DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA ALUNO: Henrique de Sá Tschumi
CRESTAMENTO BACTERIANO COMUM DO FEIJOEIRO
Xanthomonas campestris pv. Phaseoli
Esta bactéria pode sobreviver em sementes, interna ou externamente, de 2 á 15
anos, em estado hipobiótico, sem perder sua patogenicidade. Sobrevive, também, em restos culturais superficiais por longos períodos, dependendo das condições ambientais. Há algumas plantas que podem servir de hospedeiras intermediárias. Como ela sobrevive em sementes, é a principal e mais importante fonte de disseminação, sendo que pode ser levada á grandes distancias pelo transporte das mesmas. A chuva e a irrigação por aspersão também disseminam esta bactéria. Alguns insetos também podem servir para disseminá-la, como agentes disseminantes. Para a infecção, necessita de um filme d’água, pois possui um flagelo polar, e pelos sintomas, penetra tanto pelo hidatódio como pelo estômato. As condições favoráveis são umidade relativa alta e temperaturas elevadas, diminuindo o tempo para o surgimento dos sintomas. Já que a principal fonte de disseminação é a semente, utilizar sementes sadias e certificadas é um dos principais métodos de controle, sendo crucial para a produção. Incorporação dos restos culturais abaixo do solo, rotação de cultura com plantas não hospedeiras, eliminação das plantas hospedeiras intermediarias, das daninhas e dos insetos, também formas de controle efetivas. Os sintomas são inicialmente manchas encharcadas, que evoluem para lesões necróticas no limbo foliar e em sua borda, podendo apresentar um halo amarelecido. Se a cultivar for suscetível e as condições favoráveis podem ocorrer podridão nodal e, posterior, murcha na planta. Assim, esta bactéria tem colonização localizada em espaços intercelulares das folhas. Visto em casos especiais com condições favoráveis e cultivares muito suscetíveis, pode colonizar sistêmaticamente e atacar o sistema vascular da planta.