade.

• Transformação gradual dos PAs e PAMs em policlínicas.

• Ampliação da odontologia, da acuidade visual e de mais profissionais de edu-

cação física nas equipes do PSF.

• Educação continuada e capacitação profissional permanente para a equipe de

saúde, com ênfase nos profissionais da saúde preventiva.

• Melhora nas condições de trabalho com adequação salarial (Plano de Carreira,

Cargos e Salários dos SUS) e promoção do bem físico e psicológico.

• Ampliação do horário de atendimento das unidades de saúde.

• Redimensionar a oferta de consultas especializadas, exames e procedimen-

tos.

• Priorizar a atenção segundo critérios de risco (dos territórios, famílias e áreas

Plano de Governo | 34
programáticas).

• Definir protocolos clínicos e de acesso, baseados em linhas de cuidado em

todo o ciclo da vida.

• Implantar o processo de referência e contra-referência ambulatorial e hospi-

talar.

• Promover a integração completa da rede municipal com o SAMU e com os

bombeiros voluntários.

• Fortalecer e aparelhar as equipes de vigilância sanitária.

• Implantar o Programa Federal da Farmácia Popular sem alterar distribuição de

medicamentos gratuitos nas Unidades Básicas de Saúde.

• Introduzir a política de saúde dos homens em parceria com o ministério da

Saúde.

• Criar programas de atendimento geriátrico com equipes especializadas.

Saúde Hospitalar

• Eliminar a demanda reprimida de exames e especialistas com a contratação de

médicos e um novo plano de carreira para as especialidades.

• Eliminar a defasagem de 360 leitos hospitalares com a construção do hospital

na Zona Sul e otimização do sistema hospitalar do SUS.

• Assumir a gestão plena do SUS e rejeitar a terceirização da saúde, via organi-

zações sociais.

Plano de Governo | 35
• Redimensionar as equipes de saúde nos territórios considerados prioritários,

conforme perfil sócio-epidemiológico.

• Instituir protocolos de acesso às unidades de urgência e emergência.

• Estabelecer protocolo de internação hospitalar.

• Integrar o hospital Infantil na rede municipal.

Saúde Mental

• Criar o atendimento integral junto aos Centros de Atendimentos Psico-social

(CAPS).

• Ampliar equipes de profissionais do CAPS.

• Garantir leitos hospitalares para desintoxicação de usuários de substâncias

psicoativas na rede pública.

• Criação de pronto atendimento para pacientes com transtornos mentais.

• Manutenção dos estagiários remunerados nas áreas relacionadas à saúde men-

tal.

• Convênio para bolsas de estudo para cursos profissionalizantes, atendendo a

clientela do CAPS.

• Melhoria da infra-estrutura nos CAPS e implementação do CAPS III.

• Maior qualidade do atendimento na internação hospitalar da ala psiquiátrica

(equipe e estrutura).

• Formação em Saúde Mental para os gestores, gerentes, conselheiros e equipe

Plano de Governo | 36
de saúde mental (estas com supervisão técnica).

• Estabelecer uma equipe de Saúde Mental para cada cinco equipes do PSF.

• Estender aos Portadores de Transtornos Mentais em tratamento no serviço

público o direito ao passe livre.

• Implantar Programa Serviço de Residência Terapêutica (SRT).

Gestão da Saúde

• Criar uma política de educação permanente.

• Implantar um plano de cargos e salários com incentivos para melhorar a efici-

ência das metas e resultados.

• Dar agilidade aos processos contratuais de admissão e substituições, evitando

a desassistência e a descontinuidade do cuidado.

• Adequar o quadro de lotação e atribuições dos profissionais às necessidades

da Secretaria da Saúde.

• Dar treinamento de chefias às coordenadoras de regionais e chefias de Unida-

des Básicas de Saúde.

• Criar controles de gerências para cada Unidade Básica Saúde.

• Implantar um plano de ampliação, construção e reforma conforme critérios

técnicos para as unidades de saúde.

• Garantir estrutura tecnológica com a qualidade e quantidades necessárias para

o desempenho do trabalho nas unidades.

Plano de Governo | 37
• Consolidar a regulação em todos os níveis assistenciais.

• Defender um sistema eficiente de controle do patrimônio público.

• Implantar sistemas integrados de informação e arquivo que proporcionem agi-

lidade e eficiência no trabalho.

• Implantar sistema de prontuário eletrônico na rede assistencial do SUS.

• Implantar uma comissão de padronização de registro e revisão de prontuá-

rios.

• Conclusão do PA do Aventureiro, unidade do Ademar Garcia, do Floresta e

das obras do Complexo Ulisses Guimarães no Hospital Municipal São José:

• Concluir as obras do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CE-

REST).

• Finalizar a construção do Centro de Controle de Zoonoses.

Controle social da saúde

• Apoiar as reivindicações do II Fórum de Saúde Mental de Joinville.

• Melhorar as parcerias com as comunidades.

• Apoiar as deliberações das Conferências Municipais de Saúde.

• Incentivar e fortalecer a capacitação dos Conselhos de Saúde.

• Estruturar a Secretaria Executiva do Conselho Municipal, de modo a garantir

o apoio aos Conselhos Locais.

• Incentivar a organização de novos Conselhos Locais de Saúde.

Plano de Governo | 38
Educação e Desenvolvimento Humano
“O Ministério da Educação reconhece na educação uma face
do processo dialético que se estabelece entre socialização e in-
dividuação da pessoa, que tem como objetivo a construção da
autonomia, isto é, a formação de indivíduos capazes de assumir
uma postura crítica e criativa frente ao mundo. A educação for-
mal pública é a cota de responsabilidade do Estado nesse es-
forço social mais amplo, que não se desenrola apenas na escola
pública, mas tem lugar na família, na comunidade e em toda
forma de interação na qual os indivíduos tomam parte, especial-
mente no trabalho. A escola pública e, em um nível mais geral,
a política nacional de educação exigem formas de organização
que favoreçam a individuação e a socialização voltadas para a
autonomia.”
(Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE)

A Coligação Joinville de toda sua gente entende que educação é mais

do que uma prioridade. Uma sociedade só garantirá efetivamente a cidadania se

todas as pessoas tiverem acesso às oportunidades econômicas, aos bens cultu-

rais e aos espaços de poder. A educação cumpre esse papel: alicerçam a socie-

dade pelo conhecimento, pela socialização e pela formação de valores éticos,

culturais, habilidades e competências profissionais. A educação de Joinville é

de excelente qualidade. Temos uma boa rede física e professores com titulação.

A cidade vem tendo um ótimo desempenho nas provas nacionais, aproxima-se

da erradicação do analfabetismo e os salários dos professores são superiores ao

piso nacional do FNDE. Quereremos manter e avançar este ótimo desempenho.

Qualificar a formação permanente dos profissionais, eliminar o turno interme-

diário, pagar o adicional de planejamento de 20% aos professores, valorizar os

Plano de Governo | 39
servidores do ensino, antecipar as metas de cobertura do ensino infantil, ampliar

o ensino profissionalizante, incluir políticas pedagógicas de valorização étnico

raciais e fazer das escolas referência o orgulho para as comunidades.

Fortalecimento institucional e gestão educacional

• Concluir as escolas em construção e ainda não inauguradas (Parque Guarani,

Parana guamirim, Vila Nova, Adhemar Garcia, Jarivatuba e Aventureiro).

• Realizar reestruturação da Secretária Municipal de Educação, garantindo re-

cursos humanos e físicos para concretizar sua competência na formulação, im-

plantação e gestão dos programas e das políticas públicas de educação.

• Integrar os projetos da política municipal de educação com as demais ações

do governo, estabelecendo programas intersetoriais na cultura, meio ambiente,

meio rural, esporte, juventude e de geração de emprego e renda.

• Fomentar as parcerias do município com governo do Estado, da União, es-

colas e instituições privadas, visando impulsionar a educação local, otimizar o

espaço escolar e facilitar o acesso da comunidade aos ambientes escolares.

• Ampliar a participação e garantir o funcionamento do Conselho Municipal de

Educação, do Conselho do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvi-

mento da Educação Básica e do Conselho da Merenda Escolar.

• Finalizar e implantar o Plano Municipal de Educação.

• Realizar diagnóstico educacional para atender atuais demandas e ao mesmo

Plano de Governo | 40
planejar ações futuras para a educação.

• Definir critérios e metas para avaliação permanente das necessidades, das

ações e da qualidade do ensino no município.

• Atualizar, de forma permanente, metas da educação no município (tempo de

permanência na escola, implantação do período integral, qualidade do ensino,

titulação docente, analfabetismo, redução do abandono, e outros).

• Incluir na merenda escolar produtos orgânicos provenientes da agricultura fa-

miliar.

• Reduzir gradativamente o número de alunos por sala aula – 1ª e 2ª séries: 20

alunos, 3ª e 4ª séries: 25 alunos, 5ª a 9ª séries: 30 alunos.

• Desenvolver o programa de “Educação Integral” nas escolas municipais,

priorizando os locais, conforme indicadores sociais, com maior vulnerabilidade

infanto-juvenil.

• Implantar, gradativamente em convênio com o Governo Federal, a rede de

“Casa Brasil” em todos os bairros de Joinville, incluindo telecentros de Inclusão

Digital, espaços de cultura, difusão da ciência e lazer.

• Ampliar a guarda municipal e a vigilância eletrônica das escolas, priorizando

a segurança dos alunos, professores, servidores e o próprio patrimônio.

• Descentralizar a gestão financeira, proporcionando autonomia para a adminis-

tração escolar.

• Ampliação, construção e adequação de espaços para prática esportiva nas es-

Plano de Governo | 41
colas.

• Aumentar e conservar a rede física de escolas de ensino infantil, fundamental

e profissionalizante, agilizando os procedimentos administrativos para a execu-

ção rápida das obras.

Formação dos Profissionais da Educação

• Instituir um programa permanente de qualificação profissional para todos os

servidores da educação.

• Criação de um “Centro de Formação de Professores”, em parceria com as

universidades e centros de formação.

• Implementação do Programa de Saúde Vocal.

• Cumprimento do Estatuto do Magistério que determina o pagamento de 20%

de hora atividade.

• Investir na capacitação permanente da rede municipal com o aumento de in-

centivos para a titulação e para seminários de formação.

• Ampliação de 2 para 10 o número de bolsas de estudo para mestrado e douto-

rado por ano para os professores da rede municipal.

Alfabetização e Educação Jovens e Adultos

• Erradicação total do analfabetismo até 2012 e elevação do tempo médio de

escolaridade da população, com qualidade.

Plano de Governo | 42
• Estabelecer parcerias com instituições e projetos já reconhecidamente de su-

cesso para proporcionar aos cidadãos (jovens e adultos), que não estiveram em

idade própria, a oportunidade de cursar o ensino fundamental.

Educação Infantil

• Universalizar o atendimento da educação infantil, com a construção de novos

CEIs, com a ampliação dos convênios com creches comunitárias e domiciliares,

sempre conectadas com o Projeto Político Pedagógico da Secretaria de Educa-

ção.

• Cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Pú-

blico e construir cinco novos CEIs em 2009.

Educação Profissional e Tecnológica

• Ampliar a oferta gratuita de ensino profissionalizante na FUNDAMAS e com

as parcerias com universidades, escolas técnicas e entidades empresariais, trans-

formando Joinville numa referência de qualificação de profissional.

