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Rap
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Informações gerais
Rap (em inglês conhecido como emceeing) é um discurso rítmico com rimas e poesias,
que surgiu no final do século XX entre as comunidades negras dos Estados Unidos. É
um dos cinco pilares fundamentais da cultura hip hop, de modo que se chame
metonimicamente (e de forma imprecisa) hip hop.
Pode ser interpretado a capella bem como com um som musical de fundo, chamado
beatbox. Os cantores de rap são conhecidos como rappers ou MCs, abreviatura para
mestre de cerimônias.
Índice
[esconder]
• 1 Início
• 2 Etimologia
○ 2.1 Rap na Música
• 3 História
○ 3.1 As raízes
○ 3.2 Freestyle
• 4 Gangsta Rap
• 5 Rappers e grupos de Portugal
• 6 Rappers e grupos do Brasil
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Referências
Início
O rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora da
cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas,nos anos 1970 por jamaicanos e
outros. Eles introduziam as grandes festas populares em grandes galpões,com a prática
de ter um MC, que subia no palco junto ao DJ e animava a multidão, gritando e
encorajando com as palavras de rimas, até que foi se formando o rap. A origem do Rap
veio da Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de
som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses
bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de cerimônia
que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de
Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais
polêmicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos
foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos da América, devido a uma crise
econômica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o DJ jamaicano Kool
Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado e foi
se espalhando e popularizando entre as classes mais pobres ate chegar a atingir a alta
sociedade
Etimologia
Com a aceitação da música rap nos meios sociais mais recentes (nos últimos vinte
anos), a palavra rap se encontra, atualmente, "online" sendo um neologismo popular do
acrônimo para rhyme and poetry (rima e poesia); porém, apesar da associação com
poesia e ritmo, o significado da palavra rap não é um acrônimo em si, mas descreve
uma fala rápida que precede a forma musical (de ritmo e poesia),[1] e significa "bater".[2]
A palavra (rap) é usada no Inglês britânico desde o século XVI, e especificamente
significando "say" ("dizer", ou "falar", "contar o conto") desde o século XVIII. Fazia
parte do Inglês vernáculo afro-americano nos anos de 1960, significando "conversar", e
logo depois disto, no seu uso atual, denota o estilo musical.[3]
Como exemplo do significado erudito da palavra, em Inglês, podemos citar um
vendedor, em um ambiente comercial, em que este está fazendo a "falação" dele para a
venda do produto; você pode dizer que esta "falação" é o "rap" dele. Usado como em
"that's his rap" (ou "that is my rap"), significando: "Este é o papo dele" (ou "meu
papo"). O Rap, neste exemplo, é a "idéia que alguém quer lhe vender"; a "explicação",
em si; o "papo."
Rap na Música
Rap, na música, é extremamente fidedigna à improvisação poética sobre uma batida no
tempo rápido e freqüentemente só é acompanhada pelo som do baixo, ou sem
acompanhamento. Rap é um estilo musical raro em que o texto é mais importante que a
linha melódica ou a parte harmônica; sendo um dos dois únicos estilos musicais da
história da música ocidental em que o texto é mais importante que a música---o outro
sendo o canto gregoriano, em que a música era uma monodia, homofônica, marcada
pelo ritmo, e a melodia religiosamente não podia nunca sobressair o texto litúrgico. O
rap não usa melodias e motivos decorativos e harmônicos com arranjos elaborados dos
insrumentos, mas vale-se somente em quão rápido o cantor narra a sua "fala" com muito
pouca musicalidade adicionada a sua poesia. A música rap também tem uma
similaridade distinta com a música celta em que forma-se uma brincadeira na qual os
cantores tentam duelar suas frases com rimas, rapidamente improvisadas e humorísticas;
alternadamente, um desafiando o outro nas rápidas frases inteligentes; quem ganha---
deixando o outro esgotado sem idéias---não paga pelas bebidas. Esta influência indireta
e não intencional veio da música de raiz, de folclore, importada pelos imigrantes
escoceses e irlandeses que migraram para o sul dos EUA, das fazendas de plantação,
como a música afro-americana, que pelo povo do sul, com a música de improvisação,
no Jazz de raiz, surge nos duelos de banjo (country) depois, e desses "duelos" aparece
também, bem mais tarde, o rap.
