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ProGrama
de Governo
2009-2012
Coordenação Geral
Jorge Raimundo Nahas
Coordenação Executiva
Beatriz de Oliveira Góes
Redação
Beatriz DE o. Góes, Giselle Nogueira, Jorge R. Nahas, Lúcio Braga
Edição
Giselle Nogueira
Direção de arte
RICARDO CARVALHO, Pedro emery
Finalização
Gis Rezende
PRODUÇÃO GRÁFICA
Octávio Gonçalves
Revisão
Beto Arreguy
ColaborAraM
Marcio Lacerda
I – Aliança por uma
cidade saudável
11
1
A rede de unidades da Secretaria Municipal de Saúde é constituída por: 146 Centros de Saúde; sete Unidades de Pronto Atendimento;
o Hospital Municipal Odilon Behrens, um Centro Metropolitano de Especialidades Médicas, seis Centros de Especialidades regionais.
12
Escola Integrada
A Escola Integrada é um bom exemplo.
Todos na escola, aprendendo
Modelo do que deve ser a escola
As transformações vividas pelo país nos contemporânea, tem repercussão imediata
últimos anos inseriram o direito à educação nos conhecimentos gerais, sociabilidade e
de qualidade para todos nas principais hábitos pessoais dos alunos. Atende 15.000
reivindicações da sociedade. O lema “todos crianças e adolescentes da rede municipal,
na escola” evoluiu para “todos aprendendo”. proporcionando nove horas diárias de
Essas transformações, profundas, impuseram atividades, oferecendo almoço e um lanche
à escola pública a ampliação de suas funções extra. Interage com conhecimentos,
sociais, culturais e comunitárias, muito além equipamentos e serviços disponíveis na
da visão tradicional. A educação, baseada em comunidade, e mantém estreito vínculo com
princípios democráticos e de justiça social, todas as universidades instaladas na cidade.
passou a ser associada à formação da cidadania, A continuidade do acompanhamento do
à expansão do convívio social, aos esportes, às aluno no contraturno escolar, integrando com
artes, ao lazer e à saúde. o aprendizado as experiências da comunidade
Em Belo Horizonte, a educação municipal e as atividades das outras políticas envolvidas
rompeu, já há algum tempo, os contornos dos com o seu desenvolvimento pleno – como a
muros das escolas e ganhou as ruas da cidade. assistência social, a prática esportiva e das
A diretriz, determinada pela Lei Orgânica do artes – é uma experiência reconhecida
Município, é o investimento de, no mínimo, 30% nacionalmente. O impacto na aprendizagem
de suas receitas em educação, bem mais do é imediato, e a melhoria da atitude das
que os 25% definidos pela legislação crianças e adolescentes para com a escola
federal. Foi a primeira cidade no país a e os professores é evidente.
matricular, ainda em 1998, crianças de seis
anos no ensino fundamental; a garantir a Educação Infantil
inclusão de crianças e adolescentes com Belo Horizonte também deu um passo
deficiências em salas de aula regulares; a decisivo com o Programa Primeira Escola.
desenvolver projetos focados no atendimento A ampliação da oferta da educação infantil é
a pessoas em situação de vulnerabilidade uma prioridade da política social em curso na
econômica e social; a implantar programas PBH. A rede própria, constituída por 53
voltados para as relações étnico-raciais e de unidades de ensino infantil, e a rede
gênero; a promover ações permanentes de conveniada, composta por 194 entidades,
relacionamento com as famílias dos alunos parceiras tradicionais e eficientes, atendem,
e a proporcionar uma melhoria constante hoje, cerca de 37.000 crianças com até seis
na qualidade da merenda escolar. Tudo isso anos de idade. A Prefeitura tem como meta
ratifica a prioridade dada à educação pela o aumento contínuo de vagas para esta faixa
gestão municipal. etária, ciente do impacto a médio e longo
Atualmente, a capital mineira coordena prazo na qualidade da aprendizagem, por ser
a Rede Territorial Brasileira da Associação a fase de maior desenvolvimento cognitivo.
Internacional das Cidades Educadoras
(Aice) e se consolidou, por meio de
programas inovadores, como referência e
modelo para diversas cidades do país.
16
ensino de qualidade
A esse esforço cidadão deve ser somado o ali nça Por Bh
trabalho realizado em cada escola, em cada
sala de aula. Para além da garantia do acesso Reconhecendo todos esses avanços, as
de todos os jovens ao ensino fundamental propostas da Aliança para a educação,
– hoje uma realidade já alcançada pelo apresentadas em seguida, vão continuar e
município – e da luta pela permanência da melhorar os programas atuais. Elas visam
criança na escola, a melhoria da qualidade ao aumento do acesso à educação básica, à
do ensino é uma busca permanente de toda melhoria da qualidade no ensino, e maior
a rede. Nesse sentido, diversas medidas já segurança nas escolas municipais.
foram tomadas, como a padronização do Pressupõem a utilização e a interação
currículo escolar; a formação continuada dos diferentes serviços de instituições e
dos professores; a implantação do Boletim, organizações com que conta Belo Horizonte.
com avaliação trimestral de cada criança; e Entendem e propõem a cidade como ambiente
o acompanhamento sistemático pela equipe onde convergem muitos contextos,
da Secretaria Municipal de Educação organizações e dispositivos de educação
(Smed) das escolas que apresentam índices formal, não formal e informal.
educacionais mais baixos.