• Aumentar a oferta de cursos profissionalizantes na área rural, turismo rural,

administração de agroindústria, gestão de negócios no meio rural, eco-turismo e

turismo de aventura, formação de guias e condutores locais.

• Incentivar cursos de gestão de negócios, comércio externo e relações interna-

cionais.

Plano de Governo | 43
• Otimizar o aproveitamento do Centro Federal de Educação Tecnológica (CE-

FET) no Costa e Silva e do Centro de Educação Profissional Dário Salles (CE-

DUP), no Itaum.

• Promover parcerias para a implantação de pólos tecnológicos, visando o de-

senvolvimento sustentável.

Educação Superior

• Contribuir para a implantação e funcionamento do campus da UFSC.

• Regulamentar os repasses financeiros para a UNIVILLE.

• Ampliar o programa de bolsas de estudo para o ensino superior, com priori-

dade para os servidores públicos, nas diversas Instituições de Ensino Superior

da cidade.

• Estimular a ampliação da oferta local de ensino presencial de cursos de espe-

cialização, mestrados e doutorados, com foco no ensino público.

• Estabelecer parcerias com Univille, UDESC, IELUSC, SOCIESC e outras

instituições superiores de ensino visando a melhoria e a modernização da gestão

pública.

Educação Especial

• Criar condições de infra-estrutura para fomentar a inclusão de pessoas com

deficiências, mobilidade reduzida ou limitações no aprendizado na estrutura re-

Plano de Governo | 44
gular de ensino.

• Promover a inclusão de pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida ou

limitações no aprendizado na estrutura regular de ensino.

• Transformar o Núcleo de Apoio Pedagógico (NAPE) em centro especializado,

com maior estrutura e profissionais.

• Fazer valer as leis sobre o atendimento educacional especializado, com equipe

profissional completa (fisioterapeuta, psico-pedagogo, psicólogo).

• Qualificar os profissionais do ensino para o trabalho com crianças e adultos

portadores de necessidades especiais.

• Fazer um diagnóstico municipal do ensino especial.

• Implantar a adequação dos espaços físicos que respeitem as leis de acessibi-

lidade.

• Criar programas de sensibilização que incentivem a sociabilização entre os

alunos, a inclusão do aluno especial e a redução do preconceito e da discrimi-

nação.

• Organizar ações de humanização entre os alunos da rede municipal, favore-

cendo a inclusão do aluno especial e a redução do preconceito e da discrimina-

ção.

• Manter o professor auxiliar para atender as reais necessidades do educan-

do com deficiência, levando em consideração pré-requisitos para função, bem

como definir suas atribuições em sala.

Plano de Governo | 45
• Qualificar o profissional da educação para reconhecer as diferenças de apren-

dizagem e para utilizar métodos e estratégias compatíveis a essas necessidades

em formação continuada.

Educação da diversidade étnico racial

• Trabalhar a favor de programas educativos de combate ao preconceito, into-

lerância e discriminação, visando a produção social dos valores éticos da igual-

dade racial.

• Promover a recuperação dos valores culturais das etnias e das correntes migra-

tórias de Joinville, ressaltando a diversidade e a riqueza cultural da cidade.

• Criar junto à Casa da Memória de Joinville um centro de estudo étnico ra-

cial.

• Inserir no projeto pedagógico da rede municipal os temas étnicos raciais.

Educação do Leitor e Livro didático

• Criar parcerias com o Programa Institucional de Leitura Infantil e Juvenil

(PROLIJ) da Univille e o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER)

do Ministério da Cultura para ampliar a leitura e a produção da escrita nas esco-

las municipais e na comunidade.

• Transformar Joinville na “Cidade dos Livros” (implantar um plano de inves-

timento, recuperar a biblioteca central, incrementar os acervos, abrir ao público

Plano de Governo | 46
as bibliotecas escolares e criar pontos de leitura nos terminais de ônibus).

• Contratar bibliotecárias para qualificar e ampliar o atendimento nas bibliote-

cas escolares e na biblioteca central.

• Implantar na rede “Casa Brasil” e em todos os bairros bibliotecas e programas

de incentivo à leitura.

Educação no campo

• Manter supervisores e orientadores itinerantes nas escolas rurais (cada um

com no máximo três escolas) e educação no campo.

• Garantir um programa de educação de adultos para o meio rural, com parce-

rias com o sindicato rural, igrejas e entidades da comunidade.

• Reestruturar a Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke (ampliação das

vagas, aumentos dos professores e mais laboratórios..).

• Implantar o Programa de Minibiblioteca da Embrapa, possibilitando à família

rural o acesso aos conhecimentos registrados em meios impressos, orais e au-

diovisuais.

• Transformara Fundação Municipal 25 de Julho em referência na área de Ensi-

no Rural, estabelecendo parcerias com o Centro de Treinamento (Cetreville) da

Epagri e Escola Agrotécnica Federal.

Plano de Governo | 47
Plano de Governo | 48
Assistência Social

O Plano de desenvolvimento estratégico da Frente “Joinville de toda

sua gente” para a Assistência Social tem como referência as propostas apresen-

tadas nos últimos pleitos eleitorais e nos debates, diálogos e seminários técnicos

realizados com profissionais e entidades representativas do setor. Reconhece-

mos o excelente nível de desenvolvimento humano do município, apontado pelo

ranking do IDH do IBGE, mas acreditamos que muito ainda pode ser feito para

a melhoria das condições sociais do município, especialmente uma gestão pro-

fissional que enfrente as desigualdades econômicas, a exclusão e a necessária

proteção social de setores de baixa renda, idosos, crianças, adolescentes e porta-

dores de deficiências. Como já destacamos no início deste trabalho, assumimos

integralmente as diretrizes no Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável

do município de Joinville, lei complementar municipal 261/2008, aprovado em

fevereiro, que abriga elementos fundamentais para uma ação estratégica de de-

senvolvimento econômico e social. Também incluímos compromissos que co-

laboram para a execução, em Joinville, dos “Objetivos de Desenvolvimento do

Milênio”, conjunto de ações para o desenvolvimento humano pactuadas entre

191 países da ONU e que buscam, entre outros, o fim da fome e da miséria. Por

último, incorporamos as sugestões do Conselho Municipal da Criança e do Ado-

lescente, subscrevendo integralmente as 18 propostas que comemoram os 18

Plano de Governo | 49
anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e as propostas do setorial

de Mulheres do Partido dos Trabalhadores.

Propostas
Gestão e Financiamento

• Fortalecer a Secretaria de Assistência Social, como órgão gestor das políticas

públicas de assistência social, política de pessoal, profissionalização administra-

tiva e planejamento estratégico que concretize sua competência nos serviços de

Proteção Básica e Proteção Especial.

• Implantar localmente o Sistema Único de Assistência Social, reordenando a

Política Municipal de Assistência Social, segundo as diretrizes da Constituição

Federal, da Lei Orgânica da Assistência Social e da Política Nacional de Assis-

tência Social.

• Realizar diagnóstico social, em parceria com as entidades de Assistência So-

cial, identificando as demandas sociais a fim de planejar e reorganizar os ser-

viços e subsidiar a elaboração do Plano Municipal de Assistência Social, esta-

belecendo uma integração com as demais políticas sócio-assistenciais para os

diversos grupos sociais (crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas com

deficiência).

• Descentralizar as ações da Secretaria de Assistência Social nos territórios, em

áreas urbanas e rurais de maior vulnerabilidade social, com a inclusão de cida-

Plano de Governo | 50
dãos e grupos, possibilitando o acesso aos bens, serviços básicos e especiais.

• Garantir as condições de participação popular na formulação e controle da

política de assistência social por meio de conselhos deliberativos, conferências e

fóruns de assistência social, observando os direitos da criança e do adolescente,

da pessoa idosa e da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, e respei-

tando ainda outras formas de organização.

• Organizar o cadastro dos serviços do governo, das organizações, da socieda-

de civil e dos usuários, estabelecendo parâmetros para o controle de qualidade

técnica e operacional dos processos de trabalho e para a relação custo-eficácia

dos referidos serviços.

• Executar o planejamento estratégico para a Assistência Social, utilizando os

recursos do FMAS.

• Viabilizar a participação de servidores na elaboração do PPA, LDO e LOA e

suas respectivas revisões.

• Incentivar a representação da Assistência Social no Conselho da Cidade con-

forme Art. 89. II do Plano Diretor do Município de Joinville.

• Adequar os quatro Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) exis-

tentes, atendendo às exigências recomendadas pelo SUAS (Jardim Paraíso, Par-

que Joinville, Paranaguamirim e Morro do Meio).

• Construir e implantar novos CRAS, segundo critérios da Conferência Muni-

cipal de Assistência Social (Iririú, Itaum, Fátima, Ulisses Guimarães e em áreas

Plano de Governo | 51
de maior vulnerabilidade social).

• Construção da Casa de Passagem (Albergue) para população que vive na rua.

• Conclusão do Abrigo Transitório do Centro de Referência da Criança e do

Adolescente na rua Tenente Narcisio Pereira de Almeida, no Boemerwald.

• Conclusão do Centro de Referência do Idoso, na rua República da China, no

Bairro Floresta.

• Criação de uma central de captação de recursos e elaboração de projetos na

Secretaria de Assistência.

• Criar programa de qualidade dos serviços sociais, com critérios indicadores

de qualidade que possam ser avaliados e fiscalizados periodicamente pelos usu-

ários.

• Atualização permanente do Cadastro do programa “Bolsa Família” e do “Be-

nefício de Prestação Continuada” (BPC), com ampliação da equipe multidisci-

plinar responsável pela revisão das informações e acompanhamento das famí-

lias beneficiadas.

• Ampliação da política de segurança alimentar, instalando novos restaurantes

populares (Santa Catarina e Cegonhas) e fortalecendo o banco de alimentos,

com incentivos para a agricultura familiar local.

• Definição orçamentária de uma política pública, transparente, impessoal e cri-

teriosa para convênios, parcerias e financiamentos da rede privada de proteção

social.

Plano de Governo | 52
• Incentivar a economia solidária, cooperativas de trabalho e a geração de em-

prego através do associativismo, da qualificação profissional, da infra-estrutura

para a reciclagem e para a comercialização da produção artesanal e doméstica,

entre outros.

• Redimensionar o programa “Porto Seguro”, ampliando equipes, infra-estru-

tura e programas para atendimento da população de rua (274 pessoas segundo

relatório do MDS).

• Valorização da parceria entre Fundação Municipal de Tecnologia e Educação

Profissional (Fundamas) e a Secretaria de Assistência Social, aumentado a capa-

citação profissional de jovens e adultos.

• Manter e ampliar o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Vio-

lência (PROERD), em parceria com a Polícia Militar, bombeiros voluntários e

instituições sociais, visando uma educação para o cultivo da paz, com crianças

e adolescentes em ambiente escolar.

• Qualificar as equipes de erradicação do trabalho infantil e do Programa Sen-

tinela.

• Valorizar o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres com políticas pú-

blicas contra a violência, pela assistência às mulheres “chefes de família”, mães

solteiras, programas diferenciados de moradia, saúde e qualificação profissio-

nal.

• Incentivar a prática de “dança sênior” na terceira idade, com tratamento ade-

Plano de Governo | 53
quado da flexibilidade, equilíbrio, alongamento e sociabilização dos idosos.