História
O rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora da
cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas,nos anos 1970 por expatriados
jamaicanos e outros. Estes introduziam as grandes festas populares em grandes
galpões,com a prática de ter um MC, que subia no palco junto ao DJ e animava a
multidão, gritando, encorajando mais e mais com as palavras de rimas, até que foi se
formando o rap.
As raízes
A origem do rap remonta à Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando
surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para
animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos
mestres de cerimónia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a
violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é
claro, de temas mais prosaicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970
muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos da
América, devido a uma crise económica e social que se abateu sobre a ilha. E um em
especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas
de som e do canto falado, que se sofisticou com a invenção do scratch, um discípulo de
Herc. O primeiro disco de rap que se tem notícia, foi registrado em vinil e dirigido ao
grande mercado (as gravações anteriores eram "piratas") por volta de 1978, contendo a
célebre King Tim III da banda Fatback. O rap, assim como o pagode e o blues, no seu
surgimento era um ritmo mais comum entre pessoas de classe social mais baixa e que,
com o tempo, invadiu o mercado de todos os grupos sociais---sendo um dos estilos
musicais que mais vendeu no mercado popular dos anos 1990 até o início da década de
2000; mas, desde 2006, a venda do rap tem caído drasticamente, preocupando as
grandes gravadoras deste estílo musical.[4]
"Ancestral directo" do rap pode ser considerado o funk, ou o jazz, músicas afro-
americanas que apresentam elementos semelhantes. Outro ritmo ao qual o rap é
tributário é o toast, que consiste em versar sobre uma versão instrumental ou de uma
versão dub de alguma canção reggae, sempre no ritmo da batida. Essa tradição foi
levada aos Estados Unidos por imigrantes jamaicanos, como o DJ Kool Herc. Nos
Estados Unidos, a base de Reggae foi substituída por uma batida tirada do funk, através
da utilização de dois discos idênticos dos quais era aproveitada apenas a parte
instrumental da música, chamada break (os "breques," como nas paradas repentinas da
percussão numa batucada).
As primeiras gravações de rap datam do início dos anos 1970, com alguns grupos como
os Last Poets e Gil Scott Heron. Nessa época, trata-se simplesmente da declamação de
um texto sob o ritmo das batidas de tambores africanos, sendo a negritude o tema de
predilecção.
Na actualidade, os MCs utilizam, como base, batidas de outras músicas habilmente
extraídas pelos DJs, ou bases montadas electronicamente, ou, ainda, instrumentos
tocados por músicos.
Um recurso muito presente no rap são os samples ("amostras"), que são pequenas
"pedaços" de outras músicas, covers (pré-gravadas), e inseridas digitalmente numa
"nova" música. Os samples tanto podem ser da parte instrumental de uma música como
podem ser de vocais.
Inicialmente, os temas das letras giravam em torno de assuntos como festa e diversão,
que aos poucos foram substituídos por outros temas como as desigualdades sociais e o
combate ao racismo. vinte anos depois, se tornou um dos estilos musicais mais popular
em todo o mundo, sendo muito difundido principalmente nos EUA, na França, no Japão
e no Brasil. A primeira música de rap a surgir no Brasil foi "Kátia Flávia", em 1987, de
autoria de Fausto Fawcett e Laufer. Em Portugal a primeira compilação de rap surgiu
em 1994 com o designação de Rapública.
Freestyle
Modo de cantar o rap de forma improvisada. Colocando versos feitos na hora, baseados
nos versos dos seus adversários. Geralmente os MC's participam de rachas, disputas de
free style onde um tenta ser melhor do que o outro.
