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Proposta a Emenda Constitucional por uma das quatro enumeradas acima, começa a 2 a.
fase, que é a FASE DE DISCUSSÃO.
Como regra, a Emenda Constitucional começa a ser discutida na Câmara dos Deputados.
Só começa a ser discutida no Senado se for proposta por 1/3 dos senadores. Em todas as
outras hipóteses, a Emenda começa ser discutida na Câmara.
A discussão da Emenda tem algumas diferenças da discussão de projeto de lei.
Votação ou Deliberação da Lei> A Lei é votada na Câmara uma vez e uma vez no
Senado ou uma vez no Senado e uma vez na Câmara.
A Emenda Constitucional não é assim.
EMENDA CONSTITUCIONAL> É votada duas vezes em cada casa.
Casa Iniciadora> Temos a votação 1 e a votação 2. É votada em 2 turnos em cada Casa.
Quorum:
Para Lei Ordinária> Maioria Simples
Para Lei Complementar> Maioria Absoluta.
Para Emenda Constitucional> 3/5 (60%). Não é 2/3
1a. votação da EC> Tem que ter 3/5 de aprovação. Conseguindo os 3/5 vai para a 2a.
votação na mesma Casa Iniciadora. Se a Emenda for rejeitada na 1a. votação, ou seja,
não conseguindo os 3/5 é arquivada. Se arquivar a Emenda Constitucional não ser
proposta novamente na mesma seção legislativa, ainda que tenha propositura de maioria
absoluta. Não pode. Diferente da lei.
Se conseguir os 3/5 na 1a. votação vai para a 2a. votação na mesma Casa e se consegue
o quorum de 3/5 vai para a CASA REVISORA.
Casa Revisora> Na 1a. votação obtém os 3/5, vai para 2a. votação. Se não conseguir o
quorum de 3/5 na 2a. votação é arquivada, não podendo ser mais proposta na mesma
Seção Legislativa. Mas havendo aprovação por 3/5 duas vezes na Casa Revisora a
Emenda está automaticamente aprovada. A Emenda não precisa da sanção ou veto do
Presidente, como a Lei.
PROMULGAÇÃO> Aprovada a Emenda Constitucional nas 2 Casas por 3/5 ela é
promulgada, que é onde se dá o nascimento da Emenda.
Obs. O voto da Emenda é aberto. Só vai ser secreto quando for previamente acertado.
Promulgação da Emenda> É feita pelas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado
Federal.
Quem sanciona e veta a Lei é o Presidente.
Quem sanciona e veta a Emenda? Não existe sanção e veto de Emenda.
Quem promulga a Lei é o Presidente. Se ele não promulgar é o Presidente do Senado e
se ele não promulgar quem promulga é o Vice-presidente do Senado.
Prazo de Validade da MP> 60 dias. Se ela não for votada nos 60 dias, é prorrogada uma
vez por mais 60 dias. Portanto, o prazo máximo de uma MP é de 120 dias.
Prazo que o Congresso Nacional tem para aprovar uma MP> 45 dias (14 na comissão, 14
na Câmara, 14 no Senado e 3 para aprovar alteração).
São dois prazos que não têm nada a ver um com o outro.
valendo até 60 dias. Se ela não for votada nos 60 dias, é prorrogada por mais 60. Não
tem nada a ver um prazo com o outro.
Prazo de 45 dias> Caso não seja votada a MP em 45 dias pelo Congresso, ocorre
TRANCAMENTO DA PAUTA da Casa onde ela estiver tramitando.
Obs. Se o Congresso entra em recesso, todos os prazos são suspensos.
O Congresso (Câmara e Senado) tem uma agenda, uma programação para cumprir.
Vamos imaginar que a agenda do Congresso tenha em 1 o. lugar que votar um projeto de
Lei Ordinária no. 35; 2o. Projeto de Lei Complementar no. 74; 3o. Projeto de Emenda
Constitucional no. 401. 4o. Medida Provisória no. 202.