• Promover atividades lúdicas, esportivas, recreativas e de lazer para a terceira

idade., ampliando a realização de jogos olímpicos para idosos.

• Organizar o turismo interno da terceira idade, com visitação de museus, turis-

mo rural, ecológico e do patrimônio histórico da cidade.

• Impulsionar o voluntariado social como política de universalização do direito

social, solidariedade, inclusão e o pleno exercício da cidadania.

• Promover a inclusão de portadores de deficiência no serviço público, com

respeito às regras de acessibilidade, e garantir programas diferenciados de qua-

lificação profissional.

Valorização do Profissional de Assistência Social

Formular uma política de valorização de profissionais, gestores e técnicos,

orientada por princípios éticos, políticos e técnicos que garanta atendimento de

qualidade na assistência social por meio de:

1.Implementação de Plano de Carreira, cargos e salários para a Assistência So-

cial.

2.Instituir um programa de capacitação continuada para profissionais, conse-

lheiros, gestores, técnicos, organizações não governamentais e governamentais,

e usuários.

3.Valorizar os servidores de carreira em cargos de gestão.

Plano de Governo | 54
4.Afiançar uma política de recursos humanos que garanta a melhoria das condi-

ções operacionais e do ambiente de trabalho.

5.Elaborar o Cadastro Único da Assistência Social, das organizações, da socie-

dade civil, e dos usuários, estabelecendo parâmetros para o controle de qua-

lidade técnico e operacional dos processos de trabalho incluindo as entidades

ligadas à secretaria com o registro em conselhos ou em convênios.

6.Criar equipe multidisciplinar para acompanhar e orientar as atividades das

associações de moradores no sentido de que sejam qualificadas ao exercício da

plena cidadania, bem como para a promoção de conselhos populares, que irão

participar das decisões do Orçamento Participativo.

7.Assegurar a realização, a cada dois anos, da Conferência Municipal de Assis-

tência Social.

Crianças e adolescente

• Capacitar os professores e orientadores educacionais sobre os direitos da

criança e adolescente e o sistema de proteção em todas as escolas públicas.

• Implantar residências terapêuticas para tratamento de crianças e adolescentes

usuários de substâncias psicoativas nos termos do Ministério da Saúde.

• Destinar uma ala, com no mínimo 18 leitos, para a internação de crianças e

adolescentes com transtornos psiquiátricos.

• Criar projeto para ampliar vagas em escolas públicas, prioritariamente para

Plano de Governo | 55
crianças de 0 a 5 anos.

• Garantir, por meio de dotação orçamentária especifica, o pleno funcionamento

do Conselho dos Direitos das Crianças e Adolescentes e do Conselho Tutelar.

• Discutir com os Conselhos Setoriais Municipais a elaboração para execução

do Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Or-

çamentária Anual (LOA).

• Implantar o Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas (Sinase) Munici-

pal e o Plano de Convivência Familiar e Comunitária.

• Criar projeto de acompanhamento dos egressos dos programas de sistema de

garantia.

• Ampliar e divulgar o Programa do Atendimento Integral à Família (PAIF),

adequando-o ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

• Fundar um programa de atendimento específico para crianças de 9 a 12 anos,

com no mínimo 20 vagas, mantendo os instalados.

• Criar um programa específico de Esporte, Cultura e Lazer nos bairros, conser-

vando os já existentes.

• Garantir programas socioeducativos, exigindo do Poder Judiciário, Ministério

Público, Polícia Civil e Município o cumprimento de suas obrigações legais,

conforme o SUAS.

• Ampliar o serviço de enfrentamento à violência, em especial o Programa Sen-

tinela, envolvendo o Poder Judiciário.

Plano de Governo | 56
• Ampliar programas preventivos sobre sexualidade e gravidez na adolescên-

cia.

• Priorizar na rede de saúde o atendimento para todas as crianças e adolescentes,

em especial àquelas que forem encaminhadas pelo Conselho Tutelar e Rede de

Atendimento.

• Implantar um Programa de Formação Profissional para adolescentes que co-

metem atos infracionais.

Plano de Governo | 57
Plano de Governo | 58
Cultura
Propostas

• Fortalecer a Fundação Cultural para formalizar sua competência em efetivar a

formulação, implantação e coordenação de programas e planos, visando refor-

mular e aprimorar a cultura em Joinville.

• Ampliar os recursos para Cultura, a fim de viabilizar projetos culturais à po-

pulação de menor poder aquisitivo.

• Aumentar projetos de Inclusão Digital, especialmente para crianças e idosos,

bem como a criação de infocentros e áreas de internet livre.

• Proporcionar o intercâmbio e o desenvolvimento das diversas culturas que

originaram a formação de Joinville, possibilitando a integração delas com as

culturas do restante do país.

• Diversificar os espaços de debates, com o acesso à informação e estímulo a

inclusão sócio-cultural.

• Criação, ampliação e conservação de equipamentos culturais.

• Implantar centros culturais descentralizados, especialmente nos bairros mais

carentes, com oficinas, curso e workshops de teatro, dança, música, cinema,

artes plásticas, literatura, entre outros.

• Realizar e incentivar programas culturais nas escolas públicas do município.

• Criar oficinas e workshops itinerantes em todo o município.

• Motivar, difundir e registrar o patrimônio cultural imaterial.

Plano de Governo | 59
• Buscar e ampliar parcerias nas questões culturais junto à sociedade civil or-

ganizada.

• Desenvolver atividades culturais em conjunto com os centros de referência ao

idoso, jovens e portadores de deficiência.

• Difundir os aspectos culturais do município com a estruturação de roteiros

turísticos.

• Implantação e incentivo dos cinemas itinerantes e cineclubes.

• Estimular a pesquisa, identificação, preservação e promoção do patrimônio

cultural.

• Encaminhar as propostas aprovadas na Conferência Municipal de Cultura,

como a criação de grupo multidisciplinar de desenvolvimento da economia da

cultura na Secretaria de Desenvolvimento, com formulação de indicadores, for-

talecimento de estratégias do mercado cultural, suporte para a profissionalização

do setor cultural, ampliação do orçamento da cultura e dos editais de fomento

aos projetos culturais.

• Estimular a produção local como forma de oportunidade para a criação, pro-

dução, crítica, exibição e fruição de todas as diversas linguagens e manifesta-

ções culturais. Ampliar as bolsas de cultura, a “Caravana da Cultura”, incentivar

a produção cultural nas escolas e as parcerias com a comunidade, setores eco-

nômicos e entidades.

• Expandir a divulgação da produção local utilizando os órgãos oficiais de co-

Plano de Governo | 60
municação, meios alternativos de informação, totens de cultura, internet, carti-

lhas, guias, manuais e campanhas publicitárias institucionais.

• Garantir a divulgação da cultura local na agenda política do Executivo e pro-

mover a capacitação de agentes de turismo visando aperfeiçoar a produção e o

patrimônio cultural da cidade.

• Criar novos espaços para a cultura local, manter e modernizar os espaços atu-

ais e garantir acessibilidades para os eventos.

• Incentivar a instalação de laboratórios de arte e espaços culturais nas escolas e

promover a ampliação do acervo das instituições públicas de cultura.

• Criar o núcleo municipal da imagem e do som e transformar os auditórios dos

centros sociais urbanos em teatros de bolso.

• Otimizar a Cidadela Cultural Antarctica, transformando-a na sede da Funda-

ção Cultural e em um pólo cultural completo. Garantir a ocupação e a gestão do

espaço para entidades representativas da produção cultural.

• Ampliar, qualificar e facilitar o acesso ao Sistema Municipal de Desenvolvi-

mento da Cultura. Estimular parcerias do setor privado com a Cultura por meio

de incentivos fiscais.

• Promover a cultura local ofertando taxas diferenciadas para o uso de equipa-

mentos e espaços públicos.

• Implantar programas de incentivo à leitura nas escolas. Ampliar a carga horá-

ria do ensino de arte e incentivar a criação de cursos superiores de música, teatro

Plano de Governo | 61
e dança no município.

• Incentivar fanfarras, orquestras, corais e demais grupos musicais e de cultura

popular nas escolas e na sociedade.

• Garantir critérios de afinidade temática com a área para ocupação das chefias

da Fundação Cultural.

• Valorizar a Casa de Cultura como centro de excelência.

• Criar uma “escola de teatro” na Casa de Cultura.

• Constituir uma política municipal de museus e um sistema integrado de bi-

bliotecas públicas ligado à Fundação Cultural.

• Transferir a administração da Biblioteca Pública Municipal, Centreventos Cau

Hansen e Cidadela Cultural Antarctica para a Fundação Cultural.

• Rever a composição do Conselho Municipal de Cultura, ampliando a partici-

pação da sociedade civil.

• Aprovar um “Plano Municipal de Cultura”, com ações integradas de fomento

à cultura local e com presença em todas as ações de governo (intersetorialidade

cultural).

• Manter, ampliar e qualificar os projetos “Cantando na Escola”, “Dança na

Escola”, e as “Caravanas da Cultura” e “Palco Joinville”.

• Implantar “Casas da Cultura” nos bairros, possibilitando a descentralização da

cultura em toda cidade.

• Construir o “Teatro Municipal de Joinville” (estrutura física e organizacional)

Plano de Governo | 62
com capacidade para 1.500 lugares.

• Apresentar incentivos fiscais para bares e restaurantes que oferecerem música

ao vivo.

• Instalar “Pontos de leitura” nos terminais do transporte coletivo.

• Promover um festival de Cinema de Joinville.

• Incentivar o carnaval de rua e a Liga das Escolas de Samba.

• Fortalecer o Programa Palco Joinville.

• Concluir o projeto “Cidade Cinematográfica Joinville” como um pólo regio-

nal de cinema, uma parceria entre a Associação de Cinema de Joinville e Região

(ACINEJ) e Fundação Cultural de Joinville.

Plano de Governo | 63
Plano de Governo | 64
Juventude, Lazer e Esporte

Fortalecer o esporte e o lazer, como política pública de saúde integral, e a redu-

ção da violência juvenil, é um compromisso da Coligação “Joinville de toda sua

gente”. Para tanto, estamos propondo novos espaços e equipamentos públicos,

além de uma ação mais efetiva da municipalidade na implantação de programas

e parcerias que potencializem o esporte de rendimento, o escolar e as ativida-

des de lazer e recreação nos bairros. Joinville vem se destacando no basquete,

natação, vôlei, futsal, nos jogos escolares e nos jogos abertos. É preciso investir

nas novas gerações e criar oportunidades para que toda a cidade tenha acesso à

prática esportiva e ao lazer.

Esporte e Lazer

Propostas

• Fortalecer a Fundação Municipal de Esporte, Lazer e Eventos de Joinville re-

afirmando sua competência como agente formulador e gerenciador de políticas

públicas para o lazer e o esporte em Joinville.

• Promover a prática esportiva e o lazer, integrando os órgãos e entidades res-

ponsáveis pelos setores de saúde, lazer, esporte e educação, nas vias de circula-

ção e espaços públicos.

• Implantação de novas praças e adequação dos espaços públicos existentes,

Plano de Governo | 65
com a presença de instrutores para orientação de atividades diferenciadas, espe-

cialmente para as academias da melhor idade.

