Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I. Propedêutica Processual
1. Terminologia Básica:
Conflito de Interesses:
- Conflito Íntimo de Interesses: é aquele conflito íntimo, da própria pessoa. É subjetivo. Foge da
esfera judicial. A pessoa é que tem que resolver.
- Conflito Intersubjetivo de Interesses: é aquele conflito travado entre uma ou mais pessoas. É o
Estado é quem resolve estes conflitos. Este tipo de conflito surge quando há disputa entre
pessoas por um determinado bem. Busca-se a Arbitragem para solucionar o conflito.
- Autodefesa: é uma forma primitiva de solução de conflito de interesses. Nessa categoria estão
o direito de greve, o estado de necessidade. A autodefesa deve ser evitada, pois pode levar a
prática de um crime qualquer. O art. 120 § 1º do CC é um dispositivo de autodefesa.
2
Por Renúncia: substituição da força pela razão. Uma das partes declina de parte ou de todo os
direitos para se compor.
Por Solução Contratual: quando as parte reconhecem a força do outro e as duas partes
renunciam a algo.
Por Arbitragem: A Lei nº 9.307, de 23/9/96 foi que instituiu a Arbitragem no Brasil. Designação
de árbitro para conduzir sentença comum para resolver conflitos. É importante dizer que a
sentença é privativa de um juiz. O Árbitro dá um parecer visando uma proposta de acordo que
contemple os interesses das partes. Caso não seja acatada pelas partes, será submetido ao Poder
Judiciário.
- Lide ou Litígio: Quando ocorre resistência das partes em uma pretensão, surge a lide ou litígio.
A resistência pode ocorrer por contestação, exceção ou reconvenção.(conflito de interesse
qualificado por uma pretensão resistida)*
O Código Penal e o Civil são exemplos de instrumentos válidos para a aplicação do Direito. O
Direito Objetivo precisa de uma norma própria (Código de Processo) para se realizar. O Direito
Processual vem aplicar o Direito Material. Sem isso não se resolveria os interesses em conflito.
O direito Processual não precisa do direito Material para existir. Agora, o Direito
Processual precisa do Direito Processual para atuar. Exemplo: A Ação Cautelar é meramente
processual, não se discute o Direito material controvertido.
3
- Adjetivas: são normas que criam meios de defesa desse direito (são
normas processuais)
1. Divisão Doutrinária:
• Normas Processuais em Sentido Estrito: são as que regulam o processo como tal,
atribuindo poderes e deveres processuais às partes e aos órgãos jurisdicionais. Exemplo: CPP,
CPC).
• Normas Estritamente Procedimentais: as que regulam o modo como devem se
conduzir o juiz e as partes no processo, inclusive a coordenação dos atos que compõe o processo.
- conhecimento
Processo - execução
- cautelar
- Ordinário
- comum
- Sumário
Procedimento
Jurisdição Voluntária
- especial - Leis Extravagantes
** O rito ordinário é mais lento, porém mais seguro. Quem estabelece o rito é a pessoa quem ajuíza a
ação. Isso é feito na petição inicial.
• Normas Congentes: são normas de Direito Público, de caráter obrigatório para as partes.
• Normas dispositivas: são normas mais brandas, quando em certas circunstâncias, sua
incidência, fique na dependência da vontade das partes.
• Quanto aos meios: será gramatical, chamada também de literal, lógica, sistemática ou
histórica.
a) Extensiva: quando o legislador disse menos do que queria ter dito. Cabe ao intérprete
estender a interpretação.
b) Restritiva: quando o legislador disse mais do que queria ter dito. Ao intérprete
cumpre restringir o sentido e o alcance das palavras da lei quando a lei é demasiadamente genérica.
5
A integração se faz pela analogia, costumes e dos princípios gerais de direito, nessa ordem. É
necessária quando a lei apresenta lacuna. Requer pesquisa e formulação de norma aplicação ao confito.
O Princípio da Territorialidade é que vigora e regula a eficácia das normas processuais (Lex
fori). É a lei da jurisdição.
COMPETÊNCIA
- Interna - Praxistas
- Canelutti
- Chioventa
Competência Concorrente: podem ser ajuizadas no Brasil e no Exterior. Se a sentença estrangeira for
homologada pelo STJ antes da prolação da sentença brasileira, o processo interno perde o sentido. Se a
sentença interna for prolatada antes, a sentença estrangeira não cumpre nenhuma função.
LITISPENDÊNCIA: se dá quando se repete ação que está em curso (art. 301, § 3º do CPC
§ 3º Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada,
quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso.
- Precatória: cooperação judicial entre autoridades do mesmo nível judicial. Deprecante: que
expede a carta. Deprecado: quem recebe a carta.
- De Ordem: Se um Tribunal precisa realizar uma diligência por parte do relator. É de uma
autoridade superior para uma autoridade inferior.
e) Prova dos Fatos Ocorridos no Estrangeiro: Será considerada de acordo com a legislação do país.
- Princípios e Regras:
- Princípio da Não escusa: não é lícito a ninguém alegar desconhecimento da lei. Principio
constitucional uma vez publicada existe a presunção de que todos tomaram conhecimento da lei.
- Incidência sobre Processos Findos: lei nova não tem efeito em processos já julgados.
- Incidência sobre processos a serem iniciados: tem efeito a lei nova - incidência total.
- Incidência sobre processos em curso: aplica-se a lei nova desde o início, caso esteja em fase de
instrução.existem 2 situações:1:todo processo regido pela lei nova(começaria tudo de novo) 2:deixa a
parte do processo regida pela antiga lei e passa a usar a nova lei de onde parou.(não revogaria nada)
Considera-se o processo uma unidade.
b) sistema das fases processuais (postulatório, saneamento) – a lei nova não se aplica à fase em
curso. Somente se aplica à fase seguinte.(n admite a retroatividade)
7
c) sistema do isolamento dos atos processuais: já considera os atos isoladamente para fins de
aplicação de lei nova. A lei nova já se aplica ao ato em curso.(atos velhos continuam na lei velha)
- Postulatória;
- Saneamento;
Fases do Processo: - Instrutória ou Probatória;
- Decisória;
- Fase de Execução;
- Fase de Recursal.
- Postulatória;fase que vai da petição inicial ate a resposta do réu que pode vir pela
contestação,exceção(suspeição, impedimento ou incomp. Relativa) ou reconvenção(contra ataque o
acusado alegar contra o réu q o réu alegou contra ele – mérito processual, n pode existir na medida
cautelar salvo no caso do cod.processual art.810) tudo definido pelo juiz
- Saneamento;o juiz convoca uma audiência e tentar conciliar as partes
- Instrutória ou Probatória;fase em q aparecem as provas
- Decisória;fase em que é dada a sentença(pode estar junto com a fase acima)
- Fase de Execução
- Fase de Recursal
CONCEITO DE JURISDIÇÃO
• Função Jurisdicional: (supra partes) - é função soberana do Estado, exercida pelos juízes
e Tribunais, que consiste em dirimir litígios. Obedece ao princípio da inércia( a jurisdição esta sempre
inerte/parada esperando ser provocada).
• Legislar: é editar o direito em tese como norma de conduta que se dirige a todos em geral
e a ninguém em particular.
• Exercer a Jurisdição é dizer o Direito no caso concreto. Ninguém precisa requerer ou
provocar o estado para elaborar as leis ou para exercer a atividade legislativa. o legislador opera na exata
medida das necessidades sociais e coletivas. A Jurisdição, ao contrário, é uma atividade provocada, que
só se manifesta por requerimento (iniciativa) das partes ou dos interessados.
Parte: faz parte da jurisdição contenciosa. Interessado: faz parte da jurisdição voluntária.
8
a) É atuação supra-partes: o juiz está acima da lide, juiz deve ser imparcial. Não possui interesse na
mesma.
b) É atuação em processo: sempre que se provoca uma ação, surge um processo.
c) Atua somente quando a parte ou o interessado requerer: o juiz somente atua quando é provocado.
