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ÁREA 1

Curso: Engenharia Ambiental


Laboratório de Química e Experimental

Turno: Noturno

Professor(a): Elisangela Figueiredo

Alunos: Andrea Caldas


Angélica Araújo
Ianara Lima
José Luiz Lima
Letícia Rodrigues
Sirana Costa

Experimento nº 02
Data do Experimento 04/03/10
Data de Entrega do relatório 25/03/10

FORÇAS OXIDANTE E REDUTORA


Salvador – BA
2010

Andréa Caldas
Angélica Araújo
Ianara Lima
José Luiz
Letícia Rodrigues
Sirana Costa

FORÇAS OXIDANTE E REDUTORA

Relatório descrevendo o segundo experimento,


sobre as forças oxidante e redutora,
apresentado como pré-requisito para
aprovação em Química Geral e Experimental,
no curso de Engenharia Ambiental da
Faculdade Área 1.

Professor Orientador: Elisangela Figueiredo

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Salvador – BA
2010

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RESUMO

Na classificação das reações químicas, os termos oxidação e redução abrangem um


amplo e diversificado conjunto de processos. Muitas reações de oxi-redução são
comuns na vida diária e nas funções vitais básicas, como o fogo, a ferrugem, o
apodrecimento das frutas, a respiração e a fotossíntese.
Oxidação é o processo químico em que uma substância perde elétrons, partículas
elementares de sinal elétrico negativo. O mecanismo inverso, a redução, consiste no
ganho de elétrons por um átomo, que os incorpora a sua estrutura interna. Tais
processos são simultâneos. Na reação resultante, chamada oxi-redução ou redox,
uma substância redutora cede alguns de seus elétrons e, conseqüentemente, se
oxida, enquanto outra, oxidante, retém essas partículas e sofre assim um processo
de redução. Ainda que os termos oxidação e redução se apliquem às moléculas em
seu conjunto, é apenas um dos átomos integrantes dessas moléculas que se reduz
ou se oxida.

Palavras chave: Oxidação, redução e Oxi- Redução.

ABSTRACT

In the classification of the chemical reactions, the terms oxidation and reduction
enclose an ample and diversified set of processes. Many reactions of oxi-reduction
are common in the daily life and basic the vital functions, as the fire, the rust, the
roting of the fruits, the breath and the photosyntheses.
Oxidation is the chemical process where a substance loses electrons, elementary
particles of negative electric signal. The inverse mechanism, the reduction, consists
of the electron profit for an atom, that incorporates them its internal structure. Such
processes are simultaneous. In the resultant reaction, called oxi-reduction or redox, a
reducing substance yields some of its electrons and, consequently, if it oxidates,
while other, oxidant, holds back these particles and suffers thus a process from
reduction. Despite the terms oxidation and reduction if apply to molecules in its set,
he is only one of integrant atoms of these molecules that if reduce or if it oxidates.

Keywords:Oxidation, reducion e oxi – reduction.

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................... 05

2 – OBJETIVOS.........................................................................................................07

3 - MATERIAIS UTILIZADOS E REAGENTES..........................................................08

4 – PROCEDIMENTO................................................................................................09

5 - RESULTADOS, DISCUSSÃO E OBSERVAÇÕES..............................................10

6 - CALCULOS DAS ENERGIAS DAS REAÇÕES..................................................12

7 – CONCLUSÃO......................................................................................................13

8 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...........................................................................14

9 - LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................. 15

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INTRODUÇÃO
Força redutora deve ser interpretada como a tendência de um elemento sofrer
oxidação, cedendo elétrons, provocando a redução em outra espécie química.
Força oxidante é interpretada como a tendência de um elemento sofrer redução,
recebendo elétrons, provocando a oxidação em outra espécie química.
São transformações que envolvem a transferência de elétrons, e que ocorrem
simultaneamente. Isto é, enquanto ocorre a oxidação, ocorre também a redução, e
vice-versa. É característica dos metais ceder elétrons, caracterizando-os, em sua
maioria, como agentes de força redutora, eles também possuem boa condutividade
elétrica e de calor, geralmente apresentando cor prateada ou amarelada, um alto
ponto de fusão e de ebulição e uma elevada dureza. Um metal pode ser definido
também como um elemento químico que forma aglomerados de átomos com caráter
metálico.
Num metal cada átomo exerce apenas uma fraca atração nos elétrons mais
externos, da camada de valência, que podem então fluir livremente, proporcionando
a formação de íons positivos (ou cátions) e o estabelecimento de ligações iônicas
com não metais. Os elétrons de valência são também responsáveis pela alta
condutividade dos metais.
Os metais são um dos três grupos dos elementos distinguidos por suas
propriedades de ionização e de ligação, junto com os metalóides e os não metais. A
maioria dos metais é quimicamente estável, com a exceção notável dos metais
alcalinos e alcalinos terrosos. Os metais apresentam grande diversidade de
propriedades físicas e químicas, conforme a pressão, temperatura e outras
variáveis.
Os átomos dos ametais possuem energia de ionização elevadas e afinidades
eletrônicas grandes. Os elementos existem mais frequentemente sob forma de
moléculas relativamente pequenas, em todas as fases. Nos seus compostos, os não
metais, com exceção do flúor, apresentam estados tanto positivos como negativos,
mas os últimos tendem a ser mais estáveis na maioria das circunstâncias. Eles
recebem elétrons, caracterizando-os, em sua maioria, como de força oxidante.

