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02/08/2010 - segunda-feira
Oficina
03/08/2010 - terça-feira
09/09/10 - segunda-feira
Interpretação e Integração
Interpretação – construção de sentido (hermenêutica). Não há enunciado;
Integração – busca de preenchimento diante da omissão legislativa. Há um enunciado, mas
tem lacuna;
Interpretação ≠ Integração? Sim.
Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo.
• Não apenas o mencionado no CTN;
• As mesmas técnicas utilizadas para as demais normas (literal, histórica, lógica,
sistemática, finalística) e determinação do resultado (extensiva, restritiva ou estrita);
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
• Interpretação literal (no art. 111, trata-se de situações que trazem benefício ao
contribuinte);
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da
maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus
efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
• Não há utilização de critérios apriorísticos: in dúbio por Fisco ou pro Contribuinte
(exceto em caso de infração).
Integração da norma jurídica tributária – art. 108
Na ausência de disposição expressa... Aplicar-se-á (para a OAB está em ordem hierárquica):
1) Analogia – princípio da estrita legalidade; vedada a aplicação (art. 108, §1º, e art. 111).
Não se pode fazer analogia de bem como mercadoria. Mercadoria é tributada, bem
não. A analogia não pode alcançar novas mercadorias e tributar se sem ela não fosse.
Fere o princípio da legalidade.
Art. 108, § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei.
2) Princípios gerais de direito tributário – Princípios da estrita legalidade, da igualdade, da
irretroatividade, da anterioridade, do não-confisco;
3) Princípios do direito público – princípios que informam a atuação da administração
pública (legalidade, irretroatividade, igualdade...), princípio da indisponibilidade do
interesse público;
4) Equidade – como forma de integração; vedada a aplicação (art. 108, §2º); exigida a
aplicação (art. 172, IV);
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a eqüidade.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo
devido.
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do
caso;
Princípios gerais e definições de direito privado
16/08/2010 – segunda-feira
17/08/2010 - terça-feira
23/08/2010 - segunda-feira
30/08/2010 - segunda-feira
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
É a atividade de produção da norma individual e concreta realizada pela administração
pública (é ato privativo da administração pública).
Está dentro do processo de positivação da norma jurídica. Produz uma norma individual e
concreta ou é a própria norma individual e concreta.
Regra matriz: ser proprietário de veículo auto-motor, é necessário que se transforme a nota
geral em abstrata, vai ser transformada em norma individual e concreta pra que ela possa ser
exigida. Lançamento é o produto dessa concretização.
O lançamento tributário vai concretizar/instituir a norma instituidora do tributo. Uma norma
geral e abstrata vai ser positivada, vai se transformar em norma individual e concreta.
Pelo CTN o lançamento tributário é a norma individual e concreta produzida pela
administração pública.
Ex: preenchimento de guia para o imposto do ICMS, exemplo de norma geral concreta
individual. O lançamento é atividade privativa da administração pública, nesse caso, não há
lançamento. No caso do boleto do IPVA, a norma será individual e concreta e produzida pela
administração pública, isso se chama lançamento.
* ART. 142 DO CTN – compete privativamente a administração pública.
*ato ou procedimento administrativo?
Tema meramente doutrinário, sem aplicação: Em outras palavras, é o produto ou é o
procedimento de produção do produto?
Para o procedimento o estudo dirigido da ao lançamento o nome de ato fato, para o produto
ele da o nome de ato-norma.
Art. 142 é um exemplo lançamento como procedimento.
Art. 145 é um exemplo de lançamento como ato. * Ato – fato e ato-norma.
Autolançamento só aparece na doutrina, não aparece para o legislador, pois para o CTN o
lançamento é ato privativo da administração pública. O autolançamento seria o caso do
exemplo da guia para recolhimento do ICMS.
Ex: auferir renda (norma geral e abstrata), no caso de constituição do crédito a norma irá
virar individual e concreta, até dia 30 de abri tem que produzir uma declaração do imposto de
renda, após, paga-se o IR. Isso não é lançamento, mas é norma individual e concreta. No caso
de você constituir o crédito tributário é norma individual e concreta produzida pelo
contribuinte, isso seria um exemplo de autolançamento, utilizada pela doutrina, mas não pelo
CTN. O CTN vai chamar esse procedimento de lançamento por homologação, mas, somente
após a homologação do poder público.
*A retenção feita pelo empregador é um caso de substituição tributaria.
Norma Jurídica Tributária Instituidora do Tributo
HIPÓTESE CONSEQÜENTE
Notas sobre:
Notas sobre: Sa R Sp
fato jurídico lícito ↓
$$$
Norma Geral e Abstrata
• Enunciados conotativos
• Antecedente: hipótese tributária
Conseqüente: conseqüente tributário
Norma Individual e Concreta
• Produto da aplicação
• Enunciados denotativos
• Antecedente: fato jurídico tributário
Conseqüente: obrigação tributária
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
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Lançamento Tributário
• Art. 142 do CTN – compete privativamente a Administração Pública
• Ato ou Procedimento Administrativo?
• Ato-Fato e Ato-Norma
Declaratório ou Constitutivo?
Fenomenologia da incidência tributária
A natureza do ato de lançamento é constitutiva. Para essa teoria, baseada no movimento do
giro lingüístico, a obrigação tributária só nasce no momento em que se tem uma linguagem
competente, falando que o fato foi realizado e fazendo incidir a norma, o seja, a incidência só
pode ser feita/movimentada/produzida pelo homem.