*palavra parte é própria da jurisdição contenciosa, jurisdição voluntária se refere a interessados
d) Atua substituindo a vontade das partes no processo (jurisdição contenciosa). Uma vez instaurada
a ação, não prevalecerá a vontade das partes, e sim da lei.
e) Em decisão atua com efeito de coisa julgada material: segurança das partes e do Poder Judiciário.
(art. 301 parágrafo 3) da uma segurança necessária as partes, da a definitividade a sentença, sem recurso.
f) Atua declarando a existência de Direitos e realizando-os se for necessário.
(15/03/2010) IV. Finalidade da Jurisdição – poder de julgar, função soberana do Estado exercida pelos
juízes, finalidade de inibir litígios
V. Elementos da Jurisdição
• Poder de Decisão: é o poder que o juiz tem para colher provas no processo, de
conhecer e tornar obrigatória suas próprias decisões. A sentença uma vez proferida, desafia a apelação. A
decisão interlocutória(n encerra o processo) é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão
incidente – recurso cabível: agravo que pode ser retido(se não houver risco para o agravante fica retido
9
nos autos até o encerramento do processo) e de instrumento(risco eminente de um prejuízo)(art. 162 § 2º).
(poder de decisão: conhecer , prover , recolher elementos de prova e decidir) a sentença é o ato processual
em que o juiz encerra o processo resolvendo ou não o seu mérito art 162, 267 e 269 CPC. Nos despachos
não cabe recurso algum art 504.
• Poder de Coerção: (aparece nos atos de execução) é aquele que o juiz pode remover
quaisquer obstáculos para fazer valer sua determinação.
• Poder de Documentação: é o poder de representar por escrito os atos processuais. reduzir a termo -
transformar em escrito
• Investidura: a Jurisdição somente poderá ser exercida por quem estiver legalmente e
legitimamente investido no cargo.
• Indelegabilidade: uma vez investido nas funções jurisdicionais, o juiz deverá
exercer pessoalmente essa função, sendo proibido delegar a função. É indelegável. Na carta Precatória
não há delegação de competência. Apenas cooperação.(art.87)*carta precatória não é delegação de
competência
• Territorialidade: a Jurisdição pressupõe um território para ser exercida, logo uma
Juirsdição não pode ser exercida fora do território fixado a um juiz. A lei que estabelece os limites
territoriais é a Lei de Organização Judiciária. Salvo art. 230- que fica a critério de cada juiz
“nulla Poena sine iudicio” – nula é a pena sem o devido processo legal.
“nullum crimen nulla poena sine lege” – é nulo o crime sem que haja lei anterior que o defina.
- jurisdição penal: aquela que versa sobre lides de natureza penal. Tudo que não
for penal e não estejam em regime especial (militar), é de natureza civil.
- jurisdição civil: é aquela que versa sobre lides de natureza não penal e de
natureza não punitiva.
•
- inferior: é a que se exerce em primeiro grau de jurisdição.
- legal: aquela que nasce da investidura do cargo de juiz com as atribuições de seu
ofício. (Lei de organização judiciária)
- Jurisdição comum (ordinária): aquelas que se atribuem todas as causas que não
estejam destinadas expressamente a jurisdição especial.
- Jurisdição especial: é aquela que tem seu campo de atuação assinalada por lei
própria (Trabalho, Eleitoral, Militar)
• Órgãos Principais: são os juízes e os Tribunais. São os órgãos que têm o poder
de julgar.
• Órgãos Auxiliares: é integrado pelos auxiliares da Justiça: Diretor de Secretaria,
escrivão (os serventuários em geral).
Região ESTADO
1ª Região DF, MG, GO, BA, MA, PA, MT, AM, PI, AC, RO, AP, RR, TO,
2ª Região RJ, ES
3ª Região SP, MS
4ª Região RS, SC, PR
5ª Região PE, RN, CE, PB, AL, SE
A) Conceito:
• Sobre o aspecto legislativo (normativo): conjunto de leis que regem a
Constituição, Condição (disposição) e a atribuições dos órgãos judiciários e seus auxiliares.
Argumentos Contrários:
Argumentos a favor:
- Juízo é o nome técnico que tem o órgão do poder judiciário. Também é a célula do
poder judiciário em 1º grau de jurisdição.
- Juiz é a pessoa física que está dentro do juízo, podendo o juízo ter mais de um juiz.
Critérios e composição.
30/03/2010
Constituição da Magistratura
- Eleição pelo voto popular – critério eletivo. funciona nos EUA, vincula o juiz a sua
base política.
- Nomeação pelo poder executivo após aprovação pelo Poder Legislativo. (Art.
101,104-u) forma de ingresso nos tribunais superiores.
- Escolha por Concurso público de provas e títulos. (art.76) critério mais comum e
democrático e permite o ingresso de pessoas capacitadas para a função de julgar, com conhecimento
jurídicos indispensáveis para o exercício da magistratura. 1º grau federal, local, militar e trabalhista. As
qualidades morais dos candidatos são aferidas por vários modos diferentes (carta de recomendação,
psicotécnico, ) (permite oportunidade igual a todos)
- Por sorteio – tribunal do júri. No Brasil tem esse critério (tribunal do júri)
Garantias da magistratura
Autogoverno da Magistratura
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das
normas deprocesso e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e
o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares
e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional
respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva
jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no
artigo 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de
confiança assim definidos em lei;
c De acordo com a alteração processada pela EC nº 19, de 4-6-1998, a
referênciapassa a ser ao art.169, § 1º.
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores
que lhes forem imediatamente vinculados;
II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor
ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no artigo 169:
a) a alteração do número de membros dos Tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos
juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c Alínea b com a redação dada pela EC nº 41, de 19-12-2003.
c Lei nº 10.475 de 27-6-2002, reestrutura as carreiras dos servidores do Poder
Judiciário da União.
c) a criação ou extinção dos Tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
Supremo Tribunal Federal – criado em 1890. Rege-se pelos seguintes dispositivos constitucionais:
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade, produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal.
c § 2º com a redação dada pela EC nº 45, de 8-12-2004.
c Lei nº 9.868, de 10-11-1999 (Lei da ADIN e da ADECON).
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois
terços de seus membros.
c § 3º acrescido pela EC nº 45, de 8-12-2004.
c Lei nº 11.418, de 19-12-2006, regulamenta este parágrafo.
c Arts. 543-A e 543-B do CPC.
nº 45, de 8-12-2004.
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II – os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício,
por antigüidade e merecimento, alternadamente.
c Lei nº 9.967, de 10-5-2000, dispõe sobre as reestruturações dos Tribunais
Regionais Federais das cinco Regiões.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e
determinará sua jurisdição e sede.
c Parágrafo único transformado em § 1º pela EC nº 45, de 8-12-2004.
c Art. 1º da Lei nº 9.967, de 10-5-2000, que dispõe sobre as reestruturações dos
Tribunais Regionais Federais das cinco regiões.
c Lei nº 9.968, de 10-5-2000, dispõe sobre a reestruturação do Tribunal Regional
Federal da 3ª Região.
18
Juízes Federais
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II – os demais dentre juízes do Trabalho dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da
magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-
lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na
carreira;
II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a
supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de
primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito
vinculante.
c Art. 111-A acrescido pela EC nº 45, de 8-12-2004.
c Art. 6º da EC nº 45, 8-12-2004 (Reforma do Judiciário).
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal
Regional do Trabalho.
c Artigo com a redação dada pela EC nº 45, de 8-12-2004.
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias
e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.
c Artigo com a redação dada pela EC nº 24, de 9-12-1999.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
c Caput com a redação dada pela EC nº 45, de 8-12-2004.
c Súm. nº 736 do STF.
c Súmulas nos 57, 137, 180 e 222 do STJ.
c Súm. nº 392 do TST.
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo
e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado
envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o
disposto no art. 102, I, o;
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho;
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
c Incisos I a IX acrescidos pela EC nº 45, de 8-12-2004.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado
às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção
ao trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse
público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à
Justiça do Trabalho decidir o conflito.
c §§ 2º e 3º com a redação dada pela EC nº 45, de 8-12-2004.
21
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
c Caput com a redação dada pela EC nº 45, de 8-12-2004.