A oxidação pode ocorrer sob três circunstâncias: quando se adiciona oxigênio à


substância, quando uma substância perde hidrogênio ou quando a substância perde
elétrons. Enquanto a Redução é o inverso e ocorre também de três maneiras:

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quando uma substância perde oxigênio, quando ganha hidrogênio ou quando ganha
elétrons.
Este experimento procurará explicar como ocorrem estas reações em alguns
elementos químicos, e demonstrar as mudanças que ocorrem durante os processos
de oxidação e redução.

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OBJETIVOS

Este relatório tem como objetivos: Acumular conhecimentos à cerca das reações
químicas de oxidação e redução; relacionar as propriedades de oxidação e redução
com alguns elementos químicos observados; Buscar informação quanto ao caráter
antioxidante da vitamina C; e verificar a relação entre a energia de ionização e a
afinidade eletrônica entre as forças de redução e oxidação.

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MATERIAIS UTILIZADOS E REAGENTES

Vidrarias e diversos :
- Béquer
- Proveta
- Pipeta
- Tubo de ensaio
- Lixa
- Piscete (contendo água destilada)

Reagentes:
Sódio metálico, fita de magnésio, fenolftaleína, solução aquosa de cloro, solução
aquosa de iodeto, solução etanólica de iodo e ácido ascórbico (vitamina C).

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PROCEDIMENTO

1a Parte

1 - Em um béquer de 100 mL colocamos 10 mL de água destilada e 3 gotas


de fenolftaleína.
2 - Tomamos um pedaço de 1 a 2 cm de fita de magnésio e lixamos. Colocamos a
fita de magnésio limpa no béquer preparado no item 1.

2a Parte
1 - Em um béquer de 100 mL colocar 10 mL de água destilada e 3 gotas
de fenolftaleína.
2 - Tomar um pedaço bem pequeno (tamanho de uma cabeça de fósforo) de
sódio metálico.
3 - Colocar o sódio metálico no béquer preparado no item 1.

3a Parte
1 - Colocamos num tubo de ensaio cerca de 2 mL de solução aquosa de iodeto.
2 - Adicionamos ao tubo preparado no item 1, 3 gotas de água de cloro.

4a Parte
1 - Colocamos 1 mL de uma solução 1 % de ácido ascórbico (vitamina C) num
tubo de ensaio.
2 - Adicionamos cerca de 2 mL de solução etanólica de iodo ao tubo do item 1
3 - Transferimos a solução resultante do item 2 para outro tubo de ensaio e
adicionamos 3 gotas de água de cloro.

TABELA DE DADOS EXPERIMENTAIS


EXPERIMENTO CORES OBSERVADAS

1ª Rosa/Magenta
Rosa Intenso/ Magenta/

Carmim
3ª Castanho
Incolor
4ª (o resultado final na verdade
seria castanho)

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1. RESULTADOS, DISCUSSÃO E OBSERVAÇÕES

As forças de oxidação e redução são transformações que envolvem a transferência


de elétrons. A oxidação e a redução ocorrem juntas na mesma reação química, e a
transferência de elétrons entre substâncias faz com que o número de oxidação de
uma substância aumente enquanto o da outra diminui. Podemos dizer então que em
uma reação a substância que perde elétrons e sofre oxidação é designada agente
redutor enquanto a substância que ganha elétrons e sofre redução é designada
agente oxidante.

Observamos a aplicação destas reações no desenvolvimento de novas baterias, na


prevenção à corrosões, na produção industrial de Cl2, F2, Al, Cu, NaOH. Há também
a importância na compreensão das reações de interesse biológico. Calculadoras,
brinquedos, lâmpadas, rádios e muitos outros objetos eletroeletrônicos utilizam
pilhas alcalinas para funcionarem. Outros processos como revelação fotográfica,
fotossíntese, respiração, assim como os testes de glicose na urina ou de álcool no ar
expirado são outros exemplos de reações que envolvem a transferência de elétrons.

