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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE UMA ÁREA DE


CERRADO SENSU STRICTO NO PARQUE NACIONAL DE
CHAPADA DOS GUIMARÃES

LEILANE CRISTINA OLIVEIRA COSTA


CUIABÁ-MT
2010
LEILANE CRISTINA OLIVEIRA COSTA

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE UMA ÁREA DE


CERRADO SENSU STRICTO NO PARQUE NACIONAL DE
CHAPADA DOS GUIMARÃES

Orientador: Prof. Dr. Diego Tyszka Martinez

Monografia apresentada à disciplina Práticas


Integradas do Departamento de Engenharia Florestal,
da Faculdade de Engenharia Florestal - Universidade
Federal de Mato Grosso, como parte das exigências
para obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Florestal.

CUIABÁ-MT
2010

ii
LEILANE CRISTINA OLIVEIRA COSTA

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE UMA ÁREA DE


CERRADO SENSU STRICTO NO PARQUE NACIONAL DE
CHAPADA DOS GUIMARÃES

Monografia apresentada à disciplina Práticas


Integradas do Departamento de Engenharia Florestal,
da Faculdade de Engenharia Florestal - Universidade
Federal de Mato Grosso, como parte das exigências
para obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Florestal.

APROVADA EM:

Comissão Examinadora

______________________________________ _______________________________
Prof. Ms. Wagner Antônio Trondoli Matricardi Luciano Lanssanova
UFMT/FENF UFMT/FENF

__________________________
Prof. Dr. Diego Tyska Martinez
Orientador – UFMT/FENF

iii
Levantamento fitossociológico de uma área de cerrado sensu stricto no
Parque Nacional de Chapada dos Guimarães

RESUMO
O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento fitossociológico de um trecho de
cerrado sensu stricto, localizado no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, no
município de Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, para obter conhecimento sobre a
comunidade arbusto-arbóreo do local, sua estrutura, composição florística e a distribuição das
espécies. O local do estudo se localiza ao lado da Rodovia Emanuel Pinheiro, em um dos
pontos de visitação do parque, conhecido como Monumento de Pedra. Foram alocadas de
forma continua 8 parcelas de 10 m x 10 m (100 m²). Foram incluídos na amostragem todos os
indivíduos com perímetro igual ou superior a 15 cm, medidos a 30 cm de altura em relação ao
nível do solo. Foram amostradas 19 espécies, distribuídas em 12 famílias. A família
Myrtaceae apresentou três espécies, seguida pelas famílias Fabaceae, Malpighiaceae,
Connaraceae, Crysobalanaceae e Vochysiaceae, ambas com duas espécies cada. As demais
famílias apresentaram apenas uma espécie amostrada. As espécies com maior Índice de
Importância foram Davilla nitida (Vahl) Kubitzki, Myrcia crassifolia (Miq.) Kiaersk, Andira
cuiabensis (Benth.) O.Kuntze, Rourea induta Planch. var. induta Baker, Piptocarpha
rotundifolia (Less.) Baker e Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. O índice de Shannon (H’=
2,42) e a similaridade dos registros botânicos pelo coeficiente de Sörensen (média de 56,6)
indicam baixa diversidade e certa similaridade entre os registros. A abundância foi de 2087,5
indivíduos por hectare, sendo considerada alta para as condições de cerrado. A correlação
entre diâmetro e altura por pares de indivíduos da mesma espécie variou de 0,32 a 0,81,
demonstrando que algumas espécies apresentam boa relação entre estes caracteres, enquanto
outros não se relacionam bem, devido a forma da árvore, geralmente com ramificação baixa.

Palavras-chave: Fitossociologia, florística, parâmetros ecológicos, ecologia do cerrado.

iv
SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS E FIGURAS ......................................................................................vi

RESUMO ............................................................................................................................. iv

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

2. MATERIAL E MÉTODO ................................................................................................ 2

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 6

4. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 12

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................12

ANEXOS .................................................................................................................................15

v
LISTA DE TABELAS E FIGURAS

Tabela 1. Famílias, espécies e números de indivíduos (NI) amostrados no cerrado sensu


stricto no município de Chapada dos Guimarães – MT...........................................6

Tabela 2. Resultados do levantamento fitossociológico do cerrado strictu senso, no município


de Chapada dos Guimarães.........................................................................................7

Tabela 3. Fitossociologia do cerrado sentido restrito do município de Chapada dos