> O Congresso tem essa seqüência de votação. Se, no entanto, a MP 202 tenha sido
editada e decorra o prazo de 45 dias sem ser votada ela não deixa de valer, mas há o
TRANCAMENTO DE PAUTA.
Trancamento de Pauta> Pára de votar tudo; não pode votar mais nada. A pauta está
trancada. Se queria votar o Projeto de Emenda primeiro, não pode. Significa dizer que o
Congresso pára de votar tudo e a MP passa a ser a 1a. A MP fica obstruindo a Pauta.
Enquanto não votar a MP não vota mais nada na Casa onde estiver tramitando.
Então, a MP faz aniversário em 45 dias. Ela continua valendo. No 45o. dia, tranca a pauta
e o Congresso não pode votar mais nada e ela entra em REGIME DE URGÊNCIA.
Se o Congresso não votar em 45 dias, a pauta continua trancada e a MP continua
valendo até os 60 dias. Se não for votada nos 60 dias, ela não perde a validade e é
prorrogada por mais 60 dias automaticamente.
Passam 120 dias e a MP não é votada. Ela não pode ser reeditada. PERDE A EFICÁCIA.
2a. MP é rejeitada> Ela é votada na Câmara e no Senado. Pode ser rejeitada em qualquer
uma das Casas. Se ela for rejeitada na Câmara ou no Senado, ela perde imediatamente
a EFICÁCIA e de forma retroativa, ou seja, com força EX TUNC. É como se ela nunca
tivesse existido.
Como fica então quem pegou a camisa? Devolve ou fica? Se não era para o cara pegar a
camisa, ele tem que devolver. Por outro lado, não é justo que ele fique com a camisa já
que quando ele a pegou não tinha lei que permitia que pegasse a camisa?Temos um
paradoxo.
Há duas soluções logicamente possíveis:
Devolver a camisa ou ficar com ela. Mas é como se nunca tivesse ocorrido o fato.
Por isso é que toda vez que uma MP for rejeitada, ela perde a eficácia imediatamente e
de forma retroativa, mas ela terá que ser regulamentada pelo Congresso através de um
DECRETO-LEGISLATIVO para regulamentar aquele período em que a MP valeu. Se não
tiver uma lei para regulamentar esse período, as duas soluções são possíveis.
Ex. Se o Congresso decidir que deve ser devolvida a camisa, tem que devolver. Se
resolver que pode ficar, fica. Se ele resolver que pode ficar, mas tem que pagar terá que
pagar. Pode tomar outra posição intermediária, mas quem vai resolver essa situação é o
Decreto-Legislativo.
Obs. É Decreto-Legislativo e não Decreto-Lei.
Mas supondo que essa MP tenha regulado um contrato feito entre particulares. Como
fica? Rasga o contrato? Não. O Congresso tem que editar um Decreto-Legislativo para
regulamentar o que valerá durante o período que a MP estava em vigor.
3a. MP não é votada em 120 dias> Não tendo sido votada nos 120 dias, vale durante os
120 dias e perde imediatamente a eficácia de forma retroativa (ex tunc). Para
regulamentar os atos praticados durante os 120 dias, o Congresso edita Decreto-
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Legislativo. É a mesma hipótese da anterior, com a diferença de que antes ela foi
rejeitada e aqui ela perdeu a eficácia por não ter sido votada no período de 120 dias.
4a. MP aprovada com alterações> O Congresso pode alterar uma MP, mas para que ele
possa alterá-la, vamos dar um exemplo: Supondo que a MP seja um carrinho e que essa
MP seja para usar a camisa amarela. É ela que vai passar pela estrada do Congresso,
que vai ser votada no Congresso> É o carro amarelo. Chega na Câmara e a Câmara
aprova. Vamos usar camisa amarela. Mas faltou o carrinho. Mas vamos supor que a
Câmara não queira a camisa amarela e queira a camisa azul. Adianta aprovar o carrinho?