Durante os experimentos, foram observadas diversas reações, anotadas por ordem


de realização conforme o procedimento experimental anterior:

1ª parte – Após a fita de magnésio ser colocada no béquer com a água destilada e
fenolftaleína, foi observado que ao redor da fita a solução tornou-se magenta (rosa
forte), e houve uma liberação mínima de gás. A reação da fita de magnésio com a
água é relativamente lenta, mas sempre reagindo.
Teoricamente, há uma efervescência, constatando a liberação de H2 e forma-se uma
base Mg(OH)2 que é visto pela coloração rosa do indicador Fenolftaleína. O
Magnésio só reage se for exposto, e após remoção da camada superficial de óxido.
Constata-se então que os resultados esperados foram obtidos, e o porquê de termos
tido que lixar a fita de magnésio.

Energia de Vaporização (sublimação) do magnésio metálico, que é sólido à


temperatura ambiente. Mg (s) → Mg (g) (ΔHSUB = + 148 kJ/mol).

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Mg (s) + 2H2O (l) → Mg(OH)2 (aq) + H2 (g) -
Oxigênio causou oxidação do Magnésio, ou, o magnésio reduziu o oxigênio.

2ª parte – Essa etapa foi realizada pela professora, pois o sódio possui um alto
potencial de reatividade. Quando o pequeno pedaço de sódio foi adicionado ao
béquer com a fenolftaleína foi observada uma reação muito forte e rápida, onde
ocorreu uma intensa liberação de vapor, e uma coloração rosada muito forte.
Teoricamente, há uma efervescência, constatando a liberação de H2 e forma-se uma
base (NaOH) que é vista pela coloração rosa do indicador fenolftaleína. Constata-se
então que os resultados esperados foram obtidos.

Energia de Vaporização (sublimação) do sódio metálico, que é sólido à temperatura


ambiente. Na (s) → Na (g) (ΔHSUB = +107,8 kJ/mol).

Na + H2O  NaOH + H2 - As moléculas de hidrogênio e oxigênio causaram a


oxidação do sódio, que é agente redutor e por isso se oxida.

3ª parte – No tubo de ensaio com solução aquosa de iodeto foi adicionado três
gotas de água de cloro, então nota-se claramente a mudança de cor que ocorre de
amarelo para castanho.
2 KI(aq) + Cl2(aq) → 2 KCl + I2(aq) - Iodeto é um médio agente redutor, enquanto o
Cloro é agente oxidante. O iodeto oxidou e o cloro reduziu.
I2 (aq) + 2e- → 2I- (aq) E°red= +0,54 v
Cl2 (aq) + 2e- → 2Cl- (aq) E°red= +1,36 v

4ª parte – Após colocado 1 mL de ácido ascórbico no tubo de ensaio foi adicionado


as 2 mL de solução etanólica de iodo, nessa etapa não foi obtido coloração alguma,
No mesmo tudo de ensaio foi adicionado 3 gotas de cloro, nota-se uma mistura
semelhante a água e o óleo, mas quando agitado torna-se incolor.
C6H8O6 + I2 → C6H6O6 + 2I- + 2H+
Teoricamente: O ácido ascórbico é um redutor, portanto deve reduzir o iodo (I2) para
iodeto (I-). Visualmente notamos que a cor castanho escuro (do iodo em solução
com solventes polares como água e etanol) deve desaparecer (o iodeto é incolor).
Por sua vez, como o cloro (Cl2) é um oxidante mais forte (com potencial de redução

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maior) que o iodo, vai oxidar o iodeto e a solução incolor voltará a ser castanho
devido ao iodo produzido.
Porém, neste experimento houve uma alteração nos resultados, pois um dos
reagentes (água de cloro) estava fora dos padrões, e a cor real que deveria ser
observada era o castanho ao final da mistura. O objetivo esperado durante o
procedimento em laboratório não foi satisfatório, mas após consultas ficou
esclarecido o ocorrido.

Metais e água: Metais alcalinos, como o sódio, fazem reação muito violenta com a
água, mesmo a frio. Metais alcalino-terrosos, como o magnésio, fazem reação
branda com a água, a frio. O magnésio faz reação muito lenta com a água fria; com
a água quente é mais rápida, porém branda.

CALCULOS DAS ENERGIAS DAS REAÇÕES

• Energia da reação do Mg.

ΔHR = ΔHSUB + ΔHI + ΔHHID


ΔHR = 148 + (740+1450) + (-1921)
ΔHR = 417 KJ.mol-1

• Energia da reação do Na.