Gangsta Rap
Quando se fala em Gangsta Rap o que vem a mente de muitos é músicas falando sobre
"mulheres", "carrões" e "festas", mas a verdade é que isso não tem nada a ver com o
estilo. Quando o assunto é Gangsta Rap a temática é completamente outra. O grupo que
fez o Gangsta Rap se tornar conhecido no mundo todo foi o N.W.A, formado pelo
finado Eazy-E, por Dr. Dre, Ice Cube, Mc Ren e Dj Yella, eles falavam sobre a
brutalidade da policia, sobre os problemas que afetam as comunidades, as rixas que
acontecem no gueto, e sobre o tráfico, que é o comércio mais ativo na maioria das
periferias, e como nos EUA os Bloods & Crips haviam se espalhado como uma
epidemia, e as letras se pareciam muito com o estilo de vidas dos membros de gangues,
se deu o nome a esse estilo de rimar de Gangsta Rap.
O Gangsta Rap (Rap Gângster) surgiu nos Estados Unidos no meio dos anos 1980 com
o Ice-T (e outros) como LL Cool J. Com letras duras e brutais o gangsta rap logo
ganhou espaço na mídia mundial. Entre os maiores cantores e grupos de gangsta rap
destacam-se 2pac, N.W.A., Compton Most Wanted, entre outros, que entre as suas
rimas falavam das desigualdades e do racismo alem do ódio que sentiam uns pelos
outros. Desde então o mundo do gangsta rap evoluiu muito e hoje em dia os rappers
podem falar e fazer músicas falando de tudo, ou seja, poucos ainda valorizam as raízes
culturais, desse estilo que foi criticado por Spike Lee por em sua opinião, fazer crer que
ler e estudar é coisa de branco. Um grupo que se destacou (e ainda se destaca) quando o
gangsta rap estava surgindo foi o N.W.A. - Niggas With Attitude, formado em 1986 por
Dr. Dre, MC Ren, Eazy-E, Ice Cube e nas pickups, o DJ Yella. O grupo se tornou
notório pelas suas letras pesadas, especialmente como "Fuck tha Police", de 89, que
resultou no FBI enviando uma carta de aviso para a Ruthless Record, sugerindo que o
grupo tomasse mais cuidado com o que dizia.
Rappers e grupos de Portugal
Ver artigo principal: Anexo:Lista de rappers e grupos de rap
portugueses
Ver também
• Hip hop
• R&B
Ligações externas
• A História do estilo Rap
• A História do Rap
Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rap 04 abril 2011
sites interessantes:
http://www.rap2france.com/
Article) -
Noté de synthèse commandée par l’avocat du journal Rock & Folk mise en cause après
la publication d’une interview du groupe de rap Ministère Amer (Rock & Folk N°335
de juillet 1995).
Résumé
La réalité que le rap reflète n’est pas la réalité mais la description de l’écart entre cette
forme sociale et le sens qu’elle pourrait acquérir. En d'autres termes, le rappeur décrit ce
qui est pour mieux appuyer sur ce qui devrait être. L’état d’esprit hip-hop est
foncièrement positif. Il ne s’agit pas de voir la vie en rose mais de voir plus loin la
possibilité de la changer. Dans cet écart se loge l'expression artistique et dans la
conscience de cet écart s'instruisent des valeurs (modèles à réaliser). Cette fonction
cathartique de l’articulation du « cri » renvoie naturellement à une adresse. Le rap
engage à sortir de soi-même, se mettre en relation avec autrui, c'est-à-dire participer à la
communauté d’un sentiment partagé
Table des matières
Le rap et la culture hip-hop
Le rap est une façon de parler sur une base musicale. To rap en anglais signifie
littéralement « frapper à petits coups rapides et secs ». Ce terme a été repris dans l’argot
américain pour évoquer l’idée de « bavarder sur un fond rythmique ». Deux dimensions
sont donc inséparables, l’élaboration du texte ou lyrics (nous y reviendrons), et la
composition musicale appelée djing.
Le djing (le mot provient de D.J. ou Disc Jockey) est basé sur l’échantillonnage
(sampling) : des morceaux sont empruntés à des disques (dont le genre musical peut
varier) et que l’on colle bout à bout ou répète afin de composer le fond rythmique.
Le rap et le djing constituent deux des quatre familles d’expression artistique de la
culture hip-hop avec le graff (fresques non figuratives ou représentant des lettrages et
des personnages) et la danse (qui peut s’accomplir « debout » ou au « sol »).
Ainsi, nous ne pouvons pas aborder la question des textes de rap et du langage sans
replacer ces paroles dans un ensemble nommé « hip-hop » qui fait sens pour leurs
auteurs.