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento,
alternadamente.
c Incisos I e II acrescidos pela EC nº 45, de 8-12-2004.
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo.
c §§ 1º e 2º acrescidos pela EC nº 45, de 8-12-2004.
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
c Caput com a redação dada pela EC nº 24, de 9-12-1999.
Parágrafo único. Revogado. Emenda Constitucional nº 24, de 9-12-1999.
Art. 117. Revogado. Emenda Constitucional
**
Vara do trabalho 114
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito
Federal.
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
22
05/04
“Art. 2° Compõem a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:” (Redação dada pela Lei
nº 8.407, de 10/01/92). Observação: Além das alterações já incluídas, esta lei, a partir do artigo
2º, dispõe sobre a criação da Auditoria Militar do Distrito Federal.
I - o Tribunal de Justiça;
23
II - o Conselho Especial;
III - o Conselho da Magistratura;
IV - os Tribunais do Júri;
V - os Juízes de Direito do Distrito Federal;
VI - os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal;
VII - os Juízes de Direito dos Territórios;
VIII - os Juízes de Paz do Distrito Federal;
IX - os Juízes de Paz dos Territórios.
X - Auditoria e Conselho de Justiça Militar.
a) Relação com a Jurisdição: A competência mantém o mais estreito relacionamento com a jurisdição,
circunstância que não se pode perder de vista, sob pena de se chegar a resultados artificiosos e inexatos.
Ação Idêntica: (art. 301, § 2º CPC): mesmas partes, mesmo pedido, mesma causa de pedir (mesmo
objeto).
• Externa: surge quando a autoridade judiciária brasileira exerce foro de caráter internacional.
Pode ser Exclusiva e Concorrente. Auto-limitação da soberania de um país
• Interna: é aquela que se determina pelos limites das jurisdições, dos mais diferentes órgãos
jurisdicionais de um país. É proibida a litispendência (ações idênticas) critérios abaixo
06/04
• Objetivo: compreende a matéria (natureza da causa)*, valor da causa** (art 258,259, 282) e
condição das pessoas*.
• Territorial ou de Foro **(área territorial de atuação de um órgão jurisdicional): foro geral
(art. 94 CPC) fixado pelo domicílio do réu, foros supletivos (parágrafos do art. 94), foros especiais
situação da coisa: localização do imóvel art.95, 107, em razão da pessoa art. 98, 99, 100 incisos I, II, em
razão dos fatos art. 100 incisos III, V, outros foros especiais art. 100 inciso IV
• Funcional *: Somente será determinada com processos em andamento. Plano horizontal
mesmo grau de jurisdição, Plano vertical subir de um grau de jurisdição inferior para outro grau superior.
*comp. Absolutas (improrrogáveis)
**comp. Relativas (prorrogáveis)
Regra do Art.94- foi feita Para evitar que o réu pudesse evitar despesas e incômodos
Competência Absoluta: quando não pode ser modificada nem por vontade das partes nem
por conexão ou continência. É quando a competência é determinada em vista do interesse público; é
quando a lei não admite a sua modificação, pelo que ela é improrrogável. (não são argüidas por meio de
declaração de exceção.) Abrangência: matéria, condição das pessoas e funcional (também chamada de
hierarquia). (o juiz se declara incompetente) são inderrogáveis porque são absolutas.(continua no mesmo
processo)
Competência Relativa: quando pode ser modificada por vontade das partes (conexão).
Abrangência: territorial e valor. Se não for argüida ocorrerá a prorrogação são derrogáveis porque são
relativas. (Abre um novo processo)
Obs: Caso o réu não faça a argüição da competência do foro, acontecerá a prorrogação (admissão do
juízo) em fórum distinto.
• Relativa: A declaração de incompetência relativa deve ser argüida por meio de exceção (art.
297 do CPC), que provoca a suspensão da ação. (depende de uma previa argüição de competência, uma
prévia do foro)
d.7)! Prorrogação de competência: é o fenômeno pelo qual o juiz tem ampliada a sua
competência, para atuar num processo para o qual, em princípio, seria incompetente. a competência que
pode ser ampliada é tão somente a competência de foro ou territorial. A competência pode ser prorrogada
por vontade das partes (voluntária) ou por determinação da lei (legal): (só é possível nas relativas)
26
definição: Fenômeno processual pelo qual um juiz incompetente torna-se competente (critério
determinativo de competência)
• Prorrogação Voluntária (vontade das partes): ligada ao poder dispositivo das partes. Esta, por
sua vez, pode ser Expressa ou Tácita.
* Expressa (art. 111 CPC): as partes podem modificar por acordo, em razão do valor e do
território, elegendo o foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.(convenção das
partes)
* Tácita (art. 114 CPC): se dá pelo silêncio do réu ou pelo acordo do réu.(renunciou a
exceção)
• Prorrogação legal (por determinação da lei): o legislador, por motivos de ordem pública,
dispõe sobre a modificação. (Submissão do demandado ao foro incompetente) art. 108. A submissão do
demandado ao foro incompetente. (Art.800 – medidas cautelares)
d.8)! Prevenção (art. 106 CPC) (vir antes) é o fenômeno segundo o qual o juiz que primeiro
tomar conhecimento da causa tem sobre ela firmada a sua competência, com a exclusão de todos os
demais. Juiz prevento é o que primeiro tomou conhecimento da lide, sendo, por isso, o competente para
julgá-la. A prevenção firma competência de um juiz que já era competente, segundo as regras gerais da
competência, pelo que não se inclui entre critérios de determinação da competência (art. 107 do CPC e
art. 83 do CPP). Significa vir antes (prevenir).
Definição do prof.(-fenômeno processual pelo qual dada a existência de vários juízes igualmente
competentes firma se a competência daquele que em primeiro lugar tomar conhecimento da causa.) (n
determina competência apenas firma-se a competência de um dos juízes já competentes), para que haja
prevenção as ações devem ser idênticas (quando tem as mesmas partes, causa de pedir e
pedido(objeto)art. 301 SS 2º). Veio para prevenir fraudes. Art. 106(“cite-se” despacho que firmará a
prevenção)
“Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a
coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e
interrompe a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
§ 3o Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa)
dias.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)
Causas Idênticas (art. 301, §2º): mesmas partes, mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
Prorrogação Prevenção
Critério determinativo de competência. Firma-se a competência de um juiz que já competente.
d.11) !Conexão (noção): (objeto ou causa de pedir(motivo))é o vínculo entre duas ou mais
ações, por terem um elemento ou dois elementos comuns, a ponto de exigir que o mesmo juiz delas tome
conhecimento. Duas ações são conexas, quando um ou mais de seus elementos são idênticos; o elemento
“parte” não chega por si só a estabelecer uma conexão (art. 103 do CPC).
Qual o motivo que atrai as causas conexas para serem decididas simultaneamente?
R: motivo de ordem privada – economia de tempo e dinheiro. Para ser mais rápido e menos oneroso.
d.12) !Continência (art. 104): é uma espécie do gênero conexão de causas. Dá-se a
continência (art. 104, CPC) entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. (está em desuso) motivo de
ordem pública – evitar sentenças contraditórias. Serão continentes quando entre elas houver a comunhão
por partes ou causa de pedir. Toda causa continente é conexa. Ex: dívida
“CPC:
Art. 102 - A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se
pela conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes.
Art. 103 - Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto
ou a causa de pedir.
Art. 104 - Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo,
abrange o das outras.
Art. 105 - Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes, pode(deve) ordenar a reunião de ações propostas em separado,
a fim de que sejam decididas simultaneamente.”
Art. 106 - Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma
competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro
lugar. (** Neste caso, onde o juiz despachou “cite-se” em primeiro lugar ).
Art. 107 - Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca,
determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a
28
d.14) Foro e Juízo: entendimento: Foro (território, célula do poder judiciário em 1º grau de
jurisdição)(área da competência territorial de uma região)é o lugar onde deve ser proposta a demanda, ou
seja, a sede da lide, ou, ainda, o lugar onde se tratam as questões judiciais. Não se confunde com Juízo
(pessoas)(competência em razão da matéria), que é uma unidade que se coloca dentro do foro competente.
