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Diabetes Mellitus

Diabetes Mellitus
Identificação dos pacientes portadores de distúrbios
endócrinos e metabólicos, fatores predisponentes,
aspectos familiares, culturais e sociais.

Aspectos gerais do atendimento ao paciente diabético:


equipe multiprofissional e suas respectivas atividades.

Caracterização do paciente com Diabetes Mellitus e os mecanismos de


tratamento, metodologia de atendimento.
Principais sinais e sintomas de descompensação do portador de
Diabetes Mellitus.
Diagnósticos de Enfermagem e intervenções de enfermagem.
sedentarismo
Insulinoterapia: aspectos terapêuticos desse fármaco, indicações, formas
de utilização, locais de aplicação e complicações da insulinoterapia.
Assistência de enfermagem ao paciente em cetoacidose metabólica dieta
inadequada obesidade
Profª Ms Maria Cecília Pires da Rocha 1
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O QUE ESPERAR DO DIABETES?

HOJE 177 milhões no mundo .... E ESTIMA-SE 350 milhões de


¾ A expectativa de vida é reduzida em média em 15 anos
pessoas em 2025.
(OMS, 2000) para o diabetes tipo 1 e em 5 a 7 anos na do tipo 2;

HOJE no Brasil são 6 milhões (5,5 milhões possuem ≥ 40 anos). ¾ Os adultos com diabetes têm risco 2 a 4 vezes maior de
(IBGE, 2005)

doença cardiovascular e acidente vascular cerebral;


São 4 milhões de mortes por ano. 2010 estima-se 10 milhões de
pessoas.
(Brasil, 2006) ¾ Apresenta alta morbi-mortalidade, com perda importante
na qualidade de vida. É a causa mais comum de amputações
.... Os custos do tratamento da doença e das complicações são:
com a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal de membros inferiores não traumática, cegueira irreversível e
(Brasil, 2006)
crônica e as cirurgias para amputações de membros inferiores. doença renal crônica terminal.
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ACESSO À
ESSES
CUIDADOS
No Brasil, o diabetes junto com a hipertensão arterial, é
responsável pela primeira causa de mortalidade e de
hospitalizações, de amputações de membros inferiores e
representa ainda 62,1% dos diagnósticos primários em
pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à diálise.
(Brasil, 2006)

perda de produtividade no trabalho


aposentadoria precoce
mortalidade prematura
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PREVENÇÃO PREVENÇÃO

PREVENÇÃO PRIMÁRIA
¾ prevenção de fatores de risco para diabetes: como PREVENÇÃO TERCIÁRIA

sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares não saudáveis. ¾ intensificação do controle de pacientes já diagnosticados para
prevenir complicações agudas e crônicas (HIPERDIA).

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
¾ identificação e tratamento de indivíduos de alto risco para
diabetes e identificação de casos não diagnosticados de diabetes
para tratamento.

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ASPECTOS GERAIS DO ATENDIMENTO AO PACIENTE


DIABÉTICO

¾ Oferecer cuidado a todos os pacientes, com sensibilidade para


“ O cuidado integral ao paciente com diabetes e sua família é um
aspectos culturais e desejos pessoais.
desafio para a equipe de saúde, especialmente para poder ajudar
o paciente a mudar seu modo de viver, o que estará diretamente
¾ Encorajar relação paciente-equipe colaborativa, com participação
ligado à vida de seus familiares e amigos. Aos poucos, ele deverá
ativa do paciente na consulta; criar oportunidades para que o
aprender a gerenciar sua vida com diabetes em um processo que
paciente expresse suas dúvidas e preocupações; reconhecendo
vise qualidade de vida e autonomia.”
os aspectos familiares, econômicos, sociais e culturais que
(Brasil, 2006) podem prejudicar ou facilitar o cuidado.

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ASPECTOS GERAIS DO ATENDIMENTO AO PACIENTE ASPECTOS GERAIS DO ATENDIMENTO AO PACIENTE


DIABÉTICO DIABÉTICO

¾ Estimular que os pacientes se organizem em grupos de ajuda


¾ Avaliar periodicamente o estado psicológico dos pacientes
mútua, como, por exemplo, grupos de caminhada, trocas de
levando em consideração a carga de portar uma doença crônica.
receitas, técnicas de auto-cuidado, entre outros.
Explicitar os objetivos e abordar as implicações de um tratamento
longo e continuado.
¾ Agendar as revisões necessárias e fazer a busca ativa dos
faltosos. Providenciar, se possível, contato telefônico ou visitas
domiciliares por membros da equipe entre as consultas
agendadas.
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EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E SUAS RESPECTIVAS EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E SUAS RESPECTIVAS ATIVIDADES:
ATIVIDADES: MÉDICO CIRURGIÃO DENTISTA

¾ Desenvolver atividades educativas individuais ou em grupo com


os pacientes diabéticos. ¾ Realizar procedimentos clínicos com atenção especial à doença

¾ Realizar consulta com pessoas com maior risco para diabetes periodontal, pelo seu papel no controle glicêmico.

tipo 2, a fim de definir necessidade de rastreamento com glicemia


de jejum.
¾ Solicitar exames complementares, quando necessário.
¾ Orientar sobre mudanças no estilo de vida e prescrever
tratamento não medicamentoso.
¾ Encaminhar os casos que necessitam de uma consulta
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especializada (cardiologia, oftalmologia, etc).