Guimarães...............................................................................................................9

Figura 1. Curva espécie-área, do cerrado sentido restrito do município de Chapada dos


Guimarães.................................................................................................................10

Tabela 4. Estudo de similaridade entre as parcelas, através do coeficiente de Sörensen, em um


cerrado sensu stricto no município de Chapada dos Guimarães. ............................11

Tabela 5. Correlação entre diâmetro e altura do cerrado sensu stricto no município de


Chapada dos Guimarães.........................................................................................11

vi
1. INTRODUÇÃO

Mato Grosso é um estado extenso e com uma rica diversidade, tanto nas
formações vegetais, quanto na fauna, abrangendo três grandes biomas brasileiros – Amazônia,
Cerrado e Pantanal (SILVEIRA & BORGES, 2009).
O Bioma Cerrado ocupa aproximadamente 2 milhões de km² representando 22%
do território brasileiro (FERNANDES et al., 2003), concentrando um terço da biodiversidade
nacional e ainda 5% da flora e da fauna mundial (FALEIRO et al., 2008).
Este bioma é composto por diversos tipos de vegetação, sendo predominante o
cerrado sensu stricto, fitofisionomia que ocupa aproximadamente 70% do bioma cerrado
(ASSUNÇÃO & FELFILI, 2004), crescendo em solos profundos e bem drenados. Ocorre
geralmente em faixas extensas e continuas, possuindo uma camada herbácea gramínea e um
estrato lenhoso com altura variando de 3 a 5 m, com cobertura arbórea entre 10 a 60%, com
árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, distribuídas
aleatoriamente sobre o terreno em diferentes densidades. Não sofrem com a restrição hídrica
durante a estação de seca, período em que ocorrem as queimadas (FELFILI & SILVA
JUNIOR, 2001; RIBEIRO & WALTER, 1998).
No período da seca é comum a ocorrência de queimadas no cerrado, seja por
causa natural ou antrópica, sendo esta última a maior responsável pelas queimadas, este fogo
se torna importante para a manutenção de algumas espécies, pois auxilia a abertura dos frutos
e assim a liberação de sementes (COUTINHO, 1977).
O Estado do Mato Grosso possui 92 unidades de conservação, porém muitas
dessas unidades não possuem informações a respeito da estrutura da vegetação e de sua
composição florística (MEIRA NETO & SAPORETTI JÚNIOR, 2002). Levantamentos
florísticos e fitossociológicos têm fornecido informações importantes que permitem a
elaboração e planejamento de propostas para recuperação de áreas que sofreram alguns
distúrbios (FIEDLER et al., 2004). Fatores como a alta diversidade, pequena porcentagem de
áreas protegidas aliados à forte pressão sofrida por este bioma, mostram a importância de se
conhecer a diversidade biológica contida nesse ambiente, permitindo a avaliar as perdas nas
áreas alteradas e sugerir medidas de conservação dessa diversidade.

1
Os levantamentos fitossociológicos além de fornecerem informações quantitativas
sobre a estrutura horizontal e vertical da vegetação promovem o conhecimento das variações
fisionômicas e estruturais sofridas pelas comunidades vegetais ao longo do tempo e espaço
(SCOLFORO, 1993).
Os diversos trabalhos sobre levantamentos fitossociológicos e florísticos visam
quantificar quais famílias são mais representativas de uma área, como está a ocupação de cada
espécie, sua influência na comunidade e sua ocorrência em vários pontos distintos da área;
como é feito no trabalho de Oliveira-Filho, Scolforo e Melo (1994), onde analisaram uma área
através dos índices fitossociológicos: densidade por área, densidade relativa, freqüência
absoluta, freqüência relativa, dominância relativa, índice de valor de importância.
Medidas de abundância e de distribuição das espécies são essenciais, quando se
objetiva conhecer a estrutura da vegetação e construir uma base teórica que subsidie seu
manejo, conservação ou a recuperação de áreas similares (VILELA et al., 1993).
Vegetações de natureza distintas requerem a adoção de metodologias apropriadas
que reflitam suas características morfológicas e estruturais. Uma proposta metodológica é a
implantação de parcelas permanentes que são áreas demarcadas em determinada vegetação,
para o monitoramento das mudanças que ocorrem em sua estrutura fitossociológica, na
diversidade, na biomassa, taxas de crescimento, recrutamento, mortalidade e muitas outras
variáveis (FELFILI et al., 2005). Para que uma amostragem seja representativa ela deve
englobar uma porção de sua composição florística, possuindo uma pequena variação para os
parâmetros estruturais como densidade, área basal e volume (FELFILI & SILVA JUNIOR,
2001). Assim deve-se estar atento ao tamanho das parcelas, para que elas possam cobrir o
máximo de diversidade paisagística de cada fitofisionomia em cada área.
O objetivo desse trabalho foi conhecer a estrutura, a composição florística e a
distribuição de espécies do componente arbóreo-arbustivo de uma área do Cerrado sensu
stricto, localizado no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, do município de Chapada
dos Guimarães - MT.