Está escrito ou existe a palavra azul no carrinho? Adianta rejeitar o carrinho? Não adianta
nem rejeitar e nem aprovar o carrinho. O que a Câmara precisa fazer se ela quiser dar a
camisa azul em vez da amarela? Na verdade ela precisa agregar alguma coisa no
carrinho, ela precisa colocar alguma coisa que vá colar no carrinho e que vá levar as
rodas para frente. É como se colocássemos um engate e uma caçamba e na caçamba é
que vai estar a cor azul. É como um processo judicial onde tem um processo em apenso.
Tem um processo principal com um apenso colado embaixo.
A mudança da MP tem que ser um APENSO. Não adianta nem aprovar e nem rejeitar. É
preciso acrescentar alguma coisa na MP. Se você quiser aprovar tudo, então compre uma
caçamba e agregue na MP que vai levar a caçamba embora.
Então, a MP é como se fosse um processo judicial mesmo, levando uma pasta para o
Congresso e lá está dizendo: camisa amarela. Se quiser aprovar a camisa azul, o que tem
que fazer? Aprovar ou rejeitar o projeto principal? R. Nem aprovar e nem rejeitar. Vai ter
que apresentar um APENSO. Apresentar um projeto de lei à Medida Provisória. O
Congresso precisa aprovar um projeto de lei específico para mudar a Medida Provisória.
Projeto de Lei que altera a M.P é chamado de > Projeto de Lei de Conversão.
É o Projeto de Lei de Conversão que muda a MP. O PLC que altera o carrinho da
caçamba é a caçamba.
Ex. Presidente manda> Vamos distribuir camisa amarela. A Câmara quer distribuir camisa
azul. Ela aprova ou rejeita a MP? Nem aprova e nem rejeita: Ela faz um Projeto de Lei de
Conversão. A Câmara aprovou o Projeto de Lei de Conversão. Disse não, tem que ser
azul. Esse é o Projeto de Lei de Conversão.
Ex. Senado fez um Projeto de Lei de Conversão, propôs um barquinho. A Câmara
aprovou ou rejeitou o barquinho? A Câmara rejeitou o barquinho.
Então, se o Senado quiser alterar a MP precisa elaborar um Projeto de Lei de Conversão,
que é o que muda a MP.
Se o Presidente falar: Vamos usar camisa amarela e o Congresso aprova Projeto de Lei
de Conversão par usar camisa azul. O que faz com quem usou a camisa amarela? Se o
Congresso aprovou Projeto de Lei de Conversão, o que vai passar a usar não é a camisa
amarela e sim a camisa azul. Quem pegou a camisa amarela fica com ela? Devolve?
Pinta a amarela de azul? R. De novo, quando a MP for alterada, para esse período
diferente do que vai valer daqui para frente, é preciso ser feito um DECRETO-
LEGISLATIVO.
Matérias que não podem ser objeto de Medida Provisória> Art. 62, §1º, CF. Em caso de
relevância e urgência, o Presidente da Republica poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 1º. É vedada a
edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a : a) nacionalidade, cidadania,
direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal processual penal e
processo civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Publico, a carreira e a
garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II – que vise
a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro; III – reservada a lei complementar; IV – já disciplinada em projeto de lei
aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da
Republica.
Obs. Direito Tributário pode ser objeto de MP, mas o tributo só pode ser cobrado depois
que virar lei e respeitada a anterioridade. Só pode ser cobrado o tributo no ano seguinte
àquele que ela virou lei.
Obs. MP só volta para a Câmara quando ela for alterada pelo Senado ou para o Senado
se a Câmara alterar alguma coisa.
Pergunta: Partido político presente em nove estados pode mover ADIN? R.Não. Quem
deve estar presente em nove Estados não é o partido político e sim a Entidade de Classe.
Partido político que está presente em todos os estados, mas não tem representação no
Congresso, NÃO PODE MOVER ADIN. Não é partido político com representação na
Assembléia Legislativa e nem na Câmara de Vereadores. Não é. A representação tem
que ser no Congresso Nacional.