• Construção de parques urbanos, rurais e áreas de lazer como forma de ampliar

a oferta de equipamentos públicos de esporte e recreação para todas as idades.

• Abrir as escolas, com acompanhamento de profissionais da educação, para

práticas esportivas e de lazer para a comunidade, como forma de sociabilidade

e integração social.

• Realizar, periodicamente, atividades esportivas, recreativas e de lazer em

“Ruas de Lazer”, avenidas bloqueadas ao tráfego automobilístico, nos domin-

gos e feriados.

• Incentivar o esporte e o lazer náutico, de forma a desenvolver também o turis-

mo, e, ao mesmo tempo, a geração de emprego e renda da região da Babitonga.

• Implementar o projeto pedagógico da Fundação Municipal de Esportes em

parceria com a Secretária Municipal de Educação e o SESI.

• Ampliar e diversificar as atividades desenvolvidas na área de esporte e lazer,

tais como dança, capoeira, teatro, circo, e modalidades esportivas como jiu-

jitsu, , tênis, e programas para terceira idade e menores carentes.

• Criar, dentro da Felej, uma estrutura com profissionais especializados para

realização dos projetos e captação de recursos.

• Democratizar os espaços e equipamentos esportivos e de lazer, ampliando e

melhorando o nível de participação popular, não só nas práticas corporais e es-

Plano de Governo | 66
portivas, mas na sua apropriação cultural.

• Realizar cursos de atualização e formação de servidores nas áreas de esporte,

lazer e eventos.

• Programar projeto pedagógico que integre a Fundação Municipal de Esportes

com a Secretaria Municipal de Educação e o SESI.

• Dinamizar atividades em quadras poliesportivas dos centros sociais.

• Realizar jogos, olimpíadas e campeonatos entre os bairros e centros sociais.

• Garantir a manutenção constante e equipamentos apropriados nos parques in-

fantis.

• Viabilizar o esporte para portadores de necessidades especiais.

• Incentivar o esporte de rendimento com o Programa “Bolsa Atleta”.

• Ampliar e fortalecer o Programa “Jovem Cidadão” e o Programa “Segundo

Tempo”.

• Criação de um Fundo Municipal de Esporte, com recursos vinculados à arre-

cadação do ISSQN e do IPTU.

• Construção de uma “Pista de Atletismo Municipal”, como incentivo para o

desenvolvimento e preparação de nossos atletas.

• Contribuir com o futebol profissional da cidade, auxiliando na recuperação

do Joinville Esporte Clube, na formação de base, na manutenção dos campos

de futebol nos bairros, nas divisões de acesso e na melhoria das condições de

conforto e segurança para o torcedor joinvilense.

Plano de Governo | 67
Parques e Praças

• Concluir o “Parque da Expoville”, equipando-o com áreas e aparelhos para

práticas esportivas, eventos e shows.

• Terminar o “Parque Esportivo da Arena”, com pista de caminhada, quadras

poliesportivas, término do anel superior da Arena (conforme projeto), e cons-

truir um ginásio múltiplo uso para 10 mil pessoas, a fim de abrigar shows, espe-

táculos esportivos, festival de dança, eventos religiosos e sociais.

• Implantar o “Parque da Estação Ferroviária”, com local para caminhadas e

quadras poliesportivas.

• Projeto “Praça Jovem” - construção de quatro pistas para prática de skate e

patins (Centro, Vila Nova, Fátima e Jardim Paraíso).

• Revitalizar o Parque do Morro do Finder.

Plano de Governo | 68
Juventude

O comitê da juventude da Frente “Joinville de toda sua gente” apresenta

um conjunto de propostas que visam garantir os espaços do jovem, debater sua

organização e ampliar as políticas públicas municipais nas questões de saúde,

educação, cultura, lazer e qualificação profissional. Grande parte das propostas

da juventude, entretanto, já está incorporada em eixos temáticos do programa

como mais educação profissional, parques, praças, incentivo à cultura ou quali-

dade do ensino. Por este motivo, apresentamos, neste capítulo, apenas as ques-

tões específicas requeridas pela juventude e referendadas em nosso programa de

governo.

Propostas

• Democratizar, ampliar e descentralizar o Conselho Municipal da Juventude.

• Criar conselhos locais de juventude.

• Gestão democrática das escolas com a participação dos pais, professores, alu-

nos e funcionários.

• Incentivar a criação de grêmios estudantis.

• Capacitar os professores em psicopedagogia, técnicas de relacionamento e

sociologia visando aperfeiçoar a relação professor/aluno.

• Fomentar uma política de incentivos às licenciaturas (formação de professo-

Plano de Governo | 69
res).

• Ampliação e\ou implementação de projetos e programas, a exemplo do pro-

jeto saúde e prevenção nas escolas – SPE, que desenvolvam metodologias edu-

cativas e participativas sobre sexualidade, gênero, gravidez na adolescência,

diversidade sexual, prevenção das DST/AIDS, promoção da saúde de jovens

vivendo ou não com HIV\AIDS, direitos sexuais, direitos reprodutivos, vulne-

rabilidades, e demais temas relativos à saúde e aos direitos humanos.

• Trabalhar no combate e conscientização sobre drogas e doenças sexualmente

transmissíveis.

• Implantar passagem com valores diferenciados para estudantes de escola pú-

blica.

• Ampliar novas linhas do transporte coletivo, os horários dos ônibus e garantir

linhas noturnas todos os dias da semana.

• Instalar “Pontos de Cultura” nos bairros, possibilitando a descentralização da

cultura em toda cidade e acesso do jovem a cursos e oficinas.

• Realizar o diagnóstico do perfil do jovem joinvilense.

• Organizar anualmente a Conferência Municipal da Juventude.

• Construção de equipamentos públicos de lazer e esporte específicos para a

juventude, como rampas de skate ou pistas de bicicross.

• Garantir acolhimento, assistência e acompanhamento psicológico, familiar e

social do jovem em conflito com a lei, usuário de substâncias psicoativas, incen-

Plano de Governo | 70
tivando a reinserção social e orientação vocacional, visando o desenvolvimento

da auto-estima e da reintegração do jovem de forma digna.

• Incentivar campings, albergues e hostels, e o turismo da juventude.

Plano de Governo | 71
Plano de Governo | 72
Infra-estrutura urbana, Trânsito e Transporte

A cidade de Joinville precisa estar preparada para crescer. É preciso

valorizar o planejamento de longo prazo e, conforme afirma o Plano Diretor,

garantir uma visão do todo, que promova o desenvolvimento sustentável de for-

ma harmoniosa, equilibrada e responsável. Nossa cidade hoje enfrenta graves

problemas de trânsito ou de alagamentos, derivados da falta de investimentos

estruturantes, de monitoramento da expansão urbana e de parcerias que viabi-

lizem soluções efetivas para os problemas locais. Com uma postura de oposi-

ção partidária ao governo federal, a administração local retardou ou dificultou

a adoção de programas e investimentos que agora acontecem como o Programa

de Mobilidade Urbana (de reforma das praças), do Ministério das Cidades, o

PAC de Habitação (no Jardim Paraíso), a retirada dos trilhos do trem, os inves-

timentos do BNDES de modernização do transporte coletivo ou da Caixa Eco-

nômica Federal nos financiamentos do FGTS. Superar esse comportamento e

fazer prevalecer o interesse público por mais investimentos na cidade é o maior

compromisso da Coligação “Joinville de toda sua gente”, para a realização das

obras necessárias à melhoria da condição urbana.

Plano de Governo | 73
Propostas

• Viabilizar a construção da avenida norte-sul, ligando o Aeroporto ao novo

Campus da UFSC (Curva do Arroz), com corredor de ônibus, ciclovia e sinali-

zação adequada, e quatro elevados (Paulo Schroeder, Arno Dohler, Padre Antô-

nio Vieira e Santos Dumont).

• Fortalecer o Conselho Municipal de Transporte Coletivo e ampliar a participa-

ção e o controle popular sobre a concessão dos serviços de transporte público.

• Finalizar a construção do Eixo Ecológico Leste, com a reurbanização das fai-

xas, ciclovia, áreas de turismo, lazer e as praças do Portal do Mar.

• Concluir o binário Santa Catarina/São Paulo e na Vila Nova, com ampla si-

nalização.

• Reestruturar o GETRANS, criando uma companhia municipal de trânsito que

coordene as ações de transporte e trânsito, hoje dispersas entre Agentes de Trân-

sito, CONURB, IPPUJ, SEINFRA, secretarias regionais e outros.

• Negociar o aumento da frota do transporte coletivo, o número de linhas, horá-

rios e estabelecer linhas noturnas diárias.

• Contribuir para a aceleração das obras de retirada dos trilhos dos trens e re-

alizar um processo participativo com a comunidade para destinação das áreas

desocupadas, com praças, parques, ciclovias ou novas avenidas.

• Incentivar o uso do transporte coletivo com a redução da tarifa pela desone-

ração tributária da planilha e políticas de subsídio ao óleo diesel e redução do

Plano de Governo | 74
ICMS ao setor.

• Estimular o uso de combustíveis alternativos na frota, como o biocombustível

(já em uso experimental) e o gás natural.

• Ampliar a frota de ônibus articulados, reduzindo custos operacionais e aumen-

tando a capacidade de transporte.

• Concluir a pavimentação nos eixos e vias do transporte coletivo urbano.

• Promover o domingo livre, um domingo por mês de passagem gratuita, como

forma de incentivar o turismo interno.

• Buscar alternativas para viabilizar a tarifa estudantil diferenciada.

• Planejar o sistema viário diante do crescimento demográfico, negociando com

à população alternativas como corredores exclusivos, inversão de mãos ou bi-

nários, buscando eliminar prejuízos econômicos e sociais derivados de medidas

necessárias para a melhoria do transporte público.

• Realizar e concluir os projetos existentes no IPPUJ para a implantação de ci-

clovias e ciclofaixas em diversos locais da cidade, trabalhando em parceria com

o “Movimento Pedala Joinville”.

• Construir bicicletários junto às estações da cidadania.

• Ampliar o transporte especial e a frota do Pega-Fácil.

• Assumir a manutenção, iluminação e paisagismo do Eixo de Acesso Sul (hoje

abandonado).

• Firmar parcerias com o governo federal para manutenção e melhoria dos aces-

Plano de Governo | 75
sos rodoviários.

• Ampliar o programa de calçadas.

• Reestruturar o programa de asfaltamento em parceria com a comunidade, am-

pliando o prazo de pagamento das benfeitorias para 48 meses.

• Ampliar a meta de asfaltamento (48% da cidade não têm asfalto ou pavimen-

tação – Fonte: IPPUJ 2007).

• Construção da ponte entre os bairros Ademar Garcia e Boa Vista.

• Adotar o sistema informatizado de trânsito inteligente, com sincronização dos

sinaleiros e monitoramento do transporte coletivo.

• Criar abrigos padronizados para táxis, com banheiros públicos, bebedouros,

telefones e áreas de repouso (onde for possível), no Programa de Qualidade do

serviço de táxi.

• Ampliar a educação do trânsito no sentido de preservar a segurança do moto-

ciclista.

• Criar programa de faixas de pedestres, com sinalização intermitente, ilumina-

ção, pintura adequada e monitoramento da guarda municipal em pontos críticos

na área central.