É preciso, entretanto, ir além. Os Aumentar em mais de 100% o número de
esforços deverão ser dedicados à melhoria vagas na educação infantil, nos próximos
do aprendizado, com o acompanhamento quatro anos, ofertando 44.000 novas vagas,
prioritário para aqueles estudantes que com a construção de 100 novas Unidades
apresentem algum tipo de dificuldade, por Municipais de Educação Infantil (Umeis),
todos os meios disponíveis, seja na própria cada uma com capacidade para 440 crianças.
Smed, seja pelas políticas de Assistência Com este esforço, serão garantidas vagas
Social, Saúde, Segurança Nutricional. a 81.000 crianças de zero a cinco anos e
É primordial melhorar o resultado dos alunos oito meses na primeira escola, incluídas as
no Ideb1. Investimentos na qualificação dos 22.000 atualmente atendidas pela rede
professores e no aumento da capacidade conveniada, atendendo à demanda hoje
de gestão nas escolas também precisam ser estabelecida, com prioridade para as famílias
reforçados, como uma das medidas visando mais vulneráveis.
melhorar, ainda mais, a qualidade do ensino. Construir 12 escolas de ensino fundamental
Por fim, é preciso ressaltar a necessidade e ampliar outras seis. Estas novas unidades
do diálogo cada vez mais qualificado com o (três no Barreiro, duas em Venda Nova,
governo estadual, principalmente no duas na região Norte, duas na região Oeste,
que diz respeito às políticas voltadas para duas na Pampulha e uma na região Leste)
o ensino médio na rede pública. A definição são necessárias para atender à dinâmica
conjunta de cursos profissionalizantes no de crescimento da cidade, que gerou
ensino médio, voltados para as demandas de necessidades de novas vagas em algumas
qualificação identificadas pela Prefeitura, regiões, ao mesmo tempo em que diminuiu o
será uns dos frutos dessa aliança. crescimento em outras.
1
Ideb – Indicador da Educação Básica. É calculado com base em dois tipos de informações: a) as informações sobre rendimento escolar
(aprovação, reprovação e abandono) do Censo Escolar da Educação Básica; e b) as informações sobre o desempenho dos estudantes em exames
padronizados elaborados pelo Inep – Saeb e Prova Brasil. A unidade de referência para o cálculo do Ideb, com relação às informações do Censo
Escolar, é o aluno do ensino fundamental e do ensino médio. (Fonte: Ministério da Educação.)
17
1
Fonte: FJP – Pesquisa de Origem e Destino realizada em 2001/2002.
2
Fonte: Site Metrô-BH.
3
Fonte: Denatran – maio/2008.
4
Fonte: IBGE – População estimada de Belo Horizonte – nov/2007.
Lei 8.616, de 14 de julho de 2003, que foi regulamentada pelo Decreto 11.601, de 9 de janeiro de 2004 (alterado pelo Decreto 11.698,
5
As vias urbanas da capital passam a Rua dos Caetés, as Ruas Aarão Reis, dos
anualmente por manutenção preventiva, Carijós e Rio de Janeiro foram remodeladas;
dando mais segurança aos motoristas. novas lixeiras, arborização e iluminação
A abertura da Avenida Cardoso, ligando a foram instaladas.
Avenida Mem de Sá, no bairro Santa Essas intervenções melhoraram
Efigênia, à Rua Caraça, vai facilitar a significativamente as condições de
circulação de veículos e também o acesso mobilidade da área central. Também incluído
dos moradores do Aglomerado da Serra aos nesse projeto, o Boulevard Arrudas, com
serviços ofertados. obras realizadas pelo governo do Estado, com
Mas a mobilidade urbana continua sendo a participação da Prefeitura, proporcionou
um dos problemas mais graves enfrentados maior fluidez ao tráfego e melhoria das
em Belo Horizonte, comum a todas condições de circulação dos pedestres.
grandes cidades brasileiras e suas regiões
metropolitanas. Trânsito e transporte estão Viurbs
diariamente afligindo a população usuária do O Plano Diretor8 dá especial ênfase à área
transporte coletivo ou de veículos privados central, por sua configuração estratégica,
nestas regiões e requerendo soluções tanto para a cidade quanto para a RMBH,
urgentes, exigindo intervenções severas. da sua condição de provedora de comércio e
Atualmente, em Belo Horizonte, serviços. O sistema viário radioconcêntrico
aproximadamente 0,7%6 das viagens diárias condiciona o uso do Centro até para
é feita por bicicletas e a cidade apresenta aqueles que não o têm como destino,
potencial para ampliar essa participação provocando congestionamentos e afetando
para cerca de 3% a 5% das viagens6. Em o desempenho da circulação viária de toda a
alguns locais, a topografia pode ser um fator região metropolitana.
limitador, mas se deve estimular o uso da As ações previstas no abrangente Plano
bicicleta, com programas de educação e de Requalificação do Hipercentro, com
incentivo, e com a implantação de novas priorização do atendimento ao pedestre,
ciclovias. dependem diretamente da redução do
tráfego de passagem e da racionalização do
O Projeto Centro Vivo uso do transporte coletivo, somente possíveis
O projeto Centro Vivo, que incorporou com a implantação de vias alternativas que
o Plano de Reabilitação do Hipercentro7 permitam o redirecionamento dos fluxos
de Belo Horizonte, requalificou os espaços de veículos e pessoas. De fato, o Centro
públicos de calçadas, passeios e travessias de de Belo Horizonte vem perdendo a sua
pedestre, destinando-os ao uso prioritário dos eficiência, colocando em risco o desempenho
transeuntes. Os camelôs foram transferidos na circulação viária de toda a região
para os shoppings populares; calçadas foram metropolitana.
ampliadas; travessias foram adaptadas para O Programa de Vias Prioritárias de
atendimento às normas de acessibilidade Belo Horizonte (Viurbs)9, onde foram
universal; a Praça da Estação, a Praça Sete,
6
Fonte: FJP – Pesquisa de Origem e Destino realizada em 2001/2002.