Obs. Isso cai mesmo na prova da OAB.
Pergunta: Sendo assim, quer dizer que as leis municipais podem ser inconstitucionais?
R. Não. Nada pode ser inconstitucional. O que se faz se a Lei Municipal ferir a CF é
através do CONTROLE DIFUSO.
Lei do Distrito Federal> (Lei Distrital) A Lei do Distrito Federal não é lei federal e sim
Distrital. Competência da Lei do DF> Tem a mesma competência que o Estado e o
Município tem. Ele acumula essas duas competências.
Competência do DF> Faz lei sobre assunto Estadual e Municipal.
Pergunta: A Lei do DF pode ser objeto de ADIN? Sim ou não? R. Depende do assunto
que ela estiver tratando. Se a lei do DF estiver tratando de uma competência estadual,
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PODE ser objeto de ADIN. Mas se estiver tratando de competência Municipal, não pode
ser objeto de ADIN.
Obs. Só pode ser entrar com uma ADIN de Lei Federal ou Estadual que tenha sido
editada depois da CF de 05/10/88. Portanto, as leis promulgadas a partir do dia 06 de
outubro podem ser questionadas. Lei editada antes da CF de 88 não pode ser
questionada na ADIN.
Questão OAB:
Lei no. Tal, editada em 1979, o Procurador Geral do Estado de São Paulo entra com uma
ADIN, está certo ou errado? . Errado porque: 1 o. A lei é anterior à CF/88 e 2o. O
Procurado Geral do Estado de São Paulo não pode entrar com ADIN. Só o Procurador
Geral da Republica.
Questão OAB:
Podem entrar com ADIN:
a) Ministério Público
b) Partido Político com representação na Assembléia
c) Federal Sindical
d) Entidade de Classe de Âmbito Nacional
Ex. Você presta concurso e vira juiz. Está no seu gabinete e entra o escrivão dizendo:
DR, tem aqui um HC de um corintiano querendo ser solto questionando a lei. Você fala:
Vou apreciar. O escrivão responde: Mas o STF já falou que essa lei é inconstitucional.
Você é obrigado ou não a seguir essa decisão do STF? O que você fala para o escrivão?
Essa decisão foi dada numa ADIN ou foi dada num Controle Difuso? R> No Controle
Difuso, num Recurso Extraordinário. Você é obrigado a seguir essa decisão? R> Não.
Você pode dizer que ela é constitucional ou inconstitucional nesse caso.
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Mas se ele diz que foi numa ADIN, o que você tem que fazer? R. Se o STF falou que a lei
é inconstitucional numa ADIN você tem que dar o seguinte despacho: Conforme decisão
proferida pelo STF na ADIN nº Tal, julgo inconstitucional a Lei dos Corintianos.
A ADIN obriga o Judiciário e o Executivo. O Controle Difuso não obriga.
OK ATÉ AQUI IMPRIMIDO
Ex. Você tem um cliente que não quer pagar um imposto que o STF falou que é
inconstitucional no Controle Concentrado, na ADIN. Você quer que o seu cliente não
pague esse imposto. Como advogado você tem a obrigação de dizer: A ADIN tem Efeito
Vinculante; o STF já falou que a lei é inconstitucional. Juiz, Vossa Excelência tem a
OBRIGAÇÃO de dizer que é inconstitucional.
Efeitos da ADIN é:
ERGA OMNES (para todos) e VINCULANTE para o Executivo e Judiciário.
Pergunta: A decisão do STF quanto a ADIN com Efeito Vinculante para o Executivo e o
Judiciário é Ex Nunc ou Ex Tunc? R. Depende. Depende se for uma decisão liminar ou
uma decisão final, de mérito.
Ex. Supondo que a lei do imposto dos corintianos tenha sido criada em 1º de janeiro e
eles começaram a pagar. No dia 20 de março o Procurador Geral da Justiça ajuíza uma
ADIN no STF. Certo? R. Errado. O PGJ não entra com ADIN. É o Procurador Geral da
Republica que entra no dia 20 de março com ADIN. No dia 25 de março o Ministro relator
dá uma LIMINR dizendo que lei é inconstitucional (cabe liminar na ADIN). Essa liminar
dada 25 de março vai valer daqui para frente ou daqui para trás? Ou seja, ela vai ter efeito
Ex Nunc ou Ex Tunc? Se tiver Efeito Ex Tunc, teoricamente, o dinheiro que foi arrecadado
do imposto tem que ser devolvido.
A decisão não é vinculante? O Executivo pegou o dinheiro e tem que devolver, se for Ex
Tunc. Mas se for Ex Nunc tem que devolver o dinheiro? Não, porque vai valer dali para
frente.
Efeito da Liminar> Efeito é Ex Nunc = dali para frente.
É como se o STF dissesse> Por enquanto a lei é constitucional. A ADIN é processada,
vão pedir informação para o órgão que fez a lei, vão contestar> A ADIN é contestada pelo
Advogado Geral da União, dizendo obrigatoriamente que a lei é constitucional. A ADIN vai
para o Ministério Público dar outro parecer e ao final o STF vai ter que decidir se a lei é ou
não constitucional.
Na decisão final, DE MÉRITO, o STF diz que a Lei é inconstitucional. A decisão final,
de mérito, tem efeito Ex Nunc ou Ex Tunc?
Observação importante> A decisão final, EM REGRA, tem Efeito EX TUNC.
O Efeito da decisão final da ADIN é, EM REGRA, Ex Tunc, e não É Tx Tunc por causa da
previsão da Lei 9868/99> Lei da ADIN, no Art. 27 dessa lei que fala: Art. 27. Ao declarar
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razoes de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou
decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado, ou de outro momento
que venha a ser fixado.
Significa que o STF pode dar efeito Ex Tunc. Mas pode também dizer que essa regra
valerá a partir dali, ou seja, se o STF quiser, se 2/3 dos ministros concordarem, o efeito da
decisão final pode ser Ex Nunc. Ou seja, pode valer a partir dali, desde que com a
concordância de 2/3 dos ministros. Ou ainda o STF pode estabelecer uma data para
começar a valer a decisão> Decisão liminar> Ex Nunc.
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Decisão final> Em regra, Ex Tunc, porque o STF pode estabelecer que ela vai valer a
partir dali e se vai valer a partir dali, pode ser Ex Nunc ou pode estabelecer uma data
qualquer, desde que haja concordância de 2/3 dos ministros do STF.
Para que o STF faça isso há dois requisitos que são alternativos e não cumulativos. É um
ou outro requisito. O STF pode dar efeito Ex Nunc para a decisão final se houver Razões
de Segurança Jurídica.
Ex. Razoes de Segurança Jurídica. Foi feita lei dizendo que para prestar concurso para
juiz precisa ser homem. Fundamento da lei é que a mulher é nervosa, estressada,
inconstante durante a TPM. É uma lei inconstitucional. Mas é feito o primeiro concurso só
para homens. Os homens se candidatam e os que passam começam a exercer o cargo
de juiz. Um desses aprovados no concurso vai para a Vara da Família e começa a
trabalhar, fazer divórcio, separação, divorcia alguns casais e separa outros, etc. Depois
de algum tempo o Procurador Geral da Republica entra com uma ADIN dizendo que
aquela lei é inconstitucional e o STF na decisão final diz que a lei é inconstitucional. Qual
é o efeito dessa decisão? Erga Omnes e Vinculante para o Executivo e Judiciário e a
regra é que ela retroaja, que seja Ex Tunc. Então, tudo o que foi feito pelo juiz vai ser
destruído. O juiz que foi nomeado perde o cargo e teoricamente o que ele fez deixa de
valer porque retroage da data da promulgação da lei. E daí, como ficam os atos jurídicos
praticados pelo juiz? Todas as sentenças que ele deu serão anuladas se for Ex Tunc. Não
vai retroagir. Vai sumir tudo o que foi feito. Faz sentido? Esse juiz separou mais ou menos
300 casais e desses, 40 ou 50 já casaram de novo. Claro que não faz sentido. Por isso é
que o STF fala que isso vai valer Ex Tunc. O juiz vai perder o cargo porque o concurso, a
lei é inconstitucional. Mas a decisão proferida por ele vai ficar preservada. Ele restringe o
efeito daquela decisão por causa de uma razão de segurança jurídica. Vai ser muito
inseguro, juridicamente, se o casal que foi separado pelo juiz não tiver mais separado.
Portanto o STF pode: Dar Efeito Ex Nunc > Desde que presentes os requisitos: Razões
de Segurança Jurídica ou Excepcional Interesse Social. Estando presente um dos dois
requisitos, o STF pode, na decisão final, dar efeito Ex Nunc. Pode fixar uma data ou pode
até restringir os efeitos da decisão. Vai retroagir, o juiz vai perder o cargo, mas a sentença
que ele deu continua valendo. Ele restringe os efeitos da declaração, mas ao invés de
destruir tudo, separa algo para construir.
Outros legitimados precisam provar que têm interesse ou pertinência semântica. São
chamados LEGITIMADOS ESPECIAIS.
Pergunta: A declaração judicial no Controle Difuso tem efeito inter-partes. É correto dizer
então, que, caso o STF declare a inconstitucionalidade da lei, pelo controle difuso, e
sabendo que o efeito, aí sim passa a ser Erga Omnes, esse controle passa de difuso para
concentrado? É correto dizer assim? R. Não é correto dizer assim porque a declaração
judicial no controle difuso o EFEITO NUNCA vai ser Erga Omnes. O Efeito SEMPRE vai
ser inter-partes. O difuso é difuso e o concentrado é concentrado. A declaração do difuso
nunca vai passar a ser Erga Omnes. Sempre a declaração judicial, ainda que o STF diga
que essa lei é inconstitucional, vai valer só para a parte.
Obs. O que pode valer para todo mundo é a suspensão da decisão pelo Senado. Mas
isso não é Declaração Judicial.
Pergunta: Para que serve a ADECON? R. Para conseguir a eficácia necessária para
constitucionalidade de uma lei e para que se evite, acabe com decisões conflitantes.
Obs. Na verdade é para evitar que façamos Controle Difuso
Obs. Tudo o que foi dito sobre a ADIN vale também para a ADECON, com 4 exceções.
Petição Inicial da ADECON> Junta-se documento 1> Uma decisão dizendo que a lei é
inconstitucional. Documento 2> Uma decisão dizendo que a Lei é constitucional. Isso para
provar que aquela decisão é controversa.
ADECON> São:
- Presidente da República
- Procurador Geral da República
- Mesa do Senado Federal
- Mesa da Câmara Federal
Somente estes 4 são legitimados para mover ADECON.
Efeitos da decisão> Foro Supremo
PARA OAB> Tudo o que foi dito sobre ADIN vale para ADPF, com duas diferenças:
As diferenças são:
1º. Campo Material
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Ex. Lei Municipal fere o art. 3º CF. Cabe ADECON? Não. Cabe ADIN? Não. Cabe ADPF?
Sim, porque o art. 3º é Preceito Fundamental.
O resto é igual a ADIN.
Os mesmos legitimados e quem julga é o STF.
***> Se você tiver uma lei federal que você quer que seja declarada constitucional em
face da CF cabe o que? R. ADECON. Quem julga a ADECON é o STF.
Pergunta: Se tiver uma Lei Federal ou Estadual que fere a CF cabe o que? R. ADIN. E
quem julga é o STF.
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§ 2.º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 3.º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma
legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou
texto impugnado.
e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e ao Poder Executivo.”
“Art. 103. ...................................................................................................................
Senado Federal - Constituição Federal de 1988