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MONOGRAFIA
EM
ÁLGEBRA
GRUPOS
Três Lagoas
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INTRODUÇÃO
Este trabalho monográfico foi feito para alunos universitários que busquem
enriquecer o seu conhecimento em Álgebra, especialmente em grupos.
Este trabalho foi dividido em quatro capítulos: Grupos e Subgrupos,
Homomorfismo e Isomorfismo de Grupos, Grupos Cíclicos e Classes Laterais e
Teorema de Lagrange.
O trabalho foi realizado em sua maior parte com base na obra Álgebra Moderna
de Hygino H. Domingues e Gelson Iezzi, fonte excelente para se estudar.
Este trabalho é dedicado ao professor orientador Dr. Antonio Carlos Tamarozzi
o qual me motivou a fazer este trabalho.
Enfim, ficam meus agradecimentos a Deus e a todos que ajudaram diretamente e
indiretamente para a realização dessa monografia.
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SUMÁRIO
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1 - GRUPOS E SUBGRUPOS
Associatividade
(a ∗ b ) ∗ c = a ∗ (b ∗ c ) , quaisquer que sejam a , b, c ∈ G ;
Existência de Simétricos
Para todo a ∈ G existe um elemento a '∈ G tal que a ∗ a ' = a '∗a = e .
Comutatividade
a ∗ b = b ∗ a , quaisquer que sejam a, b ∈ G
O grupo recebe o nome de grupo comutativo ou abeliano.
Mantidas as notações da definição, um grupo poderá ser indicado apenas por (G,∗) , em
que, para facilitar, o símbolo ∗ indica a operação sobre G . E, quando não houver
possibilidade de confusão, até esse símbolo poderá ser omitido. Assim, será comum
usarmos expressões como, por exemplo, “Seja G um grupo” ou “Consideremos um
grupo G ” o que naturalmente pressupõe a operação subentendida. Outra maneira ainda
de nos referirmos a um grupo (G,∗) é dizer que “ G tem uma estrutura de grupo em
relação à operação ∗ ”.
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1.2 - Propriedades imediatas de um grupo
Um grupo (G,∗) em que o conjunto G é finito chama-se grupo finito. Nesse caso, o
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1.4 - Alguns Grupos Importantes
É o sistema formado pelo conjunto dos inteiros e a adição usual sobre esse conjunto.
A adição usual é uma operação sobre Z , associativa e comutativa. Mas, há um elemento
neutro para ela (o número 0), e o oposto − a de um elemento a ∈ Z também pertence a
esse conjunto.
(z + w) + p = (a + c ) + (b + d )i + e + fi
= (a + c + e ) + (b + d + f )i
= a + (c + e ) + bi + (e + f )i
= a + bi + (c + e ) + (d + f )i
= z + (w + p )
Logo, é associativa.
Podemos afirmar que existe o elemento neutro que é 0 = 0 + 0i . Por fim, para todo
complexo z = a + bi , o número complexo − z = (− a ) + (− b )i = −a − bi é seu oposto, o
que pode ser verificado diretamente sem nenhuma dificuldade.
Veja:
z + (− z ) = a + bi − a − bi = 0 + 0i = 0
Onde 0 zero é o elemento neutro da operação +.
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1.4.3 - Grupo Multiplicativo dos Racionais (comutativo)
Sistema formado pelo conjunto dos racionais não nulos sobre esse conjunto.
O conjunto Q* é fechado em relação à multiplicação, ou seja, o produto de dois números
racionais não nulos também é diferente de zero.
A multiplicação usual é associativa em Q*.
p r t
Sejam a = , b= e c=
q s u
(a ∗ b ) ∗ c = p ⋅ r ⋅ t =
p r t
⋅ ⋅ = a ∗ (b ∗ c )
q s u q s u
O número 1 é elemento neutro da multiplicação, obviamente é diferente de zero.
