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Resumo

Doenças de Peixes: Profilaxia, Diagnóstico e Tratamento

Gilberto C. Pavanelli; Jorge C. Eiras; Ricardo M. Takemoto

1. Introdução

Podem as condições ambientais serem alteradas?

Caso o organismo patogênico esteja presente, pode ser eliminado?

Caso não esteja presente, pode ser impedida sua entrada?

2. Manejo, Profilaxia e tratamento

Não há previsão do

Faltam estudos eficácia das drogas utilizadas prejuízo ambiental

2.1. Manejo

Medida mais importante para manter a sanidade na piscicultura.

QUALIDADE DA ÁGUA

Água de má qualidade estresse equilíbrio fisiológico

LIMITANTE Sistema Imunológico

Oxigênio Dissolvido

Água corrente Tanque com água parada excesso de alimentação


Temperatura

Aumento da temperatura = diminuição da solubilidade do oxigênio

= associa-se a produtos químicos tóxicos, aumentando sua


dissolução prejudicial aos peixes

Amônia

Resulta principalmente de dietas ricas em proteínas excretadas pelos peixes.

A amônia dissolvida é mais tóxica, para oxidar o íon Amônio é gasto grade quantidade de
oxigênio, Logo, Mais Amônia = Menos Oxigênio

pH

Faixa normal (6 – 8)

 9 influencia a quantidade de amônia


2.2. Profilaxia

Nos Tanques:

Deve ser periódica, pois sucessivas utilizações armazenam grande quantidade de patôgenos.

Produtos Indicações
(CaO) Cal virgem 75g/m2 – Fundo Arenoso
400g/m2 – Fundo Argiloso
1kg/m2 – erradicação de organismos patôgenos até
3cm de profundidade
Formol (formalina comersial) 5% - Tanque de Concreto
(CaCN) Cianamida de cálcio 0,5 a 0,75kg/m2 - Infecções virais, é altamente tóxico,
aguardar de 8 a 14 dias de tratamento. Mantem sua
toxicidade por cerca de 6 semanas.
Profilaxia nos Alevinos e Adultos

Os banhos são tratamentos rotineiros na aquisição dos exemplares com posterior quarentena.

Banho Posologia
Cloreto de Sódio 10g/l/24hs – alevinos
20g/l/24hs - adulto
Formol 1:6.000/30 min. – alevinos
1:4.000/1h - adulto
Permanganato de potássio 1g/50l/1h - alevinos e adultos (Alta toxidade)
Verde malaquita 2g/10m3/vários dias (ação teratogênica e cancerígena)
Indicado apenas para reprodutores e ovos
Formol + verde malaquita (4g de verde malaquita +1l de formol) diluir na proporção
1:6.000/1h – alevinos e 1:4.000/1h para adultos;
Não pode ser aplicados nos peixes para consumo imediato.
Profilaxia nos ovos e gametas

Usual – Iodo, depende do pH (<6 = maior toxidade, prejudicial; > 8 = menor efeito anti-séptico)

Recomenda-se a lavagem dos ovos antes e depois da assepsia.

Posologia: 50 a 100mg/l/10 min. – avos embrionados

25mg/l/10 min. – Gametas

2.3. Tratamento:

Considerações importantes que vão definir o sucesso da piscicultura:

Diagnóstico correto da doença

Conhecimento dos efeitos colaterais da droga

Efeito residual (no Ambiente e no Consumidor)

Banhos terapêuticos:

Geralmente utilizado para tratamentos de patologias externas, deve-se observar o controle da


qualidade água e densidade a fim de minimizar o estresse

De Curta duração ( tanques pequenos)

No próprio tanque de criação: evitar o aumento da densidade, controlar a qualidade da água,


preferir períodos com temperatura amena, geralmente por mais de 12hs.