Le hip-hop est une culture de la « rue ». Les expressions artistiques en constituent le
cadre et le repère visible. Ce cadre est différent suivant les contextes dans lesquels ils se
construisent. Ainsi, le hip-hop est né aux États-Unis, issu des ghettos new-yorkais dans
les années 70, mais le hip-hop français s’en distinguera par un croisement différent des
cultures et des démarches artistiques.
Une vision dichotomique voudrait séparer la « culture populaire » de la « culture
savante ». Écartons ce faux débat en préférant les termes de « culture essentielle1 » ou
« culture ordinaire2 » pour indiquer ici qu’une forme culturelle, quel que soit son
ancrage social, est une manière d’être au monde, de l’organiser, de se le rendre
intelligible, d’entrer en interaction avec lui et de s’adresser à autrui.
En cela, la forme hip-hop, au-delà des spécificités régionales ou nationales, est une
réponse à la désagrégation des cadres sociaux et à la déshumanisation des êtres,
particulièrement accentuées dans les grandes métropoles.
Nous connaissons les profonds changements mondiaux opérés depuis la fin des années
1970. Le hip-hop peut être considéré comme un indicateur des mutations actuelles qui
ne touchent pas seulement les « jeunes défavorisés » mais tous ceux qui cherchent à
donner sens à leur la vie.
« Pour être compris, le monde vécu doit être doublé d’un monde imaginé »3. Ce système
symbolique, le hip-hop ira le chercher dans l’observation de la réalité quotidienne. Cette
manière de parler (le rap), de peindre à la bombe aérosol (le graff), de danser, puise à la
fois dans des traditions anciennes4 tout en épousant le mode de vie de la société
contemporaine : la mobilité, l’individualité, la rapidité, la fragmentation,
l’indétermination, l’inachèvement, la fluidité, l’imprévisible…
Mais la forme hip-hop n’est pas le simple reflet de la réalité quotidienne, elle est aussi
artistique par la correspondance avec un ailleurs possible. Elle est une culture en attente
d’avenir où l’art y remplit une fonction sociale. Dans un monde qui a tendance à
transformer les moyens en fin, le hip-hop nous rappelle que « l'art n'a pas son but en lui-
même ; il ne cherche pas qu'à plaire ; Il est une catégorie sociale, chargée d'unifier les
désirs des hommes »5.
Le propre de la forme des arts de la rue, la forme hip-hop principalement, est de lier et
de jouer sur les contraires entre une dimension primitive et moderne, les contradictions
et les indéterminations d’une époque. Elle se situe entre une forme artistique
« classique » et une forme « contemporaine ». Elle porte une dimension classique dans
la codification des gestes, le rapport au public et garde du contemporain la dimension
individualiste et subversive.
D’un côté, la capacité à travailler sur les éléments premiers et les forces vitales, à
réactiver des mythes et un imaginaire, à reconstituer autour de foyers un mode
d’agrégation initiatique, à tisser un lien intime avec la sphère sociale ; de l’autre, la
capacité à épouser les aspirations et les modes de vie (individualité, subjectivité), à se
détacher d’un certain rapport au temps (inachèvement, morcellement) et à l’espace
(réseau, mobilité).
L’art de la rue réintroduit une force esthétique dans la capacité à symboliser des
attentes, à fédérer les espérances6. La forme artistique développe du lien social en
proposant un réceptacle au sens. Dans cette prise de conscience de soi, se construisent
des valeurs, se renouvelle un horizon d’attente, naît une forme (sociale, culturelle,
artistique) appelée hip-hop.
En restaurant des valeurs humaines fondamentales7, en créant des liens et des émotions
autour de rencontres festives et d’expressions artistiques le hip-hop pose un cadre
d’expérience ou chacun est entrepreneur de sa propre vie. Cette dimension
entrepreneuriale acquiert un poids économique quand les acteurs de ce mouvement se
professionnalisent dans les métiers des arts et du spectacle.