• Adequar circuitos urbanos para a circulação de pedestres, com prioridade para

a acessibilidade de pessoas portadoras de restrição à mobilidade.

• Manter e ampliar o Programa Municipal de Mobilidade Urbana, adequando

prédios, equipamentos e vias públicas com obras de acessibilidade.

Plano de Governo | 76
• Conforme Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável, negociar com a po-

pulação, lojistas e empresários, a criação de áreas livres de trânsito motorizado

no centro da cidade.

• Modernizar o sistema “Zona Azul”, garantido transparência e aplicação social

para os recursos arrecadados.

• Disciplinar a movimentação do transporte de cargas no perímetro urbano.

• Implantar sinaleiras de quatro tempos, evitando colisões frontais em ruas cen-

trais.

• Concluir as obras previstas para “Via Gastronômica” e ampliar parcerias com

a classe empresarial para melhor aproveitamento do potencial econômico e tu-

rístico da cidade.

• Fazer adequações no Terminal Central no sentido de facilitar as manobras e

garantir maior conforto aos motoristas e segurança aos passageiros.

• Garantir a presença dos Agentes Municipais de Trânsito nos terminais de ôni-

bus.

• Manter uma sala de espera agradável e confortável para os motoristas de ôni-

bus do transporte coletivo.

• Garantir a segurança dos usuários do transporte coletivo, organizando o em-

barque e o desembarque nos terminais.

• Estabelecer o diálogo entre a CONURB e os motoristas de ônibus para ouvi-

los quando ocorrerem as mudanças do trânsito.

Plano de Governo | 77
• Desenvolver um programa de saúde, em parceria com as empresas conces-

sionárias e o sindicato da categoria, para os motoristas de ônibus do transporte

coletivo.

• Modernizar os abrigos do transporte de passageiros, com maior conforto para

o usuário.

• Recuperar o trapiche do Espinheiros e ampliar o espaço de ancoragem gratuita

para navegação popular.

• Modernizar a sinalização turística e de orientação do meio urbano.

• Viabilizar o projeto Linha Verde do IPPUJ e a integração dos parques urbanos

da cidade com ciclovias.

• Agilizar o processo de ampliação da pista do aeroporto para transporte de

cargas, em parceria com o governo federal.

• Melhorar a manutenção da Estação Rodoviária.

• Reformar a passarela do Santos Anjos e revitalizar a JK.

• Ampliar e reformar as entradas da cidade e concluir o portal do Turista.

Plano de Governo | 78
Habitação

Baseado na Constituição Federal, que considera a Habitação um direito do ci-

dadão, e em consonância com o Estatuto da Cidade, que estabelece a função

social da propriedade, nós da Coligação “Joinville de toda a sua Gente” temos

como objetivo principal promover o acesso à moradia digna a toda população

joinvilense, especialmente os de baixa renda, promovendo de forma concreta,

a inclusão social e ao mesmo tempo o desenvolvimento urbano e econômico

sustentável de nossa cidade. Neste sentido, apresentamos as seguintes propostas

para o nosso município:

Propostas

• Universalizar o acesso à moradia com condições adequadas, dando preferên-

cia à população em situação de vulnerabilidade, mediante instrumentos e ações

previstas em lei.

• Fortalecer a Secretaria Municipal de Habitação na sua competência para for-

mulação, implantação e gerenciamento de programas e instrumentos que pos-

sam findar as demandas habitacionais, contribuído para o desenvolvimento ur-

bano e, ao mesmo tempo, gerando oportunidades econômicas.

• Unir os projetos e ações de política habitacional com outras políticas e ações

públicas de desenvolvimento urbano e econômico municipal e estadual e fede-

Plano de Governo | 79
ral, priorizando a instituição de ações integrais e sustentáveis.

• Diversificar as ações de provisão, mediante a promoção pública, apoio às ini-

ciativas da sociedade e à constituição de parcerias, que proporcionem o aperfei-

çoamento e a ampliação dos recursos, o desenvolvimento tecnológico e a produ-

ção de alternativas de menor custo e com qualidade, considerando as realidades

física, social, econômica e cultural da população a ser beneficiada.

• Democratizar o acesso ao solo urbano e à oferta de terras para a política ha-

bitacional, a partir da disponibilidade de imóveis públicos e áreas dotadas de

infra-estrutura e da utilização de instrumentos do Estatuto da Cidade.

• Realizar diagnóstico do espaço urbano e da unidade residencial nas comuni-

dades de menor renda, para identificar possíveis modelos aplicáveis em empre-

endimentos habitacionais.

• Promover o conhecimento do espaço urbano e da unidade residencial nas co-

munidades de menor renda, para identificar possíveis modelos aplicáveis em

futuros empreendimentos habitacionais.

• Mapear áreas de ocupações irregulares ou com evidente processo de aden-

samento informal para identificar o princípio do processo e criar formas para

evitar novas ocupações inadequadas.

• Impedir as ocupações em áreas consideradas de risco e não edificáveis, em

conjunto com os setores municipais de planejamento, controle urbano, defesa

civil, obras e manutenção e as redes de agentes comunitários ambientais e de

Plano de Governo | 80
saúde.

• Ajustar as normas construtivas às condições socioeconômicas da população,

simplificando os processos de aprovação de projetos e o licenciamento de habi-

tação social.

• Realizar, junto à população de baixa renda, programas que auxiliem e orien-

tem para a edificação de residências populares, por meio de discussão com os

interessados, com orientação para o planejamento, construção, reforma ou am-

pliação.

• Criar um sistema único de informações territoriais e socioeconômicas para

nortear a elaboração de projetos e programas de habitação.

• Garantir a transparência e divulgar, através dos protocolos do Jornal do Mu-

nicípio, a relação dos inscritos e contemplados para o programa habitacional,

respeitando os requisitos de cada programa.

• Elaborar e implantar o Plano Municipal de Habitação que contará com a pre-

paração de um diagnóstico sobre as necessidades habitacionais, quantificando

e qualificando as demandas por moradia, regularização urbanística, jurídico-

fundiária e de provisão. Definição de indicadores e de parâmetros para avalia-

ção permanente das necessidades, das ações e da qualidade das intervenções, e

estabelecimento de critérios, prioridades e metas de atendimento.

• Profissionalizar a gestão da Secretaria de Habitação, com a capacitação técni-

ca dos servidores de carreira e investimento em projetos habitacionais.

Plano de Governo | 81
• Promover a remoção de moradias de áreas de risco e a regularização fundiária,

com um programa desburocratizado de legalização da propriedade.

• Incentivar parcerias com a Secretaria do Patrimônio da União para abertura

de um escritório em Joinville e convênio para a solução definitiva dos terrenos

de marinha.

• Ampliar programas de moradia popular, em parcerias com a Caixa Econô-

mica Federal, nos Programas como o PAR, o PSH, o Habitar Brasil e o crédito

solidário.

• Dinamizar o Fundo Municipal de Terras, com novas linhas de financiamento

para construção, reformas e produção de lotes urbanizados.

• Impulsionar o cooperativismo habitacional de moradias populares e a auto-

gestão na construção de moradias.

• Desenvolver planos de loteamentos populares, com infra-estrutura, ciclovias,

áreas verdes, recreativas, de esportes e articulados com o programa de mobili-

dade urbana (transporte coletivo).

• Ampliar o programa de calçadas.

• Modernizar o cadastro municipal de propriedades, visando uma tributação

justa do IPTU.

• Promover projetos de reformas e manutenção de residências, com prioridade

para a manutenção e revitalização de prédios históricos.

• Incentivar a aquisição de moradias para os servidores públicos, por meio do

Plano de Governo | 82
cooperativismo.

• Programa de redução de submoradias e do déficit habitacional de 8.000 uni-

dades.

• Viabilizar a lei complementar de estrutura territorial, estabelecendo o macro-

zoneamento municipal, com o objetivo de proteger e conservar com sustentabi-

lidade a biodiversidade, fauna e flora nativas e preservação das nascentes (PD).

• Garantir a lei complementar de ordenamento territorial regulamentando o par-

celamento, o sistema viário e o uso e ocupação do solo, visando a estética urba-

na, a qualidade ambiental e a regulação entre densidade urbana e infra-estrutura

básica, serviços e equipamentos públicos. (PR).

• Regulamentar, conforme disposição legal, toda a legislação complementar

definida pelo Plano Diretor no que se refere à promoção do desenvolvimento

sustentável, regularização fundiária e a regulamentação do direito de construir.

Plano de Governo | 83
Plano de Governo | 84
Meio Ambiente e Saneamento
Já em outras eleições defendemos a qualidade ambiental como uso dos recursos

naturais de maneira produtiva, sem destruição e nem degradação. A sustentabi-

lidade ambiental é responsável pela qualidade de vida das pessoas e deve estar

incorporada ao comportamento cotidiano. Jogar uma “bagana” de cigarro na rua

é tão cruel com o meio ambiente como as garrafas PET boiando no rio Cacho-

eira ou sacolas plásticas, entupindo bueiros e provocando alagamentos. Neste

sentido, a Coligação ‘Joinville de toda sua gente” propõe que a educação am-

biental e a melhoria da infra-estrutura urbana, com um marco legal rigoroso na

fiscalização e monitoramento do espaço urbano, sejam os instrumentos efetivos

para o desenvolvimento sustentável de Joinville. Combinar o crescimento eco-

nômico, a expansão urbana e habitacional com qualidade de vida assegura um

futuro melhor para todos. Neste sentido, também vamos incorporar em nosso

programa o que dispõe a lei municipal complementar 261/2008, que definiu o

Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável, e apresentar diversas propostas

que visam transformar em realidade aquelas diretrizes.

Propostas

• Gestão e Planejamento da Educação Ambiental - Apoiar o planejamento, ava-

liação, gestão e administração da educação ambiental nos órgãos locais vincula-

dos ao MEC, MMA e na Sociedade Civil.

Plano de Governo | 85
• Formação de Educadores Ambientais - Construir sociedades sustentáveis por

meio da promoção de cursos de formação continuada em educação ambiental

para agentes multiplicadores e formadores de opinião.

• Comunicação para Educação Ambiental - Produzir e disponibilizar informa-

ções para subsidiar o fomento a materiais educacionais e campanhas.

• Implantação efetiva do Estatuto da Cidade, com regulamentação do Estudo

Prévio de Impacto de Vizinhança.

• Efetivar o Plano de Saneamento Ambiental com o objetivo de integrar as

ações do poder público na qualificação do ambiente natural, envolvendo pro-

gramas de:

a) coleta, transporte e destino final de resíduos sólidos.

b) custódia, captação, tratamento e distribuição de água.

c) coleta, tratamento e destino final de resíduos líquidos.

d) drenagem urbana e rural

• Revisar e atualizar o Código Municipal do Meio Ambiente.

• Criar uma Câmara de Qualificação do Ambiente Natural no Conselho da Ci-

dade.

• Articular o consórcio intermunicipal da Baia da Babitonga, visando medidas

que reduzam ou eliminam conflitos ambientais e promovam políticas afirmati-

vas para o estuário.

• Instituir o Plano Diretor de Recursos hídricos, para preservação de nascentes,

Plano de Governo | 86
recuperação de mananciais degradados e estudo da dinâmica entre as bacias.

• Instituir o Plano Diretor de Mineração.

• Fortalecer e profissionalizar a Fundema.