2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Área de Estudo

2
O estudo foi desenvolvido em uma área de cerrado sensu stricto, no Parque
Nacional de Chapada dos Guimarães, localizado no município de Chapada dos Guimarães,
Mato Grosso, aproximadamente nas coordenadas 15º23’38,37’’S e 55º50’07,17’’O
(GOOGLE EARTH). A área avaliada localiza-se na parte elevada do parque e, segundo a
classificação de Köppen, o clima inclui-se na categoria Cw, caracterizado por uma estação
chuvosa do mês de outubro a março e um período de seca do mês de abril a setembro
(IBAMA, 2005). O solo do local possui característica argilo-arenoso acinzentado.

2.2. Instalação das parcelas

A instalação das parcelas foi adaptado da metodologia descrita no Manual para o


Monitoramento de Parcelas Permanentes nos Biomas Cerrado e Pantanal (FELFILI et al.,
2005).
Foram estabelecidas oito parcelas permanentes delimitadas e demarcadas com
trena, cordões e estacas de madeira. Estabeleceu-se o tamanho 10 m x 10 m com área de
100m² cada, sendo contíguas, com o objetivo de conter todas as características da estrutura da
vegetação arbórea, pois sua distribuição é geralmente esparsa, formando grupos intercalados
com áreas campestres e até mesmo árvores isoladas. A instalação de parcelas permanentes foi
feita para subseqüentes medições, e assim, compreender a sucessão e a dinâmica da
vegetação.

2.3. Medição dos dados

Comumente, em levantamentos florestais, utiliza-se o DAP como medida padrão.


Porém, em cerrado, o porte das espécies geralmente é pequeno e com muitos troncos com
bifurcações baixas. Neste caso, foram amostrados todos os indivíduos com circunferência
igual ou superior a 15 cm, medidos a 30 cm de altura, e a altura total das árvores.

2.4. Coleta e Identificação do Material Botânico

Foram feitas coletas de material botânico, com auxílio de podão e tesoura de


poda. As amostras botânicas foram preparadas e confeccionadas (exsicatas) para fins de
identificação. Para a identificação coletaram-se partes vegetativas dos indivíduos. Depois de

3
preparado, este material foi levado ao Herbário da Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT) e identificado por um especialista conforme o Sistema de Cronquist.

2.5. Análise dos dados

As análises foram feitas considerando as famílias e as espécies amostradas. Para a


caracterização da estrutura da vegetação foram utilizados os seguintes parâmetros:
Abundância: número de árvores por espécie por unidade de área, sendo descritos de forma
absoluta ou relativa (%):

Abundância Absoluta = n/ha


Abundancia Relativa = [(n/ha)/(N/ha)] * 100
Onde:
n/ha = numero de indivíduos de cada espécie por hectare
N/ha = numero total de indivíduos por hectare

Freqüência: percentagem da ocorrência ou ausência de uma espécie em um determinado


local. Exprime a distribuição das espécies no espaço de amostragem, variando de 0 a 100%.
Valores altos de freqüência como 61% a 100% indicam homogeneidade florística, valores
baixos como 1% a 40% indicam alta heterogeneidade florística. Quanto maior a extensão da
parcela, maior o número de espécies nas classes de freqüência.
Freqüência Absoluta = porcentagem de parcelas em que ocorre uma espécie;
Freqüência Absoluta = (Pt/P)*100
Onde:
Pt = é o número de parcelas em que determinada espécie ocorre;
P = é o número total de parcelas amostradas.
Freqüência Relativa = freqüência absoluta de cada espécie/freqüência absoluta de
todas as espécies * 100;
Freqüência Relativa = (FAbs/FAt)*100
Onde: FAbs é a freqüência absoluta de cada espécie e FAt é o somatório de todas as
freqüências absolutas.

