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ANATOMIA
1. OSTEOLOGIA

FUNÇÃO: sistema de alavancas, proteção de órgãos, produção de células sangüíneas pela


medula, troca de cálcio e fosfato
ESQUELETO: axial (ossos do crânio, pescoço e tronco) e apendicular (ossos dos membros
superiores e inferiores)
CLASSIFICAÇÃO: longos, curtos (sesamóides), planos, irregulares (pneumáticos)
ACIDENTES ÓSSEOS: proeminências e depressões articulares e não articulares
PERIÓSTEO E MEDULA: medula rubra e flava
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO

2. SINDESMOLOGIA OU ARTROLOGIA

É o segmento da anatomia que estuda as articulações sendo que articulação é um conjunto de


partes moles e duras que servem como união entre dois ou mais ossos próximos.

* CLASSIFICAÇÃO: móveis - junturas sinoviais ou diartroses


semimóveis - junturas fibrocartilagíneas ou anfiartroses
imóveis - junturas fibrosas ou sinartroses
DIARTROSES
a. esferóide ou enartrose - superfície esférica articula-se numa cavidade correspondente (art.
escápulo-umeral)
b. condilar - superfície saliente alongada num dos eixos a qual se articula com a cavidade do
outro osso (art. metacarpofalangiana)
c. elipsóide - superfície saliente alongada num dos eixos a qual realiza movimentos somente
em 2 eixos (art. radiocárpica)
d. gínglimo - na extremidade de um dos ossos encontramos uma tróclea, lembra uma
dobradiça (art. úmero-ulnar)
e. trocóide - cilindro ósseo gira em torno de um anel ósteo-fibroso (art. rádio-ulnar proximal)
f. selar - superfícies côncavas e convexas (art. carpometacárpica do polegar)
g. planas - 2 superfícies planas que se articulam (art. vértebras cervicais)

ANFIARTROSES
a. junturas sinfibrocondroses simples - estrutura de fibrocartilagem interpondo-se aos
ossos (corpos vertebrais)
b. junturas sinfibrocondroses cavitárias ou diartroanfiartroses - presença de um esboço
da cavidade articular (ossos do quadril)

SINARTROSES
a. fibrosas
- suturas: tecido fibroso em pequena quantidade; existem 4 tipos:
1) serrátil - superfície em dentes de serrote (calota craniana)
2) escamosa - superfície em escama (temporo-parietal)
3) planas - 2 superfícies lineares (osso nasais)
4) esquindilese - osso vômer com o esfenóide (goteira)
- sindesmoses: grande quantidade de tecido conjuntivo (art. tibiofibular inferior)
- gonfose: dentes na cavidade alveolar

b. cartilaginosas (cartilagem hialina que se ossifica)

* ELEMENTOS DE UMA ARTICULAÇÃO:


- superfícies articulares: superfície dos ossos que se articulam
- cartilagem articular (elástica): cartilagem presa à superfície articular
- fibrocartilagem marginal ou lábios de articulação
- fibrocartilagens intra-articulares ou discos ou meniscos (ajuste das superfícies ósseas)
- meios de união: cápsula articular (fibras colágenas), lig. extra-capsulares e lig. intra-
articulares (reforço e terminações nervosas)
- meios de deslizamento: membrana sinovial que produz o líquido sinovial
- vasos e inervação (sensitiva e propriosensitiva)
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* MOVIMENTOS ARTICULARES
- flexão: sentido ântero-posterior, eixo dos ossos se aproximam
- extensão: sentido ântero-posterior, eixo dos ossos se afastam
- abdução: afastamento da linha mediana
- adução: retorno a posição definitiva
- rotação: movimento giratório executado pelo eixo
- circundação: extremidade distal executa verdadeiros círculos
- pronação: rotação do antebraço onde a palma da mão realiza movimento ântero-posterior
- supinação: rotação do antebraço onde a palma da mão realiza movimento postero-anterior

3. MIOLOGIA

São órgãos que possuem a propriedade de se contrair através de um estímulo do sistema


nervoso. São constituídos de ventre, tendões e fáscia muscular. O músculo possui ainda
artérias e veias, bem como terminações nervosas e vasos linfáticos.

* CLASSIFICAÇÃO: forma, situação, estrutura


- forma: longos - predomina o comprimento (m. bíceps braquial)
planos - comprimento e largura se eqüivalem, predominando sobre a
espessura (m. transverso do abdome)
curtos - 3 diâmetros se eqüivalem (m. quadrado da coxa)
* classificados à parte: alongados - forma de fita (m. esterno-hióideo)
- situação: esqueléticos - músculos profundos que se inserem nos ossos e que são
recobertos por uma fáscia, normalmente cruzam uma
ou mais articulações
cutâneos - músculos superficiais, encontram-se por fora da fáscia,
encontram-se na cabeça e no pescoço
- estrutura: fibras estriadas - voluntárias, contração rápida
fibras lisas - involuntárias, contração lenta. Inervadas pelo SNA e se
referem a vida vegetativa
* exceção: o coração possui fibras estriadas e é inervado pelo SNA
(funcionamento involuntário)
* NOMENCLATURA
- forma: m. deltóide (letra delta)
- localização: m. poplíteo
- número de cabeças de origem: m. bíceps, m. tríceps
- ação: m. extensor dos dedos
- ação associada a forma: pronador quadrado
- ação associada a localização: flexor profundo dos dedos

* CONSTITUIÇÃO
- ventre: parte carnosa (fibras musculares)
- tendão: parte esbranquiçada, não contrátil que faz continuidade do ventre
- aponeurose: inserção de músculo plano; ampla lâmina de tecido conjuntivo, resistente e que
substitui o tendão

* DIREÇÃO
- retilíneos: paralelos ao eixo do corpo (m. bíceps)
- oblíquos: (m. oblíquo interno)
- tranversos: (m. transverso do abdômen)
- reflexos: seguem uma direção e depois mudam para outro (m. oblíquo superior do olho)
esfíncteres: fibras se dispõem em círculos paralelos formando anéis
orbiculares: fibras se dispõem em círculos, porém são concêntricos

* INSERÇÃO
- proximal: origem (ponto fixo)
- distal: inserção (ponto móvel)
- locais de inserção: ossos, cútis, órgãos, mucosa, cartilagem, fáscia, articulações
- números de inserções: variação inserção proximal (m. bíceps)
variação inserção distal (m. flexor superficial dos dedos)
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* NÚMERO DE VENTRES
- digástricos: 2 ventres ligados por um tendão intercalar (m. digástrico do pescoço)
- poligástricos: diversos ventres ligados entre si (m. reto do abdômen)

* ANEXOS DOS MÚSCULOS


- bolsas sinoviais: sacos cheios de líquido sinovial em locais de atrito de tendões com outros
tendões ou com ossos.
- peritendão: bainha fibroelástica que envolve o tendão
- bainha fibrosa do tendão: estojo ósteo-fibroso que envolve os tendões (retináculo)
- bainha sinovial dos tendões: reveste o retináculo
- fáscias: membranas conjuntivas que revestem os músculos separando-os entre si

* FUNÇÕES
- agonistas: músculos que levam diretamente ao movimento desejado
- antagonistas: músculos que se opõem diretamente ao movimento
- fixadores: fixam uma articulação mantendo assim a postura enquanto o agonista age
- sinergistas: quando um agonista atravessa 2 ou mais articulações, os sinergistas evitam as
ações indesejáveis das articulações

4. ANGIOLOGIA
É o estudo das artérias, veias, capilares, coração e vasos linfáticos.

* SANGUE
- plasma: parte líquida do sangue (substâncias nutritivas e elementos residuais de reações
celulares)
- células: glóbulos sangüíneos (vermelhos e brancos) e plaquetas
- glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos - transporte do oxigênio através
da hemoglobina, média de 5 milhões
- glóbulos brancos ou leucócitos - ação de defesa (neutrófilos, linfócitos,
basófilos, monócitos e eosinófilos), média de 3 a 9 mil
- plaquetas - fragmentos citoplasmáticos, atua no mecanismo da coagulação
“ O sangue está contido num sistema fechado (vasos sangüíneos)”
O sangue que sai do coração caminha através das artérias, arteríolas, capilares, interstício,
vênulas, e retorna ao coração. Dos capilares saem linfócitos e algumas hemácias que passam
ao interstício formando o líquido intersticial ou linfa.
A circulação sangüínea é dividida em:
- pequena circulação ou circulação pulmonar: sangue venoso vai aos alvéolos
pulmonares (hematose) e retorna ao coração
- grande circulação ou circulação sistêmica: sangue arterial (oxigenado) sai do
coração para a perfusão tecidual

* PRINCÍPIOS DO SISTEMA VENOSO


Retorno do sangue ao coração através:
- diástole: dilatação dos átrios
- pressão do sangue nos capilares
- pressão negativa intratorácica
- bombeamento dos músculos ao se contraírem (membros)
- ação das valvas (2 válvulas em forma de ninho) nos membros inferiores
As veias recebem tributárias.
São azuladas (sangue coagulado), paredes finas e delgadas, não pulsam, hemorragia com
sangramento contínuo.
Nos membros as veias profundas acompanham as artérias e as veias superficiais encontram-
se no subcutâneo.

* PRINCÍPIOS DO SISTEMA LINFÁTICO


A linfa no espaço intersticial é semelhante ao plasma porém não coagula.
Quilo: linfa rica em lipídios (linfáticos do intestino)
- não existe vasos linfáticos no globo ocular, SNC e baço
- linfonódios, linfonodos ou gânglios linfáticos: axilares, cervicais e inguinais
Ducto linfático direito: drena linfa da metade superior direita do tórax, pescoço e cabeça
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Ducto torácico: drena linfa da cisterna do quilo (duas metades inferiores e da metade superior
esquerda do tórax, pescoço e cabeça)

* PRINCÍPIOS DO CORAÇÃO
Dividido em 4 cavidades sendo 2 superiores e 2 inferiores:
* superiores - átrios
* inferiores - ventrículos
Separados através dos óstios atrioventriculares
Os átrios e ventrículos são separados entre si por septos
átrio direito: recebe a veia cava superior e inferior
ventrículo direito: tronco pulmonar emerge artérias pulmonares (sangue venoso)
átrio esquerdo: recebe as veias pulmonares (sangue arterial)
ventrículo esquerdo: emerge aorta ascendente

* SISTEMA ARTERIAL
A artéria é cilíndrica, quando seccionada em cadáver não encontramos sangue no seu interior
(antigos transporte de ar inspirado), as artérias são pulsáteis e apresentam hemorragia em
jatos, possui 3 túnicas:
- túnica externa ou adventícia: tecido conjuntivo (vasa vasorum e nervi vasorum)
- túnica média: fibras musculares lisas e elásticas (propulsão)
- túnica íntima ou endotélio: forra o interior das artérias
As artérias emitem ramos que são colaterais ou terminais
Anastomoses: ligações entre artérias, veias e nervos
Plexo: conjunto de artérias e nervos
Relação: artéria acompanhada de uma ou mais veias satélites

5. NEUROANATOMIA

A unidade anátomo-fisiológica é o neurônio. Capacidade do indivíduo de sentir o meio


ambiente, nutrir-se e demonstrar as emoções.
dendritos - conduz o impulso nervoso para o corpo celular
axônio - conduz o estímulo a partir do corpo celular
sinapse - condução do estímulo nervoso através da acetilcolina e noradrenalina

SNC - encéfalo e medula espinhal


SNP - nervos cranianos, espinhais, periféricos com terminações motoras e sensitivas

- fibras motoras: estimula ou ativa a musculatura esquelética (eferente)


- fibras sensitivas: transporta o impulso sensitivo (aferente)

A medula espinhal possui raízes espinhais ventral e dorsal.


As raízes ventral e dorsal formam o nervo espinhal, o nervo espinhal possui ramos ventral e
dorsal, os ramos unem-se em troncos, que se bifurcam e formam os fascículos, que formam os
nervos.
A medula espinhal possui 31 pares de nervos espinhais: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares,
5 sacrais, 1 coccígeo.
SNA: parte do SNC e SNP que comanda a vida vegetativa (musculatura cardíaca, lisa e
glândulas). Pode ser simpático (corno lateral da medula espinhal - tóracolombar) ou
parassimpático (tronco/ encéfalo - craniosacral).

“MEMBRO SUPERIOR”

1) CLAVÍCULA:
- Osso longo
- extremidade esternal: articulação com manúbrio do esterno
- extremidade acromial: articulação com acrômio da escápula (m. trapézio, m. deltóide)
- corpo: 2/3 mediais - faces: anterior (m. peitoral maior, m. esternocleidomastóideo)
posterior
inferior - impressão para ligamento costoclavicular
sulco para m. subclávio
1/3 lateral - faces: superior - lisa
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inferior - tubérculo conóide e deltóide


linha trapezóide

2) ESCÁPULA:
- Osso plano
- face:costal, anterior, ventral - fossa subescapular (m. subescapular)
dorsal, posterior -espinha (m. deltóide, m. trapézio)
fossa supra e infra-espinhal (mm. supra e infra-espinhal)
incisura espinoglenoidal
- borda: superior - incisura da escápula (n. supra escapular, lig. transverso sup. escáp.)
medial (m. serrátil anterior, m. levantador da escápula, mm. rombóide M e m)
lateral - tubérculo infra-glenoidal (m. tríceps - porção longa)
sulco para a artéria circunflexa da escápula
(mm. redondo M e m)
- ângulo: superior
inferior - 7o EIC (m. grande dorsal)
lateral - cavidade glenóide
tubérculo supra-glenoidal (m. bíceps - porção longa)
- acrômio (m. deltóide, lig. coracoacromial)
- processo coracóide (m. peitoral menor, m. coracobraquial, m. bíceps - porção curta)

3) ÚMERO:
- Osso longo
- epífise proximal: cabeça
tubérculo maior (mm. supra e infra-espinhal, m. redondo menor)
tubérculo menor (m. subescapular)
sulco intertubercular (m. grande dorsal)
crista tubérc. maior (m. peitoral maior)
crista tubérc. menor (m. redondo maior)
colo anatômico
colo cirúrgico (n. axilar, a. circunflexa posterior do úmero)
- corpo: 3 faces e 3 bordas
face ântero-lateral - tuberosidade deltóide (m. deltóide)
face ântero-medial (m. coracobraquial)
face posterior - sulco para o nervo radial
(m. tríceps - porções lateral e medial)
- epífise distal: epicôndilo medial (sulco do n. ulnar, mm. flexores do antebraço)
epicôndilo lateral (m. supinador, mm. extensores do antebraço)
tróclea e capítulo
fossas: radial, coronóide, do olécrano
- 1/3 inferior das faces AL e AM (m. braquial)

4) RÁDIO:
- epífise proximal: cabeça
colo (lig. anular do rádio)
tuberosidade do rádio (m. bíceps)
- corpo: borda interóssea
- epífise distal: incisura ulnar
processo estilóide lateral
face articular cárpica
tubérculo dorsal
- 1/3 médio (m. pronador redondo)
- 1/3 inferior (m. pronador quadrado)

5) ULNA:
- epífise proximal: tuberosidade da ulna (m. braquial)
olécrano (m. tríceps)
processo coronóide (m. braquial, m. pronador redondo, m. flexor
profundo dos dedos)
tuberosidade da ulna (m. braquial)
incisura troclear; incisura radial - crista do m. supinador
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- corpo: anterior (m. flexor profundo dos dedos)


medial
posterior
- bordas: anterior, posterior e interóssea
- epífise distal: cabeça e processo estilóide medial
- 1/3 inferior (m. pronador quadrado)

6) CARPO:
- fileira proximal: escafóide (RF), semilunar, piramidal (RF), pisiforme
- fileira distal: trapézio, trapezóide, capitato, hamato
- concavidade do carpo mantida pelo retináculo dos flexores

7) METACARPO:
- primeiro ao quinto (começando pelo polegar)

8) FALANGES:
- proximal, medial, distal
- base, corpo, cabeça
- tuberosidade ungueal
OBS: Não existe falange média no polegar

OMBRO E AXILA

* MÚSCULOS
- região peitoral

Peitoral maior
origem: nasce da superfície anterior da metade medial da clavícula, da superfície
anterior do esterno
inserção: tendão bilaminar liga-se à crista do tubérculo maior do úmero
inervação e ação: suprido pelos nervos peitorais medial e lateral (fascículo lateral). Ele
aduz o braço e roda o braço medialmente.

Peitoral menor (atrás do peitoral maior e em frente à segunda parte da artéria axilar)
origem: nasce das superfícies externas da segunda à quinta costela.
inserção: processo coracóide.
inervação e ação: suprido pelo nervos peitorais medial e lateral (fascículo lateral). Abaixa
a extremidade do ombro.

Subclávio
origem: nasce por um tendão na primeira costela
inserção: por meio de fibras musculares no sulco da superfície inferior da clavícula
inervação e ação: nervo para o subclávio que vem do tronco superior. Abaixamento
lateral da clavícula.

Serrátil anterior (forma a parede medial da axila)


origem: nasce por uma série de fitas da superfície externa das oito costelas superiores.
inserção: superfície costal da escápula no ângulo superior, ao longo da borda medial e
no ângulo inferior.
inervação e ação: suprido pelo nervo torácico longo (C5+C6+C7). Roda a escápula,
abdução do braço.
* A fáscia da região peitoral é ligada à clavícula e ao esterno. Ela reveste o peitoral maior
(fáscia peitoral) e, na margem ínfero-lateral desses músculos, continua até o grande dorsal. No
intervalo entre esses dois músculos, a fáscia é mais espessa e, como fáscia axilar, forma o
assoalho da axila. Uma lâmina que sobe da fáscia axilar continua para cima como fáscia
clavipeitoral.

- superficiais do dorso

Trapézio (grande, triangular e está na superfície do dorso do pescoço)


origem: nasce dos processos espinhosos de C7 a T12 , linha nucal superior.
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inserção: terço lateral da clavícula, parte média do acrômio e crista da espinha da


escápula.
inervação e ação: nervo acessório e ramos do plexo cervical. Elevam o ombro.

Grande dorsal (grande, triangular)


origem: nasce dos processos espinhosos de T8 a L5 e crista ilíaca.
inserção: sulco intertubercular do úmero
inervação e ação: nervo toracodorsal (fascículo posterior). Poderoso adutor e extensor
do braço.

Levantador da escápula
origem: processos tranversos de C1 a C4
inserção: borda medial da escápula
inervação e ação: ramos de C3 e C4. Elevam a escápula
OBS: o nervo acessório ( 11º crânico ) passa por cima do músculo, mas NÃO o inerva.

Rombóide Menor e Maior


origem: processo espinhosos de C7 a T1 (m) e T2 a T5 (M)
inserção: borda medial da escápula
inervação e ação: nervo escapular dorsal (C5). Fixam a escápula.

* Trígono da ausculta: região limitada pela borda medial da escápula, borda superior do
grande dorsal e borda lateral do trapézio. O assoalho é formado pelo rombóide maior.

DO OMBRO:

Deltóide
(músculo espesso de textura grosseira; origem abraça a inserção do trapézio)
origem: origina-se da superfície superior do terço lateral da clavícula, da margem lateral
e superfície superior adjacente do acrômio, e do lábio inferior da crista da espinha.
inserção: tuberosidade deltóidea do úmero
inervação e ação: suprido pelo nervo axilar. Abdutor do braço, estende e roda
lateralmente o braço, flexiona e roda medialmente o braço.

Supra espinhal
origem: nasce dos 2/3 mediais da fossa supra-espinhal.
inserção: tendão associada à capsula da juntura do ombro e superiormente se fixa à
mais alta das três facetas do tubérculo maior do úmero; o tendão forma o assoalho da bolsa
subdeltóidea.
inervação e ação: suprido pelo nervo supra-escapular (tronco superior). Abdução do
braço

Infra espinhal
origem: nasce dos 2/3 mediais da fossa infra-espinhal e da superfície inferior da espinha
da escápula.
inserção: seu tendão é associado à capsula da juntura do ombro e se insere na faceta
média do tubérculo maior do úmero.
inervação e ação: suprido pelo nervo supra-escapular (tronco superior). Roda o braço
lateralmente.

Redondo menor
origem: nasce da margem lateral da fossa infra-espinhal.
inserção: seu tendão adere inicialmente à capsula da juntura do ombro e a seguir vai
fixar-se na faceta inferior do tubérculo maior do úmero.
inervação e ação: nervo axilar. Roda o braço lateralmente.

Redondo maior
origem: nasce da superfície dorsal da escápula, próximo ao ângulo inferior.
inserção: crista do tubérculo menor, abaixo da inserção do subescapular.
inervação e ação: nervo subescapular inferior (fascículo posterior). Adução do braço.
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Subescapular
origem: nasce em quase toda fossa subescapular.
inserção: tendão passa na frente da cápsula da juntura do ombro e se fixa no tubérculo
menor do úmero.
inervação e ação: nervos subescapulares inferior e superior do fascículo posterior.
Rotação medial do braço.

* Espaço triangular e quadrangular: intervalo de três lados pelos redondo menor e


subescapular acima, redondo maior abaixo, e colo cirúrgico do úmero lateralmente, é dividido
longitudinalmente pela porção longa do tríceps em um espaço triangular medial e quadrangular
lateral. Os vasos circunflexos da escápula passam pelo espaço triangular, o nervo axilar e os
vasos circunflexos posteriores do úmero atravessam o espaço quadrangular.

AXILA

É o intervalo piramidal entre o braço e a parede do tórax. Sua base é formada pela fáscia
axilar. Seu ápice é o intervalo entre a borda posterior da clavícula, borda superior da escápula
e a borda lateral da primeira costela. Limite medial: costelas e m. serrátil anterior. Limite lateral:
sulco intertubercular do úmero. Através dela os vasos axilares e os nervos que os
acompanham passam do pescoço em direção ao braço. Prega anterior: m. peitoral maior.
Prega posterior: m. grande dorsal. Parede anterior: m. peitoral maior e peitoral menor. Parede
posterior: m. grande dorsal, subescapular e redondo maior. A axila contém a artéria e a veia
axilar, uma parte do plexo braquial e seus ramos, os ramos cutâneos laterais de alguns nervos
intercostais, o nervo torácico longo, o nervo intercostobraquial, uma parte da veia cefálica e os
linfonódios axilares. A artéria axilar relaciona-se com m. peitoral menor; a veia axilar é medial
(inicia na borda inferior do m. redondo maior); relação com fascículos do plexo braquial; ramos:
torácica suprema, toracoacromial, torácica lateral, subescapular (circunflexa da escápula e
toracodorsal), circunflexa posterior e anterior do úmero.

NERVOS

O plexo braquial é composto por ramos, troncos, fascículos e nervos; o tronco superior (C5
e C6), o tronco médio (C7), o tronco inferior (C8 e T1); as divisões anteriores do superior e
médio formam o fascículo lateral, a divisão anterior do inferior forma a fascículo medial, as
divisões posteriores dos 3 formam o fascículo posterior. O fascículo posterior compreende o
nervo axilar (n. cutâneo lateral superior do braço) e nervo radial (n. cutâneo posterior do braço
e n. cutâneo lateral inferior do braço). O fascículo lateral compreende o nervo
musculocutâneo (n. cutâneo lateral do antebraço) e raiz lateral do nervo mediano. O fascículo
medial compreende a raiz medial do nervo mediano, nervo ulnar, n. cutâneo medial do braço e
n. cutâneo medial do antebraço. Os ramos mais importantes do plexo braquial são os n.
mediano (inerva mm. anteriores do antebraço, exceto os inervados pelo n. ulnar, pele anterior
da parte lateral da mão), n. ulnar (flexor ulnar do carpo, flexor profundo dos dedos, cútis
anterior e posterior da parte medial da mão), n. musculocutâneo (músculos anteriores do
braço, pele lateral do antebraço), n. radial (músculos posteriores do braço e antebraço, pele
do dorso do braço, antebraço e mão), n. axilar (músculo deltóide, redondo menor).

VASOS

Artéria axilar: recebe vários nomes (subclávia, axilar, braquial) em diferentes partes do seu
trajeto. No lado esquerdo a subclávia nasce direto do arco da aorta, enquanto à direita se
origina do tronco braquiocefálico (ramo do arco da aorta). No ápice da axila, onde a artéria
subclávia alcança a borda externa da primeira costela, seu nome é mudado para artéria axilar.
Dividida em três porções pelo peitoral menor: a primeira está acima do músculo, a segunda
atrás, e a terceira abaixo dele. Relação: posterior - m. intercostal externo do primeiro EIC, n.
torácico longo, m. serrátil anterior e com a parede posterior da axila; medial - veia axilar; distal
e lateral - m. coracobraquial; anterior - m. peitoral menor. Os ramos da artéria axilar são:
torácica suprema (ramo da primeira parte, nutre mm. adjacentes), toracoacromial (4 ramos:
acromial, clavicular, peitoral, deltóide), torácica lateral (ramo da segunda parte , nutre região
mamária), subescapular (maior da terceira parte; dá um grande ramo, a circunflexa da
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escápula e,a seguir, continua como toracodorsal), circunflexa anterior do úmero (colo cirúrgico
do úmero), circunflexa posterior do úmero (acompanha n. axilar no espaço quadrangular).