Conjunto firmado pelo juiz e os funcionários encarregados do processamento de determinada causa.
Causa de Pedir: é o ato ou o fato que fundamenta a pretensão. É o pedido que se apresenta ao Estado
por meio da jurisdição.
Pedido (art. 282, inciso IV): é o que se pede. É o bem material ou imaterial pretendido
pelo autor.
O pedido pode ser imediato ou mediato:
- Imediato: é a prestação jurisdicional. É a sentença que se deseja ter. (quando na petição
se pede pela procedência do pedido; pela condenação)
- Mediato: é o bem material ou imaterial pretendido pelo autor (quando na petição se
pede o bem material ou imaterial.
Petição Inepta:
→ Abraçando a generalidade dos juristas, até meados do → Ações meramente declaratórias, em que o pedido não tem por
Séc. XIX, inclusive dos brasileiros. base um direito subjetivo violado, senão o interesse à simples
declaração da existência ou inexistência de uma relação jurídica.
→ Séculos após a Concepção Romana, surgiu a Doutrina Também as ações meramente processuais.
Civilista ou Clássica, que encontrou seu maior
desenvolvimento em Savigny, seguido por juristas DÍVIDA DE JOGO OU APOSTA (obrigação natural): Art. 814 do
internacionais e brasileiros, até meados do Século XIX. CC
→ A ação era o próprio Direito Subjetivo Material a reagir → Ninguém pode ser demandado por dívida de jogo ou aposta,
contra a sua violação ou ameaça de violação (Só existe porque, para os efeitos civis os considera atos ilícitos, salvo os
direito de ação se houver um direito a tutelar). reconhecidos (Art. 814, caput do CC). Não existe nem ação.
→ O que caracteriza essa teoria é que a ação se pretende, → Entretanto, paga voluntariamente a dívida de jogo, ou
indissoluvelmente, ao direito que por ela se tutela. proveniente de aposta, não pode mais ser cobrado (de volta) o que
se pagou (Art. 814, caput do CC). Este pagamento é irrepetível por
→ Segundo Savigny, a ação era Direito Subjetivo Material se tratar de obrigação natural (Art. 882 do CC); Existe direito
em movimento, como conseqüência de sua violação; mas não existe ação.
metamorfose do Direito Subjetivo Material.
→ Logo, em se tratando de jogo:
→ A todo o direito corresponde uma ação que o assegure. Não há direito nem ação;
Há direito mas não há ação, pois o interessado não pode
Principais Seguidores: pedir de volta (Art. 815 do CC).
- ÜNGER: D. Subj. Mat. Em pé de guerra, reagindo contra
a sua ameaça ou violação; Diferença entre Jogo e Aposta:
- BEVILÁQUA: Elemento constitutivo do D. Subj.
Material; Jogo: Os competidores desempenham ativo papel, concorrendo
- MATTIROLO: d. Subj. Material elevado à segunda assim com a própria atuação para o êxito ou para o insucesso final.
potência; Aposta: Quando o acontecimento decisivo depende de ato incerto
- T. FREITAS: Direito de fazer em juízo um Direito de sua vontade, cujo conhecimento era duvidoso.
Subjetivo;
- VINNIUS: Direito Subjetivo Material em exercício.
- FILOMUSI GUELFI: Uma posição do direito.
Observação:
Importante:
→ Estabeleceu a distinção entre Direito subjetivo Material
e Direito de Ação (fruto da polêmica criada com
Windscheid.
TEORIA DE WACH (Teoria da Ação como AÇÃO COMO SENDO DIREITO A UMA SENTENÇA
Direito Concreto à Tutela Jurídica ou Teoria do FAVORÁVEL
Direito concreto de Agir):
→ Anos depois, em 1885, Adolpho Wach, um dos → Logo, a sentença ficaria dependendo de requisitos de
fundadores da processualística contemporânea, direito material e de direito processual (condições da ação e
contribui com a demonstração de um dos caracteres pressupostos processuais), sem os quais não se concebe
do direito de ação, o da sua AUTONOMIA. uma tal sentença e não haverá ação.
→ A ação é um direito autônomo, no sentido de que → Confunde, assim, direito de ação com direito subjetivo
não tem, necessariamente, por pressuposto, um direito material.
subjetivo violado ou ameaçado. “O Direito de Ação
independe da existência do direito Subjetivo → E se a sentença não fosse favorável? Não haveria
Material”. direito? A doutrina não responde.
31
TEORIA DA AÇÃO COMO DIREITO → Existem direitos potestativos? O direito ao qual não
POTESTATIVO (Giuseppe Chiovenda): corresponde uma obrigação?
- R: A doutrina, em regra, não definiu a existência desse
→ Coube a Chiovenda, que se proclama discípulo de direito.
Wach, formular discutida e engenhosa teoria. A Ação
é um direito autônomo, conforme proclama a doutrina → O direito de ação é contra o Estado e não contra o
alemã, desde Wach. Mas, diversamente deste, para o adversário.
mestre italiano, a Ação não se dirige ao estado, mas
contra o adversário, ou mais precisamente, em relação → “Direito contra o Estado” significa que o Estado é
ao adversário, sem que este possa obstar aquele efeito, obrigado em face do titular do direito. (O Estado seria o
de fazer funcionar a atividade jurisdicional do Estado. sujeito passivo da ação).
→ Seria um direito ao qual não caberia nenhuma → A manifestação de vontade do titular do direito de ação,
obrigação. provocando a jurisdição, é suficiente para que esta entre em
atividade,a tuando a vontade da lei em relação ao
→ Logo, é direito de provocar a atividae jurisdicional adversário, sem que este possa impedir que a atividade
contra ou em relação ao adversário, o qual nada pode jurisdicional se exerça.
fazer a fim de evitar o efeito jurídico a favor do autor.
→ “Além de contrapor-se à própria tradição jurídica de que
Observação: todo direito corresponde a uma obrigação, Direitos
Potestativos configurariam uma classe de normas que tão-
→ Conforme esta teoria, o direito de ação tem caráter somente atribuiriam direitos ao seu titular, o que é
privado ou público, segundo a lei cuja atuação produz, inconcebível”. (Crítica de Alfredo Rocco).
seja de natureza privada ou pública.
Data: 03/05/2010
b) Causa de Pedir(Causae petendi) = motivo (art. 282 inciso III): é a exposição inicial do fato a que o
autor atribui a produção do efeito jurídico por ele afirmado. É o motivo pelo qual está pedindo tal
providência. A causa de pedir pode ser Remota ou Próxima.
• Remota: fato gerador do direito, modo de aquisição do domínio, você expõe os fatos.
• Próxima: os fundamentos jurídicos, a natureza do direito controvertido, o motivo,
quando você expõe o vício
c) Objeto: é o que o autor solicita que lhe seja assegurado pelo órgão jurisdicional (é o pedido do
autor) – bem material e bem imaterial. O objeto pode ser Imediato e Mediato.
• Objeto Imediato: é aquele que se refere a tutela jurisdicional. É a sentença que se deseja
ter. natureza instrumental (processual) dirigido ao juiz se refere a prestação jurisdicional. (finalidade da
ação
• Objeto Mediato: se refere a providência de caráter material (bem pretendido pelo autor),
pedido, pretensão do autor.
Relembrando:
Duas Ações Idênticas (art. 301, § 2º, CPC): mesmas partes, mesmo pedido, mesma causa de pedir
(mesmo objeto). Quando isso ocorre, é chamado de Litispendente. Se houver essa coincidência, a solução
será dada pela Prevenção.
II. Condições da Ação:
a) Conceito: são os requisitos que uma ação deve ter para que se profira uma sentença de mérito.
- Condição da Ação: são as condições necessárias para que se profira uma sentença de mérito. Tem que
estar presente no início, meio e fim da ação.
. Matéria de Mérito → Mérito Matéria de Mérito.(só chegará nessa fase passando pelas outras 2
’ acima)
Obs: Somente haverá exame do mérito se estiverem presentes: a Matéria de Processo e a Matéria de
Ação (requisitos preliminares que poderão impedir o julgamento do mérito).