ΔHR = ΔHSUB + ΔHI + ΔHHID


ΔHR = 107 + 500 + (-406)
ΔHR = 201 KJ.mol-1

2. CONCLUSÃO

Conclui-se que quando um átomo absorve energia, os elétrons podem ser


transferidos de um nível para outro mais afastado do núcleo. Se a sua energia for

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suficientemente alta, será possível arrancar o elétron do átomo em questão,
transformando o num íon positivo. Os metais de modo geral, possuem baixos
potenciais de ionização e baixa afinidade eletrônica, ou seja, eles perdem elétrons
facilmente; enquanto os ametais possuem altos potenciais de ionização e alta
afinidade eletrônica e seus elétrons são difíceis de serem arrancados. Em todas as
etapas desse experimento foi possível observar essas reações, alcançando assim o
objetivo dessa aula pratica no laboratório que era de observar as propriedades de
oxidação e redução entre alguns elementos, porém houve apenas um exceção
durante a 4ª parte do experimento onde o resultado obtido (sem coloração – incolor)
não foi o esperado (coloração castanho).
A medição do potencial de redução e oxidação também é muito utilizada em
processos industriais, em tratamento d'água e em laboratórios. Uma grande
aplicação para esta tecnologia é o controle de cloro na água potável, industrial, de
torres de resfriamento ou de efluentes.
O experimento realizado é de demasiada importância num curso de engenharia
ambiental, já que nos dá uma idéia de que tipos de materiais se oxidam mais
facilmente, e outros que podem causar a oxidação e também de que formas essas
reações podem ocorrer. E também no relativo a alterações no meio e prejuízos que
um oxidante ou redutor poderia causar num ambiente, em seres vivos e materiais de
trabalho.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALVES, Líria. Brasil Escola – Química - Oxidação e Redução. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/quimica/oxidacao-reducao.htm>. Acesso em 16 de
mar. 2010.

14
Et. Al. – Wikipédia - Enciclopédia digital - Afinidade Eletrônica. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Afinidade_eletr%C3%B4nica>. Acesso em 17 de mar.
2010.

Et. Al. – Wikipédia - Enciclopédia digital – Fenolftaleína. Disponível em:


<http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenolftale%C3%ADna>. Acesso em 17 de mar. 2010.

Et. Al. - Ligações Químicas I – Apostila eletrônica. Disponível em:


<http://200.156.70.12/sme/cursos/EQU/EQ20/modulo1/aula0/aula01/03.html>.
Acesso em 17 de mar. 2010.

Et. Al. – Wikipédia - Enciclopédia digital - Potencial de Redução. Disponível em:


<http://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_de_redu%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em 17
de mar. 2010.

FACULDADE DE CIÊNCIAS, UNIVERSIDADE DE LISBOA – Química Inorgânica I,


Problemas. Disponível em: <http://www.dqb.fc.ul.pt/cup/44333/2008-09/Prob%20ES
%2008.pdf>. Acesso em 17 de mar. 2010.

FACULDADES INTEGRADAS RUI BARBOSA - Normas ABNT. Disponível em:


<http://www.firb.br/abntmonograf.htm>. Acesso em 24 de fev. 2010.

Física.net – Química - Reações Inorgânicas. Disponível em:


<http://www.fisica.net/quimica/resumo14.htm#Oxi>. Acesso em 15 de mar. 2010.

GONÇALVES, Norberto Sanches. – Química Inorgânica Teórica. Disponível em:


<http://www.qmc.ufsc.br/~lab313/qmc_5132_qu
%EDmica_inorganica_teorica/roteiro_qmc_5132_parte2.pdf>. Acesso em 17 de mar.
2010.

PEDROSA, Simone Dias - Reações de Oxidação e Redução. Disponível em:


<http://www.cecimig.fae.ufmg.br/wp-content/uploads/2007/10/monografia-final-
simone.pdf>. Acesso em 16 de mar. 2010.

CANTO, Eduardo Leite; PERUZZO,Tito Miragaia , Química na Abordagem do


Cotidiano. Editora Moderna. Volume 1.P 143-147.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Óxido-Redução – Bioquímica.


Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/ib/bioquimica/aula10oxido.pdf>.
Acesso em 15 de mar.2010.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

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KJ/mol = ( mil Joule por cada mol de partículas/átomos/moléculas - neste caso
falamos em mol de molécula)

ΔHSUB = Energia/entalpia de Sublimação

ΔHI = Energia de Ionização

ΔHHID = Energia de Hidratação

ΔHR = Energia da Reação

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