Veia axilar: começa na borda inferior do m. redondo maior, onde a veia basílica se junta com
as veias braquiais; proximalmente recebe a veia cefálica. Comumente recebe as veias
toracoepigástricas. Na borda externa da primeira costela, continua como veia subclávia. Esta
une-se com a veia jugular interna para formar a veia braquiocefálica. As veias braquiocefálicas
direita e esquerda unem-se para formar a veia cava superior.

JUNTURAS DO OMBRO

Articulação do ombro: (glenoumeral) é grande, de ampla mobilidade e esferóide; fica entre a


cavidade glenóide da escápula e a cabeça do úmero.
Juntura esternoclavicular: extremidade medial da clavícula, pelo esterno e pela primeira
cartilagem costal, articulação esferóide.
Conexões entre a clavícula e a escápula: juntura acromioclavicular (plana), ligamento
coracoclavicular (conóide e trapezóide)
Ligamentos escapulares: ligamento coracoacromial, ligamento transverso superior da escápula
(passa o n. supra-escapular), ligamento transverso inferior da escápula.

MOVIMENTOS DO OMBRO

-Movimentos da juntura do ombro: abdução (deltóide, supra-espinhal) e adução (peitoral maior,


grande dorsal, redondo maior), flexão (peitoral maior, parte anterior do deltóide, auxiliados pelo
coracobraquial e bíceps) e extensão (grande dorsal, parte posterior do deltóide), circundação e
rotação (medial - subescapular, peitoral maior, grande dorsal; lateral - infra-espinhal, redondo
menor).
-Movimentos do cíngulo do membro superior: elevação (fibras superiores do trapézio,
levantador da escápula) e abaixamento da escápula (fibras inferiores do trapézio, serrátil
anterior), rotação, movimento lateral ou para frente (serrátil anterior) e movimento medial ou
para trás (rombóide M e m).

BRAÇO E COTOVELO

MÚSCULOS
ANTERIORES

Bíceps braquial
origem: porção curta ou medial origina-se junto com coracobraquial do processo
coracóide; porção longa ou lateral do tubérculo supra-glenoidal e do lábio glenoidal da
escápula.
inserção: os ventres se unem em um tendão que se insere na tuberosidade do rádio;
parte do tendão é continuada por meio de uma expansão, a aponeurose bicipital, na fáscia do
antebraço e daí para a ulna.
inervação e ação: nervo musculocutâneo. Flexão do antebraço sobre o braço, auxilia a
abdução do braço e supinação do antebraço.
Braquial
origem: 2/3 distais das faces ântero-lateral e ântero-medial do úmero (inclui a inserção
do deltóide)
inserção: processo coronóide e tuberosidade da ulna.
inervação e ação: nervo musculocutâneo. Flexão do antebraço sobre o braço.

Coracobraquial
origem: processo coracóide
inserção: 1/3 médio da borda medial do úmero
inervação e ação: n. musculocutâneo. Flexão e adução do braço.
OBS: o nervo musculocutâneo perfura o músculo coracobraquial.

POSTERIORES:

Tríceps braquial
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origem: porção longa origina-se do tubérculo infra-glenoidal da escápula, ao descer


separa o espaço triangular do quadrangular; porção lateral da face posterior do úmero acima
do sulco do nervo radial; porção medial da face posterior do úmero abaixo do sulco do nervo
radial.
inserção: o tendão dos 3 ventre se insere no olécrano da ulna, onde é chamado
aponeurose tricipital.
inervação e ação: ramos do nervo radial. Extensão do antebraço.
* A fáscia do braço, fáscia braquial, emite um septo intermuscular para as cristas
supracondilares e para os epicôndilos do úmero, delimitando um compartimento fascial anterior
e outro posterior.

NERVOS DO BRAÇO

-Nervo musculocutâneo: ramo do fascículo lateral, comunica-se com o nervo mediano, em


geral perfura o coracobraquial, desce entre o bíceps e o braquial e atinge a face lateral do
braço onde converte-se no nervo cutâneo lateral do antebraço.
-Nervo mediano: formado por raiz lateral (fasc. lateral) e raiz medial (fasc. medial) e se coloca
lateralmente a artéria axilar, continua no lado lateral da artéria braquial, na metade do braço
cruza a artéria braquial e torna-se medial a ela, na fossa cubital acha-se atrás da veia mediana
do cotovelo, coberto pela aponeurose bicipital, penetra no antebraço entre as duas porções do
pronador redondo.
-Nervo ulnar: ramo do fascículo medial, desce medialmente à artéria axilar e continua medial à
braquial, atravessa o septo intermuscular medial e desce com a artéria colateral ulnar superior
atingido a parte posterior do epicôndilo medial e passa para o antebraço entre as duas porções
do flexor ulnar do carpo.
-Nervo radial: ramo do fascículo posterior, desce por trás da artéria axilar, continua por trás da
braquial, dirige-se posteriormente com a artéria profunda do braço; o nervo curva-se ao redor
do úmero coberto pela porção lateral do tríceps ocupando o sulco para o nervo radial,
atravessa o septo intermuscular lateral e dirige-se anteriormente a fossa cubital onde se situa
entre o braquial e o braquiorradial atingindo o epicôndilo lateral. O nervo radial divide-se em
ramos como nervo cutâneo posterior do braço, ramos musculares às porções do tríceps (um
dos ramos acompanha o ulnar, chama-se colateral ulnar), nervo cutâneo lateral inferior do
braço, nervo cutâneo posterior do antebraço, ramos musculares no antebraço, ramo profundo
do nervo radial (inerva mm. do dorso do antebraço), ramo superficial do nervo radial
(continuação direta do radial).

ARTÉRIAS DO BRAÇO

-Artéria braquial: continuação da axilar a partir da borda inferior do músculo redondo maior,
superficialmente está no contorno medial do braço. O nervo mediano e os mm. bíceps e
coracobraquial situam-se lateralmente, o n. radial e os mm. tríceps e braquial posteriormente e
o n. ulnar e cutâneo medial do braço medialmente. Esse vaso é usado para a
esfigmomanometria. No cotovelo a artéria está situada no centro da fossa cubital; aqui o
tendão do bíceps está lateralmente a ela, e o nervo mediano, medialmente. Defronte ao colo
do rádio a artéria braquial divide-se em radial e ulnar. Ramos colaterais: a. profunda do braço
(acompanha n. radial e divide-se em colateral radial e colateral média), a. colateral ulnar
superior (acompanha o n. ulnar) e a. colateral ulnar inferior.

VEIAS DO BRAÇO

VEIAS SUPERFICIAIS:

1. Veia cefálica: continuação do lado radial da rede dorsal da mão, corre pela borda lateral do
antebraço e atinge o braço, localizando-se no sulco bicipital lateral e penetra no sulco delto-
peitoral. Perfura a fáscia clavipeitoral e desemboca na veia axilar.
2. Veia basílica: continuação do lado ulnar da rede dorsal da mão, corre pelo lado medial do
antebraço, atinge a parte anterior do epicôndilo medial e sobe no braço pela borda medial do
bíceps, perfura a fáscia a acompanha a artéria braquial drenando para a veia braquial medial
ou formando a veia axilar juntamente com as veias braquiais.

VEIAS PROFUNDAS:
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Acompanham as aa. do braço recebendo a mesma denominação destas; salientam-se


as veias braquiais medial e lateral que irão formar a veia axilar (que inicia na borda inferior do
m. redondo maior).

* Fossa cubital: espaço em forma de V na parte anterior do cotovelo. As pernas do V são


formadas por dois músculos do antebraço - o braquiorradial lateralmente e o pronador redondo
medialmente. O limite superior é uma linha horizontal imaginária entre os epicôndilos do úmero.
A veia mediana do cotovelo é usada para injeções endovenosas e transfusões de sangue.

JUNTURAS DO BRAÇO

-Juntura do cotovelo: juntura em dobradiça (gínglimo).


-Juntura radioulnar proximal: a cabeça do rádio ajusta-se à incisura radial da ulna e forma uma
juntura trocóide.

ANTEBRAÇO

MÚSCULOS
ANTERIORES SUPERFICIAIS ( 5 MÚSCULOS ): são flexores e pronadores

Pronador redondo
origem: EM do úmero, processo coronóide da ulna
inserção: 1/3 médio da face lateral do rádio (área rugosa)
inervação e ação: nervo mediano que passa entre as suas duas porções. Pronador e
flexor do antebraço.

Flexor radial do carpo


origem: EM do úmero
inserção: face anterior das bases do segundo e terceiro metacárpicos
inervação e ação: nervo mediano. Flexão da mão e auxilia abdução da mão.

Palmar longo
origem: EM do úmero
inserção: face anterior do retináculo dos flexores e no ápice da aponeurose palmar.
inervação e ação: nervo mediano. Manter tensa a aponeurose palmar nos movimentos
da mão, particularmente do polegar.

Flexor ulnar do carpo


origem: EM do úmero, olécrano e borda posterior do corpo da ulna
inserção: pisiforme e se estende ao hâmulo do hamato e ao quinto metacárpico
inervação e ação: nervo ulnar que passa entre as duas porções do músculo. Flexor da
mão e adução da mão.
Flexor superficial dos dedos
origem: EM do úmero, parte superior da borda anterior do rádio (as duas porções se
unem e passam sobre o nervo mediano e a artéria ulnar)
inserção: superfície anterior das falanges médias dos quatro dedos mediais
inervação e ação: nervo mediano. Flexão da falange medial sobre a proximal

ANTERIORES PROFUNDOS ( 3 MÚSCULOS ): são flexores e pronadores

Flexor profundo dos dedos


origem: superfície anterior da ulna, borda posterior da ulna e processo coronóide
inserção: face anterior da base da falange distal dos quatro dedos mediais
inervação e ação: parte lateral do músculo - n. interósseo anterior (mediano); parte
medial do músculo - n. ulnar. Flexão das falanges distais sobre as mediais.
OBS: Este músculo dá origem aos músculos lumbricais na mão.

Flexor longo do polegar


origem: origina-se na maior parte da superfície anterior do rádio e da porção adjacente
da membrana interóssea; pode apresentar origem no EM do úmero
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inserção: face anterior da base da falange distal do polegar


inervação e ação: nervo interósseo anterior. Flexão da falange distal do polegar.

Pronador quadrado
origem: superfície anterior da parte distal da ulna
inserção: superfície anterior da parte distal do rádio
inervação e ação: nervo interósseo anterior. Pronador do antebraço.

POSTERIORES SUPERFICIAIS ( 7 MÚSCULOS ): são extensores e supinadores

Braquiorradial
origem: parte superior da crista supracondilar lateral do úmero
inserção: face lateral do rádio, acima do processo estilóide
inervação e ação: nervo radial. Flexor do antebraço

Extensor radial longo do carpo


origem: parte inferior da crista supracondilar lateral do úmero
inserção: face posterior da base do segundo metacárpico (profundamente pelo retináculo
dos extensores)
inervação e ação: nervo radial. Abdução e extensão da mão

Extensor radial curto do carpo


origem: EL do úmero
inserção: face posterior da base do segundo e terceiro metacárpicos (profundamente
pelo retináculo dos extensores)
inervação e ação: nervo radial ou pelo ramo profundo. Abdução e extensão da mão

Extensor dos dedos


origem: EL do úmero
inserção: falanges dos dedos (expansão extensora ou aponeurose dorsal). Dividida em 4
tendões que passam profundamente pelo retináculo dos extensores: o tendão do segundo e
terceiro dedos encontram-se unidos, o tendão do quarto dedo emite uma expansão para o
terceiro, e o tendão do quinto dedo divide-se em dois.
inervação e ação: ramo profundo n. radial. Extensão dos dedos

Extensor do dedo mínimo


origem: EL do úmero
inserção: tendão que passa abaixo do retináculo dos extensores e se insere na
aponeurose extensora do dedo mínimo.
inervação e ação: ramo profundo n. radial. Extensão da falange proximal do dedo
mínimo.
Extensor ulnar do carpo
origem: EL do úmero, na aponeurose que se insere na linha oblíqua da ulna e borda
posterior da ulna.
inserção: tubérculo medial da base do quinto metacárpico
inervação e ação: ramo profundo n. radial. Estende a mão e auxilia adução da mão.

Anconeu (ancôneo)
origem: dorso do EL do úmero
inserção: face lateral do olécrano
inervação e ação: n. radial. Extensão do antebraço e participa da pronação.

POSTERIORES PROFUNDOS ( 5 MÚSCULOS ): são extensores e supinadores

Supinador
origem: EL do úmero (superficial), fossa do supinador e linha oblíqua da ulna (profunda)
inserção: linha oblíqua do rádio (superficial) e terço superior da diáfise do rádio
(profunda)
inervação e ação: ramo profundo n. radial. Supinação do antebraço
* O ramo profundo do n. radial passa entre as camadas superficial e profunda do supinador.
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Abdutor longo do polegar


origem: parte superior da face posterior da membrana interóssea
inserção: lado da base do primeiro metacárpico e, usualmente, no trapézio
inervação e ação: n. interósseo posterior. Abdução do polegar.

Extensor curto do polegar


origem: parte distal da face posterior do rádio (abaixo do abdutor longo)
inserção: face posterior da falange proximal do polegar e continua até a distal; com o
extensor longo do polegar forma uma aponeurose dorsal resistente)
inervação e ação: n. interósseo posterior. Estende o polegar.

Extensor longo do polegar


origem: face posterior da ulna e na membrana interóssea
inserção: face dorsal da falange distal do polegar
inervação e ação: n. interósseo posterior. Extensor da falange distal

Extensor do índex
origem: parte distal da ulna e da membrana interóssea
inserção: expansão extensora do índex
inervação e ação: n. interósseo posterior. Estende a falange proximal do indicador.

* Tabaqueira anatômica: depressão visível entre o tendão do extensor longo do polegar


(medialmente) e os tendões do extensor curto e abdutor longo do polegar (lateralmente). O
assoalho é formado pelo escafóide, trapézio e a artéria radial.

* Retináculo dos extensores: espessamento da fáscia no dorso da extremidade distal do


antebraço. Da sua face profunda passam septos que se fixam em cristas do rádio e da ulna
formando 6 compartimentos. Os compartimentos contêm os seguintes tendões em sentido
lateromedial: 1) abdutor longo e extensor curto do polegar; 2) extensor radial longo e curto do
carpo; 3) extensor longo do polegar; 4)extensor dos dedos e extensor do índex; 5)extensor do
dedo mínimo; 6) extensor ulnar do carpo.

NERVOS DO ANTEBRAÇO

-Nervo mediano: da fossa cubital passa entre as porções do pronador redondo. O nervo passa
por trás do flexor superficial dos dedos, torna-se mais superficial quando emerge entre este e o
flexor radial do carpo. Ramos: musculares, nervo interósseo anterior, palmar.
-Nervo ulnar: penetra no antebraço entre as porções do flexor ulnar do carpo. A artéria ulnar
acompanha-o lateralmente. O nervo e a artéria ulnar penetram na mão passando na frente do
retináculo dos flexores. Ramos: musculares, dorsal (cutâneo para a mão), palmar (parte medial
da mão).
-Nervo radial: entre o braquiorradial e o braquial divide-se em ramos superficial e profundo. O
superficial é a continuação do radial (cutâneo). O profundo (muscular), ao atingir a face
posterior do antebraço, é chamado interósseo posterior.

ARTÉRIAS DO ANTEBRAÇO

-Artéria radial: menor ramo terminal da artéria braquial. Inicia na fossa cubital, ao nível do colo
do rádio; proximalmente acha-se coberta pelo m. braquiorradial. Desce pelo antebraço e no
seu 1/3 distal é superficial e se encontra na face lateral do tendão do flexor radial do carpo.
Tem na sua borda lateral o ramo superficial do nervo radial. A artéria radial deixa o antebraço
no assoalho da tabaqueira anatômica e anastomosa-se com o ramo palmar profundo da a.
ulnar formando o arco palmar profundo. Ramos: a. recorrente radial, palmar superficial e
cárpico palmar.
-Artéria ulnar: maior ramo terminal da artéria braquial, tem origem na fossa cubital e se dirige
para baixo sobre o m. flexor profundo dos dedos. O nervo mediano cruza a artéria mas se acha
separado pela porção profunda do m. pronador redondo. Na sua porção inferior tem no seu
lado medial o nervo ulnar e está junto a borda lateral do m. flexor ulnar do carpo. A artéria ulnar
abandona o antebraço passando na frente do retináculo dos flexores, na face lateral do
pisiforme, emite o ramo palmar profundo que anastomosa-se com a artéria radial formando o
arco palmar profundo e continua como arco palmar superficial, anastomosando-se com o ramo
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superficial da artéria radial, formando o arco palmar superficial. Ramos: recorrente ulnar,
interóssea comum (anterior e posterior), ramos cárpicos palmar e dorsal.

VEIAS DO ANTEBRAÇO

SUPERFICIAIS:
1.veia cefálica
2.veia basílica
3.veia mediana do antebraço
4.veia mediana do cotovelo

PROFUNDAS: (acompanham as artérias)

MÃO

É a parte do membro superior distal ao antebraço. As atividades da mão são o movimento


livre, preensão (potentes movimentos dos dedos e do polegar atuando contra a palma; a mão
ajusta-se ao tamanho e forma de um objeto), manipulação precisa (mudança de posição de um
objeto que está sendo manuseado - rotação precisa, translação precisa) e beliscão
( compressão entre o polegar e o dedo índex).
* Retináculo dos flexores: faixa fibrosa transversa que une os tendões flexores dos cinco
dedos. A margem proximal estende-se do escafóide ao piramidal e pisiforme e a margem
lateral do trapézio ao hâmulo do hamato.
* Aponeurose palmar: forte membrana triangular que cobre os tendões na palma

NERVOS DA MÃO

-Nervo mediano: na parte inferior do antebraço o mediano emite um ramo palmar que cruza o
retináculo dos flexores e supre uma pequena área da cútis palmar.. Dirige-se para a mão e se
divide em ramos terminais.
-Nervo ulnar: no meio do antebraço o nervo ulnar emite uma ramo dorsal para o contorno
medial do dorso da mão. Na parte inferior do antebraço emite em ramo palmar que cruza o
retináculo dos flexores e supre a pele medial da palma. A seguir divide-se em dois ramos
terminais: superficial e profundo.

ARTÉRIAS DA MÃO

-Artéria radial: deixa o antebraço curvando-se na tabaqueira anatômica. Cruzada pelo ramo
superficial do nervo radial. Anastomosa-se com o ramo profundo da artéria ulnar e forma o arco
palmar profundo. Ramos: palmar superficial, cárpico palmar, cárpico dorsal.
-Artéria ulnar: entra na mão na frente do retináculo dos flexores e divide-se em seus dois
ramos terminais: o arco palmar superficial e o ramo palmar profundo.

“MEMBRO INFERIOR”

OSSO DO QUADRIL

- formado pelo ílio, ísquio e pube fundidos ao nível do acetábulo


- posição anatômica: cavidade do acetábulo fique lateral e voltada para frente, o forame
obturado abaixo e adiante e a face interna do corpo voltada quase diretamente para cima e a
bexiga repousa sobre ela; superfície articular da sínfise púbica fique em um plano sagital e a
incisura do acetábulo aponte para baixo; o tubérculo púbico e a EIAS ficam no mesmo plano
frontal
- articulações: sínfise púbica, juntura sacroilíaca e acetábulo com cabeça do fêmur
- fossa ilíaca, crista ilíaca, tubérculo da crista ilíaca, EIAS, EIAI, EIPS, EIPI, tuberosidade
ilíaca, face auricular, face sacropelvina, borda medial, LG posterior, LG anterior, LG inferior
- incisura isquiádica maior, espinha isquiádica, incisura isquiádica menor, linha arqueada,
eminência iliopúbica, acetábulo, face semilunar, fossa acetabular, incisura acetabular
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- ramos superior da pube, linha pectínea, corpo da pube, borda posterior, superfície sinfisal,
tubérculo púbico, crista púbica, crista obturatória, ramo inferior da pube, forame obturado, ramo
do ísquio, túber isquiádico

FEMUR

- extremidade superior: cabeça e fóvea para o lig. da cabeça do fêmur


colo anatômico e cirúrgico
trocanter maior (mm. glúteos médio e mínimo, piriforme,
obturatório interno, vasto L)
trocanter menor (m. psoas maior, ilíaco)
linha intertrocantérica (lig. iliofemoral, vasto L e M)
crista intertrocantérica (m. quadrado da coxa)
tubérculo do quadrado da coxa (m. quadrado da coxa)
fossa trocantérica (m. obturatório externo)
- diáfise: face anterior (m. vasto I, articular do joelho), medial, lateral e posterior
linha espiral
linha pectínea (m. pectíneo, adutor curto)
tuberosidade glútea (m. glúteo máximo, vasto L)
lábio medial (m. adutor longo) e lateral (m. bíceps da coxa) da linha áspera
linha supracondilar medial (m. adutor magno) e lateral (m. bíceps da coxa)
- extremidade inferior: tubérculo adutor (m. adutor magno)
epicôndilo medial e lateral
côndilo medial (m. gastrocnêmio) e lateral (m. gastrocnêmio),
poplíteo)
face patelar
face poplítea (m. plantar)
linha intercondilar
fossa intercondilar
sulco para o tendão do poplíteo (atrás do EL)

PATELA

- face anterior, posterior e superior


- faceta para a côndilo lateral e medial

TÍBIA

- extremidade superior: tubérculo intercondilar medial e lateral


eminência intercondilar
côndilo medial (m. semimemb.) e lateral (m. bíceps da coxa, tibial
anterior, ext. longo dedos, fibular longo)
face articular para a fíbula
área intercondilar posterior e anterior
- diáfise: tuberosidade da tíbia (m. reto da coxa)
face lateral (m. tibial anterior, fibular longo e curto), medial (m. semitend.,
grácil, sartório) e posterior (m. flexor longo dedos, tibial post.)
borda interóssea, anterior e medial (m. semimembranáceo)
linha solear
linha vertical da face posterior
- extremidade inferior: maléolo medial
incisura fibular
sulco para o tibial posterior

FÍBULA

- extremidade superior: cabeça (m. bíceps da coxa, sóleo, poplíteo)


ápice e face articular
- diáfise: face lateral, anterior (m. fibular terceiro, ext. longo hálux) e posterior
(m. flexor longo hálux)
borda anterior, interóssea e posterior
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crista medial
- extremidade inferior: maléolo lateral
face articular
fossa maleolar

TARSO

- tálus: face maleolar medial e lateral, tubérculo posterior do tálus


cabeça do tálus, colo, tróclea, tubérculo medial e lateral
- calcâneo: tubérculo anterior, túber do calcâneo, face posterior (m. sóleo, plantar)
- navicular, cubóide
- cuneiformes medial (m. tibial anterior, fibular longo), intermédio e lateral

METATARSO

- primeiro ao quinto
- tuberosidade do quinto metatársico

FALANGES
- falange proximal, média e distal

"REGIÃO GLÚTEA"

MÚSCULOS
- músculos glúteos e tensor da fáscia lata

Glúteo máximo
origem: posteriormente à linha glútea posterior, faces dorsais do sacro e cóccix e
ligamento sacrotuberal
inserção: tuberosidade glútea do fêmur e principalmente no trato iliotibial
inervação e ação: nervo glúteo inferior. Extensor da coxa e da pelve ou do tronco sobre
os membros inferiores, rotação lateral da coxa e sua parte superior pode abduzir.

Glúteo médio
origem: entre as linhas glúteas anterior e posterior
inserção: tendão que se insere sobre a face lateral do trocanter maior do fêmur
inervação e ação: nervo glúteo superior. Abdução e rotação medial da coxa.

Glúteo mínimo
(freqüentemente funde-se com g. médio na frente e com piriforme atrás)
origem: entre as linhas glúteas anterior e inferior
inserção: borda anterior do trocanter maior do fêmur
inervação e ação: nervo glúteo superior. Abdução e rotação medial da coxa.

Tensor da fáscia lata


origem: lábio externo da crista ilíaca e da espinha ilíaca ântero-superior
inserção: trato iliotibial (côndilo lateral da tíbia)
inervação e ação: nervo glúteo superior. Flexiona a coxa e faz sua rotação medial.

MÚSCULOS ROTADORES LATERAIS DA COXA

Piriforme
origem: face pelvina do sacro e lig. sacrotuberal e espinha póstero-inferior
inserção: passa pelo forame isquiádico maior e se insere na borda superior do trocanter
maior do fêmur
inervação e ação: divisões dos ramos ventrais de S1 e S2. Rotação lateral e abdução da
coxa. Nervo para o piriforme

Obturatório interno
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origem: face pelvina da membrana obturatória e no osso do quadril (superiormente da


incisura isquiádica maior até a linha pectínea e inferiormente nas bordas isquiádicas e púbicas
do forame obturatório)
inserção: tendão que passa pelo forame isquiádico menor e se insere da face medial do
trocanter maior do fêmur
inervação e ação: nervo para o obturatório interno (plexo sacral). Rotação lateral e
abdução da coxa.