Vejamos:
p p
a ∗ e = a ∗1 = ⋅1 = = a
q q
∴ a∗e = a = e∗a
Logo, a ∗ a −1 = e = a −1 ∗ a
p q
Na prática, considerando a = temos a −1 = . Assim:
q p
p q
a ∗ a −1 = ⋅ =1= e
q p
( )
Vimos, então que Q ∗ , ⋅ é um grupo.
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m linhas e n colunas. Isso posto mostraremos que M mxn ( K ) é um grupo aditivo. Para
Se
conjunto M mxn ( K ) .
Essa adição cumpre os axiomas exigidos pela definição 1, o que é fácil de provar:
Associatividade: A + (B + C ) = ( A + B ) + C
Comutatividade: A + B = B + A
Existência de Elemento Neutro: é a matriz
0 0
0mxn =
0 0
Existência de Opostos: qualquer que seja a matriz
a11 a1n
A=
a
m1 amn
Tomando-se
a11 a1n
−A =
a
m1 amn
Que obviamente também é uma matriz de M mxn ( K ) , temos:
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Portanto ( M mxn ( K ), +) é um grupo aditivo abeliano quando K = Z, Q, R ou C .
A⋅ B =
(cij ) , em que
n
∑ aik ⋅ bkj
cij =
k =1
(i, j =
1, 2, , n)
Para essa operação vale a associatividade, como é bem conhecido. Mas, ela conta com
um elemento neutro que é a matriz idêntica de ordem n:
1 0 0
0 1 0
In =
0 0 1
Mas sempre há matrizes para as quais não há a matriz inversa: por exemplo, a matriz
nula.
0 0
0n =
0 0
Cujo produto por uma matriz qualquer é ela mesma, portanto diferente de I n .
Para saber quais matrizes de ordem n têm inversa, recorremos ao seguinte teorema da
teoria dos determinantes: “Uma matriz A ∈ M n ( K ) é inversível se, e somente se,
det( A) ≠ 0 ”.
Como o conjunto das matrizes inversíveis, que indicaremos por GLn ( K ) , inclui a matriz
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det( A ⋅ =
B) det( A) ⋅ det( B) ≠ 0, ∀A, B ∈ GLn ( K ) então (GLn ( K ), ⋅) é um grupo. Esse
grupo não é comutativo quando n ≥ 1, pois, por exemplo, se
n 1 1 1
A⋅ B =
e B⋅ A =
1 1 1 n
O grupo (GLn ( K ), ⋅) é chamado, respectivamente, grupo linear racional, real ou
Para qualquer inteiro m > 1 , o conjunto das classes de resto módulo m , ou seja,
______
=Z m {0, 1, 2,, m − 1} é o conjunto quociente de Z pela relação de congruência módulo
m.
Vamos mostrar que (Z m , +) é grupo comutativo vale a associatividade, pois, temos:
(a + b ) + c =a + (b + c )
Enquanto a Comutatividade, temos:
a +b =b +a
Existência do Elemento Neutro que é o m = 0 . Logo,
a +0 =0+a =a
Portanto, 0 é o elemento neutro dessa operação.
_______
A classe m − a é o oposto de a ∈ Z m na adição módulo m , pois
a + m − a = a + (m − a) = m = 0
+ 0 1 2 3
0 0 1 2 3
1 1 2 3 0
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2 2 3 0 1
3 3 0 1 2
Observação:
(Z 4 , +) é comutativo, pois a tábua de operação é simétrica.
(Z 4 , +) todos elementos tem elementos simétricos, pois onde aparece o elemento neutro
Exemplo 2: Z + ; multiplicação.
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elemento neutro, e = 1 . Só existirá inversos para 1 e -1. Para 2 o inverso é , mas
2
1
∉ Z+
2
( x ∗ y ) ∗ z =3 ( x 3 + y 3 ) + z 3 =3 x 3 + ( y 3 + z 3 ) =x ∗ ( y ∗ z )
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Existe elemento neutro e , de tal forma que
x∗e = e∗ x = x
e = 0 . Logo,
x ∗ 0= 3
x 3 + 03= 3
x 3= x
Todos os números reais têm opostos para essa operação. Vejamos:
x ∗ (− x=
) 3
x 3 + (− x)=
3 3
x 3 − x=
3 3
=
0 0
Logo, x ∗ (− x) =e
Portanto, (R, ∗) é um grupo.