A) Possibilidade Jurídica do Pedido (ART. 295, Parágrafo Único): consiste na prévia verificação que
incumbe ao juiz de fazer na inicial sobre a viabilidade jurídica da pretensão deduzida pela parte em face do
direito positivo em vigor. Aspecto processual, vinculada ao pedido imediato
35
O Pedido tem que guardar uma sintonia lógica com a causa de pedir. A impossibilidade do pedido
deve ser identificada de imediato.
Exemplo de Impossibilidade Jurídica: Pedir divórcio antes de 1977 (naquela época não existia a lei
do divórcio).
PROVA
Distinção entre impossibilidade do pedido mediato e imediato
- Mediato: impossibilidade jurídica de direito material, indeferimento fará a coisa julgada material. é o bem.
É o direito material contravertido. É aquele dirigido ao réu.
- Imediato: de natureza processual, apreciação de uma das questões da ação. é aquele que se dirige ao órgão
Jurisdicional. É a sentença que se deseja ter.inciso III
B) Interesse Processual: É o interesse na composição da lide, interesse que move a ação, de natureza
processual que consiste na necessidade de obter uma providência jurisdicional quanto ao interesse
substancial, contido na pretensão.Exemplo: Cobrar uma prestação alegando atraso, sendo que a mesma
somente irá vencer no futuro.
A conseqüência é a Declaração de carência de Ação, com a respectiva extinção da Ação.
Não haverá interesse processual quando o rito processual for inadequado. Exemplo: Tenho um cheque
devolvido. Assim, tenho um título executivo.
C) Legitimidade: A Legitimidade é a titularidade ativa e/ou passiva de uma ação. A Legitimidade pertence
às partes: o autor e o réu. São sujeitos da lide. A Legitimidade pode ser:
• Ordinária: é a que decorre da posição ocupada pela parte como sujeito da lide - sujeito
ativo (autor) e sujeito passivo (réu), os titulares da ação.
• Extraordinária: quando alguém está legalmente legitimado para em nome próprio
defender direito alheio. Legitimidades que decorrem da Lei. Chamadas doutrinariamente de substituição
processual. Exemplo: MP ajuíza ação para defender os interesses de um terceiro.
Autoridade Coatora: é quem tem poder de rever a decisão que motivou o mandato de segurança.
III. Carência da Ação: A falta dos requisitos da Ação que provoca a carência da Ação. É a extinção da
Ação sem o julgamento do mérito, não impede que se renove a ação. Diferente de Impossibilidade do
pedido as condições da ação estão presentes, definitivo
a) Quanto à Tutela Jurisdicional Invocada: As ações serão de conhecimento invocam uma tutela
juridicional do mesmo nome, e um processo de conhecimento que reclama a existência de uma lide,
cognição ou conhecimento – trabalho intelectual; do juiz no exame da causa (declaratórias – art 4º do CPC
o bem pretendido é a simples certeza, que virá por intermédio da sentença declaratória, pedidos mediatos e
imediatos se confundem, constitutivas – além da declaração do direito da parte modifica ou extingue uma
situação jurídica anterior, criando uma situação jurídica nova e condenatórias – aquelas que visam a uma
sentença de condenação do réu a uma prestação, o que caracteriza é a imposição de uma sansão, são
também declaratórias pois antes de condenar precisa declarar o direito, existência de um direito subjetivo
material violável) executivas (ou de execução) ou cautelares. Gera um processo de mesmo nome:
• Ações Executivas: tem por pressuposto um título executivo extrajudicial ou, as vezes,
judicial (não são expedidos por um magistrado)
• Ações Cautelares: geram ações cautelares.
• Declaratórias
• Constitutivas
• Condenatórias
Ações Executivas: são aquelas ações que visam a execução de título executivo extra judicial ou são aquelas
ações que provocam providências jurisdicionais de execução.
- Ações Cautelares Inominadas: São aquelas que não estão previstas no CPC.
• Prejudiciais: são todas as ações que versem sobre estado de família. Exemplo:
divórcio, posse e guarda de menor, investigação de paternidade.
• Reais: aquelas que visam a tutela de direitos reais. São direitos que as pessoas exerce
diretamente sobre o bem/coisa regulando seu uso gozo.
• Pessoais: aquelas que visam a tutela de obrigações pessoais. Dever que uma ou mais
pessoas tem para com outras pessoas.
c) Quanto ao Objeto: é aquilo que se deseja obter da ação. São Mobiliárias e Imobiliárias.
- Distinção:
- Objetiva:
- 1º Pedido 2º Pedido
Sucessiva Defere Aprecia
Eventual Indefere Aprecia
- Identidade de Competência: que seja competente o juiz para conhecer deles o mesmo
juízo.
Observação: Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admite-se a
cumulação se o autor empregar o procedimento ordinário. Este é o rito mais qualificado, pois é o
mais completo e não causa nenhum prejuízo para o Réu.
A regra: sempre há coincidência onde o Réu é parte na relação material e na relação processual. Da
mesma forma o Autor é parte na relação material e na relação processual. Toda Ação tem como relação o
direito material contravertido.
39
Direito Processual: é o ramo jurídico do direito público que reúne os princípios e normas que
dispõem sobre a jurisdição, que é o ato através do qual o poder judiciário se pronuncia sobre o objeto de
uma demanda.é o Código que prevê o rito e a forma forma processual.
a) Sujeitos da Relação Processual: Segundo Henrique Túlio Liebman, processo é um drama que move
pelo menos duas pessoas: Autor e Réu. Autor é aquele que pede a contraprestação jurisprudencial e Réu é
aquele contra se pede. São sujeitos da Relação Processual.O juiz também é sujeito da Relação Processual,
mas não é parte. O juiz é o sujeito imparcial desta relação processual. As partes são sujeitos parciais da
relação processual. Os sujeitos principais da relação processual são o autor e o réu. Será possível que um
processo se mova apenas com o impulso processual? – Não, as partes desenvolvem importante papel na
instauração da relação processual entre as partes. Outras pessoas exercem papel importante na relação
processual (que não são parte): testemunhas, advogados, peritos, oficiais de justiça, etc.
Data: 15/04/2008
...continuação...
COMPOSIÇAO SUBJETIVA DO PROCESSO
Relação processual J
Bem em litígio pode ser alienado. Art. 42 do CPC. Se o bem for vendido, a relação material se
transfere do réu para o comprador.
Relação processual
A relação processual R
rel. material
40
C
C - comprador
c) Conceito tradicional de parte – partes são os sujeitos da relação jurídica material deduzida em juízo
(está ultrapassado) (teoria civilista) (parte substitutiva processual, não tem haver com o processo inicial, é
chamada para o réu n ter prejuízo , caso seja “inocente” ex: da Bárbara e Viviane)
d) Conceito moderno de parte – partes são as pessoas que pedem (autores) ou em relação às quais se
pede ou contra as quais se pede a tutela jurisdicional. As pessoas que pedem, o fazem por si só (capazes) ou
por seu representante legal (incapazes). Quem pede são as pessoas não o seu representante (não é parte nem
substituto processual). Quem pede é o incapaz, representado pelo representante.(advogado não é
considerado substituto processual)
e) Conceito de Chiovenda – parte litigante é aquele que pede em seu próprio nome ou em cujo nome é
pedida a atuação da vontade da lei e aquela em face de quem ou contra quem essa atuação é pedida.
- contraditório – ao ataque deve ser assegurada a respectiva defesa. Possibilidade de defesa do réu, o juiz
deve dar ao réu a possibilidade de se defender, réu irá responder a ação se ele quiser.
- Conceito: a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não os seus direitos. Facultas agendi – liberdade
de apresentar ou não a lide em juízo. Esse enaltece a relevância que adquire a vontade das partes na
41
instauração e no desenvolvimento do processo. A autodinâmica é o impulso oficial (do juiz). Existem atos
que só cabem às partes, como por exemplo, desistência da ação. No processo trabalhista o poder dispositivo
é o mesmo, exceto no que diz respeito ao funcionário estável em virtude de regulamentação específica. Na
área penal o poder dispositivo é limitado. Como regra pode-se considerá-lo inexistente. Porém, nos casos de
ação decorrente de queixa ou condicionada a representação estaria, em tese, envolvido um poder
dispositivo.