• Proporcionar planejamentos setoriais, nos bairros, que possam identificar de-

mandas e proporcionais soluções.

• Consolidar, em nível municipal, a estruturação político/administrativa do SIS-

NAMA, fortalecendo e estruturando o órgão municipal, integrando-o com os

órgãos estadual e federal para auxiliar na gestão ambiental do município.

• Divulgar o Código Municipal do Meio Ambiente e da Agenda 21 local, com

as ações participativas com a sociedade.

• Elaborar e executar o Plano Diretor de Arborização Urbana de Joinville.

• Criar incentivos tributários via IPTU ecológico, estimulando a preservação de

áreas verdes no município.

• Implantar o Solo Criado Ambiental, que prevê uma maior taxa de ocupação

nas propriedades com mais de 50% de cobertura vegetal, formando um fundo

para desapropriação e criação de parques e praças.

• Instituir o Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental, referente à

recuperação de áreas degradadas no município.

• Estabelecer o regime de parcerias e mutirões na recuperação e criação de par-

ques e praças do município.

• Localizar as Áreas de Preservação Permanente (APOS) de áreas urbanas mais

Plano de Governo | 87
representativas, com o objetivo de formular um Plano Diretor Ambiental como

ferramenta para o Planejamento Urbano, com aval e participação do Ministério

Público e demais entidades componentes do SISNAMA.

• No Sistema de Informações Municipais criar indicadores de avaliação do sis-

tema que demonstrem: 1. redução de conflitos entre áreas ambientalmente

frágeis e demais atividades urbanas e rurais. 2. manutenção ou ampliação da

biodiversidade no município. 3. redução do percentual de áreas ambientalmente

degradadas. 4. disponibilidade qualitativa e quantitativa de recursos hídricos. 5.

redução das perdas de água no sistema público. 6. redução da geração de resídu-

os sólidos 7. qualidade do ar

• Elaborar os Planos de Manejo das Unidades de Conservação do município e

intermunicipais.

• Implantar áreas verdes mais qualificadas e estruturadas nos loteamentos e

condomínios.

• Apoiar a criação do Horto Florestal Municipal, encarregado da produção de

mudas diversas e em abrigar o Jardim Botânico Municipal.

• Promover a regularização fundiária e a ocupação legal do espaço público, com

distribuição equilibrada dos equipamentos públicos.

• Controlar a expansão horizontal da cidade e qualificar o uso na área urbana,

nos centros de bairros e nos corredores de transporte coletivo.

• Criar, no Conselho da Cidade, a Câmara de Qualificação do Ambiente Cons-

Plano de Governo | 88
truído.

• Reduzir a poluição visual e sonora com mais monitoramento e fiscalização.

• Realizar dragagens nos Rios Águas Vermelhas, Lagoinha, Piraí no Morro do

Meio.

• Com o Fundo Municipal de Promoção do Desenvolvimento, promover a re-

vitalização dos espaços urbanos, do patrimônio cultural e de infra-estruturas

necessárias para a instalação de núcleos empresariais.

• Criar, no Conselho da Cidade, a Câmara de Estruturação Territorial e Ordena-

ção Territorial, com a missão de reduzir conflitos, identificar e delimitar áreas de

interesse e vocacionadas à preservação e conservação ambiental, às atividades

primárias e às urbanas e de expansão urbana, com aperfeiçoamento da Lei Com-

plementar de Uso e Ocupação do Solo.

• Negociar, com os incentivos fiscais, a migração de grandes empresas urbanas

para o distrito industrial, e promover a recuperação destas áreas para o aprovei-

tamento público.

Plano de Governo | 89
Plano de Governo | 90
Saneamento Básico

O saneamento é básico. Melhora a qualidade de vida, os indicadores de saúde

e reduz as doenças por veiculação hídrica, especialmente entre crianças. Há

mais de 20 anos denunciamos que os governos não priorizam obras na área do

saneamento. Somente agora, com o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC)

do governo Lula e a liberação de verbas da Caixa Econômica Federal, é que

Joinville poderá ultrapassar o vergonhoso percentual de apenas 14% de rede de

coleta de esgotos, passando para mais de 52% até 2010. A proposta da coligação

“Joinville de toda sua gente” é ampliar essa meta para 70%, investindo em ações

estruturantes, combate aos alagamentos, educação ambiental, preservação de

nascentes, recuperação de áreas degradadas, controle da expansão demográfica,

parcerias com a comunidade e medidas efetivas de governo para concluir as

obras em andamento e garantir uma excelente qualidade de vida para a popula-

ção joinvilense.

Propostas

• Estabelecer a meta de 70% para a rede coletora de esgoto até 2012, com elimi-

nação de valas e redução das doenças por veiculação hídrica (contaminação).

• Reduzir a tarifa social da água para preços simbólicos, destinada às popu-

lações de baixa renda e vinculada à participação das famílias nos programas

Plano de Governo | 91
sociais, educativos e de melhorias sanitárias do governo Municipal.

• Finalizar os projetos em andamento que ampliam a rede de água tratada nos

bairros Bom Retiro, Costa e Silva, Jardim Sofia, Nova Brasília, Morro do Meio

e São Marcos, já iniciados com investimento de R$ 27 milhões pelo PAC do

governo Lula e Águas de Joinville.

• Com o PAC, implantar o Projeto de Macro Drenagem da bacia do Rio Cacho-

eira, com obras de limpeza, dragagem, desassoreamento das margens e apro-

fundamento do leito. Preservar nascentes, recompor matas nativas na área rural,

canalizar a área urbana e implantar uma rede de esgotos completa, que evite o

despejo de dejetos no rio.

• Executar o Plano Diretor de Drenagem, com estudos do impacto das enchentes

em bacias hidrográficas e nas áreas de influência das marés, visando criar solu-

ções estruturais, como galerias e reservatórios, reduzindo danos ao patrimônio.

• Implementar conceitos de educação ambiental nas escolas da rede municipal.

• Finalizar as obras de ampliação do aterro sanitário, já iniciadas com emprésti-

mos do governo federal no valor de R$ 9,3 milhões.

• Realizar cursos de capacitação de líderes e multiplicadores em educação am-

biental e saneamento básico.

• Estimular o consórcio de gestão ambiental da Baía da Babitonga.

• Finalizar a ampliação da rede coletora de esgoto no Morro do Amaral, Espi-

nheiros, Paranaguamirim, Glória e Saguaçu, iniciados com investimento de R$

Plano de Governo | 92
39 milhões do PAC do governo Lula e Águas de Joinville.

• Implantar incentivos econômicos, para a aplicação de tecnologias limpas e

outros meios compatíveis como a internalização dos custos ambientais (quem

polui, paga).

• Adotar as bacias hidrográficas como unidades básicas de planejamento do

uso, conservação e recuperação dos recursos naturais e incentivar, estruturar e

valorizar os Comitês de Bacia.

• Identificar, delimitar e proteger os corredores de biodiversidade, nascentes

dos cursos de água, ecossistemas e ambientes naturais ameaçados pela expansão

urbana.

• Finalizar a canalização das valas das ruas Pedro Álvares Cabral e Matilde

Amin, no bairro Boa Vista, iniciadas com recursos do governo federal de R$

1,95 milhão, e completar a pavimentação, áreas de recreação, iluminação e ur-

banização das ruas.

• Garantir a canalização das valas das ruas Noruega, Riacho do Jaguarão (fun-

dos da rua Ponta Grossa) e a vala do terreno da mecânica Vick, assegurando a

completa urbanização dessas regiões.

• Implantar incentivos econômicos, para a aplicação de tecnologias limpas e

outros meios compatíveis com a internalização de custos ambientais.

Plano de Governo | 93
Plano de Governo | 94
Desenvolvimento econômico, trabalho,
emprego e renda
A política econômica do governo Lula ajuda Joinville a crescer, aumen-

tar as exportações, criar empregos e aumentar a riqueza da cidade. A prefeitura

de Joinville precisa acompanhar a veloz dinâmica da economia e agir para im-

pulsionar o adensamento do parque industrial e diversificar as matrizes produ-

tivas locais. A Frente “Joinville de toda sua gente” propõe um conjunto de ini-

ciativas que visam assumir, em parceria com entidades de classe, empresariais

e de trabalhadores, a liderança de um processo de crescimento estrategicamente

elaborado a partir da vocação empreendedora da economia local. Propomos a

revitalização da secretaria de desenvolvimento econômico, abrigando não só a

tarefa de promover o crescimento da economia, mas também agregar a criação

de empregos e políticas de distribuição de renda por meio do empreendedoris-

mo de microempresas, da economia solidária ou atração de novas empresas.

Esta secretaria também terá a missão de estabelecer relações internacionais, que

fomentem o comércio externo e que impulsionem a participação da cidade na

agenda da economia internacional. Defendemos também a formação de con-

domínios de pequenas e microempresas na Zona Sul da cidade, medida que

elimina os inconvenientes da atividade empresarial com as vizinhanças e, ao

mesmo tempo, permite o crescimento e a plena expansão destas empresas. O

nosso compromisso é fazer Joinville crescer cada vez mais.

Plano de Governo | 95
Propostas

• Conforme o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável, definir vetores

e áreas para as atividades industriais de prestação de serviços e de comércio

identificadas como prioritárias.

• Municipalizar o SINE, criando um sistema municipal de empregos.

• Distribuir e equilibrar a atividade industrial na malha urbana consolidada.

• Promover, de forma constante, o trabalho de infra-estrutura para o desenvol-

vimento das atividades secundárias.

• Atenuar os conflitos entre as atividades industriais e as atividades que ocorrem

em áreas ambientais frágeis.

• Regulamentação da Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo.

• Redefinir, segundo o Plano Diretor, a localização das atividades Industriais,

comerciais e de prestação de serviços, considerando os eixos de desenvolvimen-

to regional (rodovias BR101, BR 280, SC 301 e SC 413).

• Demarcar os limites territoriais para eliminar os conflitos entre as atividades

industriais e outras atividades exercidas no território do município, bem como

garantir a eficácia do princípio do desenvolvimento sustentável.

• Proporcionar, junto aos eixos de acesso, a implantação de atividades indus-

triais e de prestação de serviços voltadas para logística do transporte.

• Instituição do Instrumento de Democratização da Gestão do Planejamento,

com a criação do Conselho da Cidade e de uma Câmara de Promoção Eco-

Plano de Governo | 96
nômica nele inserida, bem como regulamentar o Estudo Prévio de Impacto de

Vizinhança.

• Estabelecer instrumentos de promoção do Desenvolvimento Sustentável com

o objetivo de fomentar a infra-estrutura básica nos vetores ou áreas industriais,

comerciais ou de prestação de serviços.

• Revitalização do centro tradicional e das principais áreas do comércio.

• Estabelecer mecanismos de promoção do desenvolvimento sustentável, visan-

do preservar e conservar o patrimônio cultural bem como aprimorar os espaços

urbano e rural.

• Implantar ferramenta que proporcione a elaboração de planos urbanísticos de

re-qualificação urbana, em especial para a área central do município.

• Utilizar recursos do Fundo Municipal de Promoção do Desenvolvimento Sus-

tentável para possibilitar a implantação de Parques de Inovação Tecnológica

(Software, Automação, Plástico, Metal-mecânico).

• Instalação de incubadoras para atividades tradicionais e inovadoras, para mi-

cro, pequena e médias empresas em parcerias com a iniciativa privada e insti-

tuições de ensino.