Vamos mostrar agora que esse grupo é abeliano.
Logo, comutatividade
x ∗ y = 3 x3 + y 3 = 3
y 3 + x3 = y ∗ x
1.5 - Subgrupos
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Proposição: Seja (G, ∗) um grupo. Para que uma parte não vazia H ⊂ G seja um
subgrupo de G , é necessário e suficiente que (a ∗ b) seja um elemento de H sempre
que a e b pertencerem a esse conjunto.
Demonstração:
(⇒) Indiquemos por e e eh , respectivamente, os elementos neutros de G e H .
Como
eh ∗ eh = eh = eh ∗ e
Então bh′ = b′ (novamente pelo fato de todos os elementos do grupo serem regulares
para sua operação). Por fim, se a, b ∈ H , então a ∗ bh′ ∈ H , uma vez que, por hipótese,
( H , ∗) é um grupo.
Mas, bh′ = b′ e, portanto, a ∗ b′ ∈ H .
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Exemplo 1: Como Z é subgrupo de R , em relação a operação de adição, temos que
(Z,+) é subgrupo de (R,+) . A operação é fechada em Z e em R .
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2 - HOMOMORFISMOS E ISOMOSFISMOS
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Exemplo 2: Seja a um número inteiro dado. A aplicação f : Z → Z definida por
f (m) = am é um homomorfismo de Z . Esse homomorfismo só não é injetor quando
a = 0 e só é sobrejetor quando a = 1 .
Quanto à primeira afirmação, basta observar que
f (m + n) = a (m + n) = a m+ a n= f (m) + f (n)
Se a = 0 , então, para todo m ∈ Z , e, portanto, f não é injetora nem sobrejetora.
Supomos a ≠ 0 e f (m) = f (n) , isto é, am = an , cancelando-se a (o que é possível,
pois a ≠ 0 ), obtém-se m = n , isso mostra que f é injetora neste caso.
Se a = 1 , então f é a aplicação idêntica de Z e, portanto é sobrejetora. Se a ≠ 1 então
f não é sobrejetora, porque Im( f ) = {0, ± a, ±2a, ±3a,} ≠ Z .
Proposição 1: f (e) = u
Dem: Obviamente e ⋅ e = e (pois e é o elemento neutro de G ) e u ⋅ f (e) =
f (e) (pois
f (e) ∈ J e u é o elemento neutro de J ). Levando-se em conta isso e a hipótese de que
f é um homomorfismo:
f (e) ⋅ f (e) = f (e ⋅ e) = f (e) =u ⋅ f (e)
∴ f (e) ⋅ f (e) = u ⋅ f (e) ⇒ f (e) = u
Onde utilizamos o fato que f (e) é um elemento regular.
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Corolário 1: f (a ⋅ b −1 ) = f (a ) ⋅ [ f (b)]−1
Logo, c ⋅ d −1 = f (a ) ⋅ [ f (b)]−1 = f (a ) ⋅ f (b −1 ) = f (a ⋅ b −1 ) .
Como a ⋅ b −1 ∈ H , pois, por hipótese, H é um subgrupo de G , então c ⋅ d −1 ∈ f ( H ) .
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Definição 2: Seja f : G → J um homomorfismo de grupos. Se u indica o elemento
neutro de J , o seguinte subconjunto de G será chamado núcleo de f e denominado
por N ( f ) .
N( f ) = {x ∈ G / f ( x) =
u}
ii) (⇒) Por hipótese , f é injetor e temos de mostrar que o único elemento de N ( f ) é
elemento neutro de G .
Para isso, vamos tomar a ∈ N ( f ) e demonstrar que necessariamente a = e . De fato,
como a ∈ N ( f ) , então f (a ) = u . Mas, devido à proposição 1, f (e) = u .
Portanto, f (a ) = f (e) . Como, porém, f é injetora, por hipótese então a = e .
