Título: O CORPO NA HIPERMODERNIDADE: REFLEXÕES SOBRE NOVOS
MODOS DE SUBJETIVAÇÃO Tipo: Experiências em Debates Tema: 2 – Saúde
Autor Responsável por apresentar o Trabalho: ANA AUGUSTA RAVASCO
MOREIRA MAIA Autor(es) adicionais: ANA PAULA PERISSÉ – UERJ, MICHELLE THIEME – UERJ Financiador: -
Resumo: As tecnologias de informação e de comunicação associadas à biotecnologia
vêm ocupando um espaço cada vez mais significativo no que diz respeito às experiências corporais e subjetivas dos indivíduos na atualidade. Considerando a importância em se pensar as relações existentes entre a subjetividade e o corpo, abordaremos como essas relações passaram a ser potencializadas e mediadas pelas novas tecnologias e pelas mudanças, ainda em curso, no sistema capitalista. Desta maneira, temos como objetivo contribuir para a reflexão dos impactos da tecnologia sobre o corpo, analisando os fatores sócio-culturais que engendram o sujeito hipermoderno, fanático pelo desempenho, caracterizado, dessa forma, por condutas de recusa dos limites impostos pela existência e, principalmente, pelo seu frágil “aparato biológico”. O corpo torna-se, portanto, objeto de intervenção e sustentáculo de interesses da produção consumista que visa à acumulação ilimitada de capital característica de nossa época. E assim, para atender as demandas dessa cultura que propõe a lógica da urgência, da instantaneidade e do alto desempenho, observa-se na hipermodernidade, o impressionante avanço das tecnologias e técnicas que colocam a disposição dos corpos os mais diversificados aparatos: medicamentos de toda sorte, aparelhos para o prolongamento da vida, apêndices e próteses e, até mesmo, “corpos digitais” para serem apropriados pelo sujeito. Desta maneira, partimos da tese de que os imperativos da atualidade, pautados na idéia de felicidade a qualquer preço, do imediatismo e da performance, que, levados a sua potência máxima, apresentam-se como tentativas de negar os limites corporais e a própria morte, colonizam o corpo e, com isso, a subjetividade.