• Disponibilização de áreas para a construção de Condomínios Industriais para

as micro, média e pequenas empresas.

• Criar áreas destinadas aos Centros de Distribuições.

• Incentivar a prática do associativismo e inovações direcionadas ao setor.

Plano de Governo | 97
• Promover a realização de eventos e atividades do tipo feiras, congressos, se-

minários, simpósios, encontros técnicos que contribuam com o desenvolvimen-

to das atividades industrial, comercial e de prestação de serviço no município.

• Investimentos para adequação dos equipamentos utilizados no setor de even-

tos (Expoville, Edmundo Dowbrava), possibilitando a captação de um maior

número de encontros, principalmente nas áreas ligadas ao desenvolvimento eco-

nômico.

• Desburocratizar os processos fiscais relativos aos trâmites administrativos no

setor de eventos.

• Em parceria com o Governo Federal, adequação do terminal aeroportuário à

atividade de transporte de carga, e adaptação dessa área ao novo Plano Diretor

do Aeroporto de Joinville.

• Formação do Conselho da Cidade e de uma Câmara de Promoção Econômica,

bem como regulamentar o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança.

• Redimensionamento da Secretaria de Integração e Desenvolvimento Econô-

mico, incorporando as políticas públicas para a geração de empregos e renda, e

para as relações externas da cidade.

• Implantação da Gerência de Comércio Exterior e Relações Internacionais.

• Realizar convênio com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina a fim de trans-

formar o “antigo fórum” de Joinville, na casa da Cidadania e do Trabalhador.

• Desonerar a carga tributária municipal com o fim da TLL.

Plano de Governo | 98
Plano de Governo | 100
Agricultura e Desenvolvimento Rural

O Governo Lula tem priorizado ativamente a agricultura familiar no Brasil.

Os investimentos mais do que dobraram e outros programas passaram a fazer

parte de um novo momento da história da agricultura familiar no nosso país.

Programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura

Familiar), PRONAF Custeio e Investimento, Programa de Assistência Técnica e

Extensão Rural, ‘Territórios da Cidadania’, dentre outros, viabilizaram ativida-

des que estavam em declínio. A base econômica do setor primário do município

de Joinville é a pequena propriedade familiar. Destacam-se as culturas do arroz

irrigado, da banana e de hortaliças. A bovinocultura leiteira, outrora responsável

por uma grande bacia leiteira, é uma atividade em declínio, embora ainda pro-

porcione liquidez a alguns estabelecimentos. Grande parte dos antigos produto-

res de leite passou a dedicar-se ao cultivo de hortaliças. O setor agropecuário de

Joinville, nos últimos anos, vem passando por uma profunda reestruturação. O

modelo tradicional, apoiado na pequena propriedade familiar, vem sendo posto

à prova pela modernização dos sistemas produtivos. Os produtores estão en-

frentando novos problemas, principalmente no que se refere à comercialização,

Iegislação ambiental e sanitária, o que reduz sua capacidade de negócio. Nunca

foi tão importante a organização dos produtores e da produção, especialmente

para atingir economia de escala, qualidade e, por conseqüência, a competitivi-

Plano de Governo | 101


dade. Toda a política municipal de desenvolvimento rural deve levar em conta a

inserção global e suas múltiplas influências, visando não só evitar surpresas des-

favoráveis, mas principalmente para alavancar novas potencialidades e nichos

de mercado. Desta forma é extremamente necessário que ocorra a organização

do produtor rural e da produção, o gerenciamento do negócio agrícola, a diver-

sificação da produção, a profissionalização e a capacitação do produtor rural, a

potencialização dos mecanismos de comercialização e de marketing.

Propostas

• Proteger, preservar e conservar as áreas de patrimônio natural e cultural do

meio rural.

• Aprimorar a produção agrícola com o incentivo de culturas de maior valor

agregado.

• Implantar e aprimorar a infra-estrutura básica e de equipamentos públicos na

área rural de nosso município, em consonância com a Política Agrícola ditada

pelo Estatuto da Terra – Lei Federal n° 4.504/64.

• Incentivar a produção de produtos orgânicos nas áreas de piscicultura, agricul-

tura, avicultura, e outros.

• Incentivar políticas e programas de melhoria da qualidade de vida no campo

por meio de estrutura pública (postos de saúde, parques, praças etc.).

• Promover a industrialização de produtos agrícolas e de pescados, por meio de

Plano de Governo | 102


agroindústrias comunitárias, junto aos eixos rodoviários, em consonância com

as políticas do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

• Adquirir patrulhas mecanizadas para fortalecer o trabalho das propriedades

rurais de economia familiar dentro do programa “Círculo das Máquinas”.

• Concluir o projeto do silo de armazenagem de arroz em parceria com associa-

ção dos produtores locais (SODAJ).

• Ampliar o programa de feiras populares nos bairros, com a fixação e a divul-

gação de locais de fácil acesso.

• Divulgar o programa de Viveiros de Mudas Florestas, aumentando a oferta de

mudas florestais nativas para a recuperação de ambientes degradados e para as

propriedades rurais, em colaboração com o Programa SOS Nascentes.

• Ampliar o programa de Saneamento Rural (PROSAR).

• Integrar a CEASA com a agricultura familiar, construindo no local um centro

de referência de segurança alimentar.

• Manutenção e aumento do subsídio do Programa de distribuição do calcário.

• Promover anualmente a “Feira de Alimentos da Agricultura Famíliar” no Cen-

tro Edmundo Dowbrova.

• Incentivar a produção e comercialização da atividade agrícola na produção de

Flores por meio da Gerência de Comércio Exterior e Relações Internacionais.

• Lançar o Programa de Fruticultura Urbana com distribuição gratuita de mudas

de frutas cítricas.

Plano de Governo | 103


• Promover a capacitação, assistência e a organização formal (Associação ou

cooperativas) de agricultoras, jovens e anciões em atividades do setor de arte-

sanato.

• Capacitar jovens do meio rural em guiamento local, em parceria com institui-

ções de ensino e órgãos públicos municipais.

• Realizar melhorias para a prática da pesca artesanal, a oceanologia e o turismo

náutico na Baía da Babitonga.

• Implementar, em parceria com a Caixa Econômica Federal,programa de me-

lhorias nas moradias rurais, com o programa Morar Melhor.

Assistência Técnica

• Ampliar e qualificar a assistência técnica ambiental auxiliar e minimizar os

conflitos existentes entre a atividade agrícola e as demais atividades realizadas

em áreas ambientais frágeis.

• Promover as condições técnicas e de infra-estrutura a fim de tornar a Fundação

Municipal 25 de Julho referência na área de agricultura familiar, e implemen-

tar políticas integradas de desenvolvimento do Programas Banco de Alimentos,

Silo de Arroz Comunitário, Restaurante Popular, Merenda Escolar, Programa de

Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar(PAA).

• Aumentar o quadro de servidores para assistência técnica e extensão rural da

Fundação 25 de julho (10 novos servidores na área de engenharia agronômica,

Plano de Governo | 104


engenharia florestal, biologia e outros).

• Implantar um centro tecnológico em pesquisa aqüícola e em agroecologia,

provendo a Fundação Municipal 25 de Julho como centro de referência em pes-

quisa na área juntamente com a Coopaville (Cooperativa de Produtores Agroe-

cológicos de Joinville e Região).

• Instalação de um centro de comercialização de produtos agroecológicos.

• Ampliar a parceria na capacitação do trabalhador rural com o Sindicato dos

Trabalhadores Rurais.

Plano de Governo | 105


Plano de Governo | 106
Turismo
Entendido como uma política de desenvolvimento territorial sustentável, pro-

movendo a integração de todas as áreas do governo e desenvolvendo a preser-

vação e manutenção do patrimônio natural e cultural, o turismo pode se revelar

um excelente instrumento de valorização da cidade, de incremento dos negócios

e de geração de milhares de oportunidades de empregos e de criação de nume-

rosas empresas de serviços. Além do turismo de evento, como o consagrado

“Festival de Dança”, temos excelente potencial para implementar o turismo cul-

tural, rural, de aventura, ecoturismo, religioso, de eventos e o empresarial. Para

o incentivo do turismo, precisamos garantir uma infra-estrutura adequada para

a atividade turística e ações estratégicas do governo no fomento de oportunida-

des. Além da diferenciação tributária para o setor, o poder municipal contribui

decisivamente para o incremento do turismo quando estrutura os equipamen-

tos públicos de recepção ao turista, quando firma parcerias com as entidades

do setor na promoção de eventos e quando sugere leis de incentivo. Para que

nossa cidade vire um “destino” do turista, precisamos cuidar de nossas atra-

ções, organizar a infra-estrutura urbana, a rede hoteleira, de alimentação e de

serviços, capacitando os profissionais da área e operando uma política pública

de propaganda que coloque Joinville no mapa, nacional e internacional. Toda a

cidade ganha com a visita de um turista e é responsabilidade da municipalidade

oferecer condições para que essa visita se renove.

Plano de Governo | 107


Propostas

• Assegurar a participação dos diversos setores da sociedade, representados no

COMTUR, no planejamento e definição de projetos na área do turismo.

• Incentivar a realização de eventos e congressos internacionais e participar da

comunidade internacional de eventos com filiação à ICCA – (International Con-

gress and Convention Association)

• Criar Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial do Turismo alinhado com

as políticas públicas federais e estaduais e com a lei nacional de turismo.

• Promover o estudo da demanda e da oferta turística em Joinville e região for-

necendo dados para diretrizes do plano diretor.

• Revitalizar e estruturar os equipamentos de gestão do turismo (postos de in-

formação turística, portal turístico).

• Informatizar os postos de informação turística.

• Incorporar profissionais do turismo (turismólogos) na equipe de técnicos do

setor turístico da gestão municipal (concurso municipal).

• Fundar a gerência de turismo junto à câmara de desenvolvimento econômico

com atribuições de planejar e gerir o Plano Diretor de Turismo do Município.

• Criar o Fundo de Turismo a partir da arrecadação de multas, estacionamentos

públicos, parcerias, editais, etc..

• Propor aos municípios a criação e implantação de mecanismos e incentivo

fiscal à formação de novos empreendimentos e os já existentes.

Plano de Governo | 108


• Estudar a implantação de novas linhas de crédito e microcrédito simplificado

para setor turístico.

• Estabelecer incentivos às atividades turísticas em operação, diferenciando

situações de risco ambiental, excesso de fluxo turístico ou localidades que in-

fluenciam em outros destinos turísticos.

• Promover a reestruturação da Promotur, priorizando suas ações no desen-

volvimento da promoção e incentivos à comercialização turística de Joinville,

criando corpo técnico adequado.

• Fortalecer a Promotur, o Comtur e o Convention & Visitors Bureau.

• Valorizar a Associação de Guias de turismo, através de ações de capacitação.

• Firmar parcerias com instituições técnicas como Sebrae, CREA, Universida-

des, Sindicatos do setor para o desenvolvimento de roteiros turísticos e empre-

endimentos turísticos na cidade e região.

• Estabelecer um projeto de roteirização turística para a região, tornando-a mer-

cadologicamente competitiva.

• Criar incentivos fiscais para o setor privado e investir no desenvolvimento de

empreendimentos turísticos compatíveis com as diretrizes do Plano de desen-

volvimento turístico da cidade.