- Necessário: quando as partes não podem dispensar a sua formação. Podem ocorrer por disposição de
lei.
- Facultativo: é aquele cuja formação ocorre pela manifestação da vontade das partes. Não há
obrigatoriedade das partes.
iv. Quanto aos efeitos da Sentença a ser proferida: Será Unitário (Uniforme) ou Simples (Não
Unitário).
- Unitário (Uniforme): quando, por disposição de lei, ou pela relação jurídica, a decisão tiver que ser
idêntica para todos os litisconsortes. Exemplo: anulação de casamento - A decisão será idêntica para ambos
os cônjuges. *todo necessário é uniforme (usocapião é necessário, porém simples nos efeitos da sentença)
- Simples (Não Unitários): quando a decisão não deva ser necessariamente idêntica para todos os
litisconsortes. Cumpre esclarecer que o litisconsórcio não precisa ser do tipo necessário para que seja
necessariamente unitário, podendo também o facultativo determinar uma sentença idêntica para todos os
litigantes. *facultativo é simples quanto os efeitos da sentença.
Art.46
V – SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL – a parte age em nome próprio defendendo o direito alheio, não
pode ser convencional, tem que ter previsão legal, o substituto processual é parte (no sentido processual
pois estará defendendo em nome próprio direito material de outrem). Sempre que houver a transferência da
relação processual sem afetar a relação material estamos diante da substituição processual.
Art. 6º do CPC:
“Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando
autorizado por lei.”
Conceito: é o fenômeno em que se litiga em nome próprio, mas na defesa ou interesse alheio.
O Substituto Processual é parte, mas só no sentido processual. A relação material, neste caso, não
está presente.
Resumo: é o fenômeno se litiga em nome próprio, mas na defesa de direito ou interesse alheio
(legitimidade extraordinária). Ocorre quando alguém está legitimado a atuar no processo em nome
alheio. Ex. MP na defesa de interesse de incapazes, denunciante e denunciado, gestor de negócios
alheios. o substituto processual só é parte na relação processual
A relação processual é transferida sem afetar a relação substancial ou material.
Distinção da figura da representação: enquanto na substituição o subst. Age em nome próprio, na
representação o representante age em nome do representado.
O substituto processual é parte (no sentido processual). Já o representante não é parte, mas apenas
representante da parte que é representada.
Art.264, 41, 42
b) Substituição de parte(inverso da substituição processual) – nesta a relação substancial ou material a
relação material é transferida sem afetar a relação processual. (art. 264 CPC) Estabilização da relação
processual. Feita a citação, a substituição de uma parte dependerá da aceitação da outra. O bem litigioso é
de livre disposição (art. 42), sendo a relação material transferida ao adquirente do bem. Embora não seja
parte o titular do direito material é tratado como parte tecnicamente.
Distinção entre substituição de parte e substituição processual: enquanto na subst. de parte a relação
substancial ou material é transferida sem afetar a relação processual, na subst. processual a relação
processual é transferida sem afetar a relação substancial ou material.
c) Sucessão de parte – nesta situação ocorre uma modificação subjetiva da lide: inter vivos (em caso
de transferência de bem ou direito art.42 com alienação do bem ou do direito litigioso SS 1º ) ou causa
mortis (quando o direito for transmissível (n for personalíssimo), ocorre com a morte de uma das partes)
d) Substituição de procuradores processuais (advogados) – pode ocorrer em várias situações no curso
do processo. Por iniciativa das partes (art. 44 CPC), do advogado (art. 45 CPC) ou por motivo de força
maior que impeça o advogado de continuar patrocinando a causa (morte, doença, aposentadoria, perda do
jus postulandi (habilitação profissional) (art.265 inciso I e SS 2º )
Pessoas naturais – capacidade de fato, de poder agir por si só. É a capacidade de exercer por
si só os direitos e deveres processuais (art. 7 CPC) – a)representação judicial dos incapazes (art. 8);
b)representação judicial do preso e do revel (art. 9) – o preso tem dificuldade de praticar atos da vida civil
e o revel fica em situação difícil (citação por edital e por hora certa são fictas ou presumidas); tem direito a
curador especial exclui a revelia. A nomeação do curador especial não exclui a intervenção do MP;
c)intervenção do MP obrigatoriedade (art. 82 CPC); d)conseqüências da falta de capacidade processual
(incapaz estar em juízo sem a necessária representação) e da irregularidade de representação (um incapaz
representado por quem não é seu representante legal; inventariante dativo (nomeado pelo juiz cuja
inventariança recai à pessoas estranhas a herança, só tem poderes para conduzir o processo, n pode
representar em juízo o inventário), art. 12, 1º): conseqüências art. 13 CPC.
MORFOLOGIA DO PROCESSO
Processo: a autonomia do processo ocorreu somente a partir da segunda metade do séc. XIX.
O processo não é um ato isolado ou vários atos praticados a talante dos sujeitos
envolvidos nessa operação, mas um conjunto de atos harmônicos, coordenados, sujeitos a uma
disciplina que resulta da lei. Se o processo se realiza para a aplicação (jurisdicional) da lei, ele
próprio é regulado pela lei. O procedimento é o modus operandi do processo. Aqueles atos
46
c) Procedimento Comum: procedimento previsto no CPC para todas as demandas às quais a lei
não contemple procedimento especial. Pode ser ordinário ou sumário. Art. 272
d) Ritos Especiais: são as formas de procedimentos para a obtenção da tutela jurídica quando ao
legislador pareceu ser inadequada a forma ordinária ou algumas regras jurídicas.
CPC (jurisdição voluntária ou contenciosa) ou leis extravagantes
f) Procedimentos nas liquidações (arts. 475-A e 475-E do CPC): existem duas formas:
líquida= fixa o valor da condenação – ilíquida=
(...)
PROCEDIMENTOS
Comum Específicos
Processo - Arresto;
Cautelar - arts. 801 a 803 - Seqüestro; Ações Típicas ou
- Caução; nominadas
- Busca e Apreensão
Art. 798 - Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código
regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas
provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma
parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de
difícil reparação.
Art. 799 - No caso do artigo anterior, poderá o juiz, para evitar o dano,
autorizar ou vedar a prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial
de pessoas e depósito de bens e impor a prestação de caução.
a) Lógico: o legislador deve usar formas tais que propiciem uma melhor apuração
da verdade.
b) Jurídico: deve-se dar às partes, no processo, igual oportunidade. Nunca se deve
construir um processo de desequilíbrio das partes. Art.125 inciso I
c) Político: na elaboração de um sistema processual, deve haver o menor sacrifício
possível da liberdade individual. Não devem ser usadas, excessivamente, medidas de constrição à
liberdade das pessoas, senão apenas as indispensáveis à consecução das finalidades do processo.
d) Econômico: é o princípio da economia processual, segundo o qual o processo
deve ser constituído com o menor dispêndio possível de tempo e dinheiro. O processo deve ser,
tanto quanto possível, barato.
Ao tempo das legis actiones, o sistema era inteiramente oral, como também oral
era o antigo processo germânico. O sistema anterior ao Código de Processo Civil de 1939, ao
contrário, era inteiramente escrito. Também o sistema adotado pelo Código de Processo Civil de
1939, segundo Lopes da Costa, era escrito, embora muitos lhes contestassem a afirmação.
(...)
(...)
(...)
(...)
proferir a sentença com as partes, com as provas e com seus advogados, sem intermediários.
Exemplos no CPC:
(...)
(...)
(...)
(...)
a irrecorribilidade é relativa, ou seja, apenas algumas decisões interlocutórias são recorríveis e elas
estão elencadas no art. 581 do CPP. O recurso cabível na área Penal é denominado no sentido
estrito. vigora Na área Trabalhista, vigora de forma absoluta o princípio da irrecobilidade.
(irrecorríveis podendo serem apreciadas pelo recurso ordinário) não vigora na área cível, pois
nessa área é passível de recurso (agravo). Vigora de forma relativa na área penal, pois há um
dispositivo (art 581 cpp)
(...)
Pública pode dar origem a um processo social conforme o seu objeto (interesse público); como
pode, segundo também seu objeto, dar origem a um processo coletivo (interesse de um grupo,
categoria ou classe).
DINÂMICA DO PROCESSO
I. O Impulso Processual: O processo possui uma dinâmica processual (movimento). Ele tramita
em fases que são os atos processuais. É o impulso processual que assegura o movimento da relação
processual até a sentença.
Conceito: atividade que visa obter o movimento progressivo da relação processual (Chiovenda);
fenômeno em virtude do qual se assegura a continuidade dos atos processuais e seu
encaminhamento à Decisão definitiva (Eduardo Conture).
II. Autodinâmica e Heterodinâmica: ora está a cargo do juiz, ora está a cargo das partes.
Princípio da Causalidade dos Atos Processuais: um ato processual provoca o outro ato processual.
a) Tempo: é o momento adequado para a prática dos atos processuais, sob pena de
preclusão (temporal, lógica e consumativa*)
b) Prazo: é a fração ou delimitação de tempo, dentro da qual deve ser praticado o ato
processual.
c) Termo: São limites ou marcos que determinam a fração chamada prazo. Termo
também é definido como redução da declaração em texto escrito. (termo inicial – intimação, not. citação e
termo final) expressão escrita dos atos processuais. (reduzir a termo)
a) Prazo Dilatório: são aqueles previstos em norma dispositiva (normas que não obrigam às
partes). Ex.: prazos para arrolar testemunhas, etc. (art. 181 do CPC):
“Art. 182 - É defeso (proibido) às partes, ainda que todas estejam de acordo,
reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas
onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por
mais de 60 (sessenta) dias.
Parágrafo único - Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o
limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.”
c) Prazo Judicial: quando os limites dos prazos ficam a critério do juiz ou pelo
Tribunal.
e) Prazo Comum: aquele que transcorre para ambas as partes ao mesmo tempo.
Como regra corre em Cartório ou na Secretaria da vara. Se o prazo é comum, os autos não poderão
ser retirados do Cartório.
f) Prazo Individual (ou Particular): aquele que transcorre apenas para uma das
partes.
V. Contagem dos Prazos: a regra geral para contar está escrito no art. 184 do CPC:
(...)
Exemplos de Prazos:
(...)
c) Prazo em Horas: é contado de hora a hora (art. 190 e 196 do CPC): termina na
hora correspondente ao seu término.
56
d) Prazo em Dias: termina com o horário de fechamento dos protocolos dos Fóruns
(art. 197 do CPC):
“Art. 195 - O advogado deve restituir os autos no prazo legal. Não o fazendo,
mandará o juiz, de ofício, riscar o que neles houver escrito e desentranhar as
alegações e documentos que apresentar.”
f) Prazo em Anos: termina na data correspondente ao ano que vai terminar. Ex.:
Ação Rescisória começa a contar depois de dois anos. Considerando o período de 12 meses
contados aos dias e meses correspondentes do ano seguinte. (prazo para ação rescisória) –
prazo decadencial.
OBS: Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do início ou no imediato se faltar
correspondência exata.
Art.191*
A citação poderá ser realizada também da seguinte forma, conforme dispõe o art.
221 do CPC:
** Pergunta de Prova:
I. Conceito: é o ato do juiz que encerra o processo com ou sem resolução de mérito.
Pergunta de Prova:
a) Requisitos:
- Quanto à Inteligência do Ato: Para que a sentença possa ser bem cumprida, deve possuir
clareza e precisão, para que seja bem entendida e cumprida. A precisão está definida no art. 460,
parágrafo único do CPC: embargos declaratórios (poderão ser postos sempre que houverem
ambigüidades na sentença) sentença deve ser certa, limitada ao pedido. Art.128
- Constitutivas: são aquelas sentenças que, além do elemento declaratório, criam, modificam
ou extinguem uma relação jurídica ou situação jurídica qualquer, criando uma situação jurídica
nova.
- Declaratórias: são aquelas que, além do elemento declaratório, impõe ao réu o cumprimento
de uma prestação/sanção.
07/06/10
“Art. 268 - Salvo o disposto no Art. 267, V, a extinção do processo não obsta
a que o autor intente de novo a ação. A petição inicial, todavia, não será
despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos
honorários de advogado.
Parágrafo único - Se o autor der causa, por três vezes, à extinção do
processo pelo fundamento previsto no nº III do artigo anterior, não poderá
intentar nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada,
entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.”
Obs: A extinção de processo por meio de coisa formal poderá ser repetida. Já a extinção de
processo por meio de coisa material não poderá ser repetida.
c) Coisa Julgada material: circunstância de não mais poder o mesmo conflito ser submetido à
apreciação do Poder Judiciário. Opera no processo que foi julgada ou em qualquer outro. Coisa
julgada material é a impossibilidade de modificação da sentença naquele mesmo processo ou em
qualquer outro. Depois de formada a coisa julgada, nenhum juiz poderá concluir de forma diversa,
por qualquer motivo. Em princípio, apenas as sentenças que tenham decidido a disputa existente
entre as partes (mérito) fazem coisa julgada material. Estas sentenças não podem ser modificadas,
nem se pode iniciar um novo processo com o mesmo objetivo.
61
Por exemplo, “A” cobra indenização de “B” por acidente de trânsito, mas no curso do
processo não consegue apresentar qualquer prova de que “B” seja culpado. O juiz julga o pedido
improcedente (nega a indenização pedida), “A” não recorre no prazo previsto pela lei e a sentença
transita em julgado. Mesmo que “A” descubra novas testemunhas, ou consiga um vídeo provando
a culpa de “B” pelo acidente, não poderá mais processá-lo pedindo indenização, pois a conclusão
de que “B” não era culpado foi protegida pela coisa julgada material.
Assim temos que não fazem coisa julgada: a) a fundamentação da sentença, os motivos, por
mais relevantes que sejam para determinar o dispositivo; b) a verdade dos fatos estabelecidos
como premissa da sentença; c) a questão prejudicial julgada incidentemente como motivo da
sentença. A questão prejudicial - é um pacto de fato ou de direito que se tornou controvertido no
processo. É uma questão que é antecedente lógico do julgamento da lide, pode não ser um fato,
mas pode ser uma relação jurídica.
A questão prejudicial fará coisa julgada quando tiver por objeto uma relação jurídica e
houver pedido declaratório incidental feito pelo autor ou por qualquer das partes. Quando o réu
nega a relação jurídica que serve de fundamento à pretensão do autor, o autor pode pedir que sobre
esta relação seja proferida uma declaração por sentença. É a chamada Declaração Incidental por
Sentença. É uma certeza declarada por sentença.
Limites Subjetivos da coisa julgada: o objetivo é saber em relação a quais pessoas a sentença
fará coisa julgada. As partes: o Autor e o Réu. A coisa julgada poderá estender a terceiros? Sim,
depende do tipo de terceiros. Exemplo: Sucessores, Condôminos, etc.
Limites Subjetivos – não diferente dos limites objetivos, nos faz necessário responder a
algumas perguntas: Perante ou para quem transita em julgado? Quem é atingido? A coisa julgada
atinge apenas as partes, não prejudicando e nem beneficiando terceiros. Lembrar é importante que
coisa julgada é diferente de efeitos da sentença. Os efeitos da sentença podem atingir a órbita
jurídica de terceiros (é todo aquele que não é parte).
62
Obs.: Não são atingidas pela coisa julgada as sentenças que julgam relações continuadas
que se protraem, se diferem no tempo, as quais só podem ser revistas se houver alteração na
constituição de estado de fato. É uma aparente exceção.
A lei estabelece em determinadas situações uma condição para que a sentença transite em
julgado, é o duplo grau de jurisdição, ou reexame necessário, ou remessa oficial, ou recurso de
ofício, o qual não tem natureza de recurso, pois é condição para que certas sentenças transitem em
julgado. Ex.: Sentenças que decretarem a Anulação de Casamento; sentenças desfavoráveis à
Fazenda Pública; sentenças de Improcedência da Execução Fiscal.