Gêmeo superior
origem: espinha isquiádica
inserção: margem superior do tendão do obturatório interno
inervação e ação: nervo para o obturatório interno. Rotação lateral da coxa.

Gêmeo inferior
origem: túber isquiádico
inserção: margem inferior do tendão do obturatório interno
inervação e ação: nervo para o quadrado da coxa. Rotação lateral da coxa.

Quadrado da coxa
origem: túber isquiádico
inserção: crista intertrocantérica e tubérculo quadrado
inervação e ação: nervo para o quadrado da coxa. Rotação lateral e adução da coxa.

Obturatório externo
origem: face externa da pube e do ísquio, na membrana obturatória
inserção: fossa trocantérica do fêmur
inervação e ação: divisão posterior do nervo obturatório. Rotação lateral e adução da
coxa.

* A fáscia da região glútea é espessa e gordurosa, envolve o glúteo máximo e continua como
uma lâmina aponeurótica forte (aponeurose glútea). Inferiormente a aponeurose glútea
continua como trato iliotibial da fáscia lata

VASOS
- as artérias glúteas se originam direta ou indiretamente da artéria ilíaca interna.

-Artéria glútea superior: maior ramo da artéria ilíaca interna; deixa a pelve pelo forame
isquiádico maior, por cima do piriforme; na região glútea divide-se em ramo superficial e
profundo.
-Artéria glútea inferior: outro ramo da artéria ilíaca interna e deixa a pelve através do forame
isquiádico maior, abaixo do piriforme; na região glútea desce medialmente ao nervo isquiádico
juntamente com o nervo cutâneo posterior da coxa.
-Veias glúteas superior e inferior: são comumente duplas; acompanham as artérias e
desembocam na veia ilíaca interna; comunicam-se com as tributárias da veia femoral
(importante para o retorno do sangue do membro inferior).

NERVOS

-Nervo glúteo superior: (L4 a S1) atravessa o forame isquiádico maior por cima do piriforme;
ramo superior (glúteo médio) e ramo inferior (glúteo mínimo, tensor da fáscia lata e juntura do
quadril).
-Nervo glúteo inferior: (L5 a S2) atravessa o forame isquiádico maior por baixo do piriforme;
ramos que inervam glúteo máximo.
-Nervo cutâneo posterior da coxa: ( S1 a S3) passa pelo forame isquiádico maior por baixo do
piriforme; desce junto com a artéria glútea inferior e o nervo isquiádico, torna-se superficial
junto à fossa poplítea e acompanha a veia safena parva onde se anastomosa com o nervo
sural; emite os nervos inferiores da nádega, ramos perineais e os ramos femoral e sural.
-Nervo isquiádico: (L4 a S3) maior nervo do corpo, compõe-se de dois nervos, o tibial e o
fibular, que estão unidos; deixa a pelve pelo forame isquiádico maior, por baixo do piriforme;
desce entre o trocanter maior e o túber isquiádico.
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COXA E JOELHO

MÚSCULOS
REGIÃO POSTERIOR DA COXA:(músculos do jarrete)

Bíceps da coxa
origem: porção longa - faceta medial do túber isquiádico (junto com o semitendíneo) e
porção curta - lábio lateral da linha áspera, porção superior da linha supracondilar lateral.
inserção: as duas porções se unem num tendão formando o limite lateral da fossa
poplítea e se insere na cabeça da fíbula, lig. colateral da fíbula e côndilo lateral da tíbia
inervação e ação: ramo tibial (p. longa) e ramo fibular (p. curta) do nervo isquiádico.
Extensor da coxa e flexor da perna.

Semitendíneo
origem: faceta medial do túber isquiádico
inserção: tendão arredondado que forma um dos limites mediais da fossa poplítea e se
insere na parte superior da face medial da tíbia (bolsa anserina - separa tendões do lig.
colateral tibial)
inervação a ação: ramo tibial do nervo isquiádico. Extensor da coxa e flexor da perna.

Semimembranáceo
origem: faceta lateral do túber isquiádico e ramo do ísquio.
inserção: o tendão de inserção consiste em duas porções: porção superficial volta-se
para cima e lateral e se insere na borda medial e linha solear da tíbia; porção profunda forma
um cordão que se acha preso a um sulco no côndilo medial da tíbia
inervação e ação: ramo tibial do nervo isquiádico. Extensor da coxa e flexor da perna.

REGIÃO MEDIAL DA COXA

Pectíneo
(parte medial do assoalho do trígono femoral)
origem: linha pectínea da pube
inserção: desce pelo trocanter menor e se insere na metade superior da linha pectínea
do fêmur
inervação e ação: nervo femoral e às vezes pelo nervo obturatório. Estabilizador durante
a flexão e a extensão e mov. em que as coxas são comprimidas umas às outras.

Adutor longo
(borda medial forma o limite medial do trígono femoral)
origem: face femoral do corpo da pube
inserção: lábio medial da linha áspera
inervação e ação: nervo obturatório. Estabilizador durante a flexão e a extensão e mov.
em que as coxas são comprimidas umas às outras.

Adutor curto
origem: corpo e ramo inferior da pube
inserção: linha pectínea e parte superior da linha áspera do fêmur
inervação e ação: nervo obturatório - ramo anterior passa em frente ao músculo e o
ramo posterior atrás dele. Estabilizador durante a flexão e a extensão e mov. em que as coxas
são comprimidas umas às outras.

Adutor magno
origem: parte adutora - ramo ísquiopúbico; porção extensora - túber isquiádico
inserção: parte adutora - linha áspera; porção extensora - tubérculo adutor do fêmur
inervação e ação: parte adutora - n. obturatório; porção extensora - n. isquiádico (porção
tibial). Estabilizador durante a flexão e a extensão e mov. em que as coxas são comprimidas
umas às outras.
- a porção adutora é anterior e superior (adutor mínimo); a porção extensora nasce
medial à porção adutora.

Grácil
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origem: margem inferior do corpo e ramo inferior da pube


inserção: parte superior da face medial da tíbia
inervação e ação: nervo obturatório. Flexor, adutor e rotador medial.

REGIÃO ANTERIOR DA COXA

Iliopsoas
Ilíaco (porção lateral do iliopsoas)
origem: porção superior da fossa ilíaca e espinha ilíaca ântero-inferior
inserção: face lateral do tendão do psoas maior
inervação e ação: nervo femoral. Flexor da coxa
Psoas maior (porção medial do iliopsoas)
origem: vértebras lombares, discos intervertebrais
inserção: músculo penetra na coxa atrás do lig. inguinal e o tendão (que nasce na face
lateral do músculo) se insere no trocanter menor do fêmur
inervação e ação: plexo lombar. Flexor da coxa.

Quadríceps da coxa (é um dos maiores e mais poderosos músculos do corpo; consiste de um


músculo biarticular - reto da coxa - e três músculos monoarticulares - vasto lateral, intermédio e
medial)
Reto da coxa
origem: espinha ilíaca ântero-inferior (porção anterior) e borda do acetábulo (porção
posterior)
inserção: base da patela e tuberosidade da tíbia (parte do tendão entre a patela e a
tuberosidade - ligamento da patela)
inervação e ação: nervo femoral. Estende a perna e controla sua flexão e flexiona a coxa
Vasto lateral
origem: linha intertrocantérica, trocanter maior, tuberosidade glútea, porção superior do
lábio lateral da linha áspera e septo intermuscular lateral
inserção: larga aponeurose que se une ao contorno lateral do tendão do reto da coxa
inervação e ação: nervo femoral. Estende a perna e controla sua flexão
Vasto medial
origem: linha intertrocantérica, linha espiral e septo intermuscular medial
inserção: sua porção inferior está fundida com o adutor magno e adutor longo e continua
numa aponeurose que se une ao contorno medial do tendão do reto da coxa
inervação e ação: nervo femoral. Estende a perna e controla sua flexão
Vasto intermédio
origem: face anterior e lateral dos dois terços superiores do corpo do fêmur e se funde
com o vasto lateral tendo uma origem no lábio lateral da linha áspera
inserção: aponeurose que se une à face profunda do tendão do reto da coxa
inervação e ação: nervo femoral. Estende a perna e controla sua flexão.

Articular do joelho
origem: face anterior da porção inferior do fêmur
inserção: porção superior da cápsula da juntura do joelho.

Sartório
(forma o limite lateral do trígono femoral e recobre o canal adutor)
origem: espinha ilíaca ântero-superior
inserção: porção superior da face medial da tíbia onde recobre os tendões do grácil e do
semitendíneo (bolsa anserina está associada a estes tendões)
inervação e ação: nervo femoral. Flexor da coxa e da perna.

* A fáscia da coxa (fáscia lata) contém muita gordura, bastante espessa na virilha. Ela
recobre o hiato safeno (fáscia crivosa) e as expansões internas de sua face profunda formam
os septos intermusculares lateral e medial formando três compartimentos: anterior, posterior e
medial. A fáscia lata se funde com as inserções aponeuróticas do vasto medial e lateral; sobre
o vasto lateral é espessada e forma o trato iliotibial que se estende em direção ao lábio lateral
da linha áspera e acima continua como aponeurose glútea.
* Hiato safeno: abertura ovóide na fáscia lata em frente da veia femoral sendo que através
dela a veia safena magna passa para a veia femoral. A fáscia lata funde-se com o ligamento
20

inguinal desde a espinha ilíaca ântero-superior até o tubérculo púbico. No tubérculo púbico ela
se reflete para baixo e lateralmente ao lado da veia safena magna formando a borda falciforme;
a parte superior é o corno superior e a inferior é o corno inferior.
* Canal femoral: os vasos femorais encontram-se em um compartimento entre o iliopsoas e o
pectíneo. O iliopsoas e o nervo femoral ocupam o compartimento lacunar mais lateralmente. A
artéria e veia femorais e o canal femoral ocupam o compartimento mais medialmente (NAVE).
Os dois compartimentos são separados pelo arco iliopectíneo. O canal femoral está em frente
ao pectíneo e contém gordura. Sua extremidade superior é o ânulo femoral que é fechada pelo
septo femoral. Importante cirurgicamente devido a sua relação com hérnias (protrusão de
tecido extraperitoneal com uma víscera abdominal pelo ânulo femoral).
* Trígono femoral: localizado no terço superior da face anterior da coxa. Limitado lateralmente
pela borda medial do sartório; medialmente pela borda medial do adutor longo; superiormente
pelo lig. inguinal. Seu assoalho é o iliopsoas, pectíneo e adutor longo. A veia femoral, que fica
atrás da artéria na porção inferior, passa acima para seu lado medial. Lateralmente à artéria
encontra-se o nervo femoral, acima, e o nervo safeno e para o vasto medial, embaixo.
* Canal adutor: localizado no terço médio da porção medial da coxa. Limitado lateralmente
pelo vasto medial; medialmente pelo adutor longo e adutor magno; recoberto pelo sartório. O
nervo safeno acompanha a artéria femoral através de todo o canal (NEVA).
* Pata do Ganso: formado pelos músculos SARTÓRIO, SEMITENDÍNEO e GRÁCIL.

VASOS

-Artéria obturatória: ramo da ilíaca interna. Seus ramos anterior e posterior giram ao redor da
margem do forame obturado. O posterior emite um ramo acetabular que passa pela incisura
acetabular.
-Artéria femoral: continuação da ilíaca externa abaixo do lig. inguinal. No terço superior da coxa
(trígono femoral) é superficial; no terço inferior muda para artéria poplítea. Ramos: a.
epigástrica superficial, circunflexa superficial do ílio, pudenda externa, femoral profunda,
descendente do joelho.
-Veia femoral: continuação das veias poplíteas acima do hiato tendíneo; sobe através do canal
adutor ficando póstero-lateral. No trígono femoral fica medial à artéria. Suas principais
tributárias são a femoral profunda, as circunflexas medial e lateral e as grandes veias safenas.

NERVOS

-Nervo cutâneo posterior da coxa (S1 a S3)


-Nervo isquiádico: (L4 a S3) penetra na coxa na frente do adutor magno e é cruzado
posteriormente pela porção longa do bíceps. No seu lado medial está a artéria glútea inferior e
o nervo cutâneo posterior da coxa. A separação do isquiádico em nervos tibial e fibular ocorre
no terço inferior da coxa.
-Nervo obturatório: (L3 e L4) do plexo lombar; emerge na margem medial do psoas maior e
passa através do forame obturado para atingir a coxa. Sua divisão posterior inerva o
obturatório externo.
-Nervo obturatório acessório: (L2, L3 e L4) comunica-se com ramo ant. do n. obturatório.
-Nervo femoral: (L2 e L3) maior ramo do plexo lombar; emerge na borda lateral do psoas maior
e penetra na coxa atrás do lig. inguinal, no compartimento lateral aos vasos femorais. Seus
ramos terminais são classificados segunda uma divisão anterior (cutâneo anterior e o ramos
para o sartório) e uma posterior (muscular e safeno). O nervo safeno é considerado como
terminação do femoral, que passa pelo canal adutor, cruza a artéria latero-medialmente desce
na perna com a veia safena magna.
-Nervo cutâneo lateral da coxa ( = cutâneo femoral lateral )

FOSSA POPLÍTEA

É uma área atrás do joelho. Seus limites superiores são o bíceps (lateralmente) e o
semitendíneo e semimembranáceo (medialmente). Seus limites inferiores são o plantar e
porção lateral do gastrocnêmio (lateralmente) e porção medial do gastrocnêmio (medialmente).
Contém os nervos fibular comum e tibial, vasos poplíteos, nervo cutâneo posterior da coxa,
veia safena parva.
21

-Artéria poplítea: as veias poplíteas e o nervo tibial cruzam a artéria posteriormente latero-
medialmente. Ramos: a. tibial anterior e posterior (tronco tibiofibular).
-Veias poplíteas: formadas pelas veias satélites das aa. tibial anterior e posterior; encontram-se
postero-medialmente a a. poplítea e lateralmente ao nervo tibial e tornam-se postero-laterais a
a. poplítea; recebem a veia safena parva; terminam passando pelo hiato tendíneo tornando-se
veia femoral.
-Nervos: Fibular comum (poplíteo lateral): segue borda medial do bíceps, cruza a porção lateral
do gastrocnêmio, volta-se lateralmente ao redor do colo da fíbula e divide-se em fibular
profundo e superficial. Ramos: nervo cutâneo lateral da sura, ramo comunicante fibular. Tibial
(poplíteo medial): sobre o gastrocnêmio e borda inferior do poplíteo. Ramos: nervo interósseo
da perna, nervo cutâneo medial da sura.

JUNTURAS

-Juntura do quadril: (esferóide) formada pelo acetábulo do osso do quadril e cabeça do fêmur.
O acetábulo é aprofundado pelo lábio acetabular e completado, embaixo, pelo lig. transverso.
A cápsula está fixa à margem do acetábulo e estende-se ao fêmur (fixa na linha
intertrocantérica). Ligamentos: lig. iliofemoral, pubofemoral, isquiofemoral, lig. da cabeça do
fêmur (lig. redondo). Uma membrana sinovial reveste a parte interna da cápsula. Movimentos:
flexão e extensão, abdução e adução, circundação e rotação da coxa.
-Juntura do joelho: (condilar) côndilos do fêmur, côndilos da tíbia e a patela. A cápsula está fixa
ao fêmur acima da fossa intercondilar, às margens da patela e às margens dos côndilos tibiais.
Ligamentos extracapsulares: lig. colateral tibial, lig. colateral fibular. Ligamentos intra-
articulares: lig. cruzados anterior e posterior, meniscos medial e lateral. O lig. transverso une
os meniscos na frente.
Movimentos: flexão e extensão do joelho, deslizamento e rotação.
Juntura tibiofibular: (plana) cabeça da fíbula e face posterior do côndilo lateral da tíbia. Lig.
anterior e posterior da fíbula.

PERNA

MÚSCULOS
REGIÃO ANTERIOR

Tibial anterior
origem: côndilo lateral da tíbia, face lateral da tíbia e membrana interóssea
inserção: face medial do cuneiforme medial e base do primeiro metatársico
inervação e ação: nervo fibular profundo. Dorsiflete e inverte o pé.

Extensor longo dos dedos


origem: côndilo lateral da tíbia, face anterior da fíbula e membrana interóssea
inserção: quatro tendões que se inserem nos quatro dedos laterais
inervação e ação: nervo fibular profundo. Estende os dedos, dorsiflete e everte o pé.

Fibular terceiro
(porção lateral inferior do extensor longo dos dedos)
origem: parte inferior da face anterior da fíbula e membrana interóssea
inserção: base do quinto metatársico
inervação: nervo fibular profundo.

Extensor longo do hálux


origem: metade medial da face anterior da fíbula e membrana interóssea
inserção: base da falange distal do hálux
inervação e ação: nervo fibular profundo. Estende o hálux e auxilia dorsiflexão do pé.

REGIÃO LATERAL

Fibular longo
origem: côndilo lateral da tíbia, cabeça da fíbula e 2/3 superiores da face lat. da fíbula
22

inserção: tendão que passa atrás do maléolo lateral, incisura lateral no cubóide, cruza
obliquamente o pé e se insere na face lateral do cuneiforme medial e base do primeiro
metatársico
inervação e ação: nervo fibular superficial. Flexor plantar do pé e eversor.

Fibular curto
origem: 2/3 inferiores da face lateral da fíbula
inserção: tendão que passa pelo dorso do maléolo lateral e se insere na tuberosidade do
quinto metatársico
inervação ação: nervo fibular superficial. Everte o pé.

REGIÃO POSTERIOR SUPERFICIAL

Tríceps sural
Gastrocnêmio
origem: porção lateral - parte superior do côndilo lateral do fêmur;
porção medial - face poplítea do fêmur, acima do côndilo medial
inserção: as 2 porções se unem e se fundem com o tendão do sóleo para formar o
tendão calcanear
inervação e ação: nervo tibial. Flexor plantar do pé
Sóleo
origem: dorso da cabeça da fíbula e porção superior da face posterior da fíbula
inserção: tendão que se funde com o gastrocnêmio e forma o tendão calcanear que está
inserido na face posterior do calcâneo.
inervação e ação: nervo tibial. Flexor plantar do pé.

Plantar
origem: porção inferior da linha supracondilar lateral e face poplítea do fêmur
inserção: tendão que desce entre o gastrocnêmio e o sóleo e se fixa no lado medial do
tendão calcanear ou na face posterior do calcâneo
inervação: nervo tibial.

REGIÃO POSTERIOR PROFUNDO

Poplíteo
origem: femoral - sulco face lateral do côndilo lateral do fêmur; meniscal - dorso do
menisco lateral
inserção: femoral - cabeça da fíbula e apresenta uma expansão, o lig. poplíteo arqueado;
meniscal - medialmente à tíbia, acima da linha solear
inervação e ação: nervo tibial. Rotação medial da tíbia e rotação lateral do fêmur.

Flexor longo dos dedos


origem: metade medial da face posterior da tíbia, abaixo da linha solear
inserção: tendão passa atrás do maléolo medial e divide-se para os quatro dedos laterais
e se inserem nas falanges distais
inervação e ação: nervo tibial. Flete as falanges distais dos quatro dedos laterais.

Flexor longo do hálux


origem: 2/3 inferiores da face posterior da fíbula e do septo intermuscular posterior
inserção: tendão que passa pelo sulco na face posterior do tálus e se insere na face
inferior da base da falange distal do hálux
inervação e ação: nervo tibial. Flete a falange distal do hálux.

Tibial posterior
(abaixo dos flexores longos)
origem: porção anterior da face posterior da fíbula, membrana interóssea e face posterior
da tíbia (limite é a linha solear) - forma o arco fibroso
inserção: tendão que passa atrás do maléolo medial e se insere na tuberosidade do
navicular que se estende aos cuneiformes, cubóide e bases do segundo a quarto metatársicos
inervação e ação: nervo tibial. Inversor do pé.
23

-A fáscia da perna é fixa à borda anterior da tíbia; forma o septo intermuscular anterior e
posterior dividindo a perna em 3 compartimentos: anterior, lateral, posterior. O posterior é
subdividido pela fáscia transversa profunda.
-Retináculo dos extensores: espessamentos da fáscia no tornozelo e dorso do pé. São
denominados superior (entre bordas anteriores da tíbia e fíbula) e inferior.
-Reflexo do tornozelo: contração reflexa do tríceps sural pela percussão do tendão calcanear.
-Retináculo flexor: espessamento da fáscia entre o maléolo medial e face medial do
calcâneo. Formam 4 compartimentos: 1) tendão do tibial posterior; 2) flexor longo dos dedos;
3) vasos tibiais posteriores e nervo tibial; 4) flexor longo do hálux.
-Retináculos fibulares superior - do maléolo ao calcâneo e mantém os tendões fibulares atrás
do calcâneo; inferior - mantém os tendões na face lateral do calcâneo.

VASOS

-Artéria tibial anterior: menor dos ramos terminais da poplítea. Começa na borda inferior do
poplíteo, passa lateralmente ao arco fibroso do tibial posterior e se encontra com o nervo
fibular profundo; na porção inferior está sobre a tíbia; acompanhada por 2 veias. Ramos: a.
recorrente tibial anterior, maleolar anterior medial e lateral.
-Artéria tibial posterior: maior dos ramos terminais da poplítea. Começa na borda inferior do
poplíteo, situa-se sobre o tibial posterior e flexor longo dos dedos e está recoberta pela fáscia
transversa profunda. Distalmente torna-se mais superficial; o nervo tibial é sucessivamente
medial, posterior e lateral. Ramos: ramo circunflexo da fíbula, a. fibular (passa atrás do maléolo
lateral). Os ramos terminais são aa. plantares medial e lateral.

-Artéria fibular: nasce abaixo da borda inferior do poplíteo. Ramos: comunicante (para a tibial
posterior), perfurante.
-Veias tibiais posteriores: formadas pela união de veias plantares medial e lateral, recebem as
veias fibulares e unem-se com as veias tibiais anteriores para formar as veias poplíteas.

NERVOS

-Nervo fibular profundo: passa entre o sóleo e o fibular longo e divide-se em superficial e
profundo. O profundo continua em torno do colo da fíbula, atravessa o septo intermuscular
anterior e o extensor longo dos dedos e desce sobre a membrana interóssea, junta-se à artéria
tibial anterior e no pé divide-se em ramos medial e lateral. O medial ou digital divide-se em
nervos digitais dorsais.
-Nervo fibular superficial: desce na frente da fíbula e entre os fibulares e o extensor longo dos
dedos. Divide-se em ramos terminais: cutâneo dorsal medial e intermédio.
-Nervo tibial: desce pela fossa poplítea, sobre o poplíteo e coberto pelo gastrocnêmio, sobre o
tibial posterior e flexor longo dos dedos e, a seguir, sobre a tíbia. Cruza a artéria tibial posterior
e torna-se lateral e divide-se em nervos plantares medial e lateral.

OBS: O nervo isquiádico, que é formado pelos nervos tibial e fibular, divide-se na região
poplítea em nervos tibial e fibular comum. O nervo tibial inerva os músculos da região posterior
da perna. O nervo fibular comum se divide em fibular superficial e fibular profundo. O
superficial inerva os músculos da região lateral da perna e o profundo passa para a região
anterior da perna e acompanha a artéria tibial anterior, que se torna a artéria dorsal do pé
localizada em cima do 1º metatarso.

PÉ E TORNOZELO

É a parte do membro inferior distal à perna. As funções são de sustentação e locomoção.

-Aponeurose plantar: forte lâmina dividida em três partes: central, medial e lateral. A central
está inserida atrás do processo medial do túber do calcâneo. A medial junta-se à central e
delimita um compartimento medial. A lateral está inserida atrás do processo lateral do túber do
calcâneo e delimita compartimento lateral.
-Reflexo cutâneo plantar: quando se raspa a pele da planta a partir do calcanhar, os dedos
se fletem.

VASOS
24

-Artéria plantar medial: menor dos ramos terminais da artéria tibial posterior; supre a face
medial do hálux
-Artéria plantar lateral: da base do quinto metatársico, volta-se medialmente e ajuda a formar o
arco plantar
-Artéria dorsal do pé: continuação da tibial anterior a partir de um ponto ente os maléolos.
Lateralmente encontram-se o ramo medial do nervo fibular profundo e os extensores longos e
curtos dos dedos. Termina em um ramo plantar profundo e forma o arco plantar.
-Arco plantar: formado pela artéria plantar lateral, acompanhado pelo ramo profundo do nervo
plantar lateral. Dá origem a quatro artérias metatársicas plantares que fornecem aa. digitais
plantares.
-Veias: veias digitais plantares formam veias metatársica plantares que comunicam-se com as
veias do dorso do pé e formam o arco venoso plantar. Partem veias plantares medial e lateral
que se unem atrás do maléolo medial e formam as veias tibiais posteriores.

NERVOS

-Nervo plantar medial: maior dos ramos terminais do nervo tibial, dirige-se lateralmente à
artéria plantar medial. Ramos terminais: nervos digitais plantares.
-Nervo plantar lateral: medialmente à artéria plantar lateral. Divide-se em profundo e superficial
(nervos digitais plantares).