Produto Profilaxia Posologia


Ác. Acético monogenéticos 2l/l/30seg.
Amônia Doença bacteriana de água fria 2ml/l/15min.
quaternária *
Cloreto de sódio Ictiobadose,chilodonella,monogenéticos e 1 a 3%/30min. A 3h
saprolegniose
5%/30min ou 0,3% por
Ictiofiritíase 24h

Saprolegniose, lerniose e doença branquial 5%/1 a 2min/3 dias


bacteriana
1 a 1,5%/20 a 30 min
saprolegniose
Formol Ictiobadose, ictiofitiríase, amebíase, 1l/4l/30min a 1h
chilodonella, trichodina, Dependendo do tamanho
apiosoma,ambiphrya, recomenda-se repetir 3x
epistylis,monogenéticos e saprolegniose com intervalo de 3dias
por aplicação

1l/l/15min.

Saprolegniose (ovos)
Iodo Viroses,bacterioses,micoses e protozoozes 50 a 100mg/l/10min
(ovos)

Viroses,bacterioses,micoses (gametas) 25mg/l/10min.


Metrifonato (**) Monogenéticos, ergasilídeos, lesneose e 25g/l/5 a 10min, quatro
argulédeos aplicações durante 1
semana.
Permanganato de saprolegniose 1:10.000/5 a 10 min.
potássio
Sulfato de cobre Saprolegniose (ovos) 1:200.000/1h

(peixes) 15ml/l ou25ml/l por 1h


Dependendo do estado
das brânquias.
Verde malaquita Branquiomicose 0,3ml/l/12hs
(***)
Doença renal proliferativa 1,5 ppm, deixar entrada
de água aberta
Saprolegniose(ovos) 1 a 5ppm por 1h

(peixes) 1:15.000/10 a 30 seg ou 1


a 4ppm por 1h
Trichodina,chilodonella,Apiosoma,ambiphry
a e epistylis 2 a 3g/10m3/ vários dias
Formol+verde Apiosoma, ambiphrya e epistylis (4g de verde malaquita/1
malaquita l de formol)
: 25mililitros/1m3/1h

Ictiofitiríase, trichodina, :1:4.000/1h


chilodonellla,apiosoma,ambiphrya e
epistylis
(*) quando as bactérias se localizam apenas na superfície do corpo.

(**) não deve ser usado em temperaturas >32°C e em peixes para consumo humano.

(***) é indicado em banhos prolongados apenas em reprodutores

Incorporação de drogas ao alimento

É o menos estressante para os animais, deve-se calcular a quantidade ministrada de maneira


mais correta possível

Produto Indicação
Ác. Oxolínico Doença da boca vermelha e furunculose – misturar a ração 10mg/kgde
peixe/dia, durante 10 dias (idem)
Cloranfenicol Doença da boca vermelha – idem
Eritromicina Doença renal bacteriana – 100mg/kgdepeixe/dia durante 21 dias
Flumequina Furunculose – idem
Óxido de Di-n- Digenéticos,cestóides,nematóides e acantocéfalos – misturar a ração
butylEstanho 25gr/100kg de peixes/dia durante 3 dias
oxitetraciclina Doença bacteriana da água fria – 50 a 75mg/kg de peixe/ durante 10 dias
Doença da boca vermelha – idem
Doença da coluna, furunculose e eritrodermatite da carpa – 220mg/kg de
peixe/10 dias em seguida 50 a 75mg/kg de peixe/+10 dias

Septicemia provocada por edwardsiella tarda e E.ictaluri – 55mg/kg/10 ou


60mg/kg/4 a 5dias

Septicemia por aeromonas móveis e pseudômonas fluorescentes –


5,5mg/kg/10 dia.
sulfamerazina Doença da coluna – 220mg/kg/10 dias +50 a 75mg/kg/10dias

Doença da boca vermelha – idem ou 200mg/kg/3 dias

Septicemia por aeromonas móveis e pseudômonas fluorescentes – 200 a


300mg/kg/10 dias
Sulfato de Hexamita -200 a 300 por quilo de ração durante 5 dias
magnésio

