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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ


CAMPUS DE CAICÓ
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: ÉTICA
PROFESSOR: MARCUS VINICIUS PEREIRA JUNIOR

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ACERCA DA MUTILAÇÃO GENITAL


FEMININA: UMA REFLEXÃO TEÓRICA

HELDER BRITO DE SÁ LOPES


LÚCIO WEBERT FERREIRA DA SILVA
QUINTILA GARCIA SANTOS
RAIMUNDO TOSCANO DE ARAÚJO
RUY ARAÚJO MEDEIROS

RESUMO
Este trabalho se propõe a analisar, sob o ponto de vista da ética enquanto ciência, a prática da Mutilação Genital
Feminina (MGF). A MGF é um conjunto de práticas relacionadas à amputação dos órgãos genitais femininos.
Tradicionalmente o procedimento é realizado por parteiras que utilizam instrumentos rudimentares e anti-
higiênico, a "operação" cria sérios riscos de infecções locais e sistêmicas. Em algumas culturas, a MGF é
considerada necessária para o melhor interesse da menina. A ética é a ciência que tem por objeto a moral
estudada dentro de determinada realidade. Se dentro daquelas comunidades, a prática MGF for aceita, livre e
conscientemente, não há motivos para negar, que a mesma se coaduna com preceitos morais e, portanto, é um
comportamento ético dentro daquele contexto. Mesmo que certos costumes, crenças e a moral de determinada
nação possam causar estranhamento aos países ocidentais, como é o caso da MGF, esses povos tem o direito de
viver livremente de acordo com suas convicções. Assim, a MGF é um comportamento ético dentro da moral das
culturas onde é praticada. Isso não significa impossibilidade de mudanças, haja vista que a sociedade é mutável
e, com ela, mudam também seus valores.

INTRODUÇÃO
No atual contexto mundial, as discussões acerca de certas questões socioculturais
tomam dimensões globais, haja vista a existência de órgãos internacionais em defesa dos
direitos humanos e da influência da mídia na propagação dessas questões e na difusão de um
determinado modelo social e econômico enquanto parâmetro para uma ética universal.
Entre as questões polemizadas no cenário mundial atualmente, encontra-se a cultura
da Mutilação Genital Feminina (MGF), praticada em alguns países, sobretudo no continente
africano. Questiona-se o problema ético dessa conduta, a qual, sob o ponto de vista ocidental,
configura-se contrária aos direitos humanos, que tão ferrenhamente vêm sendo defendidos no
pós-guerra.
Para efeitos de estudo do aspecto ético de determinada ação humana, é necessário se
definir a que conceito de ética a discussão se filia, que nesse caso é a ética científica. Nessa
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perspectiva, este trabalho se propõe a analisar, sob o ponto de vista da ética enquanto ciência,
a prática da MGF, ressaltando aspectos conceituais, históricos e culturais, bem como a
discussão sobre a autodeterminação dos povos, a moral e a ética em tal contexto.

MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA: CONCEITO, CONSEQUÊNCIAS E RAÍZES


HISTÓRICO-CULTURAIS
A MGF é um conjunto de práticas relacionadas à amputação dos órgãos genitais
femininos. A mesma pode ser de diversos tipos, tais como remoção parcial ou total do clitóris
(clitoridectomia) e, por vezes, dos lábios vaginais, bem como a infibulação, que, conforme a
Anistia Internacional Portugal (2009), “consiste na costura dos lábios vaginais ou do clitóris,
deixando uma abertura pequena para a urina e a menstruação”.
Na maioria das vezes, a MGF é realizada na infância e, embora possa ser realizada
em clínicas por médicos, com anestésicos e cuidados assépticos, à prática, geralmente, segue
outros modos, conforme descreve Ragab:

Tradicionalmente realizado por parteiras que utilizam instrumentos rudimentares e


anti-higiênico, a "operação" cria sérios riscos de infecções locais e sistêmicas,
abcessos, úlceras, retardo na cicatrização, septicemia, tétano e gangrena.
Complicações a curto prazo podem incluir dor intensa e hemorragia que podem
levar a choque ou até mesmo a morte, enquanto as complicações a longo prazo
podem incluir a retenção de urina, resultando em repetidas infecções urinárias;
obstrução do fluxo menstrual, levando a freqüentes de reprodução infecções do trato
e infertilidade, e trabalho de parto prolongado e obstruído [...] Além disso, o FGC
pode resultar em problemas psicológicos tais como a ansiedade crônica e depressão
(RAGAB, 2008, p.12, tradução nossa).

Apesar do forte crença de que MGF é de origem religiosa, mais precisamente


islâmica, tal prática não é prevista pelo alcorão, é anterior ao Islã, e não é praticada pela
maioria dos mulçumanos (RAGAB, 2008), havendo indícios dessa prática há cerca de 5000
anos. Contudo os líderes islâmicos não são unânimes sobre a temática e, quando a MGF é
praticada por mulçumanos, a religião, geralmente, é apontada como uma das razões (Idem).
Segundo Frade e Gonçalves (2009), a associação entre MGF e religião é o resultado
de interpretações específicas dos textos religiosos e dos seus ensinamentos, visto que a MGF
não tem raízes religiosas e existe/existiu em diversos grupos (cristãos, muçulmanos, judeus,
animistas e ateístas).

Evidências de múmias egípcias sugerem a existência de MG há cerca de 5000 anos.


Na Roma antiga, anéis metálicos eram colocados nos genitais das mulheres escravas
para impedir a procriação. No século XIX, no Reino Unido, existia a remoção
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cirúrgica do clitóris para o tratamento de epilepsia, esterilização e masturbação. Se
no Continente Africano e no Médio Oriente a MGF tem raízes ancestrais contudo,
mesmo nessas regiões, há países onde a prática é recente ou simplesmente não existe
(FRADE, GONÇALVES, 2009, p. 3).

As justificativas para a prática e manutenção da MGF estão relacionadas a questões


sociais, culturais e econômicas arraigadas à determinada concepção de gênero e à situação de
inferioridade socioeconômica da mulher em determinadas sociedades, onde, no casamento,
encontra-se a única perspectiva de futuro para a figura feminina. As comunidades onde essa
prática é aceita apontam várias razões para justificá-las, entre elas:

Ajudar a preservar a virgindade da mulher até ao casamento; proteger a honra da


família garantindo a legitimidade das descendências; reduzir o desejo sexual da
mulher tornando-a "menos promíscua", pois o clítoris ao ser considerado um órgão
masculino (associado ao aumento do desejo sexual, à “masculinidade”, a
comportamentos agressivos, e aumento do número de parceiros sexuais), a sua
remoção acentua a diferença anatômica entre os órgãos genitais femininos e
masculinos; aumentar o prazer do homem durante o ato sexual; aumentar a higiene e
estética, uma vez que os órgãos genitais femininos são aqui considerados sujos e
inestéticos; ser benéfica para a saúde garantido o aumento da fertilidade das
mulheres; ter por base questões religiosas; facilitar o parto; promover a coesão
social; aumentar as oportunidades matrimoniais; manter uma boa saúde e prevenir o
nascimento de nado-mortos em primíparas; prevenir a morte da criança recém-
nascida ou então desta sofrer de doenças mentais (PROGRAMA DE ACÇÃO
PARA A ELIMINAÇÃO DA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA, 2009, p. 16-
17).