“COLUNA VERTEBRAL”

Constituída por 24 vértebras móveis pré-sacrais: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares;


compreendem ainda as 5 sacrais (fundidas) e 4 coccígeas (fundidas). As vértebras tornam-se
maiores em direção inferior até o sacro.
Apresenta 4 curvaturas sagitais: cervical, torácica, lombar e sacral.
-Primárias: acompanham o desenvolvimento fetal e ocorrem pela diferença de altura entre a
parte anterior e posterior dos corpos vertebrais (torácica e sacral); convexas posteriormente.
-Secundárias: aparecem após o nascimento e ocorrem pela diferença de altura dos discos
intervertebrais (cervical e lombar); côncavas posteriormente. Curvas Patológicas: curvatura
acentuada de concavidade anterior (cifose), curvatura acentuada de concavidade posterior
(lordose), curvatura lateral (escoliose).

Partes de uma vértebra:


corpo vertebral (apófise anular, forames vasculares)
arco vertebral (pedículos D e E, lâminas D e E)
forame vertebral (medula, canal vertebral)
processo espinhoso
processos transversos
processos articulares superiores e inferiores (facetas art.)
incisura vertebral (forame intervertebral - n. espinhal e vasos)

Vértebras cervicais
- apresentam forame transverso (exceto C7), dá passagem a a. vertebral, vv. vertebrais
e plexo simpático.
- C1=Atlas: não possui corpo nem espinha; 2 massas laterais; arco anterior com tubérc.
anterior (lig. long. anterior), fovea dentis (proc. odontóide do áxis), lig. transverso; arco
posterior com tubérc. posterior (lig. da nuca), sulco para a. vertebral e C1
- C2=Áxis: proc. odontóide; processo espinhoso bífido
- C3 a C6: forma vertebral triangular; proc. espinhoso bífido; proc. transverso com
forame transverso e termina em 2 tubérculos (anterior e posterior) conectados pela barra
costotransversa (tubérc. anterior de C6 - tubérc. carótico); bordas posteriores elevadas dos
corpos - proc. unciformes;
- C7: proc. espinhoso longo não bifurcado (vértebra proeminente) com tubérculo.

Vértebras torácicas
- apresentam fóvea costal no corpo e no proc. transverso
- T1: fóvea costal superior (1a costela); fóvea costal inferior (2a costela)
25

- T2 a T8: forame vertebral circular; proc. espinhoso longo e delgado; proc. transverso
longo e arredondada
- T9: única fóvea costal no corpo
- T10: fóvea costal transversal voltada para cima
- T11: se assemelha a vértebra lombar; sem fóvea costal transversal
- T12: sem proc. tranversos; proc. mamilar (acima); proc. acessório (abaixo); proc. costal
(lateral)

Vértebras lombares
- grande tamanho; ausência de fóveas costais e forames transversos; proc. espinhoso
quadrilátero
- forame vertebral triangular; proc. mamilares posteriores aos proc. art. superiores; proc.
transversos ou costais longos e finos; proc. acessórios
- L5: maior vértebra com proc. transversos maciços e fortes

Sacro
- face pelvina: côncava e lisa; 4 linhas transversas; 4 pares de forames sacrais pelvinos
- face dorsal: rugosa e convexa; crista sacral mediana (fusão proc. espinhosos); sulco
sacral (fusão das lâminas); cristas sacrais intermediárias (fusão proc. articulares); 4 pares de
forames sacrais dorsais; cornos sacrais (parte final cristas interm.) que limitam o hiato sacral
- parte lateral: crista sacral lateral (fusão proc. transversos);superfície auricular;
tuberosidade sacral
- base apresenta o promontório (borda anterior da superfície sup.); canal sacral com
asas D e E; 2 proc. articulares superiores

Cóccix
- logo acima do ânus; fusão de 4 vértebras; face pelvina e dorsal e 2 bordas laterais; 2
cornos.

"CABEÇA OSSEA"

A cabeça ossea compreende os ossos da calota craniana, da base do crânio e da face.


A base do crânio possui ainda vários forames que dão passagem aos 12 pares de nervos
cranianos e à outras estruturas como vasos sangüíneos, bulbo, meninges, etc.

Ossos do crânio:
1. frontal - osso pneumático, contém o seio frontal
2. parietal
3. temporal - contém as porções média e interna da orelha
4. occipital
5. esfenóide - asa maior e menor
6. etmóide
7. tubérculo faríngeo ( divisão entre faringe e ossos e músculos do pescoço )
8. crista gali
9. processo clinóide anterior
10. processo clinóide posterior
11. sela túrcica
12. condilo do occipital 19. lâmina pterigóide medial
13. protuberância occipital interna 20. coanas
14. fossa incisiva 21. vômer
15. processo palatino 22. espinha nasal posterior
16. sutura palatina mediana 23. fossa da mandíbula
17. sutura palatina transversa 24. processo estilóide
18. lâmina pterigóide lateral 25.processo mastóideo

Suturas do crânio:
1. sutura coronal
2. sutura sagital
3. sutura lambdóide
26

OBS: as junturas das suturas coronal e sagital formam o BREGMA e as junturas das suturas
sagital e lambdóide formam o LAMBDA.
4. ptério - entre os ossos frontal, parietal, temporal e esfenóide. O ptério cobre a artéria
meningíca média ( principal ramo da A. maxilar ) interiormente.
5. astério - entre os ossos temporal, parietal e occipital

Forames da base do crânio:


1. forame cego
2. forame crivoso - 1º par de nervo craniano = n. olfatório
3.canal óptico - 2º par de nervo craniano = n. óptico
4. fissura orbital superior - 3º par de nervo craniano = n. oculomotor
4º par de nervo craniano = n. troclear
1º ramo do 5º par de nervo craniano ( trigêmio ) = n. oftálmico
6º par de nervo craniano = n. abducente
5. forame redondo - 2º ramo do 5º par de nervo craniano ( trigêmio ) = n. maxilar
6. forame oval - 3º ramo do 5º par de nervo craniano ( trigêmio ) = n. mandibular
7. meato acústico interno - 7º par de nervo craniano = n. facial
8º par de nervo craniano = n. vestibulococlear
8. forame jugular - 9º par de nervo craniano = n. glossofaríngeo
10º par de nervo craniano = n. vago
11º par de nervo craniano = n. acessório
Veia jugular interna
9. canal hipoglosso - 12º par de nervo craniano = n. hipoglosso
10. forame espinhoso - artéria e veia meníngicas médias
11. forame lacerado - está obliterado pela cartiladem da tuba auditiva
12. canal carótico - artéria carótida interna
tronco simpático
13. forame magno - medula oblonga
meninges
artéria vertebral
14. forame estilomastóideo - o nervo facial ( 7º par ) sai por este forame
15. meato acústico externo
16. forame parital - localizado na calota craniana
17. díploe

Ossos da face:
1. zigomático 2. osso nasal
3. maxila 4. mandíbula
5. glabela ( localizado no osso frontal ) 6. fissura supra-orbital
7. forame zigomáticofacial 8. forame infra-orbital
9. processo alveolar 10. espinha nasal anterior
11. forame esfenopalatino - passa a artéria esfenopalatina ( ramo da maxilar ) - causa a
epistaxe

Mandíbula:
1. processo condilar 12. forame mental
2. cabeça da mandíbula 13. protiberância mental
3. colo da mandíbula 14. tubérculo mental
4. incisura da mandíbula 15. fóvea submandibular
5. processo coronóide 16. fossa digástrica
6. língula da mandíbula 17. espinha mental
7. forame da mandíbula 18. ramo da mandíbula
8. sulco milo-hióideo p/ n. milo-hióideo 19. ângulo da mandíbula
9. fóvea pterigóidea 20. corpo da mandíbula
10. fóvea sublingual 21. base da mandíbula
11.linha milo-hióideo p/ m. milo-hióideo 22. parte alveolar

"MÚSCULOS DA FACE"

1. orbicular do olho ( partes orbital, palpebral e lacrimal )


27

2. corrugador do supercílio
3. prócero
4. nasal ( partes alar e transversa )
5. depressor do septo
6. risório
7. depressor do ângulo da boca
8. zigomático maior OBS: Todos os músculos da
9. zigomático menor face são inervados pelo ner-
10. levantador do ângulo da boca vo FACIAL ( 7º PAR ).
11. levantador do lábio superior
12. levantador do lábio superior e da asa do nariz
13. depressor do lábio inferior
14. bucinador - perfurado pelo ducto parotídico
15. orbicular da boca ( partes labial e marginal )
16. músculo incisivo superior
17. músculo incisivo inferior
18. mental
19. músculo platisma
20. músculo occiptofrontal
21. levantador da palpebra superior

"PARÓTIDA"

A parótida é uma glândula exócrina salivar que é perfurada pelo nervo facial, onde este
se divide, e inervada pelo nervo glossofaríngeo ( 9º par de nervo craniano ). Possui um
ducto, o ducto parotídico, que perfura o músculo bucinador e desemboca ao nível do 2º molar
superior.

"MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO"

1. masseter: inervado pelo nervo massetérico ( ramo do n. mandibular - 3º ramo do trigêmio )


2. temporal: inervado por ramos temporais profundos ( ramo do n. mandibular )
3. pterigóideo medial: inervado por ramos do nervo mandibular
4. pterigóideo lateral: inervado por ramo do tronco anterior do n. mandibular, que pode provir
dos nervos massetéricos ou bucais.

"LÍNGUA"

A lígua é uma estrutura localizada na cavidade oral ( 2/3 anteriores ) e na cavidade da


orofarínge ( 1/3 posterior ). Contém diversa papilas, que dão o aspecto aveludado da língua.
Na língua existe o sulco terminal, que divide a parte anterior da posterior. Este sulco é em
forma de V.
Os músculos da língua estão divididos em intrínsecos e extrínsecos.
INTRÍNSECOS:
1. longitudinal superior 3. transverso
2. longitudinal inferior 4. vertical
Estes músculos são inervados pelo nervo hipoglosso ( 12º par de nervo craniano ).
EXTRÍNSECOS:
1. Genioglosso: inervado pelo n. hipoglosso
2. Hioglosso: inervado pelo n. hipoglosso
3. Condroglosso: inervado pelo n. hipoglosso
4. Estiloglosso: inervado pelo n. hipoglosso
5. Palatoglosso: inervado pelo n. acessório ( 11º par de nervo craniano )
Inervação Sensitiva: os 2/3 anteriores da língua são inervados pelo n. lingual ( ramo do n.
mandibular ) e pelo n. corda do tímpano ( ramo do n. facial ). O 1/3 posterior é inervado pelo n.
glossofaríngeo ( 9º par ).

"MÚSCULOS DO PALATO MOLE"

1. palatoglosso: inervado pelo n. acessório


2. palatofaríngeo: inervado pelo n. acessório
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3. músculo da úvula: inervado pelo n. acessório


4. levantador do véu palatino: inervado pelo n. acessório
5. tensor do véu paltino: inervado pelo n. mandibular ( ramo do trigêmio - 5º par )

"PESCOÇO"

O pescoça contém dois músculos superficiais a saber:

Esternoclidomastóideo
É o principal flexor, estende-se obliquamente no pescoço, da juntura esternoclavicular
até o processo mastóideo. Possui duas cabeças: uma que é arredondada, tendínea e esternal
e que se insere na parte anterior do manúbrio; a outra, é achatada, clavicular e se insere no 1/3
medial da clavícula. O músculo é cruzado pelo platisma, veia jugular externa e nervos auricular
magno e transverso do pescoço. O esternoclidomastóideo cobre os grandes vasos, os
músculos esplênio da cabeça, levantador da escápula, digástrico, escalenos, estrno-hióide,
esternotireóide e omo-hióide e a cúpula da pleura. É inervado pelo nervo acessório ( 11º par ).

Trapézio
É inervado pelo nervo acessório ( 11º par ) que perfura o músculo.

O pescoço pode ser dividido a cada lado como se fosse um quadrilátero grosseiro com
as seguintes delimitações:
• SUPERIOR: borda inferior da mandíbula e uma linha imaginária que vai do ângulo da
mandíbula até o processo mastóideo;
• LATERAL: borda anterior do trapézio;
• INFERIOR: borda superior da clavícula;
• MEDIAL: linha mediana anterior do pescoço.
Este quadrilátero é dividido em dois trígonos pelo músculo esternoclidomastóideo dando
origem aos trígonos posterior e anterior.

Trígono Posterior
O trígono posterior tem como delimitação a face superior da clavícula, a borda anterior
do trapézio e a borda posterior do esternoclidomastóideo.
O ventre inferior do músculo omo-hióideo divide o trígono posterior em outros dois
trígonos: trígonos supraclavicular e occipital.
O trígono posterior tem como teto o revestimento da fáscia ( perfurada pela veia jugular
interna e nervos supraclaviculares ) e pelo platisma. Tem como conteúdo: o nervo acessório (
sobre o levantador da escápula ), o plexo braquial ( borda posterior do
esternoclidomastóideo, entre os escalenos médio e anterior, na altura da cartilagem
cricóide, acima da clavícula ), a 3ª parte da artéria subclávia e linfonódios. Outros
elementos são: o n. dorsal da escápula para o rombóide, n. torácico longo para o serrátil
anterior, n. para o suclávio, n. supra-escapular e artéria transversa do pescoço. Tem como
assoalho: os músculos esplênio da cabeça, levantador da escápula, escalenos posterior e
médio e 1ª digitação do serrátil anterior.

RAMOS SUPERFICIAIS DO PLEXO CERVICAL


Este plexo está localizado na parte superior do pescoço, coberto pela veia jugular interna
e esternoclidomastóideo.
1. n. occipital menor
2. n. auricular magno
3. n. transverso do pescoço
4. n supraclaviculares

VEIA JUGULAR EXTERNA


Esta veia começa abaixo ou ( às vezes ) no interior da glândula parótida. É formada pela
união da veia retromandibular e da veia auricular posterior. Perfura a fáscia no trígono posterior
do pescoço e desemboca na veia subclávia ou às vezes, na veia jugular interna.

Trígono Anterior
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Este trígono tem como delimitação: a borda inferior da mandíbula e uma linha imaginária
que vai do ângulo da mandíbula até o processo mastóideo, a linha mediana anterior do
pescoço e a borda anterior do esternoclidomastóideo. É cruzado pelo mm. digástrico, estilo-
hióideo e ventre superior do omo-hióideo. Com isto, o trígono anterior é dividido em outros
quatro trígonos a saber:

• Trígono Digástrico ( submandibular ): delimitado pela borda inferior da mandíbula e os ventres


anterior e posterior do digástrico. Tem como assoalho os mm. milo-hióideo e hioglosso.
*Conteúdo: glândula submandibular, artéria e veia facial, glândula parótida, artéria carótida
externa, artéria carótida interna, veia jugular interna, nervo glossofaríngeo e nervo vago
( profundamente ).
• Trígono Submental ( supra-hióideo ): delimitado pelo corpo do osso hióideo e dois ventres
anterior do digástrico a cada lado. Tem como assoalho o músculo milo-hióideo, que divide
divide o pescoço da cabeça.
• Trígono Carótico: é delimitado pelo ventre posterior do digástrico, ventre superior do omo-
hióideo e borda anterior do esternoclidomastóideo. Assoalho: mm. tireo-hióideo, hioglosso,
constritores inferior e médio da faringe. *Conteúdo: artéria carótida comum, artéria carótida
externa, artéria carótida interna, veia jugular interna, laringe, parte da faringe e nervo
laríngeo superior ( ramo do nervo vago ).

• Trígono Muscular ( carótico inferior ): é delimitado pelo ventre superior do omo-hióideo, borda
anterior do esternoclidomastóideo e linha mediana anterior do pescoço. Assoalho: mm.
esterno-hióideo e esternotireóideo. Teto: platisma: n. facial.

O teto do trígono anterior é formado pela fáscia e pelo platisma ( limite da região
superficial e profundo do pescoço; é inervado pelo ramo cervical do nervo facial ).

RAMOS DA CARÓTIDA EXTERNA


A carótida externa dá alguns ramos no pescoço. Ela é antero-medial à carótida interna.
1. Artéria tireóidea superior
2. Artéria lingual ( cruza com o nervo hipoglosso )
3. Artéria facial ( cruza com o nervo hipoglosso, está atrás da glândula submandibular e
possui alguns outros ramos a saber: labial inferior, labial superior, nasal-lateral e angular - se
anastomosa com a artéria oftálmica e estabelece comunicação entre as carótidas
externa e interna ).
4. Artéria occipital
5. Artéria auricular posterior
6. Artéria faríngica ascendente
7. Artéria temporal superficial ( localizada atrás da parótida, na frente do meato acústico
externo e dá um ramo: artéria transversa da face - na frente do ducto parotídico - e se
anastomosa com a artéria facial ).
8. Artéria maxilar ( passa atrás da parótida, entra na fossa infra-temporal e alguns ramos
são: artéria angular inferior, artéria infra-orbital, a principal que é a artéria meníngica
média e artéria esfenopalatina ( ramo terminal ) que passa no forame esfenopalatino e
causa a epistaxe ).

MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS
São em número de quatro e prendem o osso hióideo à clavícula, ao esterno e à
escápula. São divididos em superficiais e profundos:
1. Superficiais:
- m. esterno-hióideo: inervado pela alça cervical e raiz superior
- m. omo-hióideo: inervado pela alça cervical e raiz superior
2. Profundos:
- m. esternotireóideo: inervado pela alça cervical e raiz superior
- m. tireo-hióideo: pode ser considerado como uma continuação do esterno-hióideo e é
inervado por um ramo do nervo hipoglosso.

MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS
1. digástrico 3. milo-hióideo
2. genio-hióideo 4. estilo-hióideo
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MÚSCULOS ESCALENOS
1. Anterior: coberto pelo esternoclidomastóideo, a artéria subclávia passa atrás do escaleno
anterior e o nervo frênico sobre o músculo. É inervado pelo nervo cervical
2. Médio: inervado pelo nervo cervical
3. Posterior: inervado pelo nervo cervical
OBS: o plexo braquial localiza-se entre os escalenos anterior e médio.

MÚSCULOS PRÉ-VERTEBRAIS
1. longo da cabeça
2. longo do pescoço
3. reto anterior da cabeça
4. reto lateral da cabeça
Estes são inervado por ramos ventrais dos nervos cervicais

"GLÂNDULA TIREÓIDE"

A glândula tireóide é uma glândula endócrina em forma de H e que possui um lobo


direito e um esquerdo unidos pelo istmo. A glândula está ao nível de C4 e ainda pode
apresentar um lobo inconstante chamado piramidal. É um órgão encapsulado e altamente
vascularizado.
ARTÉRIAS
- artéria tireóidea superior ( ramo da carótida externa )
- artéria tireóidea inferior ( ramo do tronco tireocervical )

VEIAS
- veia tireóidea superior ( desmboca na veia jugular interna )
- veia tireóidea média ( desemboca na veia jugular interna )
- veia tireóidea inferior ( desemboca na veia braquiocefálica )
OBS: Pode haver uma veia tireóidea ima

INERVAÇÃO

A glândula é inevada por ramos do nervo vago e do simpático cervical. Dar uma
atenção ao nervo laríngeo recorrente ( ramo do vago ), sendo que o esquerdo passa por baixo
do arco da aorta e o direito passa por baixo da artéria subclávia. O nervo laríngeo recorrente
está intimamente relacionado com a artéria tireóidea inferior.

"CAVIDADE NASAL"

A cavidade nasal é a região compreendida entre a abertura das narinas e a nasofarínge.


Tem como teto ossos da base do crânio como o frontal, o etmóide e o esfenóide; e como
assoalho o palato duro formado pelo osso palatino; e pelo palato mole. Na cavidade nasal
existem as conchas nasais, os meatos e as aberturas dos seios nasais.
Existem 3 conchas nasais: a superior, a média e a inferior. Ocasionalmente existe
uma concha nasal suprema.
O meato nasal superior está localizado entre as conchas nasais superior e média e este
meato dá a abertura ao óstio do seio esfenoidal e das células etmoidais posteriores. O meato
nasal médio está localizado entre as conchas nasais média e inferior e este meato dá a
abertura dos óstios dos seios frontal e maxilar e das células etmoidais anteriores e médias. O
meato nasal inferior está localizado entre a concha nasal inferior e o plato duro; dá abertura ao
óstio do ducto nasolacrimal.
Na nasofarínge ainda se encontram o recesso faríngeo e o óstio faríngeo da tuba
auditiva envolto pelo toro tubário. A tuba auditiva, assim, permite a comunicação da
nasofarínge com a orelha média.

“TÓRAX”

A cavidade torácica se comunica com a porção anterior do pescoço pela abertura


torácica superior. Ocupada pelo ápice dos pulmões e pleura. Comunica-se com o abdome
através da abertura torácica inferior (fechada pelo diafragma). A margem costal (7 a a 10a
cartilagens costais) formam os lados do ângulo infraesternal (subcostal); a juntura xifoesternal
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forma seu ápice. A depressão na frente do processo é a fossa gástrica. O esqueleto do tórax
inclui o esterno as costelas, as cartilagens costais, as vértebras torácicas e discos
intervertebrais.

ESTERNO

- manúbrio: incisura jugular (3a VT)


incisuras claviculares
incisuras laterais para 1a e 2a costelas
ângulo esternal (artic. manúbrio com o corpo) com crista transversal
* articulação com o corpo por fibrocartilagem
- corpo: 3 linhas transversais cruzam face anterior
incisuras laterais para cartilagens costais da 2a a 7a costela
* articulação com o proc. xifóide por fibrocartilagem
- proc. xifóide: depressão na face anterior - fossa epigástrica
juntura xifoesternal está no ápice do ângulo infraesternal

COSTELAS
- ossos alongados, achatados; costelas verdadeiras (1a a 7a) - ligadas ao esterno; costelas
falsas (8a a 12a), sendo que da 8a a 10a ligam-se por suas cartilagens costais e a 11a e 12a são
livres (flutuantes);

- 1a costela: larga e chata; face articular da cabeça com apenas uma faceta; sulco da a.
subclávia (a. subclávia e tronco inferior do plexo braquial); tubérculo para o músculo escaleno
anterior (mais anterior ao sulco); sulco da v. subclávia
- 2a costela: face articular da cabeça com duas facetas; tuberosidade do m. serrátil anterior
- 3a a 9a costela: cabeça com face articular dividida por uma crista interarticular; colo com uma
crista na borda superior e tubérculo da costela com face articular; corpo apresenta ângulo
costal, face externa para inserções musculares, face interna com sulco costal
- 10a, 11a e 12a costelas: a 10a apresenta face articular da cabeça com apenas uma faceta; a
11a não face articular no tubérculo; na 12a o tubérculo, ângulo, colo e sulco costal estão
ausentes

PAREDE TORÁCICA
Músculos divididos em camada externa, média e interna. A camada interna e o esterno,
costelas e cartilagens costais são separadas da pleura por tecido conjuntivo frouxo, a fáscia
endotorácica.

MÚSCULOS
- CAMADA EXTERNA

Intercostais externos
origem: borda superior das 11 costelas superiores
inserção: borda inferior das 11 costelas inferiores
* vão do tubérculo da costela às cartilagens costais onde dão lugar às membranas
intercostais externas; fibras com direção para baixo e para diante
inervação e ação: nervos intercostais ou toracoabdominais. Elevam as costelas:
músculos da inspiração.

