CURSO DE FILOSOFIA
PROJETO DE PESQUISA
TÍTULO:
TÍTULO:
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA:
OBJETO DA PESQUISA
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5
1
André Comte-Sponville, filósofo materialista, racionalista e humanista, nasceu em Paris, em 1952.
Ex-aluno da École Normale Supérieure, foi professor de filosofia e por muito tempo mestre de
conferências na Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne), de onde saiu para se dedicar
exclusivamente a escrever e a dar conferências fora da universidade. De um ponto de vista
epistemológico, aproxima-se do racionalismo crítico de Karl Popper. Separa radicalmente a ordem prática
(os valores) da ordem teórica (o conhecimento). Ele propõe uma metafísica materialista e uma
espiritualidade sem Deus.
2
COMTE-SPONVILLE, André. O espírito do ateísmo. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 11.
3
Aqui refere-se à definição ocidental do termo.
4
DURKHEIM, 1913 Apud COMTE-SPONVILLE, 2009 , p. 13.
6
Com essa definição, vê-se uma abrangência maior do fenômeno, no que diz
respeito à sua pluralidade.
Quanto à origem do termo “religião”, são duas as interpretações etimológicas.
Ambas sustentam que o vocábulo provém do latim religio. Contudo, alguns pensadores,
como Lactâncio e Tertuliano, interpretam a palavra como advinda do verbo religare
(=amarrar, ligar bem). Outros, como Cícero, afirmam que tem origem no verbo relegere
(=recolher, reler). No primeiro caso, temos a seguinte concepção: a religião é aquilo que
liga.6 No segundo, ela é aquilo que recolhe e/ou relê.7-8
Partindo da observação do fenômeno religioso, tal como é definido por Comte-
Sponville, ou seja, em sua expressão no Ocidente,9 vê-se uma característica em
comum nas denominações, por mais distintas que sejam umas das outras: o teísmo.10
Com isso, surge também a dificuldade de se definir o conceito “Deus”, uma vez que
cada denominação possui sua própria definição. Contudo, toma-se a definição nominal
proposta por Comte-Sponville:
5
Ibid., p. 14.
6
Neste caso, os filólogos sustentam a tese de que esse “religar” se refere ao ser humano e ao ser
divino.
7
Obviamente que, nesse caso, tanto o verbo recolher como reler se referem a mitos, textos
fundadores, ensinamentos, saberes, leis, mandamentos etc.
8
Cf. COMTE-SPONVILLE, 2009, p. 22-27.
9
Isto é, do judaísmo, do cristianismo e do islamismo como principais referências.
10
Ou a crença em um ou mais deuses.
11
COMTE-SPONVILLE, 2009, p. 70.
7
partir daí, nesta investigação, tem-se como base a análise psicanalítica de Sigmund
Freud:
12
FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão. São Paulo: Imago editora, 1987, p. 46.
13
SPINOZA, Baruch. Ética. Rio de Janeiro: Editora Autêntica, 2008, p. 219.
14
“[...] o que há de mais amável, por definição, que um Deus de amor? Quem não sonharia com
ele?” (COMTE-SPONVILLE, 2009, p. 117).
15
Trata-se de uma tese sustentada primeiramente por Santo Anselmo, no século XI, a qual, em
essência, argumenta em favor da existência de Deus partindo de sua própria definição: “um ser tal que
não se possa conceber nada maior que ele”.
16
COMTE-SPONVILLE, 2009, p. 119.
17
NIETZSCHE, 1888 apud COMTE-SPONVILLE, 2009 , p. 13
8
de uma vida eterna18 ou, como já dizia Lucrécio, o “temor perigoso do Hades que
perturba, desde a profundeza, a vida humana, colorindo tudo com o negror da morte”.19
Ademais, a celebração de rituais e o sentimento de luto diante da morte de
alguém é uma das principais formas que as religiões, em sua maioria, encontram para
tranquilizar as pessoas frente ao sentimento “doloroso”20 que esse fenômeno causa.
18
Cf. Ibid. p. 121.
19
LUCRÉCIO, 270? (a.C.) apud ULLMANN, Reinholdo Aloysio. Epicuro: o filósofo da alegria. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2006, p. 101.
20
COMTE-SPONVILLE, 2009, p. 16.
21
Ibid., p. 18.
22
Ibid., p. 49.
9
METODOLOGIA
23
“Não é uma religião, e sim uma moral.” (COMTE-SPONVILLE, 2009, p. 53).
24
MONTAIGNE, 1595 apud COMTE, SPONVILLE, 2009, p. 53.
25
Ibid. p. 67.
26
Uma vez que este pode ser entendido como um valor absoluto e inviolável, além de uma
entidade que merece respeito e cuja violação é tida como sacrilégio.
27
COMTE-SPONVILLE, 2009, p. 67.
10
CRONOGRAMA
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Ago Set Out Nov
Etapas da pesquisa
2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012
Revisão da Literatura X X X X X X X X
Coleta dos dados X X X X X
Análise dos dados X X X X X
Conclusão X
Formatação final do
X
trabalho
11
Entrega da monografia X
Banca de defesa X
ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS:
12
FREUD, Sigmund. O Futuro de uma ilusão. São Paulo: Editora Imago, 1974.