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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Tomografia vem do grego tomo que significa corte ou secção e grafia que
significa representação gráfica. Então tomografia é a obtenção de imagens de
cortes ou secções de algum objecto.
Uma imagem por TC representa a anatomia de uma fatia transaxial do corpo obtida por várias medidas de atenuação dos raios -X.
Da esquerda para a direita, representação da “fatia” obtida com a TC, imagem coronal mostrando o local do corte e a imagem axial obtida.
Voxel Pixel
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
À direita, temos a representação de um pixel, e a esquerda, quando adicionamos a espessur a do corte à área do pixel, temos um voxel (cubo).
Quanto maior o número de pixels atribuídos para uma determinada área, menor o
tamanho dos mesmos, e conseqüentemente maior a definição da imagem.
Assim,quando se deseja melhorar a definição de uma determinada imagem,
pode-se aumentar o número de pixels. Isso é feito aumentando-se a matriz da
imagem. Porém, com maior número de pixels, o computador demora mais para
processar os dados, ficando mais lenta a formação da imagem, o que aumenta o
tempo de exame.
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
De outra forma, se aumentarmos a área onde iremos aplicar uma matriz sem que
se aumente o número de pixels, estes irão apenas aumentar de tamanho; isso
também reduz a definição da imagem.
Como cada imagem gerada no aparelho possui uma espessura, o voxel nada
mais é do que um cubo cuja altura é formada por tal espessura de corte e os
lados pelo quadrado da grade-pixel.
Para o mesmo paciente e uma mesma matriz (mesmo número de pixels), à esquerda temos um FOV grande e à direita um FOV pequeno.
Observe que o tamanho dos pixels diminui consideravelmente com a redução do FOV, aumentando a resolução da imagem.
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Como já vimos cada estrutura no corpo humano tem uma densidade diferente,
determinando atenuações diversas aos raios-X. Os coeficientes de atenuação na
Tomografia Computadorizada são medidos em unidades Hounsfield (UH). Nesta
escala, é atribuído o valor 0 para a água e de -1000 para o ar e esses valores são
representados na imagem por tons de cinza; a partir desses dois valores é que
são obtidos os dos demais tecidos. Assim, quanto maior o grau de atenuação de
uma determinada estrutura, mais branca ela irá aparecer na imagem e, quanto
menor o seu efeito de atenuação, mais preta.
Essa escala tem uma amplitude muito grande, chegamos a mais de 3.000 tons de
cinza. Como o olho humano não tem a capacidade de distinguir todos esses tons,
é necessário que se trabalhe com apenas uma parte da escala. Isso é possível
regulando-se, no comando do aparelho, a amplitude (Window Width – WW) da
janela, ou seja, o número de tons de cinza que se deseja trabalhar. Quanto maior
for o número de tons de cinza, menor a diferença entre suas tonalidades e menos
contraste perceberemos entre as estruturas; quanto menor a janela, menor o
número de tons de cinza e, conseqüentemente, maior o contraste. Por exemplo,
quando escolhemos uma amplitude de janela de 300, isto quer dizer que iremos
trabalhar com 300 tons de cinza.
O nível da janela (Window Level - WL) deve ser o valor do tom de cinza
correspondente ao da densidade média da estrutura que se deseja estudar. Por
exemplo, a densidade do parênquima pulmonar em um adulto varia de -700 a
-900 UH; portanto, o nível da janela a ser escolhido deve estar entre esses dois
valores (em geral, -800).
Como cada tecido tem uma densidade relativamente constante, a noção dos seus
valores de referência facilita a interpretação das alterações. Os valores
aproximados de alguns tecidos estão representados na tabela abaixo.
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
AR -1000
PULMÃO -900 A -400
GORDURA -300 A -50
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO 0 A 10
RIM 20 A 40
PÂNCREAS 25 A 55
MÚSCULO 35 A 50
BAÇO 35 A 55
FÍGADO 45 A 75
SANGUE COAGULADO 70 A 90
SANGUE VENOSO 50 A 60
OSSO ESPONJOSO 130 A 250
OSSO CORTICAL >250
METAL > 3.000