Levantadores das costelas


origem: processos tranversos de C7 à T11
inserção: face externa da costela subjacente entre o tubérculo e o ângulo
inervação e ação: ramos dorsais de C8 a T11. Elevam as costelas: músculos da
inspiração

- CAMADA MÉDIA

Intercostais internos
origem: borda inferior da 1a a 11a costela, incluindo cartilagens costais
inserção: borda superior das costelas e cartilagens costais subjacentes
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* se estendem da região mediana anterior até o ângulo da costela onde dão lugar às
membranas intercostais internas; fibras com direção para baixo e para trás (se cruzam com as
dos mm. intercostais externos)
inervação e ação: nervos intercostais e toracoabdominais. Atuam na expiração, exceto
as partes intercartilagíneas até o quinto espaço de função inspiratória

- CAMADA INTERNA

Intercostais íntimos
origem: lado interno do sulco da costela de cima
inserção: borda superior da costela de baixo
* parte dos intercostais internos, separados pelos vasos e nervos intercostais
inervação: nervos intercostais ou toracoabdominais

Subcostais
origem: bordas inferiores das costelas perto de seus ângulos
inserção: bordas superiores das costelas
inervação e ação: nervos intercostais e toracoabdominais. Levantam as costelas

Transverso do tórax (esternocostal)


origem: face posterior do processo xifóide ou do corpo do esterno
inserção: face interna da 2a a 6a cartilagem costal
inervação e ação: nervos intercostais. Função expiratória

Diafragma
Principal músculo da respiração (inspiração); separa a cavidade torácica da abdominal.
Dividido em 3 partes: esternal, costal e lombar; as 3 partes estão inseridas no centro tendíneo
o qual contém o forame para a veia cava inferior (v. cava inferior, n. frênico D. e linfáticos do
fígado)
- Parte esternal: se origina da parte interna do processo xifóide e se dirige ao centro tendíneo.
Entre as porções esternal e costal, apresenta o trígono esternocostal que dá passagem aos
vasos epigástricos superiores; pode ser local de hérnia diafragmática
- Parte costal: formam as cúpulas D e E, surgem das 6 cartilagens costais inferiores e das 4
costelas mais inferiores e se inserem no centro tendíneo
- Parte lombar ou vertebral: se origina de 2 arcos fibrosos (lig. arqueados M e L) e dos
corpos das vértebras lombares mais altas e se dirigem ao centro tendíneo. * O lig. arq. medial
vai do corpo da vértebra a seu proc. transverso (espessamento da fáscia sobre o m. psoas
maior); o lig. arq. lateral vai do proc. transv. às costelas (espessamento da fáscia sobre o m.
quadrado lombar).
A porção da parte costal que nasce da 11a e 12a costelas está separada da parte lombar
pelo trígono vertebrocostal que é ocupado por tecido conjuntivo frouxo que separa a pleura
da glândula supra-renal e extremidade superior do rim.
Os pilares do diafragma se originam das vértebras lombares e se unem adiante da aorta
pelo ligamento arqueado mediano formando o hiato aórtico (a. aorta, ducto torácico, nn.
esplâncnicos maiores). O pilar direito, mais largo, divide-se em torno do esôfago formando o
hiato esofágico (esôfago, nn. vago).
No diafragma existem os hiatos a saber:
• Hiato Aórtico: passam artéria aorta, ducto torácico e nervos esplâncnos maiores
•Hiato Esôfagico: passam esôfago e nervos vago
•Forame da Veia Cava Inferior: passam veia cava inferior, nervo frênico direito e vasos
linfáticos para o fígado.
O diafragma é inervado pelos nervos frênicos e nervos toracoabdominais.

VASCULARIZAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA


ARTÉRIAS

-Artéria torácica interna (mamária interna): nasce da primeira porção da a. subclávia, desce por
trás da clavícula e das vv. subclávia e jugular interna. Cruzada pelo n. frênico latero-
medialmente. Passa para baixo por trás dos mm. intercostais internos lateralmente ao esterno
acompanhada por 2 veias satélites e vasos linfáticos. Termina no 6o EIC dividindo-se nas
artérias epigástricas superiores (medial) e musculofrênica (lateral). Ramos: rr. p/ parede
33

torácica e abdominal, a. pericárdicofrênica, rr. intercostais anteriores, rr. perfurantes → rr.


mamários, r. costal lateral.
-Artéria intercostal suprema: nasce do tronco costocervical da subclávia, desce adiante do colo
da 1a costela. O tronco simpático está no seu contorno medial. Origina a 1a e 2a aa. intercostais
posteriores.
-Artérias intercostais posteriores: as nove restantes se originam da porção dorsal da aorta.
Cada artéria penetra no sulco da costela, onde fica entre o nervo e a veia correspondente e
caminha entre os mm. intercostais íntimos e internos. Ramos: r. dorsal, r. colateral lateral, a.
brônquica direita.
-Artérias subcostais: cada uma penetra no abdome com o nervo correspondente

VEIAS

-Veias torácicas internas: unem-se e formam um tronco que desemboca na veia


braquiocefálica

-Veias subcostais e intercostais posteriores:


- 1a veia intercostal posterior → veia braquiocefálica
- 2a, 3a, 4a veia intercostal posterior (unem-se para formar a veia intercostal superior) →
D: veia ázigos; E: veia braquiocefálica esquerda
- vv. intercostais posteriores restantes D → veia ázigos
- vv. intercostais posteriores restantes E → veia hemiázigos acessória
- v. subcostal D (passa pelo lig. arq. lateral D) + v. lombar ascendente D → v. ázigos
- v. subcostal E (passa pelo lig. arq. lat. E) + v. lombar ascendente E → v hemiázigos

DRENAGEM LINFÁTICA

-Linfonódios paresternais (torácicos internos): ao longo da parte superior da a. torácica interna;


seus vasos eferentes reúnem-se no tronco broncomediastinal; importante via por onde o
câncer de mama pode se disseminar aos pulmões, mediastino, fígado.
-Linfonódios frênicos (diafragmáticos): na superfície torácica do diafragma; enviam seus vasos
eferentes para os linfonódios paresternais
-Linfonódios intercostais: na extremidade vertebral de cada espaço intercostal; os linfonódios
dos EIC superiores drenam para o ducto torácico e dos EIC inferiores drenam para um vaso
que desce para a cisterna do quilo

INERVAÇÃO

Cada um dos 12 nervos espinhais torácicos dá um ramo meníngico que emerge de um forame
intervertebral e divide-se em um ramo dorsal e outro ventral. Os ramos dorsais inervam os
músculos, ossos, junturas e a pele do dorso. Os ramos ventrais inervam a pele, músculos e
membranas serosas das paredes torácica e abdominal; os ramos ventrais dos 11 primeiros nn.
espinhais torácicos são chamados nn. intercostais
-Nervos especiais: 1o, 2o, 3o nervos intercostais (braço e tórax); 1o nervo: divide-se em ramo
superior (comunica-se com plexo braquial) e ramo inferior (nervo intercostal), cujo r. cut. lateral
supre a axila; 2o nervo: seu r. cut. lateral é o n. intercostobraquial que supre face medial do
braço e se anastomosa com o n. cutâneo medial do braço; 3o nervo: seu r. cut. lateral supre
face medial do braço
-Nervos intercostais típicos: 4o, 5o, 6o nervos intercostais (parede torácica); emergem por trás
da pleura e em frente da memb. intercostal interna, entra no sulco da costela e fica abaixo dos
vasos intercostais posteriores; anteriormente situa-se vasos torácicos internos. Ramos: r.
cutâneo anterior (→ rr. mamários mediais), r. cutâneo lateral (→ rr. mamários laterais), r.
colateral
-Nervos toracoabdominais: 7o ao 11o nervos intercostais (parede abdominal e torácica);
dirigem-se para diante e para baixo. Ramos: r. cut. anterior, rr. cut. laterais
-Nervo subcostal: 12o nervo torácico; penetra no abdome pelo lig. arq. lateral e passa por trás
do rim. Ramo: r. cutâneo lateral

JUNTURAS
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-Junturas costovertebrais: cabeças das costelas - cabeça da costela articula-se com as fóveas
costais inferior e superior dos corpos de duas vértebras adjacentes; costotransversas - face
articular do tubérc. da costela articula-se com a fóvea costal do proc. transverso da vértebra
-Junturas costocondrais: junt. cartilagíneas hialinas entre cartilagens costais e extremos dos
corpos das costelas
-Junturas intercondrais: entre cartilagens costais; com cavidade sinovial
-Junturas esternocostais: entre extremidades das 7 primeiras cartilagens costais com as
incisuras costais na borda lateral do esterno; fibrocartilagem
-Junturas do esterno: fibrocartilagem que pode se ossificar

MEDIASTINO
O mediastino, que é o intervalo entre as 2 pleuras, compreenda um mediastino superior (acima
do pericárdio) e 3 divisões inferiores: anterior, média e posterior.

Mediastino superior
- limites: abertura superior do tórax
plano limite superior do pericárdio
manúbrio esternal
4 VT superiores
Pleura Mediastinal
- conteúdo: origens dos mm. esternohioideo e esternocleidomastoideo
arco aórtico
tronco arterial braquiocefálico
porção torácica das aa. subclávia E e carótida comum E
tronco venoso braquiocefálico
metade superior da veia cava superior
veia intercostal suprema
n. vago, n. frênico, n. laríngeo-recorrente E
traquéia, esôfago
ducto torácico

Mediastino anterior
- limites: corpo do esterno
pericárdio fibroso
diafragma
- conteúdo: linfonodos e vasos
timo
ligamento esternopericárdico

Mediastino médio
- limites: saco pericárdico
- conteúdo: coração
aorta ascendente
metade inferior da veia cava superior
veia ázigos
tronco arterial pulmonar
vv. pulmonares
nn. frênicos

Mediastino posterior
- limites: pericárdio
diafragma
coluna torácica de T4 a T12
pleura mediastinal
- conteúdo: parte torácica da aorta descendente
veia ázigos e veia hemiázigos
nn. vago
esôfago torácico
brônquios principais
ducto torácico
linfonodos
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“PLEURA E PULMÕES

PLEURA
Membrana serosa que forra a parede torácica e o mediastino (pleura parietal) e se reflete para
o pulmão (pleura visceral ou pulmonar). O espaço virtual entre elas é a cavidade pleural.
Vascularização: a pleura parietal é vascularizada por ramos dos vasos intercostais posteriores,
torácico interna; a pleura visceral pelas aa. bronquiais e vv. pulmonares. Inervação: pleura
parietal inervada pelos nn. intercostais e toracoabdominais (porção costal), n. subcostal
(porção diafragmática), n. frênico (porção mediastinal); a pleura visceral é insensível.

Pleura parietal
- Costal: fáscia endotorácica (tec. conj. frouxo; separa pleura da parede torácica)
recesso costomediastinal - borda anterior
recesso costodiafragmático - borda inferior
borda posterior
- Mediastinal: ligamento pulmonar (cam. dupla entre esôfago e pulmão)
recesso retroesofágico (reflexão da pleura atrás do esôfago)
recesso intrapericárdico (abaixo do pericárdio, atrás da v. cava inf.)
- Diafragmática: não recobre o centro tendíneo do diafragma
fáscia frenicopleural (endotorácica)
- Cúpula da pleura:porções costal e mediastinal no ápice do pulmão
reforçada pela membrana suprapleural
da porção anterior da 1a costela à C7
atrás do m. esternocleidomastoideo
2 a 3cm acima 1/3 medioclavicular
relações: tronco simpático (Síndrome de Horner)
T1 (paralisia mm. intrínsecos da mão)

PULMÕES
Cada pulmão é preso ao coração e traquéia pela sua raiz (brônquios e vasos
pulmonares) e pelo ligamento pulmonar. O brônquio principal penetra no hilo (parte da face
medial onde se encontra a raiz) e divide-se e subdivide-se formando a árvore brônquica. O
pulmão direito é mais pesado, mais curto e mais largo em relação ao esquerdo. Partes:
- Ápice: arredondado; o ápice do pulmão D é menor que o do E
- Base
- Faces: costal: convexa; une-se à face medial nas bordas anterior e posterior e à face
diafragmática na borda inferior
medial: possui porção vertebral (aos lados dos corpos vertebrais) e porção
mediastinal (porções média, posterior e superior do mediastino); a impressão cardíaca é mais
profunda no pulmão E que no D; o hilo é uma área atrás da incisura com vasos sangüíneos,
linfáticos, nervos e brônquios.
diafragmática: côncava; a face do pulmão D é mais côncava que do E
- Bordas: anterior: a borda anterior no pulmão E é a incisura cardíaca; a língula do lobo
superior do pulmão E está entre a incisura e a fissura oblíqua
inferior: separa face diafragmática das faces costal e medial; ocupa o recesso
costodiafragmático; ao nível da juntura xifesternal até processo espinhoso de T10
posterior: larga
- Lobos: pulmão D: lobos superior, médio e inferior
fissura oblíqua: ao nível da cabeça da 5a costela até 6a cartilagem
costal onde se encontra com a borda inferior;
separa lobo inferior dos lobos médio e
superior
fissura horizontal:começa da fissura oblíqua; ao nível da 6a costela
até 4a cartilagem costal onde se encontra com a
borda anterior; separa lobos superior e médio
Ordem da estruturas: Brônquio principal, Artérias e Veias pulmonares

pulmão E: lobos superior e inferior


fissura oblíqua: começa em um nível mais elevado do que o da
direita; separa lobos superior e inferior
36

lobo superior: inclui o ápice, borda anterior, língula


lobo inferior: inclui a base e porção posterior
Ordem das estruturas: Artérias pulmonares, Brônquio principal e Veias pulmonares

-Raiz do pulmão: penetram no hilo pela face medial unindo pulmões à traquéia e coração
elementos: (sentido ântero-posterior)
- vv. pulmonares
- aa. pulmonares
- brônquio: D - mais curto, vertical e calibroso
E- mais longo, fino e angulado (cruza anterior
ao esôfago)

- Segmentos broncopulmonares: pulmão D: lobo superior - apical, anterior e posterior; lobo


médio - medial e lateral; lobo inferior - superior, anterior, posterior, medial e lateral; pulmão E:
lobo superior - apico-posterior, anterior, lingular superior, lingular inferior; lobo inferior -
superior, anterior, posterior, medial, lateral. Ramos das aa. pulmonares acompanham
brônquios e segmentos, já as vv .pulmonares não acompanham os brônquios.

VASCULARIZAÇÃO

-Artérias pulmonares: seus ramos acompanham os brônquios e terminam em redes capilares


nos alvéolos; trazem sangue venoso do coração
-Veias pulmonares: não possuem válvulas; coletam sangue arterial; uma só veia pulmonar
deixa cada lobo; são em número de 4 e passam para o átrio E do coração
-Artérias bronquiais: nascem da aorta e nutrem o parênquima; acompanham os brônquios até
os bronquíolos
-Veias bronquiais: drenam para v. ázigos, v. hemiázigos ou para as vv. intercostais posteriores.

INERVAÇÃO

Os plexos pulmonares anterior e posterior, na frente e atrás da raiz do pulmão, são


formados por ramos dos nervos vagos e dos troncos simpáticos.
-Fibras autônomas: fibras parassimpáticas dos nervos vagos são excitantes e as fibras
simpáticas do tronco simpático são inibidores da musculatura lisa.
-Fibras sensitivas: origem dos nervos vagos

“CORAÇÃO E PERICÁRDIO”

PERICÁRDIO
Saco fibrosseroso que envolve o coração e formado pelo pericárdio fibroso e seroso.
-Pericárdio fibroso: embaixo se confunde com o centro tendíneo do diafragma. Relaciona-se
com a aorta torácica e o esôfago, está aderido à pleura mediastinal e forma o limite posterior
do mediastino anterior. Liga-se ao esterno por ligamentos esternopericárdicos.
-Pericárdio seroso: possui as camadas visceral e parietal separadas pela cavidade do
pericárdio com líquido. A passagem que existe atrás da aorta e tronco pulmonar é o seio
transverso do pericárdio.
O pericárdio é vascularizado pelos ramos pericardicofrênicos das aa. torácicas internas.
Recebe nervos do nervo frênico (com fibras motoras e sensitivas).

CORAÇÃO
- constituição: pericárdio (visceral e parietal)
miocárdio (fibras musculares cardíacas; paredes dos ventrículos + espessas)
endocárdio
- limites:pulmões lateralmente
diafragma inferiormente
coluna vertebral posteriormente
esterno anteriormente
* situa-se no mediastino médio
As vv. cava superior e inferior, vv. intrínsecas do coração levam sangue venoso para
átrio D → ventrículo D ejeta sangue para tronco pulmonar e aa. pulmonares levam sangue aos
37

pulmões → vv. pulmonares trazem sangue arterial para átrio E → ventrículo E ejeta sangue
para aorta.
- posição: predominante para o lado esquerdo
dirige-se de trás para diante, para a esquerda e para baixo
cone achatado ântero-posteriormente (posição oblíqua)
projeção do coração fica entre o 2o e 5o EIC
- ápice: para baixo, para frente e para esquerda
batimento do ápice (movimento produzido pelo ventrículo E)
- base: para cima, para trás e para direita
átrios estão atrás dos ventrículos e o sangue corre quase horizontalmente
septo interatrial
cada átrio continua como aurícula
sulco terminal (entre a veia cava superior e a inferior) - projeção da crista terminal
* a parte superior do sulco terminal é ocupada pelo nó sinoatrial
sulco coronário ou atrioventricular (separa átrios dos ventrículos)
* contém o seio coronário, aa. coronária D e E
- faces: esternocostal: formada pelo ventrículo D
cone arterial (projeção do ventrículo D sobre tronco pulmonar)
sulco interventricular anterior
* possui o r. interventricular da a. coronária E
sulco interventricular posterior
* possui o r. interventricular da a. coronária D
* os sulcos indicam o septo interventricular
esquerda ou pulmonar: formada pelo ventrículo E
diafragmática: formada por ambos os ventrículos
repousa sobre centro tendíneo

ÁTRIOS
Superfícies internas das aurículas possuem mm. pectíneos. Superfície interna do átrio E
é lisa; a do D é enrugada.

Átrio direito
- crista terminal: origem dos mm. pectíneos cuja indicação externa é o sulco terminal; situa-se
na aurícula
- seio das veias cavas: região onde desembocam as veias cavas superior e inferior
- tubérculo intervenoso: entre os dois óstios das veias cavas
- óstios: v. cava superior
v. cava inferior → válvula de Eustáquio
seio coronário → válvula de Thebésio
atrioventricular direito → valva tricúspide
- forames das veias mínimas (orifícios nas paredes dos átrios)
- fossa oval (persistência do forame oval fetal) e limbo da fossa oval

Átrio esquerdo
- aurícula com mm. pectíneos
- forames das veias mínimas na parede do átrio
- óstio: atrioventricular esquerdo → valva mitral ou bicúspide
veias pulmonares

VENTRÍCULOS
Possuem 4 óstios: 2 atrioventriculares, 1 aórtico e 1 pulmonar. As superfícies internas
possuem trabéculas cárneas que são: cristas (feixes que se levantam), pontes (feixes com
porção média livre) e pilares (mm. papilares que continuam por cordas tendíneas que se
inserem nas cúspides). Aparelho valvar: ânulo fibroso, valva, cordas tendíneas e mm.
papilares. As valvas semilunares da aorta e tronco pulmonar estão nas suas origens; os
espaços entre as cúspides e as paredes dos vasos são os seios aórtico e pulmonar. Possuem
forames das veias mínimas.

Ventrículo direito
- cone arterial - infundíbulo (câmara de esvaziamento)
- crista supraventricular (entre câmara de enchimento e esvaziamento)
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- óstio: atrioventricular direito → valva tricúspide


* cúspides: anterior, posterior, medial (septal)
tronco arterial pulmonar → valva pulmonar: válvulas semilunares - seio pulmonar
* 2 na frente e 1 atrás
- parede septal trabeculada
- trabécula septomarginal (do septo interventricular à parte apical do ventrículo)

Septo interventricular
- direção oblíqua
- estende-se da região apical do coração até o intervalo que separa os óstios pulmonar e
tricúspide dos óstios aórtico e mitral

Ventrículo esquerdo
- ventrículo E possui parede mais espessa que ventrículo D
- óstio: atrioventricular esquerdo → valva bicúspide ou mitral
* cúspides: anterior (aórtica) e posterior
aorta → valva aórtica:válvulas semilunares com nódulos na extremidade- seio aórtico
* 1 na frente e 2 atrás
- parede septal lisa

INERVAÇÃO
Intrínseca
Fibras musculares especializadas (marcapsso do coração); contrações rítmicas.
Compreende o nó sino-atrial, nó átrio-ventricular e feixe atrioventricular.
-Nó sino-atrial: perto da junção da veia cava superior e átrio D, próximo ao sulco terminal; a
artéria do nó sinusal (r. da a. coronária D) atravessa o nó sino-atrial
-Nó atrioventricular: acima do óstio do seio coronário; irrigação pela a. interventricular posterior
ou a. coronária D
-Feixe atrioventricular: em direção ao septo interventricular e divide-se em ramo direito e
esquerdo

Extrínseca
Fibras autônomas e fibras sensitivas dos nervos vagos (parassimpático) e dos troncos
simpáticos.

VASCULARIZAÇÃO

-Artéria coronária direita: nasce no seio aórtico direito, corre no sulco coronário. Ramos: a. do
cone, a. do nó sinusal, r. interventricular posterior. Após emitir o ramo interventricular posterior,
que percorre o sulco interventricular posterior, continua no sulco coronário e se anastomosa
com o ramo circunflexo da a. coronária esquerda.
-Artéria coronária esquerda: nasce do seio aórtico esquerdo e dá um ramo interventricular
anterior que desce pelo sulco interventricular anterior e se anastomosa com o ramo
interventricular posterior; continua no seio coronário como ramo circunflexo que se anastomosa
com a a. coronária direita.
-Veias cardíacas anteriores: parede anterior do ventrículo D
-Veias mínimas do coração: principalmente nos átrios
-Veia magna do coração: ascende no sulco interventricular anterior
-Veia posterior do ventrículo esquerdo: termina na veia média do coração
-Veia média do coração: sobe no sulco interventricular posterior
-Veia pequena do coração: margem direita do ventrículo D
-Veia oblíqua do átrio esquerdo

“TRAQUÉIA”

- formada por anéis incompletos posteriormente, de cartilagem hialina


- extensão: C6 à T7
- relações: anterior: arco venoso jugular
mm. esternohioideo e esternotireoideo
istmo da glândula tireóide
39

aa. tireoideas inferiores


a. tireoidea ima
* na criança o tronco braquiocefálico
posterior: esôfago e nn. laringeos recorrentes
lateral: lobos da glândula tireóide e a. carótida comum
- irrigação: aa. tireóideas inferiores
- inervação: n. vago
- no mediastino superior divide-se nos brônquios principais D e E. A carina é uma crista da
cartilagem na bifurcação da traquéia. O brônquio principal D origina brônquios segmentares do
lobo superior, médio e inferior. O brônquio principal E origina brônquios segmentares do lobo
superior e inferior. O brônquio principal D é mais vertical que o E.

“VASOS SANGÜÍNEOS, DRENAGEM LINFÁTICA E NERVOS DO TÓRAX”

VASOS SANGÜÍNEOS

- Tronco Pulmonar
Estende-se do cone arterial do ventrículo D até arco da aorta e divide-se em aa.
pulmonares D e E.

-Artéria pulmonar direita: + longa e calibrosa que a esquerda; passa por baixo da aorta e dá
origem às aa. segmentares dos lobos superior, médio e inferior.
-Artéria pulmonar esquerda: + curta e - calibrosa que a direita; ligada ao arco da aorta pelo
ligamento arterial; dá origem às aa. segmentares dos lobos superior e inferior.

- Veias Pulmonares
São 5 veias pulmonares, uma para cada lobo. As veias do lobo superior e médio do
pulmão direito se anastomosam e apenas 4 veias pulmonares penetram no átrio esquerdo. São
avalvuladas.

- Aorta
Divide-se em aorta ascendente, arco da aorta e aorta descendente, cada uma originando
ramos.

-Aorta ascendente: está no mediastino médio; a raiz é dilatada por ter 3 saliências, os seios
da aorta; relação anterior: tronco pulmonar e cone arterial; relação posterior: átrio E e seio
transverso. Na porção cranial está na frente da a. pulmonar D e brônquio principal D. Ramos:
aa. coronárias D e E.
-Arco da aorta: em direção à esquerda e para trás; relacionado à esquerda com o n. frênico E,
n. vago E, v. intercostal superior E, tronco simpático; acima o 3 ramos do arco que são
cruzados ventralmente pela v. braquiocefálica E; abaixo a bifurcação do tronco pulmonar. O
ligamento arterial liga o arco à a. pulmonar E. O nervo laríngeo-recorrente contorna-o e sobe
por trás dele. Ramos: tronco braquiocefálico: estende-se do manúbrio até o nível da juntura
esternoclavicular D; divide-se em a. subclávia D e carótida comum D; artéria carótida comum
E: à esquerda do tronco braquiocefálico; artéria subclávia E: deixa o tórax por trás da juntura
esternoclavicular E. A a. tireóidea ima é uma ramo inconstante do arco que sobe na frente da
traquéia para a glândula tireóide.
-Aorta torácica: desce no mediastino posterior e na T12 atravessa o hiato aórtico do
diafragma; à esquerda da coluna vertebral e o ducto torácico se situa à direita da aorta; à sua
frente estão a raiz do pulmão E, o pericárdio, esôfago e diafragma. Ramos parietais: aa.
intercostais posteriores e aa. subcostais. Ramos viscerais: bronquiais, esofágicos, pericárdicos
e mediastinais.

- Veias braquiocefálicas
Formadas pela união das veias jugular interna e subclávia. As duas veias (D e E)
reúnem-se e formam a veia cava superior

- Veia cava superior


Desce à direita da aorta ascendente. Recebe a veia ázigos e termina no átrio D.

- Veia cava inferior


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Passa pelo centro tendíneo no diafragma e penetra no átrio D. Possui uma válvula
incompleta (válvula de Eustáquio). Recebe a veia hepática.

- Veias do sistema ázigos


Drenam o dorso e as paredes torácicas e abdominais.