Un indicateur est la création de relations sociales inédites, le développement d’une
communication esthétique. Au-delà du jugement sur le « beau », si l’esthétique de la
forme hip-hop ne répond pas au credo des arts dits « canoniques », nous ne saurions
trop insister sur l’importance de décrypter l’expression de cette forme, d’en comprendre
le vocabulaire. Ceci afin d’éclairer un imaginaire et le sens d'une pratique sociale et
culturelle.
Nous disions plus haut que les expressions hip-hop sont aussi artistiques. Elles ne sont
pas la stricte reproduction de la réalité mais dévoilent une part d’imaginaire. En cela un
texte, un son, une image, une peinture, une chorégraphie qui exprime la violence ne sont
pas un appel à la violence mais paradoxalement un dépassement de celle-ci.
Les violences émeutières qui enflamment périodiquement depuis une quinzaine
d’années les quartiers populaires8 ne sont pas le fruit d’une acquisition d’un sens mais
l’éclairage cru de son absence9. L’expression hip-hop souligne en creux cette absence et
par-là même offre la possibilité de projeter du sens.
Nous avons pu constater à travers nos travaux de recherche sur des quartiers de
différentes villes où la forme hip-hop se développe, que ce développement loin de
pousser à la violence urbaine, contribue à sa régression.
Les dimensions du rap
Parler des maux de la société, ce n’est pas être un mal de la société. Prendre les mots
aux mots conduit à une impasse. L’amalgame est pourtant courant. Le chanteur du
groupe de rap IAM, Akhenaton10 a vécu cette expérience.
Il décrit dans un rap intitulé « Éclater un type des ASSEDIC11 » les difficiles relations
avec cette institution. Le texte souleva un concert d'interrogation ou de protestation. Le
rappeur dû se justifier longuement dans les médias et s’expliquer devant le juge sur le
risque d’« incitation à la violence » 12..
Le chanteur dit effectivement « Je rêve d’éclater un type des ASSEDIC », phrase sujette
à l’incrimination. Cependant, un regard un peu plus approfondi laisse apparaître qu’il ne
s’agit pas d’inciter au passage à l’acte mais à réfléchir sur les problèmes de civilité dans
les relations avec les services publics. Dans le même texte est décrit également le
rapport avec les employés de la Poste et des transports en commun.
La question de la civilité urbaine est abordée par de nombreuses études sociologiques
mais visiblement est contestée au rappeur la légitimité d’adopter la même démarche
d’observation analytique13. Certes il emploiera des mots d’une manière directe et
métaphorique, non un langage « savant » mais une poétique de la rue.
On peut difficilement blâmer les rappeurs de dire la vérité, la désapprobation se portera
alors sur la manière de la dire, jugeant qu’elle pourrait induire des comportements
répréhensibles chez ceux qui les écoutent. Cependant on ne peut aussi simplement
séparer la manière du message, la surface du fond. C’est un tout, reflet d’une profonde
imbrication entre une forme culturelle et une forme artistique. Cette totalité ne peut être
fragmentée au risque de perdre le sens même qui anime un mouvement de la parole et
un art.
L’art du rap réside dans la mise en valeur des mots : leur choix (dictionnaire14), leur
ordonnancement et articulation (syntaxe, grammaire), leur appui phonétique et leur
« balancement » (intonation, phrasé), leur mise en musique (assise rythmique sur une
ligne mélodique)15. C’est un art déconstructeur opérant par collage, réappropriation,
transformation et renversement des mots16.
Nous remarquons que les récriminations, voir les poursuites touchent les groupes les
plus connus (NTM, IAM, Ministère AMER, 2 Bal 2 Neg…). Pourtant, aussi bien la
thématique sociale, le parler cru (explicit lyrics17) que le phrasé appuyé (flow18) qui
définissent le style du rap hardcore19 sont le lot commun du langage populaire20 et de
nombreux groupes de rap anonymes.
Le rap, comme l’ensemble des disciplines hip-hop, n’incite pas à la haine mais à une
prise de conscience. De même, le film La Haine de Mathieu Kassovitz, ne diffuse pas la
haine21. Ce film très imprégné par la culture hip-hop n’est pas non plus un
« documentaire sur la banlieue » mais un film d’auteur nous dévoilant des clefs de
compréhension de la réalité sociale.