Recurso de Ofício, pela doutrina, não tem natureza de recurso, é uma condição para que
determinadas sentenças transitem em julgado.
Chiovenda distingue 03 (três) categorias de terceiros, que poderão ou não ter contra si os
efeitos da coisa julgada:
- 2ª Categoria: Terceiros titulares de uma relação jurídica compatível com relação jurídica
decidida na sentença:
- 3ª Categoria: Terceiros titulares de uma relação jurídica incompatível com a decidida pela
Sentença: não devem reconhecer a coisa julgada senão poderiam ser prejudicados por ela
dependendo do resultado
b) A projeção da coisa julgada nos planos civil, trabalhista e penal: Nos planos civil,
trabalhista e penal. (Prova)
Elas são independentes(cível e criminal) (art. 935 do CC). Se na área penal não restou
provada a existência do fato do crime, ele gera um efeito na esfera civil, porém no sentido de não
haver indenização. Se na área penal restou provada a existência de crime, mas sem dolo e não
provada, poderá haver indenização no civil e no âmbito administrativo uma punição, etc.
Se houver condenação na área penal, poderá ensejar ingresso de ação na área civil
solicitando indenização. No âmbito trabalhista se houver condenação penal para o crime, isso
contribui em motivo para demissão por justa causa. Se conseguir provar que o crime foi praticado
por estado de necessidade ou por legítima defesa, não haverá demissão por justa causa.
Sentença penal no âmbito trabalhista (se for condenado haverá justa causa no crime cometido, se n
for condenado não terá justa causa), salvo se provar que agiu em legítima defesa...(casos de
exclusão da pena)
08/06/2010
I. Conceito de Recurso: significa voltar atrás, reexaminar uma decisão. Meio impugnação das decisões
Conceito de Recurso no Sentido Amplo: aquele ato através do qual se pode pedir o
reexame da questão decidida.
II. Notas Características dos Recursos ou Elementos Característicos dos Recursos, segundo Lopes da
Costa:
Obs: o Recurso é apresentado em peça separada ao juiz a quo (que poderá até rever sua
posição).Caso ele verifique a admissibilidade do recurso ele remete a outra peça (as razões do
recorrente) ao juiz ad quem (Tribunal).
III. O Duplo Grau de Jurisdição: o recurso é regido pelo princípio do duplo grau de jurisdição. Significa
que uma decisão proferida pelo juiz a quo poderá ser revista no juiz ad quem (Tribunal correspondente).
IV. Pressupostos dos Recursos: o recurso para ser admitido ou conhecido depende de determinados
pressupostos, que se faltarem o recurso não ser admitido, não sendo possível examinar o mérito da Ação.
Os Pressupostos dos Recursos são Objetivos e Subjetivos.
Recurso não reconhecido é o recurso que não será examinado.
Juízo de retratação – o próprio juiz reexamina o seu recurso antes de despachar. O prazo recursal continua
correndo durante o juízo de retratação.
i) Legitimação: as Partes como regra é que têm legitimidade para recorrer. O Terceiro
prejudicado e o Ministério Público. (Art. 499 do CPC):
“Art. 499 - O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público.
§ 1º - Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu
interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.
§ 2º - O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo
em que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.”
ii) Interesse: a Parte sucumbente (Parte que perdeu) é que tem interesse de recorrer. O
Terceiro prejudicado e o Ministério Público também.
Efeito Suspensivo: é aquele que impede que a decisão recorrida produzam os seu efeitos
jurídicos que lhe são próprios. Exemplo: Uma pessoa que é condenada a fazer alguma coisa. O Recurso é
recebido no efeito suspensivo. A partir da decisão seus efeitos são suspensos, não sendo executado. Impede
os efeitos da sentença.
Efeito Devolutivo é aquele que remete ao Duplo Grau de Jurisdição. O Recurso pode ser
recebido no Duplo Efeito, ou seja, no Efeito Suspensivo e Devolutivo. Se recebido apenas no Efeito
Devolutivo, produz efeitos. Duplo efeito será o efeito suspensivo* como regra o agravo é recebido no efeito
devolutivo, porém pode se requerer o efeito suspensivo
PRÓXIMA AULA
a) Sob o Aspecto Objetivo: O Recurso impede que a relação processual deixe prosseguir.
b) Sob o Aspecto Subjetivo: Ocorre a exclusão de um dos sujeitos da relação Processual (o juiz a quo)
para incluir outro sujeito (o juiz ad quem).
- Voluntário: Interposto por iniciativa do recorrente, cuja interposição será da vontade das
Partes.
- Necessário ou Obrigatório: Chamado de Recurso ex officio; aquele que deve ser
obrigatoriamente interposto pelo juiz. (art. 475, § 1º do CPC):
- Principal: Aquele que cada Parte interpõe independentemente da outra. O Sucumbente é que recorre.
- Adesivo: É aquele que depende da interposição do Recurso Principal para ser interposto. Ele se subordina
ao Recurso Principal. O Recurso Adesivo, mesmo passando por essas regras de subordinação terá o mesmo
tratamento que o principal.
VIII. A Proibição da “Reforma in Peius”: Não se pode piorar a situação do Recorrente. O recorrente fica
no máximo com a mesma condenação. Só existe quando uma só parte recorre.
O efeito devolutivo dos recursos, como já foi dito linhas atrás, é, portanto, a exteriorização do
princípio do duplo grau de jurisdição. Não há recurso despido desse efeito, pois toda decisão, da qual se
recorre, forçosa e obrigatoriamente deverá ser revista por outro órgão jurisdicional. O efeito devolutivo é,
assim, inerente a todos os recursos, porque sem ele o recurso se tornará inócuo, sem conseqüência e,
portanto, sem finalidade.
Além do efeito devolutivo há, ainda, o suspensivo, que, entretanto, ao contrário daquele, nem
sempre é inseparável, inerente a todos os recursos. Consiste esse efeito na ineficácia da decisão recorrida,
até que ocorram a revisão e o pronunciamento do órgão jurisdicional superior àquele que proferiu a decisão
recorrida.
Assim, recebido um recurso em ambos os efeitos, não pode haver execução do julgado, ou seja, a
decisão recorrida ficará em suspenso, até que sobre ela se pronuncie o órgão jurisdicinal competente para
revê-la.
O efeito suspensivo, como ficou dito, nem sempre é inerente aos recursos. Na apelação, por
exemplo, casos há, como se vê no art. 520, incisos I a VII, em que somente ocorre o efeito devolutivo. No
agravo só existe, de modo geral, o efeito devolutivo (art. 497 do CPC), somente comportando o suspensivo
em raríssimos casos, tal como se vê do art. 558. Quanto aos embargos infringentes, o efeito suspensivo
existe sempre, não comportando exceções. Finalmente, o recurso extraordinário e o recursos especial, como
se vê no art. 497, em caso algum comportam o efeito suspensivo.
Recebido, portanto, um recurso apenas no efeito devolutivo, a decisão recorrida pode ser executada
provisoriamente, nos termos do art. 587, in fine. Isso quer dizer que, havendo execução de uma sentença,
por exemplo, da qual tenha havido apelação recebida apenas no efeito devolutivo, essa execução, por seu
caráter provisório, poderá tornar-se sem efeito se a sentença apelada for reformada no órgão jurisdicional
competente para revê-la, ou seja, no Tribunal. Nesse caso, as coisas voltam ao seu estado anterior.
67
Não há, portanto, nenhum recurso que possa ser recebido apenas no efeito suspensivo. Ou o
recebimento se dá unicamente no efeito devolutivo, ou em ambos os efeitos. A apelação comumente é
recebida em ambos os efeitos, pois somente nos casos previstos no art. 520, incisos I a VII, terá apenas
efeito devolutivo. O agravo, de modo geral, só tem o efeito devolutivo,a dmitindo somente o suspensivo nos
casos constantes do art. 558. Os embargos infringentes têm sempre os dois efeitos e, finalmente, o recurso
extraordinário e o recurso especial nunca são recebidos com efeito suspensivo.