Esse segundo corpo que se projeta recebe um nome distinto em cada uma
das culturas antigas. Os hebreus o chamavam ruach; os egípcios, o ka,
replica exata do corpo físico, mas menos densa; os gregos o
denominavam ameidolon; os romanos, larva; no Tibete, bardo; na
Noruega, fylgja, enquanto os antigos bretões lhe davam vários nomes -
fetch, waft, task, fye.
Waldo Vieira diz que nos tempos antigos a projeção só era revelada
aos iniciados e conseguida através da prática de certos rituais
secretos, cujas técnicas se perderam ao longo dos séculos. Hoje
restam apenas as tradições orais.
Muldoon pensou com tristeza que estava morto. Começou a andar, mas
vacilou ao sentir um repuxo do cabo. Tratou de abrir uma porta, mas a
atravessou. Tentou sacudir os que dormiam, conseguindo transpassar
seus corpos com suas mãos. Confuso, ficou dando voltas sem rumo, sem
saber o que fazer. Notava o repuxo na parte posterior de sua cabeça
com mais intensidade. Vacilou de novo e se imobilizou. Elevou-se no
ar e foi lançado acima da cama, onde ficou suspenso horizontalmente.
Vibrou como no princípio de sua aventura e se incorporou ao seu corpo
físico.