7
Plano de Requalificação do Hipercentro de Belo Horizonte, PBH, 2007.
8
Lei 7.165, de 27 de agosto de 1996. Alterada pela Lei 8.137, de 21 de dezembro de 2000.
9
Programa de Vias Prioritárias de Belo Horizonte – Viurbs, PBH, 2008.
21
estudadas 148 novas conexões viárias, foi partida o entroncamento desta rodovia com
desenvolvido essencialmente para atender a Via Expressa Leste/Oeste, em Betim, e
este objetivo. Este programa ultrapassou a ponto de chegada às proximidades do distrito
formulação padrão de projetos para o sistema de Ravena, no município de Sabará. Além de
viário, incorporando uma série adicional resolver os problemas de congestionamento
de indicadores e instrumentos de outros e insegurança atualmente existentes, o novo
setores urbanos, de modo a entender com Anel Rodoviário terá o importante papel de
maior amplitude a realidade urbana e a via estruturadora da vasta porção norte do
função das vias neste contexto. O Viurbs território metropolitano.
estabeleceu um novo marco, criando, ao lado O Anel Viário Sul também precisa ser
do atendimento às diversas demandas de viabilizado. Trata-se da evolução da Via das
tráfego, a possibilidade de implementação Indústrias, que é, por sua vez, uma evolução
de uma política prioritária para o transporte de proposta surgida em 1997. O projeto
coletivo e para o pedestre. teve diversas versões, mas, hoje, o que se
pretende é uma estrada que una a BR-381
União, estado e município à BR-040 (Betim, Ibirité, Belo Horizonte).
A conclusão da Linha Verde, obra Essa medida é essencial para aliviar o tráfego
do governo de Minas, também com a na BR-381 entre Belo Horizonte e Betim,
participação da PBH, proporcionará um trecho de permanente congestionamento
maior fluidez e segurança ao acesso às e com pouquíssimas rotas de fuga em caso
regiões Norte, Nordeste e ao Aeroporto de acidente ou bloqueio. A junção com a
Internacional Tancredo Neves. Já uma BR-381 sairia do anel de contorno de Betim,
parceria entre a Prefeitura e o governo enquanto a junção com a BR-040 seria
federal possibilitou que o Anel Rodoviário, na altura do bairro Olhos d’Água. Neste
com 27 km de extensão, fosse entregue à trecho final são possíveis dois caminhos: um
população em 2006, totalmente revitalizado, margeando o lado externo do Parque Rola
recapeado e com nova sinalização. Também Moça e outro usando o trecho desativado do
em parceria com a União e com o governo ramal ferroviário Ibirité/Águas Claras (Nova
do Estado, a primeira etapa da duplicação Lima). Sua principal finalidade é mudar o
da Avenida Antônio Carlos foi concluída, vetor de ocupação no espaço compreendido
beneficiando todos aqueles que acessam a entre Betim, Sarzedo, Ibirité e a parte sul de
Pampulha, Venda Nova e a região Norte da Belo Horizonte, beneficiando uma população
cidade. estimada em 800 mil habitantes, além de
A tendência de crescimento contínuo desafogar o trânsito do Anel Rodoviário,
da frota do país, associada ao aumento da entre a BR-040 e a Avenida Amazonas, e
mobilidade e de circulação de mercadorias, também o da própria Avenida Amazonas.
requer mais espaço viário. O posicionamento de Belo Horizonte
O Anel Viário de Contorno Norte, já com em sua região metropolitana cria um
estudos avançados pelo governo federal, relacionamento de interdependência com
precisa ser viabilizado. Trata-se de uma os demais municípios, particularmente nas
transposição da área mais urbanizada da questões de transporte e tráfego. Este é um
RMBH pela BR-381, tendo como ponto de fator determinante em qualquer proposta da
22
Avenida Paraná; Avenida Carandaí, Ruas utilizar o cartão metropolitano, que está
Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Curitiba, sendo implantado pelo governo estadual, não
Oiapoque, Caetés, Tupinambás, Tamóios e havendo distinção, para o usuário, entre as
Avenida Olegário Maciel; e Avenida Afonso linhas de ônibus.
Pena. Implantar o novo Terminal Rodoviário, no
bairro Calafate, liberando o atual para operar
Viabilizar, junto ao governo federal, a o sistema urbano de ônibus (com ênfase no
construção do Anel Viário de Contorno metropolitano).
Norte e o Anel Viário Sul.