*A obrigação vai nascer no momento do nascimento do critério temporal (ex: primeiro de
janeiro de cada ano), no caso de entender que o lançamento tem natureza declaratória. Parte
do pressuposto de que no momento da ocorrência da norma no mundo concreto, a norma
incide automática e infalivelmente (para Alfredo Augusto Becker). Para a OAB usar essa
teoria.
Nesta teoria o momento do evento ou tempo no fato é o momento que nasce a obrigação
tributária (é importante para as duas teorias), ou seja, a realização do fato jurídico tributário.
Para teoria constitutivista: evento só vai ser fato jurídico que vai fazer nascer a obrigação
tributário do lançamento. EX: cobrança do IPTU que ocorre em 25 de fevereiro. Constitui no
presente, mas se reporta ao passado.
Para a declaratória: fato jurídico ocorre na incidência da obrigação tributária, e neste caso o
lançamento irá reportar fato jurídico anterior.
Ou seja, na teoria declaratória, o lançamento apenas declara um fato jurídica já ocorrido. Já
na constitutiva, o lançamento constitui o crédito tributário, que surgiu em evento passado.
*Incidência = subsunção + implicação.
*presença humana.
*Negação do “Senhor onipotente da incidência”
Lei Aplicável ao Lançamento
• Art. 144 – O lançamento (ato-norma) reporta-se à data da ocorrência do “fato gerador”
(tempo no fato – evento);
• §1º. Aplica-se ao lançamento (ato-fato) a lei que tenha instituído novos critérios de
apuração ou fiscalização (mesmo que posterior à ocorrência do “fato gerador”).
Ou seja, diz que vai adotar a lei vigente na época da produção do lançamento se esta lei tiver
ligada ao procedimento de investigação do crédito tributário.
Será aplicada a nova lei se essa for meramente procedimental.
Ex: Qual o momento da norma para OAB? É do momento da saída da mercadoria. Lei vigente
da época na ocorrência do fato gerador.
Tipos de Lançamento
• Por declaração
• De Ofício (verdadeiro lançamento)
• Por homologação
Lançamento por declaração
• Arts. 147 e 148 do CTN
• Norma individual e concreta (lançamento) – produzida pela Administração Pública
(fisco) com base nas informações prestadas pelo contribuinte; ex.: antigo ITR (hoje não
é mais); ICMD; este lançamento está em extinção;
Cabe ao contribuinte passar as informações para a administração pública, mas quem produz
a norma individual e concreta é a administração pública.
Ex: o IR não é exemplo, pois é você quem produz o boleto de pagamento.
Ex.: II quando você volta de outro país trazendo muamba.
Lançamento de Ofício
• Art. 149 do CTN
• Norma individual e concreta (lançamento) – produzida pela Administração Pública;
• Ou porque a lei assim determinou (IPTU, IPVA etc.) ou porque houve algum
erro/omissão/inexatidão;
31/08/2010 - terça-feira
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Lançamento por homologação
• Art. 150 do CTN
• Norma Individual e Concreta – produzida pelo contribuinte. Não é lançamento na
realidade.
• 5 anos para homologar a contar do fato gerador/ocorrência do fato – tácita (se passar
os 5 anos, é homologação tácita) ou expressamente (manda pro estabelecimento
comercial algo expresso. Não acontece normalmente). Prazo decadencial.
A doutrina chama de autolançamento.
Norma Individual e concreta produzida pelo próprio contribuinte.
A administração, após receber as informações do contribuinte, vai homologar. A homologação
pode ser tácita ou expressa. Normalmente vai ser tácita, e considera-se homologado o tributo
após os 5 anos decadenciais.
Ex.: Vendi mercadoria em 12/01/2007. A adm. Tem até 12/01/2012 para cobrar qualquer
irregularidade, passado esse prazo, considera-se homologado tacitamente.
Requisitos para produção do ato-fato do Lançamento
• Agente Público Competente
• Procedimento previsto normativamente
• Motivo do Ato – ocorrência do fato gerador/fato jurídico tributário;
• Publicidade
Ato fato é como fosse o fato gerador. O lançamento é o ato-norma.
O ato-norma tem de ter um motivo para fazer o lançamento, o qual é, diga-se, a ocorrência
do fato gerador.
Elementos do Ato-Norma do Lançamento (Requisitos dentro do documento do
lançamento)
• Descrição do Fato Jurídico Tributário (motivação) – Não basta descrever, é preciso
provar que o fato ocorreu.
• Sujeito Ativo
• Sujeito Passivo
• Conduta-objeto da Relação: Quantum
A falta de um desses requisitos enseja na nulidade do lançamento.
Nulidade do Lançamento
RECURSO DE OFÍCIO
ACÓRDÃO N.º : 287/2003
PROCESSO : 11899808 - CERF - 611/2000 - A. I. 373925-2
EMENTA: EMISSÃO DE NOTA FISCAL DE IMPORTAÇÃO SEM A EFETIVA ENTRADA DAS
MERCADORIAS - AÇÃO PREJUDICADA POR FALTA DE PROVA E MOTIVAÇÃO - EXAÇÃO
IMPROCEDENTE - DECISÃO SINGULAR MANTIDA.
A prova é elemento essencial de toda a acusação, sem ela descabe falar em descumprimento
da legislação e cometimento de infração.
DECISÃO: Conhecido o recurso e, à unanimidade, negado ao mesmo provimento para manter
a decisão de primeiro grau.
20/09/2010 - segunda-feira
27/09/2010 - segunda-feira
25/10/2010 – segunda-feira
16/11/2010 - terça-feira