à l’occasion du film, la sortie du disque laser du même nom22 et le rap du groupe
Ministère AMER qui a participé à cette compilation sont à replacer dans ce contexte. La
forte pression médiatique qui a entouré la sortie du film ne peut que pousser à un effet
de réduction non dénué de dérapages verbaux de part et d’autre.
Tout principe de liberté d’expression s’accompagne de celui de responsabilité, le
rappeur, dans sa quête de vérité, n’y déroge pas. Justement, si nous regardons plus
attentivement le contenu des textes du Compact Disc La Haine, une autre réalité nous
est dévoilée face à laquelle le rappeur prend ses responsabilités.
Les principaux thèmes de société sont abordés : la violence émeutière (Ministère
AMER), le rapport entre la violence et les médias (IAM & Daddy Nuttea), la drogue
(Expression Direkt), le rapport entre filles et garçons dans les quartiers (Sté Strausz), le
monde de la « galère » (Les Sages Poètes de la Rue), le rapport entre droit et justice
(Assassin)… De manière transversale est posée la place du rappeur face à la violence et
aux rapports de domination23.
Les rappeurs sont de fait, des « paroleurs », gardiens d’une mémoire collective. Une
société qui brûle les yeux de ses « journalistes de la vie quotidienne » est une société
aveugle et amnésique. En entrant sous le feu des projecteurs, le rappeur s’expose aux
risques « de devenir un journaliste, un fugitif, un dénonciateur, un haut-parleur trop
souvent placé dans le collimateur »24…
« Le bouc émissaire change selon les coutumes, selon les lubies, selon l’hémisphère »25.
Quand Ministère AMER parle de « Sacrifice de Poulet26 », les sacrifiés ne sont pas ceux
que l’on croit. Il n’incite pas au meurtre mais décrit le processus des rites sacrificiels par
analogie à une génération de jeunes comprise comme sacrifiée qui se rebelle contre ce
stigmate de victime. Ce processus de stigmatisation est en effet une autre façon de
désigner un « coupable » qui n'est pas le véritable coupable mais dont le « sacrifice »
préserve l'ordre social.27.
En cela, le rap est aussi un art de résistance, en transformant l’énergie non descriptible
de la violence en communication énergique susceptible de choquer positivement une
conscience. Ce défi lancé aux autres dans la maîtrise de son art est aussi un dépassement
de soi.
. Il se conçoit comme un jeu d’appel/réponse entre le locuteur et l’auditeur, entre le
maître de cérémonie (M.C.). qui interpelle et l’assemblée qui réagit.
Ce que Jauss appelle « la libération par l’expérience esthétique »28, le développement de
l’imaginaire propice à un travail de déconstruction-reconstruction ouvre un autre champ
de possibilités, dont celles de renouveler sa perception du monde et d’espérer.
Notes
17 Paroles explicites
21 La vraie haine, celle qui tue, n’est pas du côté du rappeur comme le
souligne M.C. SOLAAR : « Le xénophobe englobe notre beau monde/… C’est
la haine qui guide les fous » ou encore le groupe ASSASSIN : « La haine
appelle la haine, si ton esprit se referme », in COMPILATION La haine,
Compact Disc, Delabel, 1995.
MC Solaar, de son vrai nom Claude M'Barali, est un rappeur français d'origine
sénégalo-tchadienne.
Mc Solaar est l'un des premiers à avoir réussi à populariser le rap en France en le faisant
découvrir au grand public, notamment grâce à ses textes élaborés et nettement moins
violents que ceux de ses confrères. Il est reconnu comme faisant partie des piliers du rap
français des années 1990 avec des groupes comme Assassin, IAM, et Suprême NTM.
Son succès et la qualité littéraire de ses textes sont le fruit d'inspirations diverses allant
de Serge Gainsbourg (auquel il rend hommage en samplant Bonnie and Clyde sur
Nouveau Western), en passant par les musiques africaines (ivoiriennes,
maliennes,tchadiennes) sans oublier les classiques noirs américains (Jazz et Rap US).
Ses textes sont régulièrement étudiés à l'étranger (USA,Australie,Grande-
Bretagne,Europe de l'Est) alors qu'il est toujours le meilleur vendeur de disques dans la
catégorie rap français (plus de 5 millions vendus à ce jour)[1].