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c) f : Z → R*+ dada por f ( x) = 2 x , em que Z é grupo aditivo e R*+ é grupo
multiplicativo.
É um homomorfismo, pois f ( x + y ) = 2 x + y = 2 x ⋅ 2 y = f ( x) ⋅ f ( y )
∴ f ( x + y )= f ( x) ⋅ f ( y )
∴ N( f ) = {0}
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Se G = J e a operação é a mesma, f é um isomorfismo de G .
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Portanto, não é isomorfismo.
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3 - GRUPOS CÍCLICOS
Uma consequência imediata dessa definição é que, para todo inteiro m , vale e m = e .
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( a m ) k = a m⋅k
Vamos provar para n= k + 1
(a m ) k +1 = (a m ) k ⋅ (a m )1 = a m⋅k ⋅ a m⋅1 = a m⋅k + m = a m⋅( k +1)
Logo, é válido que (a m ) n = a m⋅n
Essa proposição não será demonstrada porque são axiomas dos números reais.
i) É a propriedade distributiva.
ii) É a regra de sinais na multiplicação, pois o produto de um fator negativo com
outro fator positivo é negativo.
iii) É a propriedade associativa para a multiplicação.
Obs: Neste tópico, vimos que o grupo multiplicativo está relacionado com potências e o
grupo aditivo com múltiplos.
Proposição 3:
i) O subconjunto [a ] é um subgrupo de G ;
ii) Se H é um subgrupo de G ao qual a pertence, então [a ] ⊂ H .
Dem:
i) Como já observamos, [a ] ≠ ∅ . Sejam, pois u e v elementos de [a ] . Então
u = a n e v = a n , para convenientes inteiros m e n . Daí,
u ⋅ v −1 = a m ⋅ (a n ) −1 = a m a − n = a m − n . Isso mostra que u ⋅ v −1 ∈ [a ] . De onde, [a ]
é um subgrupo de G .
ii) Se a ∈ H , então toda potência de a também pertence a H e, portanto, [a ] ⊂ H .
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Definição 3: Um grupo multiplicativo G será chamado grupo cíclico se, para algum
elemento a ∈ G , se verificar a igualdade G = [a ] . Nessas condições, o elemento a é
chamado gerador do grupo G .
Obs: Podemos dizer que um grupo multiplicativo G é cíclico significa dizer que
G= {m ⋅ a / m ∈ Z} , para algum a ∈ G .
E no caso aditivo significa que G inclui um elemento a tal que G = {m ⋅ a / m ∈ Z} .
Exemplo: O grupo aditivo Z é cíclico, pois todos os seus elementos são múltiplos de 1
ou de -1. De fato, Z ={m ⋅1/ m ∈ Z} ou Z= {m ⋅ (−1) / m ∈ Z} .
Portanto, Z = [1] = [−1]
Podemos concluir que os números 1 e -1 são únicos geradores de Z .
Exemplo: Devido à proposição anterior, pode-se garantir que um subconjunto não vazio
H ⊂ Z é um subgrupo de (Z, +) se, e somente se, H = [m] , para algum inteiro m ∈ H .
Portanto, os subgrupos de Z são:
[ 1] =Z , [2] =[−2] ={0, ±2, ±4,} , [3] =[−3] ={0, ±3, ±6,} ,
[0] = {0} , [1] =−
[4] =[−4] ={0, ±4, ±8,} , etc.
Dem:
(⇒) Devemos usar o algoritmo euclidiano com m como dividendo e h como divisor:
m = hq + r (0 ≤ r < h)
Então: e =a m =a h + r q=a h ⋅ aqr =(a h ) q ⋅ a r =e q ⋅ a r =e ⋅ a r =a r
Ou seja, a r = e . Como não se pode ter r > 0 , pois isso contraria a hipótese de que o
período de a é h , então r = 0 e, portanto, m = hq . De onde, h | m .
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Exemplo 1: Verifique se Z12 é um grupo cíclico em relação à adição.