-Veia ázigos: formada pela junção da v. subcostal D e v. lombar ascendente D; sobe pelo
mediastino posterior e forma um arco na raiz do pulmão D terminando na v. cava superior.
Tributárias: v. intercostal superior D, vv. intercostais posteriores D, v. hemiázigos.
-Veia hemiázigos: nasce da junção da v. subcostal E e v. lombar ascendente E e desemboca
na v. ázigos. Tributárias: vv. intercostais posteriores inferiores.
-Veia hemiázigos acessória: inicia no 4o EIC como continuação da v. hemiázigos

DRENAGEM LINFÁTICA
- Linfonódios parietais
* paresternais, frênicos e intercostais
- Linfonódios viscerais
* linfonódios das raízes e hilos pulmonares, traqueais e mediastinais.
- Ducto torácico
Estende-se desde o abdome até o pescoço onde desemboca em uma das grandes
veias. Formado pela junção de outros troncos que formam uma dilatação, a cisterna do quilo.
Passa pelo hiato aórtico do diafragma e ascende no mediastino posterior à direita da aorta

NERVOS

Nervos frênicos (C4 e C5)


Suprem o diafragma. No percurso torácico são acompanhados pelos ramos
pericardicofrênicos dos vv. torácicos internos. Dá ramos para o pericárdio, pleura mediastinal,
porção central da pleura diafragmática, diafragma e peritônio diafragmático.

-Nervo frênico direito: desce à direita da veia cava superior e átrio direito à frente da raiz do
pulmão direito.
-Nervo frênico esquerdo: desce entre as aa. subclávia e carótida comum esquerdas, à frente
da raiz do pulmão esquerdo.
-Componentes funcionais: os nervos frênicos possuem fibras motoras (diafragma), sensitivas
(peritônio, pleura, pericárdio) e simpáticas (vasomotoras).

Nervos vagos
Descem pelo pescoço formando os plexos pulmonares e esofágico. Após formarem os
plexos se unem em tronco anterior (superfície anterior do estômago) e posterior (superfície
posterior do estômago), descem pelo hiato esofágico do diafragma e inervam o estômago.
Emitem o ramo laríngeo recorrente que inerva a traquéia, esôfago e laringe.

-Nervo vago direito: passa à frente da a. subclávia D, por trás da veia cava superior; no
mediastino superior desce à direita da traquéia. O ramo laríngeo recorrente D nasce do vago e
forma um gancho por baixo da a. subclávia D.
-Nervo vago esquerdo: passa entre as aa. carótida comum e subclávia E, por trás da v.
braquiocefálica E. O ramo laríngeo recorrente E deixa o vago e forma um gancho no arco da
aorta.
-Componentes funcionais: fibras motoras (músculos da faringe e laringe), sensitivas (reflexos
pulmonares e cardiovasculares, traquéia) e parassimpáticas (coração).

Troncos simpáticos e gânglios


Descem por diante das cabeças das costelas e dos vv. intercostais posteriores.
Fornecem ramos para as vísceras e enviam nervos esplâncnicos para o abdome (ramos
viscerais); são os nervos esplâncnicos maior, menor e imo.

Plexos autônomos
Ramos dos nervos vagos e dos troncos simpáticos misturam-se e formam plexos. São
os plexos cardíaco, pulmonares, esofágico e aórtico torácico.
41

“ABDOME”

A cavidade abdominal é separada da cavidade torácica pelo diafragma, e da cavidade


pelvina por uma linha arbitrária que passa através das linhas terminais da pelve óssea. Contém
a maior parte dos órgãos do sistema digestivo, parte do sistema urogenital, baço, glândulas
supra-renais. Revestida pelo peritônio (membrana serosa).

PAREDE ANTEROLATERAL
MÚSCULOS

Oblíquo externo
origem: superfícies externas das 8 costelas inferiores
inserção: fibras em direção inferior e medial e se inserem na crista ilíaca
inervação e ação: nn. toracoabdominais e subcostal
* abaixo, o músculo forma uma aponeurose cuja borda inferior é o lig. inguinal (da EIAS ao
tubérc. púbico)
* a borda posterior do músculo forma o trígono lombar com a borda lateral do grande dorsal e a
crista ilíaca; o assoalho é o m. obliquo interno

Oblíquo interno
origem: fáscia toracolombar e vértebras lombares
inserção: fibras em direção superior e medial e se inserem nas 3 costelas inferiores e
bainha do reto
inervação: nn. toracoabdominais e subcostal; pode ser inervado pelos nn. ílio-
hipogástrico e ilioinguinal

Transverso do abdome
origem: crista ilíaca, fáscia toracolombar e das 6 cartilagens costais inferiores
inserção: aponeurose que contribui à bainha do reto
inervação: nn. toracoabdominais e subcostal; pode ser inervado pelos nn. ílio-
hipogástrico e ilioinguinal
* o músculo é revestido posteriormente pela fáscia transversal que é parte da fáscia de
revestimento interno da parede abdominal; ela se continua com a fáscia ilíaca, diafragmática,
pelvina parietal e toracolombar

Reto do abdome
origem: região anterior do processo xifóide
inserção: crista púbica e sínfise púbica
* possui intersecções tendíneas atravessando o músculo anteriormente
* borda medial do músculo está ligada à linha alba

Piramidal
Direção superior desde o corpo da pube até a linha alba. Inervado pelo n. subcostal.

* Ações dos músculos: protegem as vísceras e auxiliam manutenção da pressão intra-


abdominal. O reto é o principal flexor do tronco. São os músculos mais importantes da
expiração forçada.

BAINHA DO RETO
A aponeurose do oblíquo externo passa anteriormente ao reto abdominal sendo que a
bainha do reto é formada principalmente pelas aponeuroses do oblíquo interno e do transverso.
Essas aponeuroses se juntam na borda lateral do reto e formam e linha semilunar. O
transverso do abdome passa por trás do reto até uma parte; abaixo, sua aponeurose localiza-
se sobre o reto; este limite é a linha arqueada (semicircular). A linha alba seria uma rafe
tendínea espessa que se estende desde o processo xifóide até a sínfise púbica. A bainha do
reto consiste de uma camada anterior e uma posterior:
- camada anterior: - acima da linha arqueada → parte anterior da aponeurose do oblíquo
interno + aponeurose do oblíquo externo
- abaixo da linha arqueada → aponeurose do transverso + aponeurose
do oblíquo interno + aponeurose do oblíquo externo
42

- camada posterior: - acima da linha arqueada → parte posterior da aponeurose do oblíquo


interno + aponeurose do transverso
- abaixo da linha arqueada → fáscia transversal
CANAL INGUINAL
É uma passagem oblíqua na parede abdominal que no homem contém o funículo
espermático e na mulher, o lig. redondo do útero; ainda contém o n. ilioinguinal. O ducto
deferente (em gancho ao redor dos vv. epigástricos inferiores), os vasos e nervos formam o
funículo espermático.
- ânulo inguinal profundo (orifício da fáscia transversal)
- ânulo inguinal superficial (abertura na aponeurose do oblíquo externo)
- paredes: a parede anterior do canal é formada pela aponeurose do oblíquo externo e oblíquo
interno; a parede posterior é formada pela aponeurose do transverso e fáscia transversal; a
parede medial é formada pelo tendão conjunto (aponeurose do oblíquo interno + aponeurose
do transverso); parede lateral é formada pelo lig. inguinal e lig. lacunar.
- trígono inguinal: os vv. epigástricos inferiores que estão posteriormente ao canal, formam sua
borda lateral; a borda medial é a borda lateral do reto; a borda inferior é o lig. pectíneo.

HÉRNIAS
As hérnias inguinais podem ser indireta e direta. A hérnia indireta é aquela cujas
camadas são as camadas do funículo espermático; o conteúdo abdominal penetra na altura do
ânulo profundo. A hérnia direta é aquela que penetra no canal inguinal mas não passa pelo
funículo espermático.

VASOS

-Artéria epigástrica superior: penetra na bainha de reto através do trígono esternocostal e se


anastomosa com a. epigástrica inferior.
-Artéria musculofrênica: passa ao longo da borda costal vascularizando os EIC, diafragma e
parede abdominal.
-Artéria epigástrica inferior: se origina da a. ilíaca externa e ascende por trás da borda medial
do ânulo profundo onde o ducto deferente se dispõem em gancho; forma a borda lateral do
trígono inguinal e continua em direção ao reto para se anastomosar com a a. epigástrica
superior. Ramos: a. do cremaster (penetra no canal inguinal); ramo púbico.
-Artéria circunflexa profunda do ílio: se origina da a. ilíaca externa e se dirige lateralmente ao
longo da crista ilíaca. Emite o r. ascendente que se anastomosa com a a. musculofrênica.

* as artérias cutâneas originam-se das artérias mais profundas, da a. epigástrica superficial e a.


circunflexa superficial do ílio (estas 2 da a. femoral).
* as veias cutâneas drenam para a veia safena magna e também se anastomosam com as
toracoepigástricas.

NERVOS

-Nervos toracoabdominais: do 7o ao 11o nervos intercostais e dirigem-se entre o transverso e


oblíquo interno; o nervo subcostal também inerva o piramidal.
-Nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal: derivados de L1; o ilioinguinal penetra no canal inguinal e
acompanha o funículo espermático (ou lig. redondo do útero).

PAREDE POSTERIOR
Composta das 5 vértebras lombares e dos mm. psoas maior e menor, quadrado lombar,
ílio e ilíaco. A aorta e veia cava inferior estão anteriormente às vértebras com o m. psoas maior
ao lado. O lig. arq. medial cruza o psoas maior e o lateral cruza o quadrado lombar.

Iliopsoas: origina-se da fossa ilíaca e vértebras lombares

Psoas menor: se origina das vértebras T12 e L1 e se insere na linha arqueada

Quadrado lombar: se prende na crista ilíaca e nos processos transversos das vértebras
lombares; inervado pelo n. subcostal e plexo lombar.

PERITÔNIO
43

- membrana serosa, lisa e deslizante


- peritônio parietal e visceral
- tecido conectivo extraperitoneal externo ao peritônio parietal
- órgãos retroperitoneais: rins, supra-renais, pâncreas, cólon ascendente e descendente, baço
órgãos completamente revestidos: cólon transverso, estômago, fígado, intestino delgado
- cavidade peritoneal no homem é um saco fechado e na mulher aberto devido às tubas
uterinas
- funções: diminuir atrito e opor resistência às infecções, armazenamento de gordura
- inervação: parietal - parte subdiafragmática pelo nervos frênicos, e o restante pelos nervos
toracoabdominais e subcostal e ramos do plexo lombossacral; visceral - insensível
- divisão: cavidade peritoneal (grande saco) e bolsa omental (pequeno saco)
- cavidade peritoneal: do diafragma ao assoalho pelvino
ligamento falciforme
possui lig. redondo do fígado com v. umbilical obliterada
lig. coronário (D) e lig. triangular E (E)
prega umbilical mediana (úraco)
pregas umbilicais mediais (aa. umbilicais obliteradas)
pregas umbilicais laterais (aa. epigástricas inferiores)
fossa supravesical
fossa umbilical medial
fossa inguinal lateral
fáscia vesicoumbilical, umbilical pré-vesical e transversal
espaço retropúbico (entre fáscia transversal e umbilical pré-vesical)
espaço retrovesical e retrouterino
omento maior
mesentério (raiz: proc. transv. L2 até art. sacroilíaca D)
mesocólon transverso
omento menor
forame epiplóico (ducto colédoco, a. hepática, v. porta)
lig. hepatoduodenal, lig. hepatogástrico e lig. gastrocólicos
subdivisão:comp. supramesocólico(espaço subfrênico e subhepático)
-comp. inframesocólico (parte D e E)
- bolsa omental: atrás do estômago e omento menor
parede anterior: omento menor, estômago, cam. post. do omento maior
parede posterior: diafragma, pâncreas, rim e supra-renal E e duodeno
recessos: superior, inferior, lienal
pregas gastropancreáticas (a. hepática comum e a. gástrica E)

ESÔFAGO
- tubo muscular que conecta a faringe ao estômago
- extensão: da cartilagem cricóide (C6) até T11; passa por trás da traquéia e do átrio E
- espaço retrocardíaco: no mediastino posterior há um espaço entre o esôfago e coluna
vertebral
- constrições: primeira: mais estreita no pescoço (m. constrictor inferior da faringe)
segunda: é formada pelo brônquio principal E
terceira: feita pelo diafragma
- relações: anterior: traquéia e nn. laríngeos recorrentes
posterior: m. longo do pescoço e coluna vertebral
lateral: lobos da glândula tireóide e a. carótida comum
- junção gastroesofágica (barreira para o refluxo do estômago para o esôfago)
- esfíncter esofágico superior representado pelas fibras cricofaríngeas do m. constrictor inferior
da faringe
- segmento esfinctérico:ligamento frenoesofágico
subdivisão: porção tubular superior e expandida inferior (vestíbulo)
esfíncter esofágico inferior na junção entre as duas porções
esfíncter sob ação neural e hormonal
- inervação: fibras autônomas parassimpáticas (plexo celíaco) e simpáticas (nn. esplâncnicos
dos troncos simpáticos) e fibras motoras do n. vago
44

- irrigação: ramos da aorta, aa. frênicas, a. gástrica esquerda; a anastomose das veias
esofágicas com a veia gástrica esquerda é importante comunicação entre sistema porta e
sistêmico
- hérnia de hiato esofágico: hérnias diafragmáticas

ESTÔMAGO
- partes do estômago: cárdica, fundo e corpo, pilórica (antro pilórico e canal pilórico)
- 2 aberturas: cárdica: junção com a cavidade do esôfago
pilórica: junção com a primeira parte do duodeno com o esfíncter pilórico; na
junção piloro-duodenal está presente a veia pré-pilórica
- 2 curvaturas: maior - à esquerda e convexa
menor - à direita e côncava, com a incisura angular
- 2 paredes: anterior e posterior
- relações: anterior: diafragma, fígado e parede abdominal anterior
posterior: diafragma, glând. supra-renal E, pâncreas, parte do rim E, mesocólon
transverso
- área nua próximo à abertura cárdica; o óstio cárdico é a parte mais fixa
- relações peritoneais: lig. hepatogástrico
lig. gastrofrênico
lig. gastrolienal
lig. gastrocólico
- a mucosa apresenta as pregas gástricas; possui função enzimática sobre o alimento e o suco
gástrico converte-o no quimo; possui movimentos peristálticos
- irrigação: a. gástrica D (a. hepática comum) e gástrica E (tronco celíaco) - curvatura
menor; a. gastro-epiplóica D (a. gastroduodenal), gastro-epiplóica E (a. esplênica) e aa.
gástricas curtas (a. esplênica) - curvatura maior; v. pré-pilórica reúne-se com v. gástrica D; v.
gástrica E se anastomosa com vv. esofágicas.
- inervação: fibras autônomas parassimpáticas (plexo celíaco) e simpáticas (nn. esplâncnicos
dos troncos simpáticos) e fibras motoras do n. vago

INTESTINOS

INTESTINO DELGADO
- do piloro até junção iliocólica; com vilosidades e pregas circulares
- partes: duodeno, jejuno e íleo

Duodeno
- partes: superior (primeira): para a D e para trás; seu início é a parte livre (bulbo duodenal) que
é muito móvel; anteriormente está o fígado e vesícula biliar; atrás o ducto colédoco, veia porta
e pâncreas;
descendente (segunda): anteriormente está o fígado, vesícula biliar e cólon
transverso; atrás os vasos renais D e rim D
horizontal (terceira): cruza m. psoas maior D, veia cava inferior, aorta, m. psoas maior
E; posteriormente estão ureter D, vv. testiculares ou ováricos D e
vv. mesentéricos inferiores; anteriormente os vv. mesentéricos
superiores
ascendente (quarta): lado E da aorta; flexura duodenojejunal (ângulo de Trietz)
- m. suspensor do duodeno que liga o dorso do duodeno ao pilar D do diafragma
- relações peritoneais: lig. hepatoduodenal
fáscia de coalescência (fixo à parede abdominal posterior)
- ducto colédoco e pancreático: desembocam na papila maior formando a ampola
hepatopancreática; cada ducto recebe um revestimento esfinctérico muscular como o esfíncter
do colédoco
- ducto pancreático acessório: desemboca na papila menor 2cm acima da papila maior
- irrigação: aa. pancreáticoduodenais superiores (a. gastroduodenal) e aa.
pancreáticoduodenais inferiores (a. mesentérica superior); rr. supraduodenais e retroduodenais
da a. gastroduodenal
- inervação: plexos celíaco e mesentérico superior

Jejuno-íleo
- presos à parede abdominal posterior pelo mesentério
45

- mesentério: obliquamente para baixo desde flexura duodenojejunal até junt. sacroilíaca D;
suas 2 camadas possuem rr. dos vasos mesentéricos superiores; torna-se contínuo com o
mesocólon transverso
- irrigação: aa. jejunais e ileais da a. mesentérica superior formam arcadas que emitem as aa.
retas
- drenagem linfática: vv. linfáticos acompanham vv. mesentéricos dirigindo-se à raiz do
mesentério drenando para o ducto torácico
- inervação: plexos celíaco e mesentérico superior

INTESTINO GROSSO

- apresenta os apêndices epiplóicos


- sua camada muscular longitudinal externa é espessada formando as tênias do colo
- possui saculações que são os haustros
- funções: absorção de água e secreção de muco
- irrigação: aa. mesentéricas superior e inferior; seus ramos formam a a. marginal longa que
emite as aa. retas; a a. marginal é formada pela a. iliocólica, a. cólica D, a. cólica média, a.
cólica E e a. sigmóide; as vv. drenam para a veia porta
- inervação: plexos celíaco, mesentérico superior e mesentérico inferior

Ceco
- na fossa ilíaca D e não apresenta apêndices epiplóicos e não possui mesoceco
- a inserção do apêndice está na junção das 3 tênias no seu ápice (mesocólica, omental, livre)
- óstio iliocecal possui a valva iliocecal (2 pregas); essas pregas se unem e continuam com o
frênulo da valva iliocecal
- irrigação pela a. cecal anterior e posterior (ramo da a. iliocólica)

Apêndice vermiforme
- na junção das 3 tênias do colo; não apresenta saculações e não possui tênias
- apresenta um mesoapêndice o qual contém a a. apendicular (ramo da a. iliocólica)
- posições: anterior - ilial ou pelvina
posterior - subcecal, retrocecal ou retrocólica
- podem estar fixos ou livres

Cólon
-Ascendente: até a flexura cólica direita ou hepática; retroperitoneal; goteira parietocólica D
-Transverso: a flexura cólica esquerda ou esplênica é mais alta que a direita; ligamento
frenicocólico prende a flexura ao diafragma; a maior parte se dispõe inferiormente abaixo das
cristas ilíacas; possui o mesocólon transverso
Descendente: retroperitoneal até a abertura da pelve onde inicia o sigmóide
-Sigmóide (pelvino): possui mesocólon sigmóide; a junção retossigmóide recebe ramos da
artéria retal superior assim como das artérias sigmóides; o ápice de seu mesocólon se localiza
anteriormente ao ureter E e divisão das aa. ilíacas comuns E.

- Reto e Canal Anal

"FÍGADO"

- maior glândula do corpo protegido pela caixa torácica e coberto pelo diafragma
- superfície diafragmática: faces anterior, posterior, superior e direita
borda inferior (separa da sup. visceral)
incisura profunda na borda inferior para o ligamento redondo
- superfície visceral: lobos quadrado e caudado que se destacam pela forma de H do grupo
de fissuras e sulcos
porta do fígado - hilo com ducto hepático, rr. da v. porta e da a.
hepática própria (barra do H)
fissura para o ligamento redondo (da incisura até ramo E da v. porta) -
ligamento redondo (remanescente obliterado da v. umbilical)
fissura para o ligamento venoso (da porta do fígado até v. cava inf.) -
ligamento venoso (remanescente do ducto venoso)
46

- lobos direito e esquerdo separados pelas fissuras dos ligamentos falciforme (sup.
diafragmática), redondo e venoso (sup. visceral)
- possui oito segmentos e não são separados por tecido conjuntivo: lobo esquerdo - medial e
lateral; lobo direito - anterior e posterior; *subdivididos em superior e inferior
- relações: sup. diafragmática: em contato com diafragma e parede abdominal anterior
(através do peritônio) e sua porção posterior possui a área
nua (contato direto com diafragma) cuja base é o sulco para
a veia cava inferior
sup. visceral: parte superior do estômago, parte terminal do esôfago e omento
menor, parte pilórica do estômado e primeira parte do duodeno à
direita da fossa para a vesícula biliar, flexura cólica D e rim D
- relações peritoneais: omento menor (do fígado à curvatura menor do estômago e início do
duodeno) que tem forma de L (bordas da porta do fígado e
fissura do lig. venoso); sua parte direita (lig. hepatoduodenal)
contém o ducto colédoco, a. hepática e v. porta
lig. coronário (reflexão do peritônio do diafragma para a sup.
diafragmática do fígado)
lig. triangular direito e lig. triangular esquerdo
lig. falciforme (borda livre na altura da incisura para o lig. redondo)
- no lado D estende-se acima do nível da borda inferior do pulmão
- função: secretar a bile, rica em sais biliares, que é armazenada na vesícula biliar e expelida
no duodeno; síntese de proteínas; armazenamento
- irrigação: a. hepática própria que se divide em aa. hepáticas D e E - a a. hepática D dá
origem à a. cística; v. porta que se divide em ramos D e E; vv. hepáticas (D, média, E) que
drenam para a v. cava inferior
- inervação: plexo hepático que se estende desde o plexo celíaco recebendo ramos do tronco
vagal anterior

VIAS BILIARES
* VESÍCULA BILIAR
- na fossa da superfície visceral do fígado
- partes: corpo, fundo (terminação cega do corpo), colo, ducto cístico
- sifão: parte superior do corpo, colo e primeira parte do ducto cístico (em forma de S)
- mucosa apresenta pregas espirais
- relações: acima: fígado
posterior: primeira ou segunda parte do duodeno
inferior: cólon transverso
anterior: parede abdominal anterior
Ducto cístico
- em direção posterior e inferior juntando-se com o ducto hepático comum para formar o ducto
colédoco

*DUCTOS HEPÁTICOS E DUCTO COLÉDOCO


Ductos hepáticos
- os ductos hepáticos D e E se unem para formar o ducto hepático comum (direção inferior e
para direita) que se une com o ducto cístico formando o ducto colédoco; o E é mais largo que o
D.
Ducto colédoco
- corre na borda livre do omento menor, por trás da cabeça do pâncreas e entra no duodeno;
na segunda parte do duodeno se situa acima e posteriormente ao ducto pancreático
- relações: posteriormente passa a veia porta (formada atrás do colo do pâncreas); o ramo
gastroduodenal da a. hepática comum desce junto com o ducto e a a. hepática própria ascende
à esquerda; o ramo pancreático duodenal póstero-superior da a. gastroduodenal tende a se
espiralar no ducto; a veia cava inferior está posterior às estruturas do omento menor
- parte intraduodenal: o ducto colédoco, juntamente com o pancreático, se esvaziam num canal
comum, a ampola hepatopancreática que se esvazia na papila maior do duodeno; possui o
esfíncter do ducto colédoco

* a vesícula biliar armazena e concentra a bile; os contituintes da bile podem se precipitar


formando cálculos biliares (colelitíase)
47

* irrigação: a. cística irriga a vesícula biliar (ramo da a. hepática D); os ducto hepáticos e
colédoco são irrigados por ramos das a. cística, supraduodenal e pancreaticoduodenal póstero-
superior
* inervação: plexo hepático
* pedículo hepático: estruturas que entram no fígado pelo hilo

"PÂNCREAS"

- cabeça: no interior da curvatura do duodeno


ducto colédoco desce atrás da cabeça
possui as arcadas pancreaticoduodenais anterior e posterior
processo uncinado (atrás dos vv. mesentéricos superiores)
incisura pancreática (passagem da v. mesentérica superior)
- corpo: abaixo do tronco celíaco
acima da flexura duodenojejunal
3 superfícies (A, P, I) e 3 bordas (S, A, I)
tuber omental
- cauda: projeta-se no ligamento lieno-renal
- relações: anterior: estômago e cólon tranverso
posterior: veia cava inferior, aorta e vv. gonadais (cabeça)
vv. mesentérica superior e porta (colo)
diafragma, glândula supra-renal E, rim E e vv. renais (corpo)
v. lienal (cauda)
- relações peritoneais: retroperitoneal; inserção do mesocólon transverso na frente do
pâncreas; acima da inserção coberto pelo peritônio da parede posterior da bolsa omental;
abaixo da inserção coberto pela parte inferior do mesocólon transverso
- ductos pancreáticos: o principal tem início na cauda do pâncreas e se esvazia na segunda
parte do duodeno junto com o ducto colédoco na papila maior; o acessório se esvazia na papila
menor
- irrigação: aa. pancreaticoduodenais AS, AI, PS, PI (arcadas anterior e posterior) e ramos da
a. lienal (aa. pancreática dorsal, inferior, magna e caudal)
- inervação: plexos celíaco e mesentérico superior

"BAÇO"

- sua drenagem venosa vai para a veia porta


- superfícies: diafragmática e visceral
- bordas: superior e inferior
- extremidades: anterior e posterior
- hilo: na parte inferior
- relações: sup. diafragmática: parte costal do diafragma
sup. visceral: sup. gástrica - estômago
sup. renal - rim E e glândula supra-renal E
sup. cólica - flexura cólica E
- relações peritoneais: ligamento gastrolienal
ligamento frenicolienal
ligamento lienorenal
- irrigação: a. lienal (se origina do tronco celíaco e está na borda superior do pâncreas até o
baço); v. lienal (atrás do corpo do pâncreas e reúne-se com v. mesentérica superior, atrás do
colo, para formar v. porta - recebe v. mesentérica inferior)
- inervação: plexo celíaco