3. PARASITOSES

3.1. Doenças causadas por Protozoários

Doença Sintomatologia Patogenia Diagnostico Profilaxia e


Tratamento
Piscinoodinium Não específica, Causa Observação Manutenção
pillulare pode-se notar hemorragias de raspados de baixa
grande desconforto, petequiais no tegumentares densidade,
(grande asfixia, movimentos tegumento, ou de banho de
mortalidade em operculares degeneração e brânquias ao formol:150ml a
pisciculturas intensos, muitas necrose das microscópio 300ml/m3/30 a
tropicais) vezes uma camada células e ligeira 45min.
de aparência inflamação. Nas
aveludada na brânquias,
superfície. hiperplasia e
fusão extensa das
lamelas
secundárias
Ichthyobodo Apresentam uma Destruição das Observação Transmite-se
necator tênue formação células no com facilidade.
<8°C produzem esbranquiçada na superficiais do microscópio Banho com
cistos e >30°C superfície, tegumento do de raspados formol ou NaCl
morrem provocada por peixe causa do para trutas e
(tbm chamado excesso de muco. O lesões tegumento e ciprinídeos.
de costiose) peixe apresenta responsáveis por brânquias.
Icitiobodose letargia procurando problemas
Não específico e lugares mais calmos osmorreguladores
comum em e ainda fricção do e nas brânquias.
água doce corpo nas paredes
do tanque.
Amebas Sem sintomas Nas brânquias Microscopia Banho com
Localizam-se fusão das lamelas de raspagem formol.
geralmente na secundárias, em do
superfície do casos agudos tegumento,
corpo e tbm em causa lesões brânquias ou
órgãos internos. granulomatosas, macerado de
Mortalidade com necrose em tecidos.
atinge 30% dos vários órgãos,
hospedeiros ascite ou
hipertrofia
Hexamita spp. Podem apresentar Mortalidade de Microscópio Tratamento
anorexia, distúrbios ate 75% dos com dispensável,
Hospeda o natatórios – natação hospedeiros ampliação de apenas evitar
intestino, rápida e convulsiva- quando associada 400x com estresse. Caso
freqüente em exofitalmia, cor a estresse corante no necessário
salmonídeos e escura e fezes raspados alimento com
ciclídeos em claras. intestinais sulfato de
água doce magnésio
tropical

Myxobolus Apresenta-se nos Mortalidade de Exame de Sem


cerebralis alevinos de 6 a 7cm, 100% dos corte tratamento
Manifesta-se apresentam hospedeiros, deve histológicos
apenas nas rodopios e cauda ser declarada as de zona da
trutas escura autoridades cartilagem
sanitárias

Doença renal Letargia e Mortalidade de 5 Observação Utilização de


proliferativa escurecimento, a 100% , histológica do verde
exoftalmia, e intimamente rim malaquita
Manifesta-se distensão da relacionada com a
apenas na truta- cavidade visceral temperatura
arco-íres
Ichthyophthiriu Pontos brancos O peixe atacado Observação Proliferação
s miltifillis espalhados pelo esfrega o corpo direta rápida.
Responsável corpo e brânquias. contra o fundo do Tratamento
pelos maiores tanque, casos demorado
prejuízos na agudos podem com, NaCL,
piscicultura de causar até formol ou
água doce hemorragias, formol com
quando nas verde
Ictiofitiríase brânquias o malaquita.
excesso de muco
dificuldades
respiratória.
Trichodina spp Sem sinais clínicos, Apenas em casos Exame da
Tratamento
podem aparecer agudos, raspagem do
com verde
uma tênue camada alimentam-se de tegumento e
malaquita ou
cinza azulada. células epiteliais. brânquias.
formol ou
associados.
Chilodonella Sem sinais clínicos Em casos agudos Raspados de Fácil
spp particulares, pode ocorrer tegumento e transmissão.
hipersecreção de mortalidade brânquias. Tratamento
Encontram-se muco na região principalmente com verde
nos mais dorsal entra a quando associado malaquita,
variados nadadeira dorsal e a a má qualidade formol ou
ambientes, cabeça. de água. Nas associados.
podendo formar brânquias pode
cistos em causar asfixia.
condições
desfavoráveis.

Ciliados Mudança da Associados a má Raspados de Tratamento


Sessilina pigmentação do qualidade de tegumento e com verde
Geralmente tegumento e água e brânquias, malaquita,
comum em excesso de muco, a hospedeiros de sendo formol ou
água doce. presença de pequeno porte indispensável associados.
Intensidade de epistylis provoca pode provocar o exame dos
parasitose baixa lesões com aspecto mortalidade ciliados vivos.
hemorrágico elevada

3.2. Doenças causadas por Metazoários

Organismos Sintomatologia Patogenia Diagnóstico Profilaxia e


tratamento.