4
Dominância: É estimada através do somatório das áreas basais dos troncos, normalmente
sendo expressa em m²/ha. Pode ser absoluta, dada pelo somatório das áreas basais de todos os
indivíduos (m²); e pode ser relativa, que é a participação percentual de uma espécie no total de
área basal variando entre 0 a 100%.
Dominância Absoluta. = g/ha
Dominância Relativa = [(g/ha)/ (G/ha)] * 100
Onde:
g = área transversal de cada espécie por hectare (m²/ha)
G = área basal por hectare (m²/ha)

Índice de valor de importância (IVI): É obtida através do somatório dos valores de


abundância relativa, freqüência relativa e dominância relativa. Este índice permite comparar
os pesos ecológicos das espécies em uma determinada tipologia florestal.
IVI= Abundância Relativa +Dominância Relativa + Freqüência Relativa

Curva Espécie-Área: é uma função do número acumulado de espécies levantadas em relação


à área de amostragem. Fornece informações referentes à homogeneidade na distribuição da
espécie no povoamento. Apresenta um crescimento máximo nas primeiras parcelas
levantadas, tendendo a se estabilizar a medida que mais parcelas vão sendo incluídas.

Índice de Shannon: índice que representa a diversidade se baseando na variabilidade de


espécies e na abundância relativa dos indivíduos.

H’ = -∑ pi lnpi
Onde:
pi = ni/N, ou seja, a abundância relativa da i-ésima espécie por área;
ni = número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos.

Coeficiente de afinidade de Sörensen: serve para comparação de registros sob o aspecto


florístico. Registro com Ks = 100 são idênticos, registros com Ks = 0 são absolutamente
distintos.

5
Ks =
Onde:
a é o número de espécies no registro A;
b é o número de espécies no registro B;
c é o número de espécies comuns a ambos os registros.

Verificou-se também se havia correlação entre os valores de perímetro e de altura.


Esta correlação foi feita entre pares de dados de árvores de mesma espécie, que foram
amostradas pelo menos três vezes.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram registradas 19 espécies, pertencentes a 12 famílias (Tabela 1). As famílias


que apresentaram mais de uma espécie foram: Chrysobalanaceae, Connaraceae, Fabaceae,
Malpighiaceae, Vochysiaceae e Myrtaceae. Assim como em outros trabalhos (Felfili et al.,
2000; Silva et al., 2000; Assunção, Felfili, 2003) estas famílias foram as mais representativas.

TABELA 1. Famílias, espécies e números de indivíduos (NI) amostrados no cerrado sensu


stricto no município de Chapada dos Guimarães – MT.
Família Nome Popular NI
Asteraceae (Compositae)
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker Vassourão-candeia 10
Celastraceae (Hippocrateaceae)
Salacia crassifolia (Mart. ex Schult.) G. Don Saputá-do-cerrado 4
Chrysobalanaceae
Couepia uiti Benth. Pateiro 1
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. & Hook. f. Oiti-do-sertão 4
Connaraceae
Connarus suberosus Planch. Conaro-suberosus 2
Rourea induta Planch. var. induta Baker Botica-inteira 12
Dilleniaceae
Davilla nitida (Vahl) Kubitzki Lixeirinha de rama 54
Ebenaceae
Diospyrus hispida A DC. Caqui-de-boi 1
Fabaceae ( Leguminoseae Papilionideae)
6
Andira cuiabensis (Benth.) O.Kuntze Andira-de-cuiabá 12
Bowdichia virgiloides H. B. & K. Sapupira-preta 1
Lythraceae
Lafoensia pacari St.Hil. Pacari-verdadeiro 2
Malpighiaceae
Byrsonima intermedia A. Juss. Murici-intermédia 1
Byrsonima sp. - 7
Myrtaceae
Myrcia albotomentosa DC. Guamirim-de-pêlos-brancos 9
Myrcia crassifolia (Miq.) Kiaersk. Guamarim-cascudo 16
Myrcia sp. - 1
Sapotaceae
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. Abiurana-guacá 12
Vochysiaceae
Vochysia cinnamomea Pohl. Vochysia-de-vinho 1
Vochysia rufa Mart. Vochysia-doce 3
Árvores Mortas 5
Árvores Sem Folhas 9

As famílias Dilleniaceae e Myrtaceae obtiveram espécies amostradas em todas as


parcelas, sendo a primeira representada por apenas uma espécie e a segunda por três espécies.
Estas famílias apresentaram também os maiores valores de IVI, sendo 55,99 e 43,75
respectivamente, devido ao alto valor da abundância para Myrtaceae e ao alto valor de
dominância para Dileniaceae.