“RINS, URETERES E GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS”

RINS
- cobertos por uma cápsula fibromuscular que se desloca facilmente; o E é mais longo e maior
que o D; localizam-se paralelamente à coluna vertebral e sobre o m. psoas maior
- superfícies: anterior e posterior
- bordas: medial (possui o hilo que conduz ao seio renal) e lateral (convexa)
- pólos: superior e inferior
- relações: acima: supra-renal envolvida pela fáscia renal
48

anterior: D - fígado, segunda parte do duodeno, cólon ascendente ou flexura


cólica D e intestino delgado
E - estômago, pâncreas, cólon descendente ou flexura cólica E, baço e
intestino delgado
posterior: diafragma, psoas maior, quadrado lombar
ramos do plexo lombar, borda lateral do eretor da espinha
trígono lombar (pólo inferior), trígono vertebrocostal (pólo superior)
- relações peritoneais: retroperitoneais
sup. A do rim D rel. ao fígado e intest. delg. - coberta com peritônio
sup. A do rim E rel. ao estômago, baço e intest. delg. - peritônio
- estendem-se de L1 até L4; o rim D está mais baixo que o E devido ao fígado
- a borda medial contém uma fissura vertical, o hilo, que conduz à um recesso, o seio renal,
que contém os vasos renais e a pelve renal; esta é a expansão superior do ureter; a pelve
renal se divide em 2 ou 3 cálices maiores que se subdividem em 7 ou 14 cálices menores
- estrutura: córtex: aspecto estriado
medula: pirâmide renal, sua papila e coluna renal (lobo do rim)
- pedículo renal: - v. renal está anterior; o ureter está posterior; as aa. renais entre eles
- as aa. segmentares tem origem na a. renal próxima ao hilo; a a. supra-renal
inferior tem origem na a. renal; a a. gonadal E se origina da a. renal E
- as vv. renais estão anteriores às aa. renais; a v. renal E é mais longa e pode
formar um anel venoso na aorta
- fáscia renal: envolve o rim e a supra-renal; separada da cápsula do rim pelo espaço
perinefrético ocupado pela gordura perirrenal
- segmentos: superior, ântero-superior, ântero-inferior, inferior, posterior
- irrigação: aa. renais (origem na aorta abaixo da mesentérica superior); a a. renal D passa
atrás da v. cava inferior; cada uma divide-se em ramos superior, inferior e posterior
(segmentares) que se dividem em aa. interlobares; as veias no rim se unem e formam a veia
renal; a v. renal E recebe sangue também da supra-renal, gônadas, diafragma.
- inervação: plexo celíaco (aórtico-renal), plexo aórtico (intermesentérico), rr. dos nn.
esplâncnicos torácicos

URETERES
- conecta o rim a bexiga; retroperitoneal; porções: abdominal e pelvina
- deixa a pelve renal, passa sobre o psoas maior, cruza a a. ilíaca comum correndo pela
parede lateral da pelve; cruza a a. umbilical e o vv. e nn. obturatórios e vai em direção à parte
posterior da bexiga
- o ureter D está atrás da segunda parte do duodeno e cruzado pela raiz do mesentério; o
ureter E passa atrás do cólon sigmóide
- no homem: passa através da prega sacrogenital e daí para o lig. lateral da bexiga, onde é
cruzado pelo ducto deferente; próximo à bexiga está anterior à vesícula seminal
- na mulher: relacionado com borda livre (posterior) do ovário; passa pelo lig. uterossacral, lig.
cervical lateral (abaixo do lig. largo do útero) onde é cruzado anteriormente pela a. uterina;
volta-se no lig. lateral da bexiga em direção à bexiga (gira em direção inferior, anterior e medial
abaixo dos vv. uterinos)
- constrições: (1) junção ureter/pelve renal; (2) cruza abertura superior da pelve; (3) trajeto
através da parede da bexiga
- irrigação: aa. longas das aa. renais, gonadal e vesical inferior
- inervação: plexo renal e hipogástrico

GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS
- na face superomedial da sup. anterior do rim; a supra-renal D está atrás da v. cava inferior
- cobertas pela fáscia renal que está presa ao diafragma
- relações: supra-renal D: posteriormente está o diafragma; anteriormente está a área nua do
fígado, v. cava inferior e peritônio; supra-renal E: posteriormente está o diafragma;
anteriormente está o peritônio da bolsa omental e pâncreas, a. lienal
- irrigação: aa. supra-renais superiores (das aa. frênicas inferiores), a. supra-renal média (da
aorta), a. supra-renal inferior (da a. renal); a v. supra-renal D penetra na v. cava inferior e a E
na v. renal E junto com a v. frênica inferior E
- inervação: plexo celíaco e nn. esplâncnicos torácicos

“VASOS SANGÜÍNEOS, DRENAGEM LINFÁTICA E NERVOS DO ABDOME”


49

AORTA ABDOMINAL
- início no hiato aórtico e termina ao nível de L4 dividindo-se nas ilíacas comuns D e E
- relações: pâncreas, vv. lienal e renal E, terceira parte do duodeno e alças do intestino
delgado
* RAMOS PARIETAIS
-Artérias frênicas inferiores: cruzam o pilar do diafragma e se anastomosam com as aa.
pericardicofrênica e musculofrênica; pode dar ramos como aa. supra-renais superiores
Artérias lombares: passam entre o músculo psoas maior e os corpos vertebrais e dividem-se
em ramos ventrais e dorsais
-Artérias ilíacas comuns: ramos terminais e se dividem ao nível do disco lombossacral; o ureter
cruza na altura da bifurcação; anterior à ilíaca E está o mesocólon sigmóide e vv. retais
superiores. Artérias ilíacas externas: desce na fossa ilíaca até o lig. inguinal onde passam a
ser a. femoral; posteriormente o m. psoas maior; anteriormente o ceco, apêndice, intestino
delgado e mesocólon sigmóide; ramos: epigástrica inferior e circunflexa profunda do ílio.
Artérias ilíacas internas
-Artéria sacral mediana: origem da parte posterior da aorta e termina no corpo do cócix

* RAMOS VISCERAIS
-Artérias supra-renais médias: origem acima das aa. renais
-Artérias renais: origem ao nível de L2; a. renal D passa por trás da v. cava inferior; ramos: aa.
supra-renais inferiores
-Artérias gonadais (testicular/ovárica): passam sobre o psoas maior cruzando o ureter; no
ânulo inguinal profundo acompanham o ducto deferente (H) ou penetram no lig. suspensor do
ovário (M)
-Tronco celíaco: origem abaixo do hiato aórtico e divide-se em gástrica E, hepática comum e
lienal (esplênica). Artéria gástrica E: forma a prega gastropancreática E, corre na curvatura
menor do estômago e se anastomosa com a gástrica D; ramos: esofágicos. Artéria lienal: ao
longo da borda superior do pâncreas; ramos:pancreática dorsal, pancreática inferior
(transversa), pancreática magna, pancreática caudal, gastroepiplóica E, gástricas curtas.
Artéria hepática comum: forma a prega gastropancreática D e se divide em hepática própria,
gástrica D e gastroduodenal; a hepática própria se divide em ramos E e D (origina a a. cística);
a gástrica D se anastomosa com a gástrica E; a gastroduodenal origina a a. supraduodenal e
ramos retroduodenais (para duodeno), a. pancreaticoduodenal póstero-superior, e se divide em
a. pancreaticoduodenal ântero-superior e a. gastroepiplóica D
-Artéria mesentérica superior: origem posteriormente ao pâncreas e v. lienal; desce
anteriormente à v. renal E, processo uncinado e terceira parte do duodeno; ramos:
pancreaticoduodenal ântero e póstero-inferior, iliocólica, cólica D, cólicas médias, jejunais e
ileais
Artéria mesentérica inferior: desce sobre o psoas maior e cruza a abertura da pelve tornando-
se a a. retal superior que cruza a ilíaca comum E, onde o ureter está lateralmente; ramos:
cólica E, sigmóidea

VEIAS
Sistema porta
- coleta sangue venoso do canal gastrointestinal; sem válvulas
- veia porta formada pelas vv. mesentérica superior e lienal; a v. mesentérica inferior reúne-se
com a mesentérica superior ou lienal; a v. porta recebe a v. gástrica E
- penetra no lig. hepatoduodenal atrás do ducto colédoco e a. hepática
- anastomoses:
-V. mesentérica inferior/v. cava inferior: vv. retais superiores (v. mesentérica inferior) se
anastomosam com as vv. retais média e inferior (v. cava inferior).
-VV. gástricas/v. cava superior: vv. esofágicas se anastomosam acima com as vv. bronquiais,
abaixo com a v. gástrica E, e com o sistema ázigos.
-VV. retroperitoneais/sistema cava e ázigos: vv. retroperitoneais e a parte retroperitoneal das
tributárias da v. porta se anastomosam com as vv. segmentares e frênicas atingindo o coração
pelo sistema cava ou ázigos.
-VV. paraumbilicais/vv. subcutâneas: vv. paraumbilicais conectam o ramo E da v. porta com as
vv. subcutâneas que drenam para vv. epigástricas atingindo vv. cavas superior e inferior.
* as vv. umbilicais entram no fígado; a D se atrofia; a E se conecta ao coração pelo ducto
venoso; após o nascimento formam o lig. redondo e lig. venoso respectivamente
50

Veia cava inferior


- sem válvulas
- formada pelas vv. ilíacas comuns; ascende à D da aorta através do centro tendíneo
- passa atrás do peritônio, duodeno, pâncreas, v. porta, forame epiplóico e fígado
- tributárias:
Veias ilíacas comuns: formadas pelas vv. ilíacas interna e externa; a ilíaca E está abaixo da
bifurcação da aorta
Veias gonadais e supra-renais: as vv. gonadais D e supra-renal D desembocam na v. cava
inferior e as E na v. renal E
Veias renais: anteriores à a. renal; a v. renal E é mais longa
Veias frênicas inferiores: as frênicas D desembocam na v. cava inferior e as E na supra-renal E
ou renal E
Veias hepáticas: troncos curtos e desembocam antes da cava inferior passar pelo diafragma
Veias lombares: unidas por uma veia conectante, a v. lombar ascendente que entra no tórax
atrás do psoas maior; a veia D se une com a v. subcostal D e forma a v. ázigos; a veia E se
une com a v. subcostal E e forma a v. hemiázigos
Circulação colateral: (1) anastomoses com vv. epigástricas superficial e inferior; (2)
anastomoses com o plexo vertebral

Plexo vertebral
- na inspiração aumenta a pressão intra-abdominal (sangue entra no plexo vertebral no
abdome) e diminui pressão intra-torácica (sangue sai do plexo vertebral no tórax)

DRENAGEM LINFÁTICA
- ducto torácico atrás e à D da aorta, adjacente à coluna vertebral e pilar D do diafragma;
começa como uma dilatação (cisterna do quilo) ou como plexo de vasos que recebem ductos
(tronco intestinal, troncos lombares, troncos intercostais); passa pelo hiato aórtico

NERVOS
Nervos toracoabdominais
Nervos frênicos
- fibras motoras, sensitivas e simpáticas; suprem o pericárdio, pleura, diafragma e peritônio; n.
frênico D e E perfuram o diafragma
Nervos vagos
- formam os tronco vagais anterior e posterior no esôfago; o tronco anterior dá ramos
hepáticos, gástricos e celíacos; o tronco posterior dá ramos gástricos e celíacos
Nervos esplâncnicos torácicos
- inervação simpática para as vísceras;
Nervo esplâncnico maior: perfuram o pilar do diafragma ficando o nervo D atrás da v. cava
inferior e o nervo E atrás da supra-renal E e penetram no gânglio celíaco;
Nervo esplâncnico menor: perfuram diafragma lateralmente ao n. esplâncnico maior e se unem
ao gânglio aórtico-renal, celíaco, mesentérico superior;
Nervo esplâncnico imo: lado medial do tronco simpático e se une ao gânglio aórtico-renal

Troncos e gânglios simpáticos


- descem sobre a coluna vertebral adjacente ao psoas maior; o tronco D está atrás da v. cava
inferior e o E ao lado da aorta;
Ramos comunicantes: ramos que se prendem aos ramos ventrais dos nn. espinhais;
Ramos viscerais: nn. esplâncnicos lombares que se unem ao plexo celíaco, intermesentéricos,
hipogástrico superior

Plexo autônomo
- é o plexo pré-vertebral formado pelos nn. esplâncnicos e ramos dos nn. vagos
Plexos celíaco e mesentérico superior: na origem do tronco celíaco, das aa. mesentéricas
superior e renal; contém os gânglios celíacos, mesentérico superior, aórtico-renais
Plexo aórtico: fibras que se continuam em direção inferior ao longo da aorta; entre as aa.
mesentéricas se chama plexo intermesentérico; abaixo da bifurcação da aorta torna-se o plexo
hipogástrico superior
Plexo mesentérico inferior: extensão do plexo aórtico sobre a a. mesentérica inferior; forma o
plexo retal superior
51

Plexo lombar
- L1 a L4, sendo que a parte inferior de L4 faz parte do plexo sacral formando com L5 o tronco
lombossacral
Primeiro nervo lombar (L1): divide-se em ílio-hipogástrico e ilioinguinal que emergem da face
lateral do psoas maior; ílio-hipogástrico: posteriormente ao rim e anteriormente ao quadrado
lombar; perfura o transverso do abdome acima da crista ilíaca; ilioinguinal: perfura o transverso
do abdome e oblíquo interno e acompanha o funículo espermático ou o lig. redondo através do
canal inguinal; ramos: escrotal anterior ou labiais anteriores
Nervo cutâneo lateral da coxa (L2 e L3): corre no ilíaco em direção à EIAS, atrás do lig.
inguinal, através do sartório
Nervo femoral (L2, L3 e L4): emerge na face lateral do psoas maior, desce entre o psoas maior
e o ilíaco e passa por trás do lig. inguinal; inerva o quadríceps da coxa, pectíneo, sartório
Nervo genitofemoral (L2): desce anteriormente ao psoas maior e divide-se em ramos genital e
femoral; ramo genital: entra no canal inguinal, inerva o cremaster e o escroto; ramo femoral:
lateralmente à a. femoral, inerva pele do trígono femoral
Nervo obturatório (L3 e L4): emerge da face medial do psoas maior e penetra na coxa pelo
forame obturado; inerva os adutores e grácil
Nervo obturatório acessório (L3 e L4): medialmente ao psoas maior e entra na coxa acima do
ramo superior da pube

“PELVE”

A cavidade pelvina é separada da abdominal por um plano que passa através das linhas
terminais. A pelve é dividida em pelve menor (verdadeira) e pelve maior (falsa). Contém parte
inferior do tubo digestivo, bexiga, partes do ureter e sistema genital.

PELVE ÓSSEA
- ossos do quadril, sacro e cóccix; as EIAS e os tubérculos da pube estão no mesmo plano
frontal; a ponta do cóccix e a borda superior da pube estão no mesmo plano horizontal; na face
interna do corpo da pube repousa a bexiga

* ABERTURAS E CAVIDADES

Abertura superior da pelve


- no plano das linhas terminais; do promontório até a sínfise púbica
- diâmetro ântero-posterior ou conjugado: meio do promontório até a borda superior da sínfise
púbica
- diâmetro conjugado obstétrico: meio do promontório até a parte posterior da sínfise púbica
- diâmetro conjugado diagonal: meio do promontório até a borda inferior da sínfise púbica
- diâmetro transverso: entre as eminências iliopúbicas
- diâmetro oblíquo: da juntura sacroilíaca de um lado até a eminência iliopúbica do lado oposto

Cavidade pelvina
- da abertura superior da pelve à abertura inferior
- diâmetro ântero-posterior ou conjugado: centro da superfície pelvina do sacro até parte
posterior da sínfise púbica
- diâmetro transverso: entre as espinhas isquiádicas
- diâmetro oblíquo: parte inferior da juntura sacroilíaca de um lado até membrana obturatória do
lado oposto

Abertura inferior da pelve


- forma de um losango; vai do lig. arqueado da pube e ramo inferior da pube até o cóccix;
limitada lateralmente pelos túberes isquiádicos e lig. sacrotuberais
- diâmetro ântero-posterior ou conjugado: ponta do cóccix até borda inf. da sínfise púbica
- diâmetro transverso: entre os túberes isquiádicos
- diâmetro oblíquo: junção dos ramos isquiádicos e púbicos de um lado até o cruzamento dos
lig. sacrotuberais e sacroespinhais do lado oposto
* CANAL DO PARTO

* ARCO DA PUBE
52

- formado pela reunião dos ramos púbicos e isquiádicos que formam o ângulo subpúbico

* CLASSIFICAÇÃO DA PELVE
- quanto à forma da abertura superior: antropóide: forma oval; ginecóide: arredondado;
platipelóide: com o eixo transverso longo; andróide: forma de coração
- quanto aos diâmetros: dolicopélica: ântero-posterior mais longo que o transverso;
mesatipélica: diâmetros iguais; braquipélica: transverso maior que o ântero-posterior
* DIFERENÇAS SEXUAIS
- na mulher os ossos são mais finos e mais leves, a cavidade é menos afunilada, a distância
entre as espinhas e os túberes isquiádicos são maiores e o ângulo subpúbico é quase um
ângulo reto; já no homem o ângulo subpúbico é mais agudo

JUNTURAS DA PELVE
Juntura lombossacral: pelo corpo de L5 e sacro; apresenta disco intervertebral
Juntura sacrococcígica: disco intervertebral entre o sacro e o cóccix reforçado por ligamentos
sacrococcígicos dorsal, ventral e lateral
Sínfise da pube: junção cartilagínea entre os ossos púbicos com o disco interpúbico; possui o
ligamento púbico superior e o ligamento arqueado da pube
Junturas sacroilíacas: sinoviais pela união das superfícies auricular do sacro e do ílio; possui
os ligamentos sacroilíacos interósseos, ventrais e dorsais
Ligamento sacrotuberal: preso ao sacro e cóccix até o túber isquiádico; a extensão até o ramo
isquiádico é o processo falciforme
Ligamento sacroespinhal: anteriormente ao sacrotuberal; preso ao sacro e cóccix até a espinha
isquiádica
* o lig. sacrotuberal converte as incisuras em forames isquiádicos que estão separados pelo lig.
sacroespinhal; o forame isquiádico maior dá passagem ao m. piriforme, vv. e nn. glúteos
superior e inferior, vv. pudendos internos, n. pudendo, n. isquiádico, n. cutâneo posterior da
coxa e nn. do obturatório interno e quadrado da coxa; o forame isquiádico menor dá passagem
ao tendão obturatório interno, n. obturatório interno, n. do obturatório interno e vv. pudendos
internos e n. pudendo

PAREDES DA PELVE

Paredes laterais
- estrutura óssea abaixo da linha terminal
- coberta pelo m. obturatório interno e fáscia obturatória; n. obturatório e ramos dos vv. ilíacos
internos (umbilical, obturatória, vesical superior, uterina e vaginal) passam medialmente ao
músculo
- cruzada pelo ureter e pelo lig. redondo ou ducto deferente; nas mulheres, o ovário está na
fossa ovárica
- na junção da parede lateral e posterior estão os ligamentos sacrotuberais e sacroespinhais

Parede posterior
- formada pelo sacro e cóccix cobertos pelos mm. piriforme e coccígeo
- o tronco lombossacral, plexo sacral nervoso, plexo venoso sacral e ramos dos vv. ilíacos
internos estão anteriormente ao m. piriforme; a a. sacral mediana (que irriga o glômus
coccígeo) e o tronco simpático estão sobre o sacro

Assoalho
- formado pelo peritônio, diafragmas da pelve e urogenital, m. glúteo máximo e m. esfíncter
externo do ânus
- o peritônio forma a escavação retovesical no homem e retouterina na mulher; as bordas
laterais destas escavações são as pregas retovesical e retouterina (pregas sacrogenitais); na
mulher ainda possui a escavação vesicouterina
- aberturas: posterior: passagem do reto através do diafragma da pelve; anterior: passagem da
uretra (e vagina na mulher) pelo diafragma da pelve e urogenital

DIAFRAGMA DA PELVE
MÚSCULOS
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Levantador do ânus
- abertura entre o músculo D e E dão passagem ao reto, uretra (e vagina na mulher)
- 3 partes: pubococcígeo, puborretal, iliococcígeo
Pubococcígeo
- se origina da parte post. do corpo da pube e do arco tendíneo do levantador do ânus
- forma o m. levantador da próstata, m. pubo-vaginal e m. esfíncter da vagina
Puborretal
- parte do pubococcígeo que se situa atrás da junção anorretal
Iliococcígeo
- se origina do arco tendíneo do levantador do ânus e se insere no cóccix
Coccígeo: se origina da espinha isquiádica e se insere no sacro e cóccix
INERVAÇÃO: S3 eS4
AÇÃO: sustentação das vísceras pelvinas; levantador da próstata e pubo-vaginal envolvidos na
micção; puborretal - flexura na junção anorretal
FÁSCIAS: fáscia superior: sup. pelvina dos músculos
arco tendíneo - lig. puboprostático (pubovesical) medial
fáscia inferior: sup. inferior dos músculos

REGIÃO PERINEAL
- região abaixo do diafragma da pelve; possui a rafe (crista mediana) que se origina do ânus
- centro tendíneo do períneo: entre o canal anal e o diafragma urogenital
- divide-se em 2 regiões: urogenital (anterior) e anal (posterior)

* REGIÃO UROGENITAL
HOMEM
Fáscia superficial do períneo
- possui a camada gordurosa e a camada membranácea
- continua anteriormente com o dartos e tela subcutânea do abdome; a parte membranácea se
prende ao centro tendíneo e separada da fáscia profunda do períneo por tec. conj. e vv. e nn.
escrotais (labiais) posteriores
Fáscia profunda do períneo
- anteriormente se funde com o lig. suspensor do pênis e se continua com a fáscia do obíquo
externo e bainha do reto
Espaço superficial do períneo
- limitado pela fáscia profunda do períneo e fáscia inferior do diafragma urogenital; contém a
raiz do pênis, parte da uretra, rr. dos vv. pudendos internos e nn. pudendos, mm. transverso
superficial do períneo, isquiocavernoso e bulboesponjoso
- Transverso superficial do períneo: origem no ísquio e se insere no centro tendíneo; inervado
pelo r. perineal do n. pudendo
- Isquiocavernoso: origem no ísquio, envolve o ramo do pênis e se insere na sínfise púbica;
inervado por rr. perineais do n. pudendo
- Bulboesponjoso: origem no centro tendíneo, envolve o corpo esponjoso e se insere na sínfise
púbica; inervado por rr. perineais do n. pudendo

Espaço profundo do períneo


- limitado pelas fáscias inferior e superior do diafragma urogenital; contém o diafragma
urogenital (mm. transverso profundo do períneo e esfíncter da uretra), glând. bulbouretrais e rr.
dos vv. pudendos internos e nn. pudendos
- Transverso profundo do períneo: origem no ísquio e se insere no centro tendíneo; inervado
pelo n. dorsal do pênis
- Esfíncter da uretra: origem na sínfise púbica e envolvem a uretra; inervado pelo n. dorsal do
pênis

MULHER
Fáscia superficial do períneo
- continua anteriormente até os lábios maiores, monte da pube e tela subcutânea do abdome
Fáscia profunda do períneo
- anteriormente se funde com o lig. suspensor da clítoris e se continua com a fáscia do oblíquo
externo e bainha do reto
Espaço superficial do períneo
54

- Transverso superficial do períneo


- Isquiocavernoso: envolve o ramo da clítoris
- Bulboesponjoso: separado pela parte inferior da vagina; cobre o bulbo do vestíbulo
Espaço profundo do períneo
- Transverso profundo do períneo: se inserem no centro tendíneo e parede lateral da vagina
- Esfíncter da uretra: inserem-se na parede lateral da vagina e não circunda a uretra

* REGIÃO ANAL
- corpo adiposo da fossa isquiorretal: tela subcutânea que dá suporte ao canal anal
- fossa isquiorretal: espaço entre a pele e diafragma pelvino; contém vv. pudendo internos, n.
pudendo, vv. retais inferiores, n. cutâneo perfurante
Paredes: lateral: fáscia obturatória, fáscia lunata e canal pudendo entre as fáscias
superomedial: fáscia inf. do diafragma pelvino e esfíncter externo do ânus
Limites: anterior: borda posterior do diafragma urogenital e centro tendíneo
posterior: lig. sacrotuberal tendo acima o m. glúteo máximo

FÁSCIA DA PELVE
Fáscia parietal da pelve
- parte da fáscia que reveste internamente as paredes abdominais e pelvinas; forma as fáscias
superior e inferior do diafragma pelvino e a fáscia obturatória (cobre o obturatório interno)
- arco tendíneo do levantador do ânus: fusão da fáscia obturatória com as fáscias superior e
inferior do diafragma pelvino; vai da pube até a espinha isquiádica
- canal pudendo: canal entre a fáscia obturatória e lunata que passam os vv. pudendos internos
e n. pudendo
Fáscia visceral da pelve
- septo retovesical: parte membranácea entre o reto, próstata e bexiga