Monogenéticos Intensa produção Responsável por Observação de Tratamento com


de muco nas grande parte das raspados das formol, NaCL, Ác.
Normalmente brânquias e doenças de brânquias e Acético ou
parasitam as tegumento, em piscicultura tegumento em lupa metrifonato.
brânquias, mas infestações intensiva. ou microscópio. Ou
podem se severas levam o colocar o peixe em
encontrar no peixe a se tratamento de formol
tegumento, esfregar no fundo por 2h os parasitas
narinas, ou laterais do vão se soltar e ficar
tegumento e tanque, no fundo do tanque.
cavidades provocando Observa-se com lupa
lesões

Digenéticos Depende do lugar As larvas são Necropsia do peixe e Eliminação de


parasitado: tubo mais prejudiciais, exame de seu órgãos. moluscos que são
Os adultos vivem digestivo – pois podem Em caso de quase sempre os
no intestino e emagrecimento, migrar para o infestações or cistos hospedeiros
interior dos Gônadas – interior do peixe, de metacercárias intermediários e
órgão e tecido castração, Olho – a patogenicidade observa-se os pontos aves piscívoras. O
subcutâneo. As formação de deve se levar em amarelos ou negros. tratamento é feito
larvas encistadas catarata, Na conta a espécie, apenas para os
em várias musculatura – tamanho, parasitas
regiões, como, dificuldade de quantidade e intestinais com
musculatura,sist. locomoção. local de Óxido Di-N-Butyl
Nervoso, olhos, Algumas larvas alojamento Estanho na ração.
entre outros. fixam-se
tegumento e são
facilmente
observadas a olho
nu por pontos
amarelos ou
pontos negros na
superfície do
peixe.

Cestóides Geralmente Nos casos Necrose do peixe com Eliminar os


suportam bem o citados, podem exame dos órgãos microcrustáceos
Tênia, o adulto parasitismo, em causar internos. que são
encontra-se casos de Jauella e hemorragias e hospedeiros
quase sempre no Megathylacus necrose. intermediários, no
aparelho podem lesar ou caso de serem
digestivo, as atravessar a utilizados como
larvas na parede intestinal alimentos esses
cavidade visceral podendo causar devem ser
e órgãos em cistos. congelados e
geral. ministrados após
24hs. Tratamento
apenas p os
adultos com
Óxido de Di-N-
Butyl Estanho na
ração.

Nematóides Parasitam Risco de Necrose do peixe com Evitar contato dos


normalmente o infecções exame dos órgãos peixes com os
Comum em água tubo digestivo secundárias nos internos. crustáceos e aves.
doce utiliza pode ser animais
normalmente encontrados em parasitados. Tratamento
crustáceos como órgãos em geral. apenas p os
Geralmente
hospedeiros Geralmente quando adultos com
intermediários. Óxido de Di-N-
suportam bem o encontrado na
parasitismo musculatura o Butyl Estanho na
ração
peixe é
descartado,
comum e
piranhas e
traíras.
Acantocéfalos Sem Depende da Necrose do peixe com Evitar a ingestão
sintomatologia espécie, exame dos órgãos de isópodes e
Entre os quantidade e internos. anfípodes.
helmintos é o local de fixação.
grupo de menor Tratamento
importância apenas p os
adultos com
Óxido de Di-N-
Butyl Estanho na
ração.

Hirudíneos Pequenas lesões Casos agudos Facilmente visíveis a Eliminação de


ulcerativas podem ocorrer olho nu plantas aquáticas
Sanguessugas anemia, o maior e drenagem com
prejuízo está na assepsia do
capacidade de tanque.
transmitir Tratamento com
patôgenos. formol ou
metrifonato.