• Estabelecer um sistema de informações, criando um conjunto de indicadores

de intervenção na atividade turística, interligado ao sistema de dados dos demais

setores da gestão pública.

Plano de Governo | 109


• Elaborar diretrizes de gerenciamento dos indicadores importantes para o pla-

nejamento da atividade turística.

• Rever legislações que impliquem em entraves para o turismo.

• Criar programa de capacitação turística do setor privado a partir da captação

de verbas do programa de qualificação profissional do Ministério do Turismo.

• Rever e adequar a legislação sanitária e fiscal do município para atender às

necessidades específicas das propriedades rurais turísticas de acordo com a re-

gulamentação da lei TRAF estadual (turismo rural/agricultura familiar).

• Elaborar selo de identificação de propriedade rural – simples rural.

• Resgatar, organizar e proteger a produção de bens materiais e imateriais das

áreas rurais.

• Criar junto ao fundo de turismo linhas de crédito para agricultores familiares

financiarem o desenvolvimento de atividades turísticas na propriedade.

• Elaborar programas de capacitação tecnológica em gestão de propriedades

rurais e de turismo rural para jovens da área rural de Joinville.

• Organizar cursos de capacitação em guiamento local e condutor ambiental

para jovens da área rural de Joinville.

• Promover, qualificar e profissionalizar a produção de artesanato e de produtos

das agroindústrias familiares como importantes atividades de agregação de va-

lor da atividade turística.

• Estabelecer as políticas de incentivo à produção orgânica como valor agrega-

Plano de Governo | 110


do a atividade de turismo rural.

• Criar uma metodologia de estudo da capacidade de carga adequado às carac-

terísticas dos atrativos turísticos, principalmente, os do segmento de turismo em

áreas naturais.

• Implantar um sistema de sinalização turística no meio urbano e ampliar o do

meio rural de Joinville.

• Institucionalizar, junto à secretaria de educação, o programa de turismo infan-

til, formação turística “conhecendo para ensinar” e de conscientização turística

junto a diversos setores da sociedade.

• Promover acesso às políticas de crédito e de desenvolvimento do turismo rural

do governo federal.

• Incorporar e divulgar as atividades de eventos culturais, esportivos e de lazer

do município no calendário oficial da SANTUR.

Turismo rural

• Fortalecer o Turismo Rural em nosso município buscando investimentos no

Ministério do Turismo/EMBRATUR.

• Programar projetos de turismo comunitário/solidário na Comunidade Morro

do Amaral.

• Criar programa de propaganda e divulgação do turismo rural nas estradas de

acesso à cidade.

Plano de Governo | 111


Plano de Governo | 112
Gestão e Servidores Públicos
A execução deste Programa de Governo não será possível sem uma

equipe motivada e valorizada de servidores públicos, com condições adequa-

das de trabalho e focada na defesa do interesse público. Para isso, é necessário

profissionalizar a administração, embasada nos cargos de carreira do serviço

público. Deve-se nomear chefias e diretores de empresas com base em critérios

técnicos, afinidade com a área e compromisso com o plano aprovado pela po-

pulação. A formação continuada e o aprimoramento do serviço público devem

ser incentivados por meio do fomento à titulação, cursos, seminários, intercâm-

bios e por um processo interno de fortalecimento dos vínculos associativos, de

criação de uma cultura afirmativa do trabalho. Importa, também, democratizar

as relações de hierarquia e criar um ambiente de mobilização pela qualidade do

serviço público. A Coligação “Joinville de toda sua gente”, propõe um conjunto

de alternativas que visam ampliar não apenas a eficiência e a eficácia do serviço

prestado, como também garantir a transparência necessária para o exercício do

controle social e público do governo.

Propostas

• Organizar o Centro de Formação do servidor público, com cursos de capacita-

ção, atualização e especialização.

• Descentralizar o atendimento dos serviços municipais, nas regionais, com um

sistema municipal de tele-informação.

Plano de Governo | 113


• Ampliar a licença de gestante da servidora pública e da mãe adotiva para seis

meses.

• Aumentar o serviço de ouvidoria.

• Definir, com a participação dos servidores, equipes paritárias de avaliação do

desempenho.

• Adotar uma política pública de comunicação institucional, segundo critérios

constitucionais.

• Modernizar e atualizar as condições de trabalho, com programas como o

PMAT, de modernização administrativa e tributária do Ministério da Fazenda.

• Garantir a manutenção do sistema de informação, integrando os bancos de

dados em rede que permitam o planejamento e a gestão qualificada dos serviços

públicos municipais.

• Melhorar a prestação direta e remota de serviços aos cidadãos, simplificando

procedimentos, capacitando servidores e ampliando a base tecnológica, inclusi-

ve com a utilização do software livre.

• Introduzir a dimensão territorial no planejamento administrativo e na imple-

mentação de políticas públicas, posicionando corretamente o trabalho das re-

gionais.

• Desenvolver processo consistente de melhoria da qualidade do gasto público,

combatendo o desperdício e a ineficácia.

• Fortalecer a função pública, visando o desenvolvimento e a retenção de com-

Plano de Governo | 114


petências dentro da máquina pública, a responsabilização de dirigentes e servi-

dores por resultados e a implantação de um sistema de mérito.

• Aprofundar o modelo de contrato coletivo, fortalecendo negociação perma-

nente com o funcionalismo.

• Institucionalizar os espaços de participação no âmbito da Administração Pú-

blica, como Conselhos e Conferências, com o aperfeiçoamento do acompanha-

mento, avaliação e publicização dos seus resultados.

• Aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização da execução e da prestação de

contas de recursos públicos transferidos para entidades privadas, para evitar

malversação e assegurar que alcancem os públicos-alvos e os objetivos estabe-

lecidos nos convênios.

• Ampliar a transparência, o controle e a eficiência das compras governamen-

tais, promovendo o monitoramento sistemático de certames licitatórios, buscan-

do identificar padrões de comportamento de empresas participantes e desvios-

padrão nos preços de aquisição de bens e serviços.

• Priorizar ações de prevenção à corrupção, especialmente quanto ao permanen-

te incremento da transparência pública e do controle social.

• Incentivar o cooperativismo habitacional dos servidores públicos.

• Manter o turno de 6 horas para o serviço interno e adequar, com turnos dife-

renciados, o pleno atendimento do cidadão.

• Estabelecer uma meta de 30% dos cargos de chefias ocupados por mulheres.

Plano de Governo | 115


Plano de Governo | 116
Segurança Pública e Cidadania

A segurança pública é hoje um dos grandes problemas das grandes mé-

dias e grandes cidades. Os assassinatos, roubos de automóveis, furtos e a vio-

lência urbana de Joinville preocupam a todos. Embora seja uma competência

constitucional do Governo do Estado, especialmente a manutenção do efetivo

da Polícia Militar e do sistema prisional, o município deve colaborar para uma

política de segurança que tenha uma ação preventiva no combate da violência e

que dissemine a cultura da paz e da integração social. Neste sentido, a Coligação

“Joinville para toda sua Gente” propõe assumir a coordenação executiva de uma

política pública integrada que, conforme dispõe o Plano Diretor, promova uma

sociedade com instrumentos capazes de manter a ordem pública subordinada

aos valores sociais e comunitários.

Propostas

• Criação de um órgão municipal gestor de segurança, a Secretaria de Seguran-

ça Pública e Cidadania.

• Promover a “Joinville Legal”, fortalecendo o papel fiscalizatório do município

na infra-estrutura de serviços básicos, dos despejos industriais, da descarga de

aterro, loteamentos irregulares, ocupação de áreas públicas e das ações de des-

matamento e destruição ambiental. Ampliar a vigilância sanitária e ambiental na

Plano de Governo | 117


fiscalização da segurança alimentar, salubridade e segurança do meio físico.

• Gestionar junto ao Governo Estadual a abertura de “Unidades de Segurança

nos Bairros”, pequenos postos policiais com efetivo 24 horas, infra-estrutura de

comunicação e mobilidade capazes de atender pequenas ocorrências e registros.

(ver modelo de Brasília)

• Implantar um programa de Educação Ambiental de Prevenção contra Riscos

junto à população, em especial nas áreas de vulnerabilidade social.

• Apoiar e estimular a capacitação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Join-

ville.

• Promover campanhas públicas com medidas preventivas e de ação imediata

de defesas sociais, especialmente dirigidas para a violência banal e a agressivi-

dade entre jovens.

• Executar ações de segurança integradas entre Estado, União e Entes Inter-

nacionais, com mais projetos junto ao Sistema Único de Segurança Pública

(SUSP).

• Ampliar, treinar e equipar os Agentes Municipais de trânsito definindo, em

convênio, seu papel supletivo na segurança pública, com vocação educativa,

preventiva e não repressiva.

• Negociar com o Ministério da Defesa a possibilidade de transferência do 62°

Batalhão de Infantaria para um bairro não central, como o Jardim Paraíso.

• Promover a melhoria no sistema de iluminação pública, a limpeza de lotes,

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o isolamento de residências abandonadas e áreas de risco para o consumo de

drogas ou prática de violências.

• Fortalecer a Defesa Civil criando um Sistema de Informações Geográficas

com a função de adotar medidas preventivas contra desastres e catástrofes de

qualquer natureza (enchentes e desmoronamentos), assim como realizar moni-

toramento pluviométricos, fluviométricos e maregráficos.

• Auxílio municipal no fortalecimento e ampliação do PROERD (Programa

Educacional de Resistência às drogas e à violência) da Polícia Militar.

• Contribuir com a Secretária de Segurança Estadual na reforma e ampliação do

Centro de Internação Provisório (CIP).

• Colaborar para a Instalação de mais câmeras de segurança, com vigilância 24

horas em pontos críticos, ruas comerciais e junto ao patrimônio público.

• Apoiar e fortalecer o Conselho Municipal e Local de Segurança (COMSEGs),

executando suas recomendações e propostas.

• Elaborar e implantar um Plano Municipal de Segurança Pública em conjunto

com COMSEGs, Câmara de Vereadores, entidades, Estado e União.

• Aprimorar e ampliar o programa “Amigo do Trânsito”.

• Reestruturar o programa Aluno-Guia que amplia a segurança escolar e educar

as novas gerações para um trânsito defensivo.

• Promover melhor sinalização vertical e horizontal, como faixa para pedestres,

sinais luminosos e placas indicativas, visando reduzir a agressividade do trânsi-

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to e orientar motoristas.

• Contribuir com a rede de proteção social, como a Fazenda Esperança da ADI-

PROS, na construção de equipamentos sociais para a recuperação de dependen-

tes químicos e alcoólicos.

• Valorizar, equipar e ampliar o papel do Conselho Tutelar.

• Implantar o Disk-Denúncia municipal.

A Equipe do Programa de Governo da Joinville de toda sua gente agradece a


participação dos núcleos temáticos, técnicos e de todos os apoiadores que contribuíram
para esse trabalho. Em especial, agradecemos o empenho de Oliveiros Marques pelo
projeto gráfico, Luciano Gonçalves pela diagramação, arte e edição, Kátia Nascimento
e Fabiana Vieira pelas fotografias, Izani Mustafá e Borges de Garuva pela revisão e de
todos os apoiadores que participaram voluntariamente das fotografias.
Muito obrigado!

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