Sommaire
[masquer]
• 1 Jeunesse et début du succès
• 2 1991-1997 : percée avec l'album Prose
Combat
• 3 1997-présent
• 4 Notoriété
• 5 Discographie
○ 5.1 Albums
• 6 Participations & inédits
• 7 Filmographie
• 8 Récompenses
• 9 Voir aussi
○ 9.1 Bibliographie
• 10 Références
Filmographie[modifier]
• 1991 : Pour Kim Song-Man court-métrage de Costa-Gavras
• 2005 : Mort à l'écran d'Alexis Ferrebeuf court métrage : Jonathan
Récompenses[modifier]
• 1992 : Victoire de la Musique du groupe de l'année
• 1995 : Victoire de la Musique de l'artiste interprète masculin de
l'année
• 1995 : Victoire de la Musique du vidéo-clip de l'année pour Nouveau
Western (réalisateur : Stéphane Sednaoui)
• 2008 : Victoire de la Musique de l'album de musiques urbaines de
l'année pour Chapitre 7
Précédé par MC Solaar Suivi par
Victoire de la
Elmer Food musique du groupe
de l’année Pow Wow
Beat
1992
Victoire de la
musique de l'artiste Maxime Le
Alain Souchon interprète masculin Forestier
1995
Voir aussi[modifier]
Bibliographie[modifier]
• (fr) « Les 100 personnalités de la diaspora africaine : MC Solaar », in
Jeune Afrique, no 2536-2537, du 16 au 29 août 2009, p. 59
Références[modifier]
1. ↑ infodisc.fr [archive]
2. ↑ Fiche programme : KIM SONG-MAN - COREE DU SUD, professionnels de
l’audiovisuel [archive], Artepro
3. ↑ MusicMe [archive]
[enrouler]
v·d·m
MC Solaar
• Portail de la musique
• Portail du hip-hop
• Portail du Sénégal
• Portail du Tchad
Ce document provient de « http://fr.wikipedia.org/wiki/MC_Solaar ».
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1990 à 2000 : les pionniers
Même si dès 1984, Sydney fait découvrir le rap au public français avec
son émission H.I.P.H.O.P., c'est en 1990 et en 1992 que sortent les
disques Rapattitude. Ces deux compiles font apparaître une première
génération de MC.
Certains noms sortent de l'ombre, comme Rockin' Squat (Assassin), Joey
Starr et Kool Shen (NTM) ou Akhenaton et Shurik'n (IAM). Ils deviennent
les précurseurs du mouvement rap qui explose vite au grand public.
Au fil de la décennie, d'autres artistes continuent à développer ce courant
musical, en montrant des facettes diverses : Kery James (Ideal J), Lino et
Calbo (Arsenik) ou encore Ali, Booba, Oxmo Puccino et Pit Baccardi
(Time Bomb).
• Il y a 2 ans
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by Guimauve
Membre depuis :
26 novembre 2008
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• Il y a 2 ans
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• by Ouh Pinaizzze....
Membre depuis :
06 septembre 2007
321 (niveau 2)
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○ Bloqué(s)
Salut,
Le plus célèbre est certainement Joey Starr du fait de ses nombreuses
frasques télévisées, des affaires médiatisées et surtout de son
appartenance au groupe rap français le plus célèbre NTM (Kool Shen
étant bien moins médiatique).
Que l'on écoute ou pas, tout le monde en a déjà entendu parler,
même mamie, qui n'a pas bougé de son appartement depuis 10
ans!!!!
En ce qui concerne la valeur des textes, Oxmo Puccino a toujours été
qualifié comme un grand, très grand rappeur.
Célèbre est facile à déterminer ; Meilleur... C'est déjà plus difficile,
tous les gouts sont dans la nature, ça vaut aussi pour le rap.
○ Il y a 2 ans
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• by LEVICE
Membre depuis :
27 mars 2009
387 (niveau 2)
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jo jo en therme de notorieté avec le groupe iam, le meilleur y a pas
de meilleur rappeur en france, y a des bon des nazes, c'est tout, met
pas de meilleurs, désoler ikbal, met ton frere et loin d'etre le meilleur,
parole de rappeur.....
