Eu entendo a provação do coração de cada ser humano, o grau de desespero, de
desencorajamento, e de desesperação. Eu compreendo o grau de perda, pois tive que deixar o Meu Pai para ir para a Terra, e depois tive que deixar aqueles que amava tanto para regressar para o Meu Pai. Entendo também a angústia, a dor e a aflição, pois gritei de agonia quando os pregos perfuraram as Minhas mãos e os Meus pés. Sei como é ser abandonado por aqueles que Me amavam, sim, até pelo Meu próprio Pai, por isso gritei: “Meu Deus! Meu Deus! Por que Me desamparaste?” Eu entendo o medo profundo, o medo de encarar o que está pela frente por causa da dor e da angústia que trará, por isso disse: “Pai, passa de Mim este cálice”. Eu entendo a imensa sensação de perda quando aqueles que Me amavam mais Me abandonaram quando fui levado cativo. E conheço a profundeza da mágoa de ver alguém que amamos nos trair, como Judas, que Me traiu com um beijo. Porventura não senti as suas enfermidades? Por acaso pensam que Eu não compreendo essas coisas, e que não tenho grande compaixão de vocês? Compadeço-Me sobremaneira ao ver a sua dor e os seus momentos de tribulação, provação e purificação. Fico de coração partido ao vê-los tão sem esperanças, perdidos e abandonados, quando agarram-se com todas as suas forças e ainda assim sentem que não têm mais em que se agarrar. Embora o Meu Pai não tenha passado esse cálice de Mim, e Eu tenha visto os que Me eram queridos Me abandonarem na hora da angústia e aquele que Eu amava Me trair, tudo isso resultou numa vitória, renovação e salvação enormes! E embora os pregos tenham perfurado as Minhas mãos e os Meus pés, e Eu tenha levado muitas chicotadas; e tenha achado que Meu Pai Me abandonara, e tenha tido que passar pela morte, ainda assim, tudo isso resultou numa vitória, renovação e salvação enormes! Mesmo que tudo lhe pareça tenebroso e você não consiga ver adiante, quero que saiba que Eu o envolvo em Meus braços. Peço-lhe que confie em Mim quando estiver nas profundezas, que confie em Mim na hora do desespero, da dor e da perda. Se estiver disposto a beber deste cálice e a dizer: “Não se faça a minha vontade, mas a Tua”, você também terá uma gloriosa vitória que ultrapassará tudo o que você conhece.