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Resumo

Como a Nos Terra Fez

Água

Água, um dos episódios da série “Como a Terra nos Fez” da BBC de Londres, vem
retratar a importância que a água teve na formação de nosso planeta e nossa civilização. Ela é
uma das forças, assim como a do centro da terra, o fogo e o vento, que moldam o nosso modo de
viver, manter, produzir e explorar o planeta. No decorrer deste episódio nos deparamos com
vários exemplos de como essa força atua sobre a Terra e sobre nós.

Para começar, Deserto do Saara, Norte da África, um dos lugares mais quentes e áridos
da Terra, sua temperatura regular é de 40⁰C, com menos de 1 cm de precipitação por ano. Este
local testemunhou uma das maiores mudanças do nosso planeta, um lugar que antes era coberto
por água há 6 mil anos atrás, a partir de 5500 anos começou a secar e escassear as chuvas.
Comprovações disso são gravuras de animais que necessitam de abundância de água para
sobreviver, em rochas neste local deixadas por nossos ancestrais, assim como, imagens de
satélites onde se podem perceber diversas ramificações de um rio caudaloso, que secaram.

A água do nosso planeta vive em constante movimento, a este denominamos Ciclo da


Água. A composição terrestre é feita de 97% de água que não pode ser consumida e nem usada
pela população em plantações. Apenas 3% dessa água é potável. A água doce inicia seu ciclo nos
mares, com a incidência dos raios solares na mesma, parte mínima evapora formando as nuvens,
que ficam pouco tempo suspensas, até se transformarem em chuva. Esse é o processo resumido
de como a água chega até nós, escavando a terra e criando muitos riachos e rios. Boa parte da
água terrestre esta concentrada nas geleiras, cerca de 2%, o restante infiltra no solo, nas rochas
porosas, formando a água subterrânea, para ao final voltarem aos mares e iniciar novamente seu
ciclo.

A partir de então percebemos a importância que a água toma principalmente com ralação
a história humana. A Islândia tem atualmente um resquício de uma grande geleira que há 12 mil
anos atrás tomava boa parte da Terra. As geleiras agem como um depósito natural de circulação
da água pelo planeta. Neste mesmo período (12 mil anos atrás), no Oriente Médio a humanidade
teve que conviver com uma enorme seca gerada pela grande quantidade de gelo que retirava a
umidade do ar. Tal seca deu inicio a uma nova adaptação da civilização humana, “coleta - caça”,
fazendo algumas evoluções nessa área.

A afirmação da agricultura gerou uma maior necessidade de água, ou seja, a chuva já não
era o bastante. Isso levou a escolha das civilizações posteriores a lugares onde poderiam se fixar
para progredir. E a melhor área era ao derredor dos rios, mudando as características da população
que se desenvolveu em suas margens. A exemplo disso temos uma das civilizações mais antigas
da Terra, a egípcia, que formou sua politica e até mesmo sua organização social baseada na
maior fonte de água do Egito, o Rio Nilo, rico em Silte, o que fazia a nutrição e desenvolvimento
da agricultura no Egito.

Neste mesmo período outras civilizações também se formaram ao longo dos rios. Na
Mesopotâmia tivemos a civilização Suméria que prosperou entre o rio Tigres e o Eufrates. A
civilização Hamappeana formou-se ao longo do rio Hindu. As civilizações chinesas surgiram ao
longo do rio Amarelo. Porém muitas das civilizações restantes não se detinham ao longo dos
rios, outros lugares apostavam na água subterrânea, como no deserto do Saara, na Líbia, a antiga
civilização de Garana ali prosperou até seu declínio impulsionado pelo uso exagerado de suas
fontes de água.

Outra parte do ciclo da água se encontra em sistemas de cavernas, a exemplo temos a


Flórida com seu sistema cártisco, escavados por milhões de anos pelas águas subterrâneas. Com
essa descoberta soubemos que quase 30% da água potável da Terra está infiltrada no que
imaginávamos ser bastante seco, o nosso solo.

A todas essas formas de concessão da água a humanidade tentou se adaptar, e na maioria


das vezes conseguiu. Temos como exemplo as monções em Cherrapunji, Índia, onde a
precipitação anual é de 11 a 12 metros por ano, mesmo com o desconforto, a população que ali
vive teve que se adaptar. As monções duram cerca de 3 meses, e no resto do ano quase não há
chuva.

Atualmente a população consegue controlar boa parte da água potável do planeta e usa a
seu bel prazer. Enquanto grande parte da população passa por rigorosas secas por simplesmente
serem pobres, outra parte, mais rica, desfruta de toda água que quiser sem nem ao menos tê-la.
Vemos esse exemplo de disparidade nas populações africanas que não usufruem pelo menos o
sustentável da água de seu solo (subterrânea) para uma sobrevivência digna, graças à falta de
recursos, e oposto a isso temos a cidade de Los Angeles, EUA, que provocou até mesmo uma
guerra civil em seu território só para poder usufruir o que legitimamente não era seu.

A população humana ainda tem muito que aprender com relação à conservação de nosso
bem mais precioso que é a água. Há pouco tempo vi um filme que retratava muito bem uma
situação com escassez da mesma. Um dos personagens deste filme dizia: “Aquele que tem o
poder é aquele que controla a água!”. Vimos o quanto à água é importante desde os primórdios
com as primeiras civilizações e seus cultivos e vemos isso atualmente. Espero sinceramente que
a população se conscientize e que não chegue a um estágio tão deplorável de ter que se apossar
da água de outros somente para ter poder.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
FACULDADE DE GEOLOGIA

Eliã Jéssica da Silva

RESUMO
COMO A TERRA NOS FEZ (BBC)
ÁGUA

Belém – PA
2011

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