Sources :
seule tout
○ Il y a 2 ans
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• by elur samah
Membre depuis :
07 avril 2008
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Le plus célèbre ça reste joey starr car il ça va longtemps qu'il est en
activité, qu'il est passé dans toutes sortes d'émissions, ce aui fait que
meme les vieux savent qui c'est.
On a dit le plus célébre, pas le meilleur ou celui qui vend le plus.
Et entre booba et rohff, ça doit être Booba car il marque plus les
esprits quand il passe à la télé.
○ Il y a 2 ans
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• by » ɱσɱσ « Yeah !
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22 février 2009
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pour ceux qui ont vécu l'age d'or du rap (20 jusqu'a 30 ans et plus) te
disent : IAM (akh; rappeur, producteur, réalisateur...), NTM (joey
distingué par sa voix rauque, tres connus surtout pour ses démêlés
avec la justice), ASSASSIN (rockin squat c'est le fils du comédien Jean-
Pierre Cassel et le frère de Vincent entre autre), MC SOLAAR, FF........
et pour ceux aui sont arrivés apres c'est a dire dans les années 2000
(moins de 20 ans) te disent B2O; ROHFF, SINIK, DIAM'S, KERY....
84 539 (niveau 7)
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Le meilleur rappeur français est de loin Kery James...Malgré son
chagement de style apres sa conversion...
Il est reconnu de tout les rappeurs comme le meilleur rappeur
français
○ Il y a 2 ans
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• by Jenny J
Membre depuis :
15 décembre 2008
791 (niveau 2)
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EMINEM !!! J'pense que tout le monde le connait !
Sources :
Envie de vous faire découvrir Or-Norm : http://or-norm-
officiel.skyrock.com/
○ Il y a 2 ans
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• by Pan la bellete
Membre depuis :
26 décembre 2008
802 (niveau 2)
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Mc Solaar , bien sur c est le plus connu en france , deja par ses
participation au enfoirés , meme si j approuve pas , c est quand
meme le plus célèbre. Rohff , booba et consors n on pas autant de
notoriété.
○ Il y a 2 ans
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• by Aiacciu
Membre depuis :
04 novembre 2007
375 (niveau 2)
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Le plus célèbre est surement MC Solaar, même si je n'apprécie pas
trop moi non plus.
○ Il y a 2 ans
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1 332 (niveau 3)
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C'est 2PAC (les rappeurs les plus célèbres en FRANCE ne sont pas
forcément français).
Les vrais rappeurs old school sont américains.
○ Il y a 2 ans
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• by John Cobalt
Membre depuis :
11 août 2007
2 072 (niveau 3)
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je ne les aime pas, mais je pense que joey starr, ou mc solaar ou doc
gyneco...peuvent etre une piste!
○ Il y a 2 ans
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• by Frenchy ALMIGHTY
Membre depuis :
30 mars 2009
2 147 (niveau 3)
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B2O.
○ Il y a 2 ans
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• by sonia romaine b
Membre depuis :
24 novembre 2006
185 (niveau 1)
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Je dirai SEFYU, il est trop fort!
○ Il y a 2 ans
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3 160 (niveau 4)
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Rohff et Booba , j'hésite
○ Il y a 2 ans
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• by Fanfan66...
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12 juillet 2007
925 (niveau 2)
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I ' AM
○ Il y a 2 ans
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• by solitair...
Membre depuis :
30 décembre 2008
1 757 (niveau 3)
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Joey Star..........et son singe
○ Il y a 2 ans
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• by lil wayne
Membre depuis :
20 décembre 2008
7 081 (niveau 5)
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je sais pas
○ Il y a 2 ans
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• by N154SD
Membre depuis :
06 novembre 2006
36 224 (niveau 7)
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Réponse masquée (mauvaises évaluations) Afficher
le rap n'existe pas en france
○ Il y a 2 ans
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Mc Solaar (contraponto)
Akhenton(Iam)
Kery James
Kool Shen & Joey Starr (NTM)
Medine
Le Rat Luciano (FF)
Rockin Squat (Assassins)
...