Propostas para Beneficiar
Propostas para o transporte coletivo Pedestres e Ciclistas
Implantar Sistema Inteligente no Dar continuidade ao programa Centro
Transporte por Ônibus (Sitbus), permitindo Vivo, revitalizando calçadas e travessias para
que toda a frota de Belo Horizonte seja pedestres, tornando-as acessíveis.
interligada com uma central de operações Construir, aproximadamente, 11 km de
em tempo real, possibilitando o seu controle ciclovias. Os novos trechos serão integrados
e também o posicionamento de cada ônibus, aos atuais e ao transporte coletivo,
reduzindo atrasos, intervindo na operação, compondo os trechos:
fiscalizando as empresas e informando aos • Ciclovia Norte, integrada às ciclovias da
usuários os horários exatos de chegada dos Avenida Vilarinho, Avenida 12 de Outubro e
veículos em cada ponto de embarque e Orla da Lagoa da Pampulha, que já possuem
desembarque, prestando informações online 20km de ciclovias, formando uma rede e
aos passageiros já embarcados, além de estimulando a integração entre bicicletas
acionar a polícia em caso de problemas de e transporte coletivo nos bicicletários das
segurança. estações do BHBus Venda Nova e Vilarinho:
Melhorar as informações sobre o – expansão da ciclovia do Vilarinho,
transporte coletivo, instalando painéis de construindo novo 0,5Km.
sinalização nos principais pontos de ônibus – reformulação e expansão (mais 5,5km)
da cidade, informando itinerários, linhas e da ciclovia da Avenida 12 de outubro.
horários, por meio de sistema baseado em • Ciclovia Leste/Oeste (4,6 km), tendo
GPS. como eixo principal as Avenidas dos
Disponibilizar informações sobre o Andradas e Teresa Cristina, através da
transporte coletivo via Internet e dispositivos construção de ciclovias ao longo dos novos
móveis, para que o usuário possa se trechos do Boulevard Arrudas:
programar antes de ir para o ponto de – Avenida dos Andradas – 2,3Km
embarque. – Boulevard Arrudas – 2,3Km.
Promover a discussão visando à integração Além das ciclovias, o programa Pedala BH
do transporte metropolitano com a contará com ações de educação aos ciclistas
instituição do bilhete único, de forma que e motoristas, contemplando segurança
seja possível com o cartão BHBus viajar em e estímulo ao uso e implantação de
todas as linhas gerenciadas pela BHTrans equipamentos para estacionamentos de
e pelo DER-MG, e em Belo Horizonte bicicletas, denominados paraciclos e bicicletários.
25
IV – Aliança por
uma cidade segura
27
1Pronasci (Programa Nacional da Segurança Pública com Cidadania): desenvolvido pelo Ministério da Justiça, marca uma iniciativa inédita
no enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as
causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social e segurança pública.
Além dos profissionais de segurança pública, o Pronasci tem também como público-alvo jovens de 15 a 24 anos, que se encontram ou já
estiveram em conflito com a lei; presos ou egressos do sistema prisional; e, ainda, os reservistas, passíveis de serem atraídos pelo crime
organizado em função do aprendizado em manejo de armas adquirido durante o serviço militar. (Fonte: Ministério da Justiça.)
29
V – Aliança para a
prosperidade
31
1
População estimada – IBGE/2007.
2
IBGE 2005.
32
áreas de administração, com destaque para geral. Mesmo diante desse quadro, o que
a Fundação Dom Cabral e a Fundação de se constata é que o potencial hoteleiro da
Desenvolvimento Gerencial. Esses recursos cidade encontra-se saturado, oferecendo,
podem e devem ser mobilizados em política hoje, perto de sete mil leitos, para uma
de apoio ao desenvolvimento científico e cidade absolutamente capaz de absorver
tecnológico da cidade. novos públicos, como por exemplo, com a
realização de eventos de médio porte.
Moda e Turismo Não podemos nos esquecer que a capital
Por sua posição geográfica, pelo acervo se inscreveu para sediar a Copa do Mundo
histórico e cultural em sua proximidade, uma em 2014. Nesse sentido, foi criado um
das vertentes do desenvolvimento da cidade Comitê, gerenciado pelo governo do Estado,
é o aproveitamento de seu potencial turístico, com a participação da Prefeitura de Belo
podendo se consolidar como um dos grandes Horizonte, de clubes esportivos mineiros,
pólos do turismo interno. Isso requererá da UFMG, e de outros órgãos afetos à
articulação com o Ministério do Turismo, para questão, cuja a principal atividade é preparar
tirar partido dos recursos dos programas um estudo de qualificação do Mineirão,
existentes para o Sudeste do país, e com o Mineirinho e áreas próximas. Uma outra
governo estadual. dimensão do problema está a cargo da PBH
Metade do fluxo turístico de BH é proveniente e consiste em definir os passos necessários
do interior de Minas. São pessoas que vêm à para a adequação da cidade para sediar
cidade para visitar seus parentes e eventos da Copa.
amigos, que normalmente se hospedam O Plano de Marketing Turístico para
e alimentam-se com estes, e que devem Belo Horizonte3, conforme a figura abaixo,
ser atraídas para eventos culturais, desenvolvido pela Prefeitura em convênio
gastronômicos e de entretenimento em com o Ministério do Turismo, identificou
Eventos Culturais
Off Road
Convenções
Serviços Caminhadas
Arquitetura Excelência
Médica
Patrimônio Vôo Livre
Histórico
Congressos
Música
Entretenimento Observação
e Lazer Trekking da Flora
Dança
Férias
Teatro
Escalada
Moda
Literatura
Compras Espeleoturismo
Visitas Técnicas
Rapel
Gastronomia
3
Plano Horizonte – Marketing Turístico de Belo Horizonte – Relatório Final: Convênio Prefeitura de Belo Horizonte –
Belotur – Ministério do Turismo.