TABELA 2. Resultados do levantamento fitossociológico do cerrado strictu senso, no


município de Chapada dos Guimarães.
Famílias FA FR Ab.A Ab.R DA DR IVI
Dilleneaceae 100,00 15,09 12,50 5,26 3,29 35,63 55,99
Myrtaceae 100,00 15,09 37,50 15,79 1,19 12,87 43,75
Fabaceae ( Leguminoseae 75,00 11,32 25,00 10,53 1,52 16,44 38,29
Papilionideae)
Connaraceae 75,00 11,32 25,00 10,53 0,81 8,80 30,65
Malpighiaceae 50,00 7,55 25,00 10,53 0,45 4,88 22,96
Asteraceae (Compositae) 75,00 11,32 12,50 5,26 0,57 6,17 22,75
Sapotaceae 50,00 7,55 12,50 5,26 0,60 6,56 19,37
Chrysobalanaceae 37,50 5,66 25,00 10,53 0,14 1,49 17,68
Vochysiaceae 25,00 3,77 25,00 10,53 0,21 2,33 16,63

7
Celastraceae (Hippocrateaceae) 50,00 7,55 12,50 5,26 0,33 3,58 16,39
Ebenaceae 12,50 1,89 12,50 5,26 0,06 0,65 7,80
Lythraceae 12,50 1,89 12,50 5,26 0,05 0,59 7,74
TOTAL 662,50 100,00 237,50 100,00 9,22 100,00 300,00
Nota: FA= freqüência absoluta, FR= freqüência relativa, Ab.A= abundância absoluta, Ab.R=
abundância relativa, DA= dominância absoluta, DR= dominância relativa e IVI=
índice de valor de importância.

Nos trabalhos de Meira Neto & Saporetti Junior (2002), Barbosa (2006),
Assunção & Felfili (2003) e Felfili et al. (2000), avaliando áreas de cerrado , também foram
registradas estas famílias.
Os parâmetros fitossociológicos por espécie estão descritos na Tabela 3. A espécie
que apresentou o maior IVI foi a Davilla nitida, seguida de outras espécies como Myrcia
crassifolia, Andira cujabensis, Rourea induta e Piptocarpha rotundifolia.
Dentro da família Dilleniaceae a espécie Davilla nitida é uma das mais freqüentes
dentro do cerrado, sendo, neste estudo, a espécie com maiores valores para abundância,
freqüência e dominância, apesar de não apresentar indivíduos com diâmetro muito elevado, a
quantidade de indivíduos fez com que se sobressaísse perante as outras espécies. O alto valor
para freqüência também pode representar que a área possui as condições especificas para o
seu desenvolvimento, visto que as parcelas não se encontram em locais distintos.
Em trabalhos de levantamentos fitossociológicos de autores como Assunção &
Felfili (2003), Felfili et al. (2000), Silva et al. (2000), Carvalho et al. (2007), onde foram
amostrados indivíduos pertencentes a família Dilleniaceae, não houve registro da espécie
Davilla nitida.
Dos 167 indivíduos amostrados, 5 eram árvores mortas e 15 eram árvores sem
folha, sendo este último número reduzido para 9 após o inicio das chuvas, quando foi feito
retorno para se verificar se já haviam emitido brotação. As 5 árvores mortas tinham PAP de
18cm a 46,5cm.
Este trabalho apresentou uma abundância de 2087,5 indivíduos por hectare, com o
diâmetro mínimo de inclusão de 5 cm a 0,30m do nível do solo, muito superior ao encontrado
no trabalho de Felfili et al., 2000, que obteve uma abundância de 995 indivíduos por hectare
com o diâmetro mínimo de inclusão de 5 cm porém medido ao nível do solo.

8
Os valores de IVI para Myrcia crassifolia, Andira cujabensis, Rourea induta,
Piptocarpha rotundifolia e Pouteria ramiflora confirmam a presença dessas espécies no
cerrado sensu stricto, sendo também amostradas em outros trabalhos.
As espécies da família Vochysiaceae apesar de serem representativas em outros
trabalhos (SILVA et al., 2000; FELFILI et al., 2000) neste talvez por aspectos climáticos,
altitude ou devido ao solo, apresentaram baixos valores para os parâmetros fitossociológicos.