"BEXIGA"

- interior da pelve e repousa sobre a pube


- partes: fundo (base), corpo, ápice, colo
- faces: posterior, anterior, infero-laterais
- relações peritoneais: o peritônio cobre a sup. superior da bexiga e se reflete sobre o útero
(mulher) ou o reto (homem)
- relações: sup. superior: alças do intestino delgado ou cólon sigmóide
sup. infero-laterais: espaço retropúbico
sup. posterior: vesícula seminal e reto (homem)
vagina e parte supravaginal da cérvix do útero (mulher)
* espaço retropúbico: entre a sínfise púbica e bexiga; limitado pela reflexão do peritônio acima
e lig. puboprostáticos abaixo, lateralmente pela fáscia que cobre o m. levantador do ânus e
obturatório interno
- fixações: lig. puboprostático medial (continuação do arco tendíneo); lig. puboprostático lateral;
lig. lateral da bexiga
- remanescentes: lig. umbilical mediano (úraco); lig. umbilicais mediais (aa. umbilicais
obliteradas)
- interior: trígono vesical: formado pelo óstio da uretra (inferior) e os óstios dos ureteres
(superior); crista interuretérica: elevação entre os dois óstios dos ureteres; úvula: crista
mediana acima do óstio da uretra
- irrigação: aa. vesicais superiores (da a. umbilical), a. vesical inferior; veias drenam para as
vv. ilíacas internas
- inervação: plexos vesical e prostático (extensão do hipogástrico inferior)

URETRA
- passagem à urina da bexiga ao exterior (e líquido seminal no homem)

Uretra masculina
- no colo da bexiga, próstata, diafragmas pelvino e urogenital, raiz e corpo do pênis até a
glande; divide-se em: prostática, membranácea, esponjosa
Prostática: atravessa a próstata; a crista uretral continua-se com a úvula da bexiga; o
colículo seminal é a parte ovóide da crista uretral; o utrículo prostático é um pequeno
55

divertículo e ao seu lado estão os orifícios dos ductos ejaculatórios; o seio prostático é um
sulco a cada lado da crita uretral
Membranácea: da próstata até o bulbo do pênis; circundada pelo esfíncter da uretra no
diafragma urogenital
Esponjosa: no corpo esponjoso do pênis; a uretra se localiza no lúmen que no bulbo é a
fossa intrabulbar e na glande fossa navicular ou terminal
- irrigação: prostática: a. retal média e a. vesical inferior; membranácea: a. do bulbo do pênis;
esponjosa: a. uretral
- inervação: prostática: plexo prostático; membranácea: nn. cavernosos do plexo prostático;
esponjosa: n. pudendo

Uretra feminina
- do colo da bexiga até o óstio uretral externo (entre os lábios menores)
- possui uma crista uretral
- irrigação: a. vesical inferior, a. uterina, a. pudenda interna
- inervação: plexo vesical e uterovaginal, n. pudendo

RETO
- entre o cólon sigmóide e canal anal; junção retossigmóidea apresenta uma constrição; junção
anorretal apresenta constrição pelo m. puborretal (diafragma pelvino)
- ampola do reto: parte mais larga, acima do diafragma pelvino
- flexura sacral: curvatura do reto que segue curvatura do sacro; flexura perineal: junção de
reto e canal anal, pelo m. puborretal
- possui as pregas semilunares ou transversais do reto
- relações peritoneais: peritônio cobre face anterior e lateral da parte superior, face anterior da
parte média e não cobre a parte inferior; escavação retovesical: reflexão peritoneal do reto à
bexiga no homem que se continua com o septo retovesical; escavação retouterina: reflexão
peritoneal do reto à vagina; fossa pararretal: reflexão peritoneal do reto à parede posterior da
pelve e contém parte do íleo ou cólon sigmóide
- fáscia do reto: reflexão da fáscia superior do diafragma pelvino; lig. laterais do reto (asas do
reto)
- relações: posterior: sacro, cóccix, diaf. pelvino, plexo sacral, piriforme, vv. retais sup.
lateral: íleo ou cólon sigmóide, plexo hipogástrico inferior, diaf. pelvino
anterior: HOMEM: bexiga, próstata, vesículas seminais, ductos deferentes
MULHER: útero, vagina

CANAL ANAL
- da face sup. do diaf. pelvino até o ânus; na parte superior está o anel anorretal muscular
- relações: circundado pelo levantador do ânus e esfíncter externo do ânus
anterior: centro tendíneo e bulbo do pênis (homem) ou vagina (mulher)
posterior: lig. anococcígeo
lateral: fossa isquiorretal
- Esfíncter externo do ânus: partes subcutânea, superficial e profunda; inervado pelos nn. retais
inferiores
- as colunas anais (pregas verticais) se unem através das válvulas anais; a linha pectinada
forma o limite destas válvulas; abaixo da linha está o pécten (zona branca) e a orla anal (se
junta com a pele do ânus)
- irrigação do reto e canal anal: a. retal superior (da a. mesentérica inferior), aa. retais
médias, aa. retais inferiores, a. sacral mediana; vv. retais superiores (acima da linha
pectinada), vv. retais inferiores (abaixo da linha pectinada), vv. retais médias (acima do
diafragma pelvino)
- inervação do reto e canal anal: plexos retais superiores e médio e nn. pudendos

“ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS”

MASCULINOS
TESTÍCULO
- extremidades: superior e inferior
- superfícies: medial e lateral
- bordas: anterior e posterior (coberta pelo epidídimo e funículo espermático)
56

- estrutura: túnica albugínea, mediastino testicular, túbulos seminíferos, rete testis, ductos
eferentes
- apêndice testicular: na extremidade superior do testículo
- irrigação: a. testicular que se anastomosa com as aa. do ducto deferente e espermática
externa; veias juntam-se ao plexo panpiniforme
- inervação: plexo testicular

EPIDÍDIMO
- se prende à borda posterior do testículo; possui o ducto do epidídimo
- 3 partes: cabeça: extremidade superior do testículo
corpo: na borda posterior do testículo separado pelo seio do epidídimo
cauda
- apêndice do epidídimo: sobre a cabeça do epidídimo
- irrigação: a. testicular; veias drenam para o plexo panpiniforme
- inervação: plexo hipogástrico inferior

DUCTO DEFERENTE
- inicia na cauda do epidídimo e sobe onde é incorporado ao funículo espermático; vai para o
ânulo inguinal superficial, passa pelo canal inguinal, volta-se em torno da face lateral da a.
epigástrica inferior e ascende anteriormente à a. ilíaca interna
- na pelve relaciona-se lateralmente com a a. umbilical, vv. e nn. obturatórios e vv. vesicais
superiores; cruza a face medial do ureter e corre a prega sacrogenital; atinge a face posterior
da bexiga, a face medial da vesícula seminal e se reúne com o ducto da vesícula seminal
formando o ducto ejaculatório
- ampola: parte alargada e tortuosa próxima à vesícula seminal
- irrigação: a. do ducto deferente que se anastomosa com a a. testicular no testículo; veias se
unem no plexo prostático e vesical
- inervação: plexo hipogástrico superior e inferior

VESÍCULA SEMINAL
- 2 bolsas saculares atrás da bexiga; separadas do reto pela prega retovesical (parte superior)
e septo retovesical (parte inferior)
- os ureteres e a ampola do ducto deferente são mediais; os plexos venosos prostáticos e
vesicais são laterais
- seu ducto se une com o ducto deferente formando o ducto ejaculatório
- irrigação: a. do ducto deferente; veias se unem no plexo prostático e vesical
- inervação: plexo hipogástrico inferior e prostático

DUCTO EJACULATÓRIO
- formado pela união dos ductos deferentes e do ducto da vesícula seminal
- penetram na próstata e entram na uretra prostática lateral ao utrículo prostático
- irrigação: a. do ducto deferente; veias se unem no plexo prostático e vesical

PRÓSTATA
- atrás da sínfise púbica e nas bordas do m. pubococcígeo
- partes: ápice (mais inferior), base
- superfícies: inferolaterais: convexas
anterior: presa ao lig. puboprostático medial; a uretra deixa a sup. anterior
posterior: triangular com sulco mediano
- lobos laterais se unem pelo istmo da próstata; o lobo mediano tem projeção interna
- fáscia da próstata: fáscia do diafragma pelvino que se reflete para a próstata; se funde com o
arco tendíneo pelo lig. puboprostático medial e lateral; separada das túnicas do reto pelo septo
retovesical que se funde com a prega retovesical
- irrigação: a. vesical inferior; veias drenam para o plexo venoso prostático
- inervação: plexo prostático

GLÂNDULA BULBOURETRAL
- arredondadas atrás da uretra membranácea; seu ducto drena para a uretra esponjosa
- irrigação: a. do bulbo do pênis

* Funículo espermático
57

- formado no ânulo inguinal profundo; se estende através do canal inguinal até o escroto
- abaixo do ânulo inguinal superficial a a. pudenda externa superficial cruza-o anteriormente e,
a a. pudenda externa profunda, posteriormente
- constituição: ducto deferente c/ A e V. do ducto deferente e n. p/ o epidídimo, A. testicular c/
n. do plexo testicular, plexo pampiniforme de veias, vasos linfáticos, A. cremastérica, ramo
genital do n. genitofemoral, remanescente do processo vaginal do peritoneo.

* Túnicas do funículo, testículo e epidídimo


- Túnica albugínea
- Parede visceral da túnica vaginal
- Parede parietal da túnica vaginal
- Fáscia espermática interna: deriva da fáscia transversal; revestimento frouxo do funículo
- Fáscia cremastérica: presa à fáscia espermática interna e com fibras musculares - m.
cremaster, que se continua com o m. oblíquo interno; irrigado pela a. cremastérica e inervado
pelo r. genital do n. genitofemoral
- Fáscia espermática externa: prolonga-se com a fáscia do oblíquo externo
- dartos
- pele

FEMININOS
OVÁRIO
- superfícies: medial: coberta pela tuba uterina
lateral: em contato com peritônio parietal
- extemidades: tubal (superior): conectada à tuba uterina; lig. suspensor do ovário
uterina (inferior): lig. ovárico
- bordas: mesovárica (anterior): presa ao mesovário; presença do hilo do ovário
livre (posterior): relacionada com o ureter
- localização: na fossa ovárica (a. umbilical obliterada na frente; ureter e a. ilíaca interna atrás)
- ligamentos: mesovário: da camada posterior do lig. largo à borda mesovárica; suspensor do
ovário (infundíbulo pelvino): vai até o psoas maior e contém os vv. e plexo ováricos; ovárico: da
extremidade uterina ao corpo do útero, abaixo e atrás da tuba uterina
- irrigação: a. ovárica e r. ovárico da a. uterina; veias drenam para o plexo uterino
- inervação: plexo ovárico

TUBAS UTERINAS
- na borda superior e entre as lâminas do lig. largo, do útero à extremidade tubal do ovário
- possui 4 partes: Infundíbulo: apresenta o óstio abdominal ou pelvino da tuba uterina e
fímbrias; Ampola: mais longa e larga; Istmo: mais estreito; Uterina: termina na cavidade do
útero como óstio uterino
- irrigação: r. tubal da a. uterina
- inervação: plexo ovárico e hipogástrico inferior
ÚTERO
- partes: fundo: parte arredondada acima do óstio das tubas uterinas
corpo: direção infero-posterior até uma constrição (istmo); sup. vesical: separada da
bexiga pela escavação vesicouterina; sup. intestinal: separada do cólon sigmóide pela
escavação retouterina; margens esquerda e direita: ligamentos largos
istmo: parte estreitada; “segmento uterino inferior”
cérvix: do istmo até abertura da vagina; parte supravaginal: separada da bexiga por
tec. conectivo e do reto pela escavação retouterina, relacionada lateralmente com o ureter e a.
uterina; parte vaginal: no interior da vagina e se comunica pelo óstio do útero (com lábios
anterior e posterior)
- a cavidade do útero é larga superiormente e vai diminuindo de tamanho até o istmo; o canal
cervical contém as pregas palmadas
- posição de anteflexão
- fixações: escavação vesicouterina: peritônio se reflete da bexiga ao istmo do útero
escavação retouterina: o peritônio se reflete da cérvix e vagina ao reto
lig. largo: 2 lâminas nas bordas laterais do útero vão até a parede lateral da pelve;
envolvem as tubas uterinas; posteriormente formam a prega retouterina (limite lateral da
escavação); se reflete e forma o mesovário; a parte entre a tuba uterina e o mesovário é o
mesossalpinge; as 2 lâminas engloba: paramétrio (tec. conj. e musc), tuba uterina, lig. ovárico,
lig. redondo, a. uterina, plexo venoso, plexo uterovaginal de nervos, ureter
58

lig. redondo: se prende inferior e anteriormente à tuba uterina; contorna os vv.


epigástricos inferiores, atravessa o canal inguinal e vai até o lábio maior
lig. cervical lateral (transverso) ou cardinal: espessamento da fáscia pelvina e
visceral lateral à cérvix e vagina; a a. uterina passa sobre sua face superior
lig. uterossacral: se prende à face anterior do sacro
- irrigação: aa. uterinas; veias drenam para o plexo venoso; * importante anastomose do plexo
venoso uterino e v. retal superior
- inervação: plexo uterovaginal

VAGINA
- parte acima do diafragma pelvino é dilatada
- as paredes anterior e posterior se unem e formam um H ao longo da vagina; as paredes
laterais se prendem ao lig. cervical lateral e diafragma pelvino
- fórnix da vagina: recesso entre parte vaginal da cérvix do útero e a vagina; divide-se em
anterior, posterior e lateral
- hímen: prega que obstrui parcialmente a abertura da vagina no vestíbulo; após rompido forma
as carúnculas himenais
- relações: anterior: cérvix, bexiga e ureteres, uretra
posterior: escavação retouterina, centro tendíneo do períneo
lateral: lig. cervical lateral, ureter e a. uterina, m. pubococcígeo (esfíncter),
glândula vestibular maior, bulbo do vestíbulo e m. bulboesponjoso
- possui as rugas vaginais que estão nas colunas anterior e posterior de rugas; na parte inferior
da coluna anterior está a proeminência uretral
- irrigação: r. da a. uterina, a. vaginal (da a. ilíaca interna); veias drenam para o plexo venoso
vaginal que se comunica com o uterino e vesical
- inervação: n. pudendo, plexo uterovaginal

“ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS”

MASCULINOS
ESCROTO
- abaixo da sínfise púbica; consiste de pele e dartos
- dividido em 2 compartimentos separados pela rafe do escroto (superficial), que se continua
com a rafe do pênis e períneo, e pelo septo do escroto (interno)
- o dartos se continua com a fáscia superficial do períneo e do pênis; separado da fáscia
espermática externa por tec. conj.
- irrigação: aa. pudendas externas, rr. escrotais da a. pudenda interna, rr. da a. testicular e
cremastérica
- inervação: n. ilioinguinal, r. genital do n. genitofemoral, rr. escrotais medial e lateral do r.
perineal do n. cutâneo posterior da coxa

PÊNIS
Raiz
- parte fixa situada no espaço superficial do períneo
- compreende 2 ramos e o bulbo do pênis
- ramo do pênis: preso ao ísquio; coberto pelo m. isquiocavernoso e se une ao outro ramo
abaixo da sínfise púbica
- bulbo do pênis: entre os 2 ramos no espaço superficial do períneo; coberto pelo m.
bulboesponjoso; penetrado pela uretra
Corpo
- parte livre coberta por pele; a face dorsal está anterior e a face ventral (uretral) está posterior,
que contém a rafe do pênis (contínua com a rafe do escroto)
- possui 2 corpos cavernosos (cont. dos ramos) e 1 corpo esponjoso (cont. do bulbo)
- corpos cavernosos: estão no dorso e terminam cobertos pela glande
- corpo esponjoso: na face uretral e se expande formando a glande do pênis
-a glande é formada pelo colo da glande (constrição) e coroa da glande (borda
proeminente); possui uma fenda, o óstio externo da uretra; coberta pelo prepúcio (pele)
que se prende à face uretral pelo frênulo do prepúcio
- fáscia superficial do pênis: se continua com o dartos e fáscia superficial do períneo
- fáscia profunda do pênis: continuação da fáscia profunda do períneo; envolve os corpos
cavernosos e esponjoso
59

- túnica albugínea: do corpo cavernoso: envolve os corpos cavernosos e formam o septo do


pênis; do corpo esponjoso: mais fina
- ligamentos: fundiforme: origem da parte inferior da linha alba, contornam o pênis e passam
ao septo do escroto
suspensor: mais profundo; origem anterior à sínfise púbica e se prende à fáscia
profunda do pênis
- irrigação: a. do bulbo do pênis, a. profunda do pênis, a. dorsal do pênis; v. dorsal profunda
(para o plexo prostático) e v. dorsal superficial (para v. safena magna)
- inervação: nn. dorsais do pênis (do n. pudendo), rr. dos nn. perineais, n. ilioinguinal, nn.
cavernosos do pênis

FEMININOS
MONTE DA PUBE
- elevação anterior à sínfise púbica

LÁBIOS MAIORES
- pregas a partir do monte da pube e delimitam a rima do pudendo
- apresenta a comissura anterior (união dos lábios) e aspecto de uma comissura posterior
- a fáscia superficial do períneo passa pelos lábios e vai até fáscia superficial do abdome
- possui as terminações do lig. redondo
LÁBIOS MENORES
- pequenas pregas entre os lábios maiores
- posteriormente: se juntam na face medial dos lábios maiores; podem estar conectados pelo
frênulo dos lábios do pudendo (forquilha)
- anteriormente: parte lateral: forma o prepúcio da clítoris sobre a glande da clítoris; parte
medial: forma o frênulo da clítoris

VESTÍBULO DA VAGINA
- fenda entre os lábios menores e contém os óstios da vagina, uretra e ductos das glândulas
vestibulares maiores
- óstio externo da uretra: atrás da clítoris
- óstio da vagina: recebe os ductos das glândulas vestibulares maiores
- fossa navicular ou vestibular: depressão entre óstio da vagina e frênulo dos lábios

CLÍTORIS
- posterior à comissura anterior
- cada ramo da clítoris está preso ao ísquio e coberto pelo m. isquiocavernoso; está no espaço
superficial do períneo; abaixo da sínfise púbica se unem e formam o corpo da clítoris
- lig. suspensor da clítoris: origem anterior à sínfise púbica

BULBO DO VESTÍBULO
- lateralmente ao óstio da vagina e cobertos pelo m. bulboesponjoso

GLÂNDULAS VESTIBULARES MAIORES


- arredondadas atrás do bulbo do vestíbulo; ducto entre lábio menor e óstio da vagina

- irrigação: lábios maiores e menores: rr. labiais anteriores das aa. pudendas externas e rr.
labiais posteriores das aa. pudendas internas; clítoris: aa. profundas da clítoris e aa. dorsais da
clítoris; bulbo do vestíbulo e glând. vestibulares M: a. do bulbo do vestíbulo e a. vaginal anterior
- inervação: lábios maiores e menores: n. labial anterior (do n. ilioinguinal) e nn. labiais
posteriores (do n. pudendo); clítoris: n. dorsal da clítoris; bulbo do vestíbulo: plexo uterovaginal

“VASOS SANGÜÍNEOS, DRENAGEM LINFÁTICA E NERVOS DA PELVE”

ARTÉRIA ILÍACA INTERNA (HIPOGÁSTRICA)


- separada da art. sacroilíaca pela v. ilíaca interna e tronco lombossacral; lateralmente estão a
v. ilíaca externa, m. psoas maior e n. obturatório

RAMOS PARIETAIS
Artéria iliolombar: trajeto superior e lateral para a fossa ilíaca
Artérias sacrais laterais: em direção aos forames sacrais pelvinos
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Artéria obturatória: acompanhada pela v. e n. obturatório; cruzada pelo ureter e se divide em


rr. anterior e posterior na membrana obturatória
Artéria glútea superior: entre tronco lombossacral e S1 e passa pelo forame isquiádico maior
acima do m. piriforme
Artéria glútea inferior: entre S1 e S2 ou S2 e S3 e passa pelo forame isquiádico maior abaixo
do m. piriforme
Artéria pudenda interna: passa pelo forame isquiádico maior entre os mm. piriforme e
coccígeo e entra no períneo pelo forame isq. menor; passa junto com as vv. pudendas internas
e o n. pudendo pelo canal pudendo (parede lateral da fossa isquiorretal); passa pelo espaço
perineal profundo e perto da sínfise púbica se divide em aa. profunda e dorsal do pênis (ou
clítoris); ramos: a. retal inferior, rr. escrotais (labiais) posteriores, a. perineal, a. do bulbo do
pênis, a. do bulbo do vestíbulo, a.uretral

RAMOS VISCERAIS
Artéria umbilical: a parte obliterada forma o lig. umbilical medial; parte patente dá origem à a.
vesical superior e a. do ducto deferente
Artéria vesical superior: irriga bexiga, lig. umbilical medial e ureter
Artéria do ducto deferente: acompanha o ducto deferente; pode irrigar vesículas seminais
Artéria vesical inferior: passa na parte inferior da bexiga; irriga bexiga, próstata, vesícula
seminal, ducto deferente
Artéria uterina: homóloga à a. do ducto deferente; passa na frente do ureter e ascende entre
as lâminas do lig. largo até a tuba uterina onde termina em ramo tubal e ramo ovárico que se
anastomosa com a a. ovárica; ramos: para parte superior da vagina, lig. redondo
Artéria vaginal: origem da a. uterina; para a parte lateral da vagina
Artéria retal média: para o reto

VEIA ILÍACA INTERNA


- atrás da a. ilíaca interna; cruzada lateralmente pelo n. obturatório
- vv. glúteas superior e inferior podem formar um tronco único; v. pudenda interna; v. dorsal
profunda do pênis (clítoris) passa entre as aa. dorsais
- plexos venosos: retal, vesical, prostático, uterino, vaginal, sacral

DRENAGEM LINFÁTICA
Linfonodos sacrais: no sacro
Linfonodos ilíacos internos: em torno da a. ilíaca interna
Linfonodos ilíacos externos: em torno da a. ilíaca externa
Linfonodos ilíacos comuns

NERVOS
Plexo sacral
- divisão superior do ramo ventral de S4 + ramos ventrais de S1, S2 e S3; está na frente do m.
piriforme e separado dos vv. ilíacos internos pela fáscia pelvina parietal; os vv. glúteos
superiores passam entre o tronco lombossacral e S1; os vv. glúteos inferiores entre S1 e S2 ou
S2 e S3; os vv. pudendos internos entre os nn. isquiádico e pudendo
- 7 nervos inervam nádegas e membro inferior:
Nervo glúteo superior (L4 a S1): passa pelo forame isquiádico maior acima do piriforme;
acompanha os vv. glúteos superiores
Nervo glúteo inferior (L5 a S2): passa pelo forame isquiádico maior abaixo do piriforme
Nervo do quadrado da coxa (L4 a S1): abaixo do piriforme, anterior ao n. isquiádico
Nervo para o obturatório interno (L5 a S2): passa pelo forame isq. M abaixo do piriforme e
pelo forame isq. m
Nervo cutâneo posterior da coxa (S1 a S3): abaixo do piriforme
Nervo perfurante cutâneo (S2 e S3): perfura lig. sacrotuberal
Nervo isquiádico (L4 a S3): abaixo do piriforme; partes fibular e tibial
- 5 nervos inervam a pelve:
Nervo do piriforme (S1 e S2)
Nervo do levantador do ânus e coccígeo (S3 e S4)
Nervo do esfíncter externo do ânus (S4): entre os mm. levantador do ânus e coccígeo e
passa na fossa isquiorretal
Nervos esplâncnicos pelvinos (S2, S3, S4, S5): formam o plexo hipogástrico inferior
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Nervo pudendo (S2 a S4): passa pelo forame isq. M abaixo do piriforme e pelo forame isq. m;
entra no canal pudendo (na parede lateral da fossa isquiorretal) e divide-se; n. retal inferior:
inervam esfíncter externo do ânus; n. perineal: o ramo profundo inerva o espaço superficial do
períneo e o ramo superficial divide-se em rr. escrotais (labiais) posteriores; n. dorsal do pênis
(clítoris): inerva o espaço profundo do períneo; passa pelo lig. suspensor do pênis (clítoris)
Plexo coccígeo
- divisão inferior do ramo ventral de S4 + ramos ventrais de S5 e n. coccígeo
Tronco simpático
- os nn. esplâncnicos sacrais se juntam ao plexo hipogástrico inferior
Plexos autônomos
- plexo aórtico continua como plexo hipogástrico superior que se divide em nn. hipogástricos D
e E; cada um vai se unir aos nn. esplâncnicos pelvinos para formar os plexos hipogástricos
inferiores D e E; seus ramos vão formar o plexo retal médio, plexo prostático, nn. cavernoso do
pênis (clítoris), plexo vesical, plexo uterovaginal.

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