34
para que ele atue oferecendo condições para a • Atender a demanda de qualificação da
atração de novas empresas para o município, indústria da construção civil, desenvolvendo
criando câmaras setoriais para fortalecer setores um Plano Setorial de Qualificação (Planseq),
de reconhecida importância econômica na articulado com os executores das obras
cidade. públicas e o setor privado, facilitando a
Finalizar a implantação do BHTec, em contratação dos educados.
conjunto com os parceiros – governo do Estado
Planejar e viabilizar as intervenções
e UFMG –, finalizando a concepção e as
necessárias para sediar eventos da Copa
políticas de atração e retenção de empresas
2014.
de tecnologia no Parque Tecnológico.
Criar alternativas para aumentar o turismo
Verificar a necessidade de rever as leis
de negócios de porte médio na capital:
urbanísticas do município, conciliando o
• Reforçar a divulgação dos
ordenamento do crescimento sustentável e
acontecimentos culturais, gastronômicos
o estímulo ao desenvolvimento econômico,
e artísticos que possibilitem a atração de
considerando:
turistas.
• A identificação de áreas para concentração
• Consolidar a presença de Belo Horizonte
de atividades complementares ao Pólo de
no interior e nos estados vizinhos como
Tecnologia do BHTec.
destino turístico, ampliando o turismo de
• O desenvolvimento equilibrado das regiões
lazer, de cidade e de compras.
localizadas no Vetor Norte, considerando
• Reestruturar o Conselho Municipal de
a nova centralidade em formação (Centro
Turismo, tornando-o um instrumento de
Administrativo do Estado de MG).
governança municipal.
• A revitalização da área central de BH.
• Manter e incentivar o carnaval nas
• A requalificação urbanística da Savassi.
regionais.
• A requalificação do Pólo de Moda do
• Formular junto com a rede de saúde
Barro Preto.
de BH um plano de atração de clientes de
Implantar programas de qualificação de outras regiões do país e do exterior.
jovens e adultos: • Trabalhar junto ao governo estadual,
• Incrementar em 40% a oferta de cursos especificamente em parceria com o Indi,
de requalificação para os desempregados objetivando atrair grupos hoteleiros para BH.
beneficiários de programas sociais. • Consolidar a implantação do Parque
• Ampliar a execução anual para os Paredão da Serra do Curral.
cursos de educação profissional tecnológica • Implantar o Centro de Convenções
em parceria com os Institutos Federais Municipais.
Tecnológicos e o Sistema S4, dobrando o • Implantar um novo terminal turístico
número de turmas atendidas por ano, em para ônibus.
quatro anos. • Implantar o Plano de Marketing
Turístico de Belo Horizonte, elaborado
a partir de um convênio entre a PBH, a
Belotur e o Ministério do Turismo.
4
O chamado Sistema “S” é formado por organizações criadas pelos setores produtivos (indústria, comércio, agricultura, transportes e
cooperativas) com a finalidade de qualificar e promover o bem-estar social de seus trabalhadores, como Senac e Senai.
VI – Aliança para
a modernidade
37
1
Hotspot: ponto de acesso sem fio, onde os usuários podem se conectar à Internet.
2
Telecentros: espaços com computadores conectados à Internet banda larga, nos quais é permitido o uso livre dos equipamentos e são
oferecidos cursos de informática básica e oficinas especiais.
39
Municipal (PIM), que são instalados nas cidadão tenha informações precisas sobre
associações comunitárias, centros religiosos, o andamento dos seus processos, junto à
esportivos, ONGs, bibliotecas, estações de Prefeitura, através da Internet. A Central
trens e ônibus e em equipamentos públicos, de Atendimento ao Cidadão tem que ser
como Espaços BH Cidadania, Núcleos de consolidada, garantindo um atendimento
Apoio à Família e Centros de Cultura. presencial com qualidade ao cidadão.
Esses centros de inclusão digital também Os Serviços de Atendimento ao Cidadão
oferecem cursos de informática para nas regionais devem ser reestruturados e
lideranças comunitárias, gestores públicos integrados à Central principal. A Internet
e jovens de 16 a 24 anos, grande parte tem que ser um meio eficiente para a
contratados como Agentes de Informática emissão de licenças relacionadas à execução
para os laboratórios de informática das de obras de urbanização e de edificações,
escolas municipais. bem como ao exercício de atividades
A Prefeitura, até final de 2008, terá instalado econômicas.
mais de 200 pontos de acesso à Internet, em
escolas municipais, em vilas e favelas, em Licenciamento
associações comunitárias e de bairros, entre O desafio que se coloca é a mudança
outros, promovendo ações de universalização de paradigma na forma de se proceder ao
do seu acesso, além de permitir maior licenciamento. Na maior parte das vezes,
participação nos programas da PBH, no OP- no entanto, a análise não agrega valor à
Digital, por meio do qual os cidadãos podem efetivação do controle, por tratar-se de
selecionar obras a serem executadas pela situações conhecidas, tornando o trabalho
Prefeitura. repetitivo. A automatização das tarefas
repetitivas é a oportunidade a ser explorada
Eficácia e qualidade na perseguição da meta de obter agilidade
O conjunto de iniciativas já implementadas, com qualidade.
ou em fase de implementação, constituirão a Somente com a construção conjunta de
base, os alicerces para um abrangente plano uma solução única entre os governos
de inovação dos órgãos, entidades e processos, municipal e estadual, o empresário poderá
componentes da estrutura da administração obter as informações sobre a viabilidade do
pública municipal, a ser implementado pelo nome empresarial (estado) e do endereço
novo governo. A modernização da prestação e da atividade econômica (município)
de serviços tem na disponibilização de serviços ao mesmo tempo, tudo isso integrado ao
via Internet uma ferramenta de alta eficácia Cadastro Sincronizado.