TABELA 3. Fitossociologia do cerrado sentido restrito do município de Chapada dos


Guimarães.
Espécies NI FA FR Ab.A Ab.R DA DR IVI
(ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha)
Davilla nitida 54 100 11,27 675 32,34 3,29 32,60 76,20
Myrcia crassifolia 16 87,5 9,86 200 9,58 0,71 7,07 26,51
Andira cujabensis 12 62,5 7,04 150 7,19 1,10 10,87 25,10
Rourea induta 12 75 8,45 150 7,19 0,52 5,11 20,75
Piptocarpha rotundifolia 10 75 8,45 125 5,99 0,57 5,64 20,08
Pouteria ramiflora 12 50 5,63 150 7,19 0,60 6,00 18,82
Árvores Sem Folhas 9 75 8,45 112,5 5,39 0,44 4,36 18,20
Myrcia albotomentosa 9 62,5 7,04 112,5 5,39 0,44 4,34 16,78
Byrsonima sp. 7 37,5 4,23 87,5 4,19 0,42 4,13 12,55
Árvores Mortas 5 50 5,63 62,5 2,99 0,42 4,15 12,78
Salacia crassifolia 4 50 5,63 50 2,40 0,33 3,28 11,31
Couepia grandiflora 4 37,5 4,23 50 2,40 0,03 0,34 6,96
Vochysia rufa 3 25 2,82 37,5 1,80 0,16 1,63 6,25
Bowdichia virgiloides 1 12,5 1,41 12,5 0,60 0,42 4,17 6,18
Connarus suberosus 2 12,5 1,41 25 1,20 0,30 2,94 5,55
Lafoensia pacari 2 12,5 1,41 25 1,20 0,05 0,54 3,15
Couepia aff. Uiti 1 12,5 1,41 12,5 0,60 0,10 1,03 3,03
Diospyros hispida 1 12,5 1,41 12,5 0,60 0,06 0,59 2,60
Myrcia sp. 1 12,5 1,41 12,5 0,60 0,04 0,36 2,36
Vochysia cinnamomea 1 12,5 1,41 12,5 0,60 0,05 0,50 2,51
Byrsonima intermedia 1 12,5 1,41 12,5 0,60 0,03 0,34 2,34
TOTAL 167 887,5 100 2087,50 100,00 10,08 100,00 300,00
Nota: FA= freqüência absoluta, FR= freqüência relativa, Ab.A= abundância absoluta, Ab.R=
abundância relativa, DA= dominância absoluta, DR= dominância relativa e IVI=
índice de valor de importância.

Muitas famílias foram representadas por apenas uma espécie e algumas


apresentaram mais de uma, sendo que muitas dessas espécies foram representadas por um

9
único indivíduo, o que pode significar raridade ou indicar que o local apresenta exatamente as
condições necessárias para o seu estabelecimento.
Foram registrados 9 indivíduos sem folhas, devido ao trabalho ter sido realizado
no período de seca, o que impossibilitou a identificação destes.
As espécies amostradas apresentaram diâmetros pequenos a 0,30m do solo,
conseqüentemente obtiveram valores de área basal baixo.
A curva espécie-área (Figura 1) mostra que a utilização de três parcelas é
suficiente para amostrar a maioria das espécies, nas condições de estudo. Após a terceira
parcela, só ocorreu aumento no número de espécies a partir da 6ª parcela, com acréscimo de
apenas uma espécie por parcela, demonstrando uma tendência de estabilização.

25

20
Número de espécies

15

10

0
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

Número de Parcelas
2
y = 4,7216Ln(x) + 9,7411 R = 0,9416

Nº de Espécies Log. (Nº de Espécies)

Figura 1. Curva espécie-área, do cerrado sentido restrito do município de Chapada dos


Guimarães.

A diversidade encontrada através do índice de Shannon foi de 2,42, sendo um


valor baixo, comparado aos valores encontrados nos trabalhos de Medeiros, Felfili, Libano
(2006) de 3,42 e 3,82, encontrado por Carvalho et al. (2007).

10
A similaridade média entre parcelas, pelo índice de Sorensen (Tabela 5), foi de
56,6, com mínima de 35,3 e máxima de 71,42, indicando certa similaridade entre os registros
botânicos para as espécies.