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E SUAS RESPECTIVAS ATIVIDADES: EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E SUAS RESPECTIVAS


ENFERMEIRO ATIVIDADES: ENFERMEIRO

¾ Desenvolver atividades educativas individuais ou em grupo com ¾Orientar pacientes sobre automonitorização (glicemia capilar) e
os pacientes diabéticos. técnica de aplicação de insulina.
¾ Capacitar os auxiliares de enfermagem e os agentes
comunitários e supervisionar de forma permanente, suas atividades. ¾Encaminhar os pacientes portadores de diabetes, de acordo com
¾ Realizar consulta de enfermagem com pessoas com maior risco a especificidade de cada caso (com maior freqüência para
para diabetes tipo 2, abordando fatores de risco. indivíduos não-aderentes, de difícil controle, portadores de
¾ Orientar mudanças no estilo de vida e tratamento não lesões em órgãosalvo ou com co-morbidades) para consultas
medicamentoso, verificando adesão e possíveis intercorrências. com o médico da equipe.

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EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E SUAS


RESPECTIVAS ATIVIDADES: ENFERMEIRO

A inserção de outros profissionais, especialmente


¾ Acrescentar, na consulta de enfermagem, o exame dos nutricionistas, professores de educação física, assistentes
membros inferiores para identificação do pé em risco. Realizar, sociais, psicólogos, e até portadores do diabetes mais
também, cuidados específicos nos pés acometidos e nos pés em experientes dispostos a colaborar em atividades educacionais, é
risco. vista como bastante enriquecedora, destacando-se a importância
da ação interdisciplinar para a prevenção do diabetes e suas
complicações.

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CLASSIFICAÇÃO O QUE É DIABETES MELLITUS ?

CLASSIFICAÇÃO CID 10 “ O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas


E 10- Diabetes Mellitus Insulino-Dependente por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e
E 11- Diabetes Mellitus Não Insulino Dependente insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos,
O 24- Diabetes Mellitus na Gravidez cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de

CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA OU CLÍNICA secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos
específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas
Diabetes Mellitus tipo 1
(produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios
Diabetes Mellitus tipo 2
da secreção da insulina, entre outros.”
Diabetes Gestacional
(Brasil, 2006)
Intolerância à Glicose (pré clínica)
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DIABETES MELLITUS TIPO I

É uma doença auto imune!

No Diabetes Tipo I (DMID), as células do pâncreas são


incapazes de produzir o hormônio. Se não há insulina circulando
pelo corpo em concentrações ideais o nível de glicose circulante fica
elevado.

A solução é injetar insulina subcutânea para que possa ser


absorvida pelo sangue. Não há como fazer as células produtoras de

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insulina no pâncreas retomar sua função endócrina.
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DIABETES MELLITUS TIPO I

O tratamento para o portador deste tipo de diabete é uma


dieta correta e administração de insulina por toda a vida.

A causa deste tipo de diabetes ainda não é conhecida. Fatores


hereditários parecem ter um papel importante, mas o distúrbio, em
geral, nunca é diretamente herdado.

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DIABETES MELLITUS TIPO II DIABETES MELLITUS TIPO II

É uma doença metabólica! No Diabete do Tipo II (DMNID) as células do pâncreas são


capazes de produzir insulina . Mas os níveis de glicose no sangue é
Embora não se conheça a causa do Diabete Tipo II, sabe-se alto devido à incapacidade das células musculares e adiposas
que nesta patologia o fator hereditário tem uma importância bem de utilizarem toda a insulina secretada pelo pâncreas.
maior do que no Diabete Tipo I.
Os pacientes tipo II possuem resistência periférica a
Também há uma relação entre a obesidade e o Diabete Tipo insulina, juntamente com secreção insuficiente de insulinas
II, embora a obesidade não leve, necessariamente, ao Diabete. pelas células B pancreáticas.

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FATORES PREDISPONENTES
(Brasil, 2006)

¾ Idade > 45 anos;


¾ Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25);
¾ Obesidade central (CA: circunferência abdominal >102 cm para
homens e >88 cm para mulheres);
¾ Antecedente familiar (materno ou paterno) de diabetes;
¾ Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg);
¾ Dislipidemia;
¾ História de macrossomia ou diabetes gestacional;
¾ Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos;
¾ Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

.... o grau de risco não está padronizado .... 27

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