para garantir a qualidade do serviço prestado De forma pioneira, o licenciamento de
e a redução de prazos de atendimento. A estabelecimentos já vem sendo automatizado,
tecnologia tem que ser usada a favor do estando disponibilizadas, via Internet,
cidadão. a emissão de Alvarás de Localização e
É preciso modernizar a Procuradoria Geral Funcionamento.
do Município, oferecendo mais transparência
e agilidade nas suas ações, para que o
40
A meta no programa estadual Facilita fiscal realizada neste âmbito é feita por
Minas é o fornecimento do Alvará de meio de registros em papel, não havendo
Localização e Funcionamento para empresas nenhuma forma de automação de processos
de baixo risco, via Internet, no procedimento de trabalho, emissão de documentos ou
de abertura. Uma vez identificadas as controle de rotinas.
situações que não causariam incômodos ou A gestão de recursos humanos tem que
prejuízos à qualidade de vida da população ser fortalecida, visando ao desenvolvimento
(atividades de baixo risco), a análise técnica e à retenção de competências dentro da
pode ser automatizada e estendida às demais máquina pública, a responsabilização de
categorias de licenciamento urbanístico e dirigentes e servidores por resultados. Um
ambiental. Assim, o processo de emissão plano de capacitação do servidor deve
do alvará de Licença de Localização para ser elaborado, observando as carências
as atividades de risco médio, poderá ser de qualificação na prestação dos serviços
automatizado, na forma de um “alvará com públicos, promovendo maior satisfação dos
ressalvas”. As exigências seriam feitas nesse servidores na execução das suas atividades.
alvará e, depois, seria realizada a fiscalização O Programa BH Digital tem que expandir,
para verificação do cumprimento das com a instalação de novos centros de
mesmas. A Prefeitura só exigiria o alvará inclusão digital, ampliando o programa de
prévio em casos de riscos graves. capacitação de jovens.
Já no que diz respeito à modernização da
fiscalização urbanística, o desafio torna-se ali nça Por Bh
maior. É necessário tornar o processo
transparente, inteligível e ágil. Para isso, um Com esses objetivos, são propostas
grande passo foi dado, recentemente, com a da Aliança para BH para uma Cidade
criação das Juntas de Recursos de Fiscalização moderna:
Urbanística, que iniciaram sua atividade Desenvolver em conjunto com o governo
em junho/2008. Essa iniciativa permitiu estadual solução única e integrada,
que o julgamento de recursos à aplicação de permitindo que a Consulta Prévia de nome
penalidades aplicadas por descumprimento das de empresa e de viabilidade de localização
normas de execução de obras e de posturas seja feita em um mesmo procedimento.
passasse a ser procedido em seções públicas, Ampliar a automatização do licenciamento
uniformizando os procedimentos e assemelhando- de atividades econômicas, permitindo
os ao julgamento da aplicação de penalidades a emissão, via Internet, dos Alvarás de
aplicadas por descumprimento da legislação Localização e de Funcionamento para
ambiental e de limpeza urbana. empresas de baixo risco (cujas atividades
Pela frente existe o desafio de informatizar, econômicas não causariam incômodos ou
automatizar e disponibilizar o acesso a prejuízos à qualidade de vida da população),
informações sobre a execução de ações e para empresas de risco médio (com
fiscais relacionadas à política urbana (obras, condicionantes cujo cumprimento seria
posturas, meio ambiente e limpeza urbana), verificado a posteriori, pela fiscalização).
pela Internet. Atualmente, toda a ação
41
Assentamentos precários
Um programa para a população Em Belo Horizonte, 22% da população
viver e morar bem da cidade vivem em ocupações irregulares,
distribuídas em 209 áreas de ocupação
Os problemas habitacionais existentes no informal1, sendo que o que as define é a
país, sobretudo nas grandes cidades, têm completa ilegalidade da relação do morador
raízes antigas. Eles são, principalmente, com o espaço onde vive (áreas invadidas) ou
resultado das dificuldades econômicas e do o fato de o assentamento ter sido implantado
modelo de concentração de renda adotado pelo poder público sem a devida regularidade
ao longo da história brasileira, com grande urbanística e jurídica. Conjuntamente, elas
parte da população vivendo em situação de perfazem uma população de quase 500.000
extrema pobreza, sem acesso a condições habitantes (Zeis2 1 e 3), distribuídos em,
dignas de moradia. aproximadamente, 126.000 domicílios,
Soma-se a isso o processo de crescimento ocupando uma área aproximada de 16,1km2,
urbano verificado nas últimas décadas, que dos 331km2 do município, ou seja: 22% da
provocou a proliferação de ocupações população ocupam 5% do território da capital,
irregulares nas áreas desprezadas pelo evidenciando a marcada disparidade no
mercado imobiliário, nas áreas processo de ocupação do solo na cidade.
ambientalmente frágeis, de preservação Essas 209 áreas correspondem aos
permanente, cuja ocupação é vedada pela assentamentos precários, para as quais
legislação. Um problema agravado pela se direciona a Política Municipal de
ausência de uma política nacional de Habitação Popular e, também, diversas
habitação popular, que atendesse à outras ações da Prefeitura. São 178 vilas
população de baixa renda. e favelas, 21 conjuntos habitacionais de
A conseqüência de tudo isso são áreas interesse social já favelizados (produzidos
extremamente adensadas, desordenadas e antes da década de 1990) e dez outros
desestruturadas, sem infra-estrutura básica assentamentos sem classificação prévia,
de saneamento e equipamentos urbanos mas que possuem processo de favelização
(escolas, creches, postos de saúde), sem e características de ocupação irregular,
condições de implantação de áreas de lazer onde é possível viabilizar sua urbanização e
e onde se apresentam condições elevadas regularização.
de insalubridade. Apresentando-se em Os assentamentos precários se
condições ambientais limites, são altamente caracterizam, socialmente, por
vulneráveis à erosão, ao esgotamento do solo, representações formais de alta legitimidade e
à contaminação das águas, às catástrofes reconhecimento, mas também pela postura
naturais e às variações climáticas. de isolamento nos núcleos familiares, pelo
baixo nível de escolaridade, pela convivência
com processos de marginalidade e pela
renda familiar inferior a três salários
1
Fonte: Urbel.
2
Zeis – Zona Especial de Interesse Social, definida no Plano Diretor.
44
3
A Política Municipal de Habitação atende a população com rendimentos até seis salários mínimos e atua em dois eixos distintos:
intervenção em assentamentos existentes (vilas e favelas), a cargo da Urbel, que busca a redução do déficit qualitativo; e produção de novos
assentamentos, sob responsabilidade da Secretaria Municipal Adjunta de Habitação (SMAHB), que busca a redução do déficit quantitativo.
45
Com base nos PGEs já concluídos, foram o Programa de Governo da Aliança por
selecionadas outras 10 áreas4 a serem BH tem as seguintes propostas para uma
beneficiadas pelo Plano de Aceleração do Cidade com todas as Vilas Vivas:
Crescimento (PAC), lançado pelo governo
Lula, o que permitiu que a Prefeitura Construir dez mil novas moradias para
iniciasse a sua implementação imediata. Em vilas e favelas por meio do Orçamento
algumas dessas vilas e favelas, intervenções Participativo da Habitação, Orçamento
estruturantes já haviam sido licitadas, com Participativo Regional, Programa
algumas, inclusive, já iniciadas. Com os Estruturante de Áreas de Risco, PAC/Vila
novos recursos, provenientes do governo Viva e reassentamento das famílias atendidas
federal, no formato Vila Viva, as obras estão pelo Programa Bolsa Moradia.
em andamento nos principais aglomerados Expandir o Programa Vila Viva com o
de Belo Horizonte, com reflexos de curto objetivo de atingir, durante os próximos
prazo na conformação física e social da quatro anos, 35% dos moradores de vilas e
cidade. favelas de Belo Horizonte.
Apesar do muito que já foi feito, alguns Acabar com as áreas de alto risco
problemas persistem. Ainda permanece, no durante os próximos quatro anos a partir
município de Belo Horizonte, um déficit de de ação conjunta com o governo do
mais de 3.000 moradias, com relação ao que Estado, utilizando unidades habitacionais
foi aprovado no OP/Habitação. Apesar dos construídas pela Cohab-MG para o
esforços empreendidos pela Prefeitura, que reassentamento da população removida de
conseguiu reduzir em mais de 30% o número áreas de risco.
de pessoas que vivem em áreas de risco – Promover a regularização de todas as
passando de 15.000 famílias diagnosticadas unidades habitacionais produzidas desde
há 15 anos, para 10.000 famílias –, muitas 1993 e a regularização de 15 mil domicílios
ainda se encontram em situação de risco em vilas e favelas.
muito alto, segundo dados da própria Urbel.
Muitos moradores ainda não obtiveram a
titularidade das suas novas casas, adquiridas
a partir dos programas da PBH, enfrentando
dificuldades no cumprimento de normas
burocráticas e exigências da legislação.
4
As áreas do PAC-BH são: Vila São José, Pedreira Prado Lopes, Vila Califórnia (Noroeste), Taquaril, Avenida Belém, Santa Terezinha (Leste),
Serra, Morro das Pedras (Centro-Sul), Avenida Tereza Cristina (Barreiro) e Avenida Várzea da Palma (Venda Nova). Serão beneficiadas
32.615 famílias.
46
por uma rede muito maior de cidadãos, alto e muito alto. A parceria com esses
permitiu que fossem discutidas intervenções núcleos tem ajudado a Urbel e a Defesa Civil
de grande porte, que interessassem a mais do Município na retirada e no abrigamento
de uma das regiões da cidade. Introduziu, preventivo de famílias ameaçadas por
ao mesmo tempo, uma nova modalidade deslizamentos e enchentes.
de consulta e de tomada de decisões, cujo
potencial apenas começa a ser explorado. ali nça Por Bh
PolítiCa urBana A Aliança por BH apresenta suas
De forma também pioneira no país, as propostas e compromissos, no sentido de
experiências de elaboração e revisão do garantir e aprofundar estas conquistas,
Plano Diretor1 estabeleceram o processo qualificando o processo decisório e
participativo de gestão urbana. O Conselho ampliando o espaço de exercício da
Municipal de Política Urbana (Compur), participação.
que reúne representantes do Executivo, do Ampliar os recursos de investimentos
Legislativo e dos setores técnico, empresarial destinados ao Orçamento Participativo.
e popular da sociedade civil, possui, entre Ampliar a efetividade decisória dos canais
as suas atribuições, promover a Conferência de participação por meio de investimentos
Municipal de Política Urbana, monitorar a em mobilização e capacitação da
implementação das normas contidas na Lei representação social.
de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo2 e Melhorar a articulação das instâncias
opinar sobre a compatibilidade das propostas participativas entre si, criando redes
de obras contidas nos planos plurianuais e intersetoriais que compatibilizem as
nos orçamentos anuais, observando as propostas das diversas conferências.
diretrizes do Plano Diretor. O Compur, a Aumentar integração entre os
Conferência Municipal de Política Urbana instrumentos de planejamento e gestão e as
(posteriormente assimilada na Legislação instâncias de participação.