=〈 1 〉 {1=
0
, 11 , 1 2 , 1 3 ,} {0, =
1, 2, 3, 4, ,11} Z12 ¨
Portanto, 〈 1 〉 gera o Z12 , logo é cíclico.
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4 - CLASSES LATERAIS E TEOREMA DE LAGRANGE
Proposição 1:
i) A relação R sobre G definida por “ aRb se, e somente se, a −1b ∈ H ” é uma
relação de equivalência.
ii) Se a ∈ G , então a classe de equivalência determinada por a é o conjunto
= aH {ah / h ∈ H } .
Dem:
i) Como = e a −1 a ∈ H , então aRa e, portanto, vale a reflexividade.
Se aRb então a −1b ∈ H , mas sendo H um subgrupo de G , então (a −1b= ) −1 b −1a ∈ H .
Isso mostra que bRa e, portanto, que a simetria também se verifica para R .
Suponhamos que aRb e bRc , então a −1b , b −1c daí,
(a −1b)(b −=
1
c) a −1b = −1
bc a −=
1
ec a −1c ∈ H
Logo, aRc , de onde a transitividade é válida.
ii) Seja a a classe de equivalência do elemento a . Se x ∈ a , então xRa , ou seja,
x −1a ∈ H .
Portanto x −1a = h , para um elemento h ∈ H . Mas x = ah −1 e, portanto, x ∈ aH , uma
vez que h −1 ∈ H .
Por outro lado, se x ∈ aH , então x = ah , para algum h ∈ H . Daí, x −1=a h −1 ∈ H e,
portanto, xRa , de onde, x ∈ a .
Segue que a = aH .
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Exemplo 1: No grupo multiplicativo G ={1, −1, i, −i} das raízes quárticas da unidade,
considere o subgrupo H= {1, −1} . As classes laterais são:
1H = {1 ⋅1,1 ⋅ (−1)} = {1, −1}
(−1) H ={(−1) ⋅1, (−1) ⋅ (−1)} ={−1,1}
iH = {i ⋅1, i ⋅ (−1)} = {i, −i}
(−i ) H ={(−i ) ⋅1, (−i ) ⋅ (−1)} ={−i, i )}
Logo, 1H = (−1) H e iH = (−i ) H
Portanto, G / H = {1H , iH }
Essas duas classes laterais unidas coincidem com o grupo G .
Dem: Dadas duas classes laterais aH e bH , temos que mostrar que é possível construir
uma aplicação bijetora f : aH → bH . Lembrando a forma geral dos elementos dessas
classes, é natural definir f da seguinte maneira: f (ah) = bh , para qualquer h ∈ H .
Sem maiores dificuldades, prova-se que f é injetora e sobrejetora. De fato:
(Injetora) Se h, h1 ∈ H e f (ah) = f (ah1 ) , então bh = bh1 , como, porém, todo elemento
de G é regular, então h = h1 .
(Sobrejetora) Seja y ∈ bH . Então y = bh , para algum h ∈ bH . Tomando-se
=x ah ∈ aH , então f ( x=) f (ah= ) bh= y.
Em particular, todas as classes têm a mesma cardinalidade de H = eH ( e = elemento
neutro).
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Devido ao fato de aH → Ha −1 é uma aplicação bijetora, como já observamos, então o
índice de H em G é o mesmo, quer se considerem classes laterais à direita ou à
esquerda, módulo H .
Dem: Seja h a ordem de a . Portanto, h é o menor inteiro estritamente positivo tal que
a h > e (elemento neutro do grupo). Mas devido ao corolário anterior: o(G=
) (G : H )h
em que H = [a ] . Portanto a= a = (a )= e= e .
o (G ) ( G:H ) h h ( G:H ) ( G:H )
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Portanto, Z12 / H = {H ,1 + H , 2 + H }
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BIBLIOGRAFIA
DOMINGUES, Hygino H. e IEZZI, Gelson. Álgebra Moderna, 4 ed. São Paulo: Editora
Atual, 2003.
Abramo Hefez Curso de Álgebra, V.1 – Editora SBM, Rio de Janeiro, 2002.
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