TABELA 4. Estudo de similaridade entre as parcelas, através do coeficiente de Sörensen, em


um cerrado sensu stricto no município de Chapada dos Guimarães.
Parcelas P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
P1 55,56 58,82 40,00 66,67 35,29 58,82 47,06
P2 47,06 53,33 66,67 58,82 58,82 47,06
P3 71,43 57,14 62,50 62,50 62,50
P4 66,67 71,43 71,43 57,14
P5 57,14 57,14 42,86
P6 50,00 37,50
P7 62,50

Os resultados médios, mínimos e máximos observados para os caracteres


diâmetro e altura, para cada espécie, estão descritos no Anexo 1. Com base nos valores
medidos, foi estimada a correlação entre estes caracteres. Para florestas o que se espera é uma
alta correlação entre o diâmetro e a altura, porém o que se espera encontrar no cerrado é
diferente. A correlação foi feita entre pares de dados de árvores por espécie, que foram
amostradas pelo menos 3 vezes (Tabela 5).

TABELA 5. Correlação entre diâmetro e altura do cerrado sensu stricto no município de


Chapada dos Guimarães.

Correlação Perímetro e
Espécies
Altura

Andira cujabensis 0,76


Byrsonima sp. 0,41
Couepia grandiflora 0,69
Davilla nitida 0,60
Myrcia albotomentosa 0,71
Myrcia crassifolia 0,51
Piptocarpha rotundifolia 0,85
Pouteria ramiflora 0,84
Rourea induta 0,32

11
Salacia crassifólia 0,81
Vochysia rufa 0,72

Com a ocorrência do fogo as plantas do cerrado perdem parcial ou totalmente sua


cobertura foliar, o que pode influenciar nas estratégias de crescimento. Muitas plantas
começam a bifurcar antes de 1,30 m (DAP), e após o fogo muitas começam a rebrotar ao nível
do solo depois da mortalidade de sua copa, podendo provocar uma correlação baixa entre o
diâmetro e altura. Apesar da bifurcação, a maioria das espécies apresentou correlações de
média a alta magnitude, demonstrando certa tendência que, para as condições existentes, são
consideráveis.

4. CONCLUSÃO

O ambiente avaliado apresentou baixa diversidade e ampla distribuição das


espécies, sendo que, neste caso, a amostragem com três parcelas são suficientes para amostrar
a maioria das espécies. A família Myrtaceae apresentou o maior número de espécies. Davilla
nitida é a espécie mais representativa na área amostrada, quanto ao número de indivíduos,
freqüência, abundância, dominância e Índice de Valor de Importância.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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14
ANEXO

TABELA 6. Diâmetros e Alturas das espécies amostradas no cerrado sensu stricto no município de
Chapada dos Guimarães.
Diâmetro a 30 cm Altura (m)
Espécie
Média Mínimo Máxima Média Mínimo Máxima
Andira cujabensis 9,01 9,07 12,41 3,29 2,40 4,80
Bowdichia virgiloides 20,69 - - 7,50 - -
Byrsonima intermedia 5,89 - - 1,90 - -
Byrsonima sp. 6,96 4,77 9,07 3,12 2,30 3,50
Connarus suberosus 5,09 - - 2,50
Couepia aff. Uiti 5,89 - - 1,50
Couepia grandiflora 8,81 6,68 11,14 3,28 2,80 3,80
Davilla nitida 7,23 4,77 11,78 2,52 1,40 4,00
Diospyros hispida 7,80 - - 2,80
Lafoense pacari 5,25 4,77 5,73 2,00 2,00 2,00
Morta 8,66 5,73 14,80 3,50 2,50 5,00
Myrcia albotomentosa 6,77 4,77 10,19 2,96 1,75 5,00
Myrcia crassifolia 6,47 3,77 8,12 1,88 1,25 2,60
Myrcia sp. 6,05 - - 2,50 - -
Piptocarphia rotundifolia 6,86 4,77 9,55 2,16 1,20 2,80
Pouteria ramiflora 6,80 4,77 8,91 2,54 1,60 3,50
Rourea induta 6,20 4,93 7,96 1,96 1,50 2,80
Rourea suberosus 7,32 - - 2,50 - -
Salacia crassifolia 7,96 6,53 11,30 2,56 2,10 3,00
Sem folha 6,98 5,41 9,23 3,00 1,75 4,80
Vochysia cinamomia 7,16 - - 3,20 - -
Vochysia rufa 7,43 6,68 8,59 2,43 1,70 3,10

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