Pentastomídeos Não existe Não causam Pesquisa de larvas Evitar contato dos
grandes prejuízos encistadas peixes com fezes
Artrópodes que de répteis. Não há
em fase adulta tratamento
parasitam
pulmão e vias
respiratórias

Molusco As larvas são Dependem do Detecção do parasita Sem tratamento


visíveis como número em que nas brânquias e corpo com desinfecção
pequenas se encontram e do peixe. As larvas do tanque.
pontuações da reação de são pequenos pontos
brancas no cada hospedeiro. brancos no corpo do
tegumento e Em grande peixe.
principalmente quantidade pode
nas bordas das causar grande
nadadeiras. E mortalidade
ainda nas
brânquias.

Crustáceos Ação direta Vistos a olho nu


causando grande
Maior prejuízo a mortalidade ou
piscicultura de transmissores de
água doce vírus .

copépodes Causador da Grande É possível perceber Evitar introdução


ergasidiliose, pequenos pontos de peixes
alteração na mortalidade. brancos nas parasitados nos
capacidade brânquias. Ou tanques. Em
respiratória do raspado do corpo e infestações
peixe, aumento brânquias. mássicas
de muco. recomenda-se o
Facilmente visto a sacrifício dos
Causador de olho nu animais e assepsia
Lerneose: perda Lesões causadas
do tanque.
de equilíbrio, pela penetração
Tratamento com
natação errática e das ancoras,
Metrifonato ou
letargia propiciam
NaCL.
desenvolvimento
de outras
enfermidades

branquiúros Mudança da Efeito Visualização a olho nu A mesma para os


coloração, inflamatório, ou identificação dos outros crustáceos.
causada pela lesões ulcerativas ovos que fixam-se nas
toxina injetada é hipersecreção paredes dos tanques
pelos crustáceos, de muco ou a vegeateação
ficando quase submersa.
negros,
emagrecimento e
alteração no
comportamento

isópodes Dificuldade Limita-se ao local Mais fácil de se Evitar introdução


respiratória, da fixação, identificar, são de animais
emagrecimento e causando grandes com o corpo contaminados.
redução da taxa necrose, quando segmentado,achatado Remoção manual.
de crescimento. fixo na língua dorso ventralmente Tratamento com
pode causar a formol, em caso
perda da mesma de grande
infestação torna-
se ineficaz.

4. Micoses
Os fungos se dividem basicamente em 2 categorias: Saprófitas (alimentam-se de matéria
orgânica em decomposição) e os parasitas que infectam organismos vivos.

Doença Sintomatologi Patogênia Diagnóstico Profilaxia e


a tratamento
SAPROLEGNIOSE Colônia com A penetração Exame das Manter boa
Infecção aparência de das hifas hifas ao qualidade da água,
secundária que algodão, mas restringe-se a microscópio evitar lesões
desenvolve esporos pode epiderme, e cultura dos tegumentares, e
brancos sobre a apresentar podendo em fungos. indivíduos mortos
lesão com coloração casos agudos devem ser retirados
aparência próxima escura se atingir a imediatamente dos
ao algodão. A existir musculatura, tanques.Tratamento
maior parte das bactérias se níveis de dos ovos com verde
espécies tem desenvolvendo mortalidade malaquita , formol
crescimento no meio. baixo, excerto ou sulfato de cobre
mínimo entre 0 a quando a e dos peixes com
5°C, crescimento infecção se da verde malaquita,
lento até os 15°C, nos ovos com permanganato de
crescimento ótimo grande taxa de potássio, NaCL.
entre 18 a 26°C e mortalidade.
pequeno acima de
28°C.

BRANQUIOMICOSE Desenvolvem- Destruição das Identificação Medidas de higiene,


São agentes se nas lamelas do fungo em e imediata retirada
patogênicos brânquias, a secundárias, culturas. dos exemplares
oportunistas que se região afetada necrose e Apresentação mortos. os tanques
desenvolvem em torna-se pálida aneurisma, e castanho das atingidos devem ser
temperaturas devido a trombose. Alta hifas e desinfetados.
elevadas e baixo dificuldade de mortalidade grandes Tratamento com
pH, manifestam-se circulação principalmente esporos. verde malaquita e
em má condições sangüínea. Os em aumento do fluxo
ambientais. animais temperaturas de água.
apresentam elevadas. Os
asfixia,letargia indivíduos
e distúrbio de infectados
movimentos. podem morrer
em dois dias
após a
infecção.