Percebe-se que diversas dessas justificativas remetem à falta de conhecimentos


acerca da anatomia, fisiologia e das ciências da saúde de modo geral. Partindo desse
pressuposto, é possível inferir que essa mesma acientificidade pode estar levando à aceitação
e a legitimação da MGF por diversos povos, dada a desigual distribuição dos conhecimentos
científicos produzidos no globo terrestre. Ou, por outro lado, há a possibilidade de que certas
crenças estejam a serviço de determinados grupos como forma de legitimar e perpetuar um
modelo social em que a mulher é tida como objeto de propriedade masculina.
Apesar disso, “em algumas culturas, a MGF é considerada necessária para o melhor
interesse da menina”, conforme afirma Ragab (2008, p.12, tradução nossa).

ÉTICA E MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA


Como é possível pensar ética, como prática primeira das ações humanas, sem
compreender a moral que a alimenta, bem como os valores intrínsecos a esta, que como bem
sabemos, são construções históricas, culturais e temporais. Sendo assim, a ética possui certos
valores cambiantes, que assim como as ciências modernas estão sempre se redescobrindo,
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renovando, desta forma, as suas convicções e valores. A partir deste entendimento, admitimos
que o julgamento de valores éticos passa, primeiro, por uma isenção do próprio julgador, que,
deve reprimir sua natural vontade de usar seus próprios valores como parâmetros de
julgamento.
Como podemos aplicar a ética ao caso concreto da mutilação genital feminina em
certos países do continente Africano? Que valores culturais serão postos à balança? Qual o
fim desta ética? Acreditamos que para responder a tais questionamentos, primeiro devemos
concordar que deva existir uma ética que seja comum a todos os povos e que possua caráter
universal e que esta, tenha como fundamento básico, o respeito aos direitos humanos, dado
forma pela Declaração dos direitos humanos (ONU, 1948). Encontramos apoio a tal
afirmação em Froehlich e Vieira:

Desde os estóicos, que afirmavam que a ética provém de uma lei natural universal,
passando pelo célebre “imperativo categórico” de Kant e chegando ao
contemporâneo Habermas, todos, enfim, concordam que, em maior ou menor grau,
a ética é universal . Assim, deve-se concluir que “a justificação de um princípio
ético não se pode dar em termos de qualquer grupo parcial ou local. A ética se
fundamenta num ponto de vista universal […]. Ao admitir que os juízos éticos
devem ser formados a partir de um ponto de vista universal, estou aceitando que
meus próprios interesses, simplesmente por serem meus interesses, não podem
contar mais que os interesses de uma outra pessoa” (SINGER, 2004, p. 19-20 apud
FROEHLICH e VIEIRA, 2009, p. 22).

Partindo da premissa da ética universal e, por conseguinte do direito universal,


encontramos em vários tratados políticos, formulações de conteúdos éticos que tratam a
questão da MGF como uma questão de crime contra a humanidade destacamos, Algumas
dessas convenções são:
-A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
-A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (1959)
-A Carta Africana sobre os Direitos e Saúde da Criança (1990)
-A Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
Contra as Mulheres (1992)
-A Declaração das Nações Unidas sobre Violência Contra as Mulheres (1993)
-A Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, Declaração e Programa de Ação, Viena
(1993)
-A Alta Comissão para os Refugiados das Nações Unidas, Declaração Contra Violência
Baseada em Discriminação (1996)

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Apesar da ética universal apontar para uma necessidade urgente de banimento das
práticas de MGF, a quem defenda por a sua manutenção, justificando-se pelo respeito aos
costumes de tal povo como princípio ético de autonomia. Nestes termos, poderíamos admitir
que a ética com toda sua imperatividade se coloca ao mesmo tempo como legitimador e
combatente das práticas de Mutilação Genital Feminina e que este dicotomismo reflete a
verdadeira face da ética, como elemento cultural.
Contudo, segundo Vazquez (1987), a ética é a ciência que tem por objeto a moral
estudada dentro de determinada realidade. Moral, por sua vez, refere-se a

[...] um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentados


as relações mútuas entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, de tal maneira
que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e
conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica,
externa ou impessoal (VAZQUEZ, 1987, p. 69).

Assim, se dentro daquelas comunidades, a prática MGF for aceita, livre e


conscientemente, não há motivos para negar, que a mesma se coaduna com preceitos morais
e, portanto, é um comportamento ético dentro daquele contexto.

AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS E AS QUESTÕES MORAIS ENVOLVENDO


A MGF
Neste tópico, propomo-nos a apresentar uma abordagem do tema numa perspectiva
da autodeterminação dos povos, tentando, na medida do possível, discorrer sobre o assunto de
forma imparcial, além de enquadrar o tema da MGF nos conceitos da moral elaborados nos
estudos do professor Adolfo Sánchez Vázquez.
Um dos princípios do Direito Internacional, a autodeterminação dos povos, garante a
uma determinada nação o direito de se autogovernar, além de independência nas suas
escolhas, sem que haja qualquer tipo de ingerência externa. Considerando esse princípio,
podemos afirmar que país algum pode intervir na soberania de outro: sua cultura, religião,
costumes, ou qualquer outro aspecto ligado às características peculiares a um determinado
povo.
Mesmo que certos costumes, crenças e a moral de determinada nação possam causar
estranhamento aos países ocidentais, como é o caso da MGF, esses povos tem o direito de
viver livremente de acordo com suas convicções.
No que tange à moral, o professor Adolfo Sánchez Vásquez a conceitua como sendo
“um conjunto de normas, aceitas livremente e conscientemente, que regulam o
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comportamento individual e social dos homens.” (VÁZQUEZ, 2004, p.63). Partindo desse
conceito e salientando que, em países onde a MGF é praticada, grande parte da população,
inclusive as mulheres, defendem esse costume, podemos afirma que nesses países e etnias, a
MGF é algo moral.
Conforme assegura o cientista social Phil Bartle, a maioria dos membros da
comunidade quer manter a prática da mutilação e a enxergam como um importante elemento
da sua identidade. Noutro ponto, Phil Bartle afirma que nos locais onde a MGF é observada,
existe um forte sentimento a favor da sua prática, onde as pessoas que pensam dessa forma
vêem, na tentativa de acabar com esse procedimento, uma forma de imposição de valores
culturais diferentes.
A moral vigente nesses países e etnias como Mali, Senegal, Mauritânia, dentre
outros, corresponde ao momento histórico, ou ao nível de desenvolvimentos desses povos,
contudo, isso não significa que essa moral e os costumes locais serão sempre os mesmos, ou
que serão imutáveis. Conforme o professor Adolfo Sánchez Vásquez “A moral nos apresenta
uma sucessão de morais que correspondem às diferentes sociedades que se sucedem no
tempo. Mudam os princípios e as normas morais , a concepção daquilo que é bom e daquilo
que é mau, bem como do obrigatório e do não obrigatório.” (VÁZQUEZ, 2004, p.53)
Nesse sentido, vale oportunamente lembrar que os países ocidentais durante anos
justificaram, ou aceitaram moralmente, práticas como a escravidão, a tortura e as penas cruéis.
Com o decorrer da história a sociedade não mais aceitou tais práticas, é claro que isso não
ocorreu sem que antes fosse travado grande embate político, moral e ideológico.
Os costumes e a cultura de um povo, conforme lembra Phil Bartle, é como uma flor,
que desabrocha de dentro para fora, o que podemos fazer é regá-la e colocá-la ao sol, mas não
conseguimos fazê-la crescer ou puxá-la para cima, sem destruí-la.
Não queremos aqui defender a prática da mutilação, mas sim a liberdade desses
povos de agir consoante suas convicções e a moral vigente, com erros e acerto, avanços e
retrocessos, como qualquer outra nação. Isso não impede, que as organizações que são
contrárias a MGF, continuem atuando no sentido de levar esses povos a conscientização de
que tais procedimentos devem acabar, mas sem interferir de forma arbitrária impondo
abruptamente valