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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL REGIONAL JARAGUAENSE - FERJ

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUÁ DO SUL – UNERJ

PARAFUSO COM DUPLA OPÇÃO DE


FIXAÇÃO

JARAGUÁ DO SUL

2010
2

EGON CESAR BEHLING

DIOGO MAFFEZZOLLI

MARCELO DEFANT DOS SANTOS

JADSON SCUSSEL DALMOLIM

RAFAEL FERNANDO JUNCKES

VALDECIR JUNIOR DE PARIS

PARAFUSO COM DUPLA OPÇÃO DE


FIXAÇÃO

Trabalho apresentado à disciplina


de Desenvolvimento do Produto no
curso de Engenharia Mecânica do
Centro Universitário de Jaraguá do
Sul – UNERJ

Prof. Julio C. Berndsen

JARAGUÁ DO SUL

2010
3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

OBJETIVO 7

1. PRÉ-DESENVOLVIMENTO 8

1.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 8


1.1.1 Definição do Plano estratégico de negócio 8
1.1.2 Portfólio de produtos da empresa 8

1.2 ANÁLISE DE MERCADO 9


1.2.1 Definição do público-alvo 9
1.2.2 Posicionamento no mercado 10
1.2.3 Perspectivas de lançamento e crescimento 10

1.3 PLANEJAMENTO DO PROJETO 10


1.3.1 Definição das áreas envolvidas no desenvolvimento do produto 10
1.3.2 Definição do escopo do produto 11
1.3.2 Definição do escopo do projeto 11
1.3.2 Análise dos riscos envolvidos 13
1.3.5 Cronograma de atividades 15

2. DESENVOLVIMENTO 16

2.1 PROJETO INFORMACIONAL 16


2.1.1 Avaliação das etapas anteriores 16
2.1.2 Revisar e atualizar o escopo do produto 16
2.1.3 Requisitos dos clientes por nível de importância 20

3 MERCADO ATUAL 21

3.1. MODELOS DE RESISTÊNCIA A AMBIENTES AGRESSIVOS 21

3.2 MODELOS PARA CONTROLE DE TORQUE 22

4. PROJETO 23

4.1 PRIMEIRO ESBOÇO DO PROJETO 24

4.2 PROTÓTIPO 25
4

4.2 ANALISES ESTRUTURAIS 26

5. ANALISE ECÔNOMICA 29

5.1 ACEITAÇÃO DO PUBLICO 29

CONCLUSÃO 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32
5

INTRODUÇÃO

Após a proposta didática da disciplina apresentada pelo professor onde


definiu cinco pontos para desafios de desenvolvimento tecnológico, visando
inovação nos setores de maior importância no momento, tendo como objetivo unir o
aprendizado da disciplina de desenvolver um produto com a possibilidade de criar
uma idéia inovadora que possa demonstrar resultados no mercado atual.

Os desafios para projeto eram:

• Projeto relacionado à economia de luz – Frente a necessidade de


viabilizar o crescimento das atividades econômicas no país as
alternativas para aumento da oferta de eletricidade devem buscar um
desenvolvimento no mínimo auto-sustentável, tendo em vista os custos
associados nos segmentos de geração, transmissão, distribuição e
comercialização de energia, já a economia de energia é um imperativo
para a expansão de industrias sem a necessidade do aumento da
oferta da mesma.

• Projeto relacionado à economia de água – Todos sabem que a água

potável é uma fonte finita onde ainda esbanjamos de suas fontes

porem devido aos problemas ambientais atuais maneiras de

economizar água nos processos que utilizam a mesma está cada vez

mais viabilizado.

• Projeto relacionado à reciclagem – Devido ao auto-consumo


principalmente de polímeros atualmente exigem uma maneira de
reciclagem para os mesmos, pois a degradação deste no meio
ambiente o torna um problema para a fauna e flora sendo assim
equipamento simples e práticos que aproveitem estes restos é bem
vindo. não existir um produto adequado para carregá-la, apresentamos
o presente trabalho.

• Projeto relacionado a fixadores – Esta opção foi relacionada a um 2º


PREMIO CISER de Inovação Tecnológica, a propostas é apresentar
6

um novo produto ou alterações em produtos já existentes, buscando


melhora de desempenho nas aplicações, redução de custos e
características de novidade ou que visem à substituição de sistemas de
fixações, tais como: soldas, rebites, colas, encaixes, pela utilização de
parafusos, entre outros produtos ofertados no mercado de fixadores.

Após discutirmos algumas idéias optamos pelo desenvolvimento de um


produto específico, que não tem existência no mercado, um parafuso com dupla
opção de aperto.

Mostraremos desde a pesquisa de mercado até o desenvolvimento do projeto


e análise de custos para fabricação do equipamento.
7

OBJETIVO

O objetivo deste projeto é basicamente apresentar ao mercado um fixador


diferenciado possibilitando a utilização de duas chaves para aperto ou retirada
prevendo uma opção em locais de difícil acesso, visando à praticidade e ergonomia
de seus usuários.

O fixador será desenvolvido conforme normas podendo ser substituído por


qualquer parafuso com a mesma finalidade, sua produção em uma fabrica já
existente demonstra pouco custo de implementação, por ser um projeto incremental
o maquinário utilizado para sua fabricação seria o mesmo apenas utilizando novos
moldes, apesar do pequeno custo deve ser feito um lote piloto para ver a aceitação
do mercado.
8

1. PRÉ-DESENVOLVIMENTO

1.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

1.1.1 Definição do Plano estratégico de negócio

Fica por este definido que a empresa “I9” que foi criada para desenvolver o
produto “Parafuso de duplo aperto” é fictícia, e baseia seus dados e cálculos em
pesquisas de mercado disponíveis ao público.

Integram ao planejamento do negócio, os objetivos da empresa na


comercialização deste produto e do seu constante desenvolvimento tecnológico.
Para fins de estudo, fica decidido que a empresa só produzirá poucas peças do
produto para testes, e analise de mercado em algumas oficinas e industrias.

A empresa foi idealizada com o intuito de lançar no mercado o fixador


diferenciado. O desenvolvimento de recurso para parafuso que trabalham em
ambientes agressivos com alto índice de corrosão ou locais de difícil acesso fazem a
necessidade de um fixador com maior resistência o que acarretaria em um material
diferenciado e um elevado custo do mesmo, porem uma simples e diferenciada idéia
de duas possibilidades de aperto pode ser uma solução de baixo custo para este
problema.

Em resumo, nosso produto é designado para suprir a necessidade de


mecânicos ou profissionais de manutenção onde encontram dificuldades em
determinadas aplicações, porem podendo ser utilizado pela indústria em geral.

1.1.2 Portfólio de produtos da empresa

A I9 desenvolve uma diversificada linha de produtos dentro dos mais


elevados padrões de qualidade.

São fixadores fabricados de acordo com as especificações de normas


técnicas nacionais e internacionais como DIN, ABNT, ISO, SAE, ASTM e ANSI.
9

Fornecidos em diversas variações de dimensões nominais, no sistema


métrico e de polegadas, os produtos I9 garantem alta resistência, segurança e
durabilidade na fixação a bicicletas, manufaturados de madeira, de metal,
máquinas e equipamentos, veículos, estruturas e outros.

Figura 1 - Portfólio de produtos

1.2 ANÁLISE DE MERCADO

1.2.1 Definição do público-alvo

O parafuso com dupla opção de aperto pode ser utilizado por qualquer
usuário, o que torna o número de clientes elevado.

Porém, ficou estabelecido como público-alvo prioritário por ordem de


importância:

- Profissionais de Manutenção;

- Oficinas em Geral;

- Indústrias;
10

1.2.2 Posicionamento no mercado

Quanto à concepção, o produto destina-se, em um instante inicial a


substituição dos parafusos utilizados atualmente com um pequeno diferencial de
custo, este diferencial caso aceito levará a comercialização do produto nas demais
áreas de aplicação ocasionando um crescimento nas vendas. O mercado regional
será o foco inicial para pesquisa dos resultados do lote piloto. O fixador pode ser
considerado um produto inovador devido principalmente a sua simplicidade e
versatilidade. Quanto a sua viabilidade técnica e econômica, será necessária uma
pesquisa em campo onde detalhes inerentes ao projeto e resistência estejam
relacionados.

1.2.3 Perspectivas de lançamento e crescimento

A empresa vê um mercado promissor nesta área de atuação, pois cada vez


mais o tema de difícil acesso e danificação das cabeças devido ao mau uso ou
ambiente agressivo e ergonomia estão presentes no dia-a-dia das pessoas. Deste
modo, a empresa pretende lançar o produto com previsão de tomar conta deste
espaço no mercado.

O lançamento do produto fica previsto para o início do ano de 2011, levando


em conta todos os processos envolvidos.

1.3 PLANEJAMENTO DO PROJETO

1.3.1 Definição das áreas envolvidas no desenvolvimento do produto

Definição das Responsabilidades das Áreas Envolvidas no DP


Deptos Função
Aceitação do mercado
Diretoria Pesquisa de concorrentes
Pesquisa de mercado
Definição dos materiais
Engenharia Análise de patentes
Cálculos e analises estrutural
11

Projeto do produto
Projetos Certificações por órgãos oficiais
Projeto dos moldes
Desenvolvimento de fornecedores
Compras Análise de fornecedores
Controle de qualidade
Definição de processos industriais
Produção
Definição de lead-times de produção
Confecção de Catálogos e material promocional
Marketing Apoio a vendas
Estatística e retorno ao cliente
Tabela 1 - Áreas x Responsabilidades

1.3.2 Definição do escopo do produto

Características e principais funções esperadas do produto:

- Ergonomia e praticidade: Proporcionar aos clientes facilidade no aperto e


retirada de parafusos proporcionando uma otimização no seu uso (2 pontos para
manuseio - sextavado interno e externo).

- Flexibilidade: As dimensões utilizadas serão conforme normas podendo


ser substituído por qualquer modelo utilizado atualmente.

1.3.2 Definição do escopo do projeto

O fixador com dupla opção de aperto mostra uma solução aos problemas
apresentados no dia-a-dia da manutenção em geral, atualmente soluções
“gambiarras” são encontradas, como efetuação de entalhes para aplicação de
chaves de fenda quando a cabeça externa esta espanada ou quando o acesso
permite o uso de chaves especiais ideais para desapertar ou apertar porcas e
parafusos que tenham os sextavados espanados.
12

Figura 2 - Chave Especial

Um exemplo pode ser demonstrado abaixo em uma declaração de um


mecânico:

“Como o parafuso para escoar o óleo do câmbio está com a cabeça


espanada, não consegui retirar o óleo na forma tradicional. Então, para fazer isso,
preciso retirar a tampa do lado direito do motor” Fonte: rd350.org/Desmontagem.htm

Figura 3 - Parafuso com cabeça espanada

O objetivo é desenvolver um produto novo, de baixo custo que proporcione


ergonomia e praticidade ao cliente final e que ajude nas condições de flexibilidades
nas mais diversas aplicações.
13

1.3.2 Análise dos riscos envolvidos

Atividade/Processo Riscos Conseqüência Ações


Desenvolvimento do Produto inviável Produto não aceitado
Retirada do produto
projeto economicamente pelo publico
Fornecer parcerias com
Fornecimento de Atraso de entrega Atraso de entrega do
fornecedores de
matéria-prima do fornecedor produto final
qualidade
Problemas de
Qualidade da matéria- Baixa qualidade e Desenvolver e testar
resistência dos
prima problemas no campo materiais no fornecedor
materiais

Instalar programa de
Falhas no processo qualidade individual
Processo industrial Problemas no campo
produtivo durante processo de
produção

Acompanhar estatísticas
Trincas ou baixa
Problemas de Cliente insatisfeito e de falhas no campo e
durabilidade do
qualidade produto devolvido revisar processos se
produto
necessário

Tabela 2 - Analise de Riscos

A necessidade de elaboração de um cronograma de atividades no


desenvolvimento de um produto é de suma importância para definir metas e prazos
de entrega que devem ser respeitados, assim como separa as atividades por
setores, este cronograma deve ser feito por um profissional com o conhecimento
especifico do produto a ser implantado e da empresa assim como conhecimentos
nas áreas envolvidas e de preferência no quesito desenvolvimento de produto,
estipulamos um modelo prevendo os setores da empresa I9 de médio porte onde os
setores atuantes são:

• Diretoria – Onde as idéias são apresentada geralmente constituída


pelos diretores de cada setor e um geral, os problemas são
demonstrados e as possíveis soluções são encontradas, definindo
assim o produto a ser fabricado.

• Vendas – Em pequenas empresas fazem o papel de marketing


também demonstrando ao cliente o portfólio de produtos e também
entrando em contato diretamente podendo saber de dificuldades que
14

clientes estão encontrando podendo assim encontrar soluções


formando um ciclo continuo.

• Engenharia – Setor responsável pela analise da solução encontrada


pela diretoria, analise de patentes, se idéia é factível, definição de
matérias cálculos e teste, para obtenção de protótipos.

• Projetos – Após os testes feitos pela engenharia o setor de projetos


elabora o projeto final do produto assim como o ferramental necessário
para produção do mesmo.

• Compras – Com o projeto definido são efetuadas orçamentos e analise


de fornecedores e da matéria prima a ser comprada, a compra da
matéria prima necessária é efetuada após aprovação da engenharia e
da diretoria levando em conta principalmente a relação custo/beneficio

• Produção – Os processos de fabricação foram definidos antes da


finalização do projeto, na execução do protótipo pela engenharia e a
produção definindo os quesitos de facilidade em fabricação sem alterar
as propriedades mecânicas do produto acabado. Após todos os itens
definidos a produção de um lote piloto é iniciada, o processo de
fabricação em massa se da apenas depois da aceitação do publico
alvo.

É óbvio que todos os quesitos demonstrados no presente estudo foram


elaborados pela equipe porem como o intuito da matéria é agregar conhecimento
para desenvolver futuros produtos abaixo um cronograma demonstrando como as
ações agiriam em uma empresa verdadeira com o porte médio do modelo fictício.
15

1.3.5 Cronograma de atividades

Semanas
Tarefa Departamento 2010
27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53
Estudo de Mercado Vendas
Definição do
Diretoria
Produto
Análise de Patentes Engenharia
Projeto do produto e
Engenharia/Projetos
def. de materiais
Fabricação do
Compras/Projetos
ferramental
Análise de
Compras
fornecedores
Desenvolvimento da
Produção
linha de montagem

Aprovação de
ferramentas e linha Engenharia/Projetos
de montagem

Teste com lote piloto Produção/Engenharia

Validação do
Produção/Engenharia
Processo Produtivo

Produção Produção
Lançamento do
Vendas
Produto
Tabela 3 – Cronograma de Atividades
16

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 PROJETO INFORMACIONAL

2.1.1 Avaliação das etapas anteriores

Após a conclusão da etapa de pré-desenvolvimento, o grupo de trabalho


procedeu à avaliação das etapas anteriores e concluiu que as mesmas
estavam bastante coerentes. O grupo então partiu para a etapa de
detalhamento das etapas.

2.1.2 Revisar e atualizar o escopo do produto

Partimos então para a verificação dos problemas encontrados, onde


discutimos principalmente sobre o tamanho padrão que iremos utilizar.

Quando um mecânico está concertando um defeito qualquer numa


máquina, por exemplo, um automóvel, muitas vezes ele tem pouco espaço
para trabalhar (em geral em posições desconfortáveis). Por esta razão, o
parafuso hexagonal é o mais cômodo, pois é o que pode ser apertado ou
desapertado com giros menores (60°), isto é, com mo vimentos mais curtos do
braço.

Observe que este ângulo de giro a que estamos nos referindo é o ângulo
central do polígono regular.
17

A medida do ângulo central do polígono regular de n lados é 360º/n é


conveniente nos parafusos, que o ângulo central do polígono seja “pequeno”,
porem não usamos polígonos com maior número de lados, pois, por exemplo
um octógono regular está mais próximo do círculo que o hexágono regular, a
chave usada para apertar ou desapertar um parafuso nunca se ajusta
perfeitamente à sua cabeça. Sempre existe uma folga, com o uso, a tendência
da cabeça é sofrer um arredondamento (dizemos que a cabeça do parafuso
fica espanada).

Sob este aspecto o polígono mais adequado é o triângulo pois é o que


mais se afasta da figura de um círculo, é o que tem o menor ângulo interno 60°
porem dificulta os giros de aperto e o formato da chave, por este motivo
numero n de lados pares são melhores.

Para compreender melhor esta afirmação imaginamos um parafuso com


cinco lados, conforme imagem abaixo.

A chave usada para o parafuso hexagonal tem, no encaixe, bordos


paralelos, o que facilita o ajuste da chave à cabeça do parafuso. Para
parafusos pentagonais poderíamos ter dois tipos de chaves.
18

A primeira tem a desvantagem de “escapar” com facilidade e a segunda


só se encaixaria na cabeça do parafuso se encaixado sobre ele o que é
incômodo para o mecânico.
mecânico

Após a revisão observamos que a opção de duas cabeças era uma idéia
que melhoraria o presente modelo de parafusos.

O problema em relação às patentes já foi descartado no inicio do


projeto, pois de acordo com a pesquisa que realizamos no site do INPI
(Instituto Nacional da Propriedade Industrial) o nosso produto não é
patenteado, então podemos fabricá-lo
fabricá sem problemas legais. O que
encontramos foram apenas produtos com propostas similares, conforme segue
abaixo:

Pesquisa do tema;

• Parafuso com duas cabeças


19

Abaixo as patentes relacionadas encontradas e seu respectivo descritivo:

Nº da patente - PI9500803-9 B1
Descrição da patente - PARAFUSO PARA PARES DE APERTO DE AJUSTE
PRECISO E CHAVE LOBADA
Inventor - Giannantonio Brugola
Direitos Autorais - Dannemann ,Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira

Nº da patente - PI8203511-3 A2
Descrição da patente - PARAFUSOS COM CABEÇAS RANHURADAS
EXTERNAMENTE E O RESPECTIVO ACIONADOR
Inventor - Hideo Suzuki
Direitos Autorais - Símbolo Marcas e Patentes Ltda

Figura 4 - Modelos Similares

Conforme pesquisas feitas o produto sugerido não é ainda encontrado


no mercado, porem existem modelos similares fabricados por concorrentes
geralmente para indústria especifica (automobilística, aeronáutica) onde esta
implantação provavelmente já foi estudada, pois a tecnologia sempre é
desenvolvida previamente onde o valor do beneficio é muito maior que o custo
(aeronáutica, formula 1) porem nosso produto é um diferencial quando
analisado de forma globalizada pois os demais usam o modelo “torcs” interno e
não sextavado como utilizaremos.
20

Equipamento Ponto Forte Ponto Fraco

Parafuso com dupla Custo Normal


opção de aperto Desconhecido
Diferencial em resistência
“I9” e aperto

Parafusos de resistência a Elevado custo de compra


Alta Resistência
ambientes corrosivos Dificuldade de compra

Parafusos com controle de Médio custo de compra


Alta Precisão de Aperto
torque Custo de Aplicação

Danificação com aperto


Parafusos similares Custo Normal excessivo ou ambiente
agressivo

Tabela 4 – Tabela de Comparação dos modelos disponíveis no mercado

2.1.3 Requisitos dos clientes por nível de importância

Requisitos dos Grau de


Requisitos do produto Intensidade
clientes do produto importância

Que realmente o valor


investido logo retorne Praticidade e flexibilidade Alta Alta
em forma de satisfação

Esperam por um produto Material de boa


que não apresente qualidade e possíveis Alta Alta
riscos, produto durável tratamentos superficiais
Os tamanhos adotados
Que o produto se adapte
para o produto serão
perfeitamente aos Alta Alta
compatíveis com o
demais equipamentos
mercado
Não sejam necessários
Que seja de fácil
equipamentos especiais Média Média
manuseio
para aplicação
Materiais e processos
Preço justo Média Média
otimizados
21

Produto que não agride


O produto é reciclável Média Média
o meio ambiente
Aspecto geral do Boa aparência com
Média Média
produto instalado design atual

Tabela 5 – Requisitos dos clientes x Produto

3 MERCADO ATUAL

3.1. MODELOS DE RESISTÊNCIA A AMBIENTES AGRESSIVOS

Os parafusos são utilizados para fixar qualquer material, conforme já


vimos anteriormente. Esses materiais podem fazer parte de equipamentos e/ou
máquinas que estão localizados em ambientes muito agressivos. Esses
ambientes podem ser de altas temperaturas ou que estão em contato direto
com causadores de mudança estrutural de material, como por exemplo, em
estruturas de plataformas petrolíferas, onde a maresia auxilia no desgaste do
material. Por causa, disso utilizam-se materiais diferentes dos padrões, o aço
carbono. Uma variação grande de materiais, como o titânio, o aço inoxidável o
nylon, o bronze e até o plástico surgem para essas aplicações. Na figura 3.1,
temos alguns exemplos de parafusos aplicados nesses ambientes.

Figura 5 - Parafuso para ambientes agressivos


22

Pesquisar modelos que suportam oxidação, altas temperaturas ou seja


ambientes agressivos, mostrar valores e matérias e por que não são utilizados
em larga escala apenas em projetos especiais.

3.2 MODELOS PARA CONTROLE DE TORQUE

Os métodos de aperto utilizados hoje são utilizados dependendo da


dispersão desejada entre a força mínima requerida e a máxima passível de ser
gerada ao fim do aperto gerando um gráfico (necessidade de precisão no
aperto x custo embutido ao sistema de aperto adotado).

• Controle de Torque

No aperto por controle de torque, a força axial desejada é


alcançada com auxilio de torquimetros, o resultado final de força tem algumas
oscilações devido às inevitáveis variações dos coeficientes de atrito na zona de
contato cabeça/junta, porca/junta e roscas internas e externas.

• Controle de Torque por cisalhamento

Este modelo apresenta uma aplicação perfeita em estruturas metálicas,


levando-se em consideração a tensão exata de aperto, se consegue através de
tecnologias desenvolvidas a partir de conceitos técnicos fundamentados e com
rígidos sistemas de controle de desempenho, este modelo é aplicado através
de equipamento especial consiste em uma espiga alongada no parafuso onde
é efetuado o aperto até o momento especifico pelo material utilizado
ocasionando a ruptura da espiga, garantindo assim um aperto adequando nem
a mais nem a menos.

• Controle de Torque até o limite de escoamento ou Torque X Ângulo

Esse controle se baseia no principio que o Torque e o Ângulo têm uma


relação linear após o pré-torque (momento de ligação). A partir do momento de
ligação, o limite de escoamento começa a diminuir significativamente, momento
em que então se interrompe o processo de aperto. O sistema se baseia na
23

relação que existe entre o alongamento (deformação linear) e o giro da


cabeça/porca do parafuso.

• Controle de Alongamento

Através de um dispositivo hidráulico ou por aquecimento o


parafuso é primeiramente alongado ou tracionado por uma ponta, sendo a
porca posteriormente posicionada por giro livre. Nesse método, o parafuso não
recebe força de torção durante a montagem. Utiliza-se normalmente esse
processo para parafusos de grandes bitolas, onde outros métodos
apresentariam dificuldades; devido ao elevado torque.

• Sem Controle

Todos os controles demonstrados acima geram um custo na aplicação


porem na manutenção rotineira em parafusos de pouca ou nenhuma precisão
de torque o que vale é o conhecimento do profissional, muitas vezes elevando
o valor do torque necessário ocasionando em uma dificuldade na retirada do
mesmo, para essa aplicação que é a mais utilizada hoje em dia o nosso
produto apresentara um diferencial, podendo ser utilizado uma cabeça para
aperto a interna e outra a externa para retirada, ocasionando um menor torque
no aperto facilitando a retirada e impossibilitando ao aperto excessivo por
profissionais inexperientes.

4. PROJETO

A idéia principal do projeto é desenvolver um fixador com dupla opção


de aperto respeitando as dimensões normalizadas
24

4.1 PRIMEIRO ESBOÇO DO PROJETO

Figura 6 - Primeiro esboço do fixador

A primeira idéia é elaborar um protótipo para analises, podemos


perceber que as vantagens como demonstrado anteriormente são:

• Facilitar o acesso com duas opções de ferramentas;

• Uma opção a mais para aperto ou retirada caso uma espane;

• Manter os padrões de mercado utilizados, com um diferencial;

• Fácil implantação para fabricação, apenas modificando os molde


já existentes;

A partir disto iniciamos o processo de fabricação dos protótipos,


primeiramente pensamos e elaborar cinco amostras de três modelos diferentes.
25

Figura 7 – Detalhe protótipo

4.2 PROTÓTIPO

O processo de fabricação do protótipo consistiu primeiramente da


compra de modelos de mercado sextavado compramos alguns modelos para
analise e comparação, para obtenção do protótipo primeiramente pensamos
em utilizar eletro erosão, porem como o custo era elevado, optamos por usinar
dois parafuso M10, este processo é apenas para execução do protótipo pois
não seria viável a fabricação de um molde apenas para poucas peças, mas em
produção em série o projeto do molde assim como as variáveis envolvidas para
execução do mesmo devem ser consideradas.
26

Figura 8 - Protótipo

4.2 ANALISES ESTRUTURAIS

Em um desenvolvimento real a analise em laboratórios faz-se necessária


para demonstração de relatórios caso clientes peçam, testes de fadiga,
resistência a tração e torção devem ser feitos, para comprovar a fragilidade do
novo modelo.

Porem, optamos por uma analise de elementos finitos com o auxilio do


software solidedge, o que nos da uma noção da variação da resistência do
parafuso quando comparado com o padrão.

Os resultados encontrados estão demonstrado a seguir, obtivemos a


máxima tensão, pela norma NBR 8855, que trata das propriedades mecânicas
de elementos de fixação - Parafusos e Prisioneiros.Onde temos no eixo da
abscissa a Tensão de ruptura do parafuso que é a sua tensão de escoamento,
e na ordenada o alongamento mínimo após a ruptura, sendo que esses valores
variam conforme o material e a dureza dos parafusos que seguem suas
classificações, estes estão demonstrados na tabela abaixo.
27

Tabela 6 - Sistema de coordenadas

Para o cálculo da força em parafusos geralmente é utilizado 60 % da tensão de


escoamento. Essa força é a força aplicada no corpo roscado do parafuso.
Então para um parafuso M 10 de classe 12.9 temos:

ߪ݁ = 1200 ‫ܽܲܯ‬

(݀ + ݀3)
݀2 =
2
ߨ (݀2 + ݀3)ଶ
‫= ݏܣ‬
4 2
‫ ∗ ݁ߪ = ܨ‬0.60 ∗ 58

‫ = ܨ‬41,760 ݇ܰ

ߪ݁ = ܶ݁݊‫ݏ‬ã‫݋ݐ݊݁݉ܽ݋ܿݏ݁ ݁݀ ݋‬

‫ = ݏܣ‬Á‫݅݀ ݋݀ ܽ݁ݎ‬â݉݁‫݋ݒ݅ݐ݅݉݅ݎ݌ ݋ݎݐ‬

‫ݎ݋ܨ = ܽܨ‬çܽ ܽ‫݈ܽ݅ݔ‬

݀ = ‫݅ܦ‬â݉݁‫)݈ܽ݊݅݉݋݊( ݋݊ݎ݁ݐݔ݁ ݋ݎݐ‬


28

݀2 = ‫݅ܦ‬â݉݁‫݉ ݋ݎݐ‬é݀݅‫݋‬

݀3 = ‫݅ܦ‬â݉݁‫݋݊ݎ݁ݐ݊݅ ݋ݎݐ‬

Para comparar a resistência do parafuso normal, e do parafuso I9 utilizamos


recursos do programa Solid Edge, onde aplicamos a força que o parafuso
deverá suportar, calculada anteriormente, os resultados estão demonstrados
abaixo:

Figura 9 - Modelo simulado

Parafuso Normal Parafuso I9

Material Classe 12.9 Classe 12.9

Tensão de Ruptura 1200 MPa 1200 MPa

Tensão de
720 MPa 720MPa
escoamento

Coeficiente de
1.27 1.20
Segurança

Tabela 7- Resultados obtidos

Após as devidas analises dos resultados podemos ver que houve uma
pequena redução da resistência de nosso parafuso, em relação ao parafuso
normal de mercado, essa redução pode ser comprometedora para
determinadas aplicações requer uma analise mais especifica sobre o assunto
em devidos ensaios de laboratório.
29

5. ANALISE ECÔNOMICA

A parte econômica e financeira está focada nos aspectos de receitas e


custos. A viabilidade do projeto é definida pela taxa interna de retorno, tempo
necessário para a amortização do investimento e o valor presente líquido do
fluxo de caixa o estudo da viabilidade econômica envolve tanto os aspectos
estritamente econômicos, como uma reflexão que resulte em definições sobre
analise de mercado e os possíveis cenários como crises, alta demanda, baixa
demanda dentre outros parâmetros que são de suma importância para analise
e desenvolvimento de um novo produto.

Os custos relacionados à implantação está relacionado a execução do


molde e dispositivos para fabricação do novo modelo, pois consideramos que
todos os equipamentos necessários para fabricação já estão presentes na
empresa.

5.1 ACEITAÇÃO DO PUBLICO

Iniciamos uma pesquise de mercado na indústria e oficinas, os primeiros


questionamentos eram sobre custos e resistência, consideramos os mesmos
de parafusos comuns.

Obtemos uma média de 60% dos entrevistados que utilizariam o novo


modelo devido à:

• Opções de aperto;

• Apertando pelo sextavado interno facilitaria a extração;

• Apenas o torque máximo seria efetuado pelo sextavado externo;

• Estaria prevendo uma futura manutenção;

• O fácil acesso em pontos de dificuldade com cachimbos;

• Comentaram que poderiam ser utilizadas duas chaves para


soltar;
30

Porem 40% questionou sobre estética, acharam o parafuso feio, mas


disseram que se o custo e resistência fossem iguais utilizá-lo-iam.

Nesta etapa devemos pensar como os clientes e nos questionar “por


que não usar o modelo atual?” essa pergunta deve estar respondida antes de
ser questionada, mostrando que os diferenciais do novo modelo superam os
similares.

De modo geral podemos ressaltar que a opinião do mercado foi que o


modelo proposto é melhor de se trabalhar e concluímos que primeiramente o
parafuso seria aceito, faz-se a necessidade de um lote piloto, pois talvez ele
seja usado no inicio apenas pela inovação, algo diferente pela curiosidade do
próprio ser humano, mas no futuro não temos como saber sua real parcela no
mercado de fixadores.
31

CONCLUSÃO

Concluímos que o desenvolvimento de um produto requer uma analise


de vários fatores, quando um estudo sobre planejamento, desenvolvimento,
execução e analise de mercado for efetuado, o risco de não obter sucesso são
mínimos.

Percebemos a importância da interação entre os setores da empresa,


todos devem trabalhar em conjunto com o mesmo foco de desenvolver
produtos sempre visando o cliente, todas as etapas como desenvolvimento,
analise de custos, de patentes, estudos conceitual e informacional devem ser
elaboradas, pois demonstram-se eficazes quando a apresentação do produto
final ao cliente.

A necessidade da interação entre a empresa e o cliente final, cada vez


mais presente no mercado atual, pois estamos vivendo a “era do cliente” e para
sobreviver neste mercado, à empresa deverá adequar seu produto as
necessidades de seus clientes. Muitas vezes os clientes não sabem o que
realmente querem, e cabe a nós ouvi-los para identificar suas características,
interpretar seus desejos e surpreendê-los, superando suas expectativas.

O presente trabalho permitiu nos vislumbrarmos na pratica como


desenvolvedores de novos produtos, tendo uma boa experiência superficial
sobre o assunto, com certeza esta experiência nos preparou para o mercado
de trabalho que cada vez mais exige do profissional soluções inovadoras.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] NORTON, Robert L. Projeto de Máquinas: Uma abordagem integrada. 2.


ed. Porto Alegre - RS: Bookman, 2004. 919 p.

[2] BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON, Elwood R. Jr.. Resistência dos


Materiais. 3. ed. São Paulo - SP: Makron Books, 2002. 1255 p.

[3] PROVENZA, Francesco. PROTEC: Projetista de Maquinas. 71. ed. São


Paulo - SP: Editora F. Provenza, 1996. 450 p.

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