5. BACTERIOSES

Ação patogênica secundária, porém em casos de estresse podem atacar as células do


tegumento e músculos como o caso das Aeromonas.

Doenças causadas por bactérias comuns em água doce:


Doença sintomatologia Patologia diagnóstico Profilaxia e
tratamento
Doença da Pequenas lesões Causa necrose e A presença dos Manter boas
coluna brancas pelo erosão dos sintomas com condições
corpo na região filamentos. raspagem do ambientais.
da cabeça ou Mortalidade local afetado e Banho com
nadadeiras começa 2 dias observação oxitetraciclina
podendo após o microscópica.
adquirir depois aparecimento
aspecto dos primeiros
hemorrágico. sintomas,
Pode provocar a atingindo de 60 a
exposição do 90% dos peixes
músculo. de águas
quentes.
Septicemia Pequenas lesões Mortalidade de Através dos O mecanismo de
provocada por cutâneas que até 50% sintomas e transmissão da
Edwardsiella podem geram isolamento das Edwardsiella
abscessos bactérias em não está
Manifesta-se maiores nos cultura esclarecido, o
tipicamente em músculos melhor método
altas laterais e na é manter a boa
temperaturas, cauda, bem qualidade da
pode afetar como água, baixas
outros hemorragias ao densidades,
hospedeiros longo do corpo. evitar grande
como jacarés, Leões necróficas acumulo de
bois e o homem e purulentas no matéria orgânica
causando rim e fígado. na água.
gastroenterite e Tratamento com
meningite. oxitetraciclina
Também na fase inicial
chamada de das infestações.
doença do
buraco na
cabeça.
Septicemia Grande Septicemia Isolamento da Tratamento com
provocada por quantidade de generalizada , bactéria oxitetraciclina e
Aeromonas pequenas grau de sulfamerazina.
móveis ou hemorragias, mortalidade
pseudomonas lesões difícil de se
ulcerativas no calcular, pois
Podem atacar tegumento. esta bactéria é
tecidos Quadro clinico oportunista e
saudáveis , em não específico, aproveita-se de
abundância nas pode ocorrer indivíduos
águas com por qualquer debilitados.
grande septcemias.
quantidade de
matéria
orgânica
Doença pseudo É variável e Histologicamente Isolamento da Redução do
renal indica um observa-se bactéria em estresse.
estádo necrose focal e cultivo Recomenda-se a
septicemico vacuolização dos realização de um
tubos renais antibiograma
para estabelecer
a melhor ação
terapêutica.

6. Viroses

A inexistência de processos terapêuticos ou de imunização para as viroses conferem uma


enorme importância a sua prevenção e profilaxia, no caso de ocorrência de uma epizootia, o
método de erradicar o vírus e evitar futuras contaminações, implica necessariamente no
sacrifício de todos os animais, visivelmente doentes ou não, e desinfecção dos tanques,
instalações, apetrechos em geral e recomeço com animais saudáveis.

7. Doenças de etiologia nutricional

Essas situações podem ser resumidas na deficiência, excesso ou falta de equilíbrio dos
componentes das dietas utilizadas. O estresse provocado por uma nutrição deficiente
potencializa a infecção por bactérias, e certos protozoários.

Doença Deficiência Toxicidade


Escoliose/Lordose Triptofano, Magnésio, Fósforo, Leucina, vitamina A, óleos de
vitamina c, ácidos graxos peixe oxidados.
essenciais.
Catarata Metionina, triptofano, zinco, Colina, óleo de peixe
magnésio, cobre, selênio, oxidado.
Manganês, Vitamina A, riboflavina.
Erosão das nadadeiras Lisina,triptofano, zinco, riboflavina, Vitamina A
inositol, niacina, vitamina c
Fígado com excesso de Colina, ácidos graxos essenciais. Óleo de peixes oxidados
gordura
Exoftalmia Ácido pantotênico, niacina, ácido Óleo de peixes oxidados
fólico, vitamina A,vitamina E
Hemorragias Riboflavina, ácido pantotênico, Óleo de peixes oxidados
niacina, tiamina, inositol,Vitaminas
A e C entre outras.

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