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Tomou esse nome porque, na cidade capital e noutros centros de poder , a aristocracia fez
rodear as suas habitações de amuralhados de pedra conhecidos por madzimbabwe
(singular Zimbabwe).
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A capital conhecida por G rande Zimbabwe entre os estudiosos concentrou -se grande parte
do poder político e económico.
Havia ai vários recintos circundados por pedra, na planície e na colina e igualmente uma
grande µcidade de caniço¶ vestígios arqueológicos cobrem hoje uma importante superfície.
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Alem do Grande Zimbabwe, são conhecidos vários µcentros regionais¶ com habitações,
igualmente circundados por muros de pedra, como o manykeni que se localizava no actual
distrito de Vilanculos, Inhambane.
Situado a 50km da Baía de Vilanculos e a 450 do Grande Zimbabwe, manykeni insere -se,
pela arquitectura, matérias arqueológicos e datações absolutas, no período aqui
considerado. Tendo sido e scavado durante 5 (cinco) campanhas, entre 1975 e 1980,
constituiu o primeiro Museu Arqueológico de Moçambique. As investigações mostraram que
foi continuamente habitado entre 1170 /80 e 1610/70, sendo o período de ocupação dividido
em várias fases. A construção do amuralhado data provalvelmente do século XIII,
contemporânea com o Grande Zimbabwe.
Entre os séculos XVI e XVII, a zona de manykeni fazia parte do território de sedanda, o qual
segundo a tradição oral, fora uma parte do estado dos Muenemutapa.
São raros os testemunhos de produtos para exportação. Foram apenas encontradas dua
pequenas esferas fundidas e missangas de ouro, indubitavelment e originária de centros
auríferos do planalto Zimbabweano.
O abandono (ou a marginalização) de manykeni, nos séculos XVI -XVII, deverá estar
relacionado com a fragmentação do Zimbabwe nos estados butua e Muenemutapa a partir
do século XV- orientado para o comércio do vale do Zambeze depois de 1450, bem como
com a implantação da autoridade político -militar portuguesa em sofala (1505) e nas Ilhas
de Moçambique (1507).
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As primeira trocas comercias realizaram -se provavelmente, entre os séculos IX-X. Al-
Masudi, viajante Árabe, referiu-se a Sofala no século X. As vias comé rcias utilizadas entre
os séculos XI e XV seriam provavelmente o rio Save, navegável durante o período das
chuvas, e a via terrestre q ue ligava o porto de Quelimane a Sena e Tete, ambos na
margem do Zambeze.
Com o desenvolvimento da produção criou -se grupos sociais com diferentes funções :
Agricultores, Artesanato e Pastores. O comércio a longa distância permitiu o
enriquecimento dos chefes das comunidades onde a exploração mineira e ra intensa. Foi,
pois, o ouro e o comércio que permitiram o enriquecimento de certos chefes e,
consequentemente, o desenvolvimento do seu poder político.
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A razão do abandono desta ½½cidade¾¾ praticamente sem deixar outros vestígios ainda não é
conhecida, uma vez que não existem registos escritos, mas pensa -se estar relacionada com
a invasão da região pelos muenemutapa, que deram origem a um império,estabelecendo a
sua capital cerca de 500km do Grande Zimbabwe, próximo do rio Zambeze.
Os povos shonas parecem ter -se fixado nesta região durante o século V. Apartir dessa
altura começaram a construir edifícios amuralhados que,na língua Chishona s e chamam
madzimbabwe, isto é casa s de pedra.
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Após termos feito este trabalho sob o tema Grande Zimbabwe concluímos que o império
durou 200 anos desde a sua formação até a sua decadência.