Federal do Estatuto da Cidade3 como Simplificar os instrumentos de
Conferência da Cidade), os Conselhos de planejamento para permitir o efetivo
Patrimônio, Meio Ambiente, Saneamento monitoramento do desenvolvimento urbano
e Habitação formam um conjunto ativo e pelas instâncias de participação.
dinâmico, decisivo para o suporte às políticas Motivar a participação de representantes
urbanas do município. ligados ao setor empresarial, frente à maciça
Merecem registro os Núcleos de Defesa participação de representantes de setores
Civil e o Conselho Municipal de Defesa mais populares. Tal desafio torna-se
Civil, parceiros fundamentais para o fundamental para consolidar a Conferência da
monitoramento das áreas de risco ambiental Cidade como espaço legítimo de discussão das
questões relacionadas ao município, inibindo,
assim, as práticas nocivas de corrupção e
clientelismo.
1
Lei Municipal 7.165, de 27 de agosto de 1996.
2
Lei Municipal 7.166, de 27 de agosto de 1996.
3
Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001.
50
1
O Programa de Recuperação Ambiental do Município de Belo Horizonte (Drenurbs) tem em sua concepção geral cunho ambiental e social.
Propõe tratamento integrado dos problemas sanitários, ambientais e sociais nas bacias hidrográficas cujos cursos d’água, embora degradados
pela poluição e pela invasão de suas margens, ainda se conservam em seus leitos naturais, ou não canalizados. O seu objetivo geral é o de
promover a melhoria da qualidade de vida da população do município, por meio da valorização do meio ambiente urbano.
53
2
O BHTec está sendo construído em terreno localizado entre as Avenidas Professor José Vieira de Mendonça, Carlos Luz e o Anel
Rodoviário. A iniciativa, uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, o Governo do Estado e a Universidade Federal de Minas Gerais,
visa consolidar o pólo de informática e biotecnologia da cidade.
3
O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional para reduzir as emissões de gases-estufa dos países industrializados e para garantir um
modelo de desenvolvimento limpo aos países em desenvolvimento. O documento prevê que, entre 2008 e 2012, os países desenvolvidos
reduzam suas emissões em 5,2% em relação aos níveis medidos em 1990.
54
1
O Mapa da Inclusão Social utiliza vários indicadores, como o Índice de Qualidade de Vida Urbana (IQVU), o Índice de Vulnerabilidade
Social e o Índice de Vulnerabilidade da Saúde, para definir as áreas prioritárias para os investimentos sociais e de infra-estrutura urbana,
orientando, ainda, as prioridades do Orçamento Participativo.
2
O Cad-Único é a base do programa Bolsa Família e tende a incorporar todos os outros programas sociais em sua base de dados.
3
Os Cras também são conhecidos por Núcleos de Apoio à Família (NAF).
56
4
O Sistema Único da Assistência Social (Suas), modelo de gestão instituído pela Política Nacional de Assistência Social, em 2004, organiza
elementos essenciais e imprescindíveis à execução da política de assistência social.
59
1
Esse projeto prevê a implantação de pequenas bibliotecas equipadas com um acervo inicial de 1.000 títulos, sendo 40% literatura infantil,
30% literatura para adulto, 5% obras de referência e 25% obras informativas/não ficção. O projeto prevê, ainda, a entrega de uma TV de 29’,
um DVD e um computador com impressora para cada unidade.
2
A Minas Film Comission é filiada à Association of Film Commissioners International (AFCI), organização oficial fundada e sediada nos EUA
que reúne todas as film commissions no mundo, com mais de 300 associados em todos os continentes. As Film Commissions divulgam as
potencialidades de uma determinada região com o objetivo de atrair para esta localidade a realização de audiovisuais.
XII – Aliança por uma
integração metropolitana
65
Sustentabilidade
Articular e planejar, junto aos demais
municípios vizinhos integrantes da RMBH, a
construção conjunta de um Aterro Sanitário
Público.
Articular com o governo estadual
no sentido de promover o saneamento
ambiental e implantar tratamento de esgoto
nas áreas localizadas em bacias hidrográficas
em divisas de município, em especial, na
Bacia da Pampulha (Contagem) e outras,
como Córrego Olaria (Sabará).
Saúde
Articular com os demais municípios da
RMBH e junto à Secretaria Estadual de
Saúde a criação de novos leitos hospitalares,
procurando descentralizar a sua oferta.
Criação de um sistema para atendimento
de emergências, com novas portas de entrada
em municípios vizinhos, articuladas por um
Samu metropolitano.
Construir um Hospital Metropolitano para
300 leitos.
Desenvolvimento Econômico
Ampliar as perspectivas de turismo na
região e no colar metropolitano.
Trabalhar em parceria com o governo
estadual, especificamente com o Instituto
de Desenvolvimento Integrado de Minas
Gerais (Indi) e com a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico (Sede), visando
atrair novos investimentos para a região.
Criar o Consórcio Metropolitano
para Ações de Qualificação, a partir da
identificação das novas condições de
empregabilidade geradas na região.