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Gotas de chuva

Victor N.

Gotas de chuva
caem sobre mim.
O vapor quente da
rua envolve meu corpo.

A rua, deserta, apenas


me lembra que ninguém
pode me escutar.
Não importe o tanto
quanto eu grite.

O vapor me pede para


deixar o fervor subir
à minha cabeça.

A chuva tenta conter


a massa revoltada
dentro de mim.
Me lembrando que
não sou quem, talvez,
eu pense que sou.

Os postes iluminam
o asfalto quente onde
a chuva implora para
que ele se acalme.

Quando a chuva acabar,


quando o asfalto esfriar,
quando a luz apagar.
De algo tornarei a lembrar.

Não importa o quanto


o calor aqueça meu corpo.
Não importa o quanto
a chuva lave meu coração.

Sempre haverá um momento


em que a escuridão tente
me envolver e ser minha
próxima compainha.

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