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Cada um trazia um instrumento debaixo do braço, menos o pianista que, claro está, não
podia trazer o piano.
- É entrar! É entrar! Minhas senhoras e meus senhores, as crianças não pagam nada! As
crianças não pagam nada!
Fantasias de Carnaval
Uma vez vesti-me de minhoca com um fato que me emprestou uma amiga da minha
mãe. Fui buscá-lo uns três dias antes do começo dos festejos. Vinha numa grande caixa,
todo embrulhado em papel de seda. Quando a abri e arredei o papel, os meus olhos
ficaram lá presos... Era vermelho e todo bordado a verde, a amarelo, a azul e a rosa.
O avental dizia «amor» a ponto de cruz. O colete era de veludo, todo coberto de
lantejoulas coloridas. A blusinha era só folhos, refolhos e trefolhos.
Pensava que morria de tanta felicidade. Quase não dormi de noite e todos os dias o
espreitava, ansiosa pelo momento de poder enfiá-lo.
O dia chegou. E lá vou, solta como um passarinho, ao encontro das minhas amigas. Mas
a meio do caminho, o que é que aconteceu? Salta-me um cão e espeta-me uma
mordidela tão farta na roda da minha saia que logo me deitou abaixo metade dela.
Fiquei louca. Podem crer. O meu lindo fato, que nem era meu, ali de saia esfarrapada.
As lágrimas eram tantas, tantas, que pus as mãos nos olhos para ninguém me ver chorar
e voltei correndo para casa. Mas a minha mãe conseguiu remediar tudo, até o meu
desgosto.
Maria Natália Miranda
O Carnaval
de pernas para o ar
No Carnaval
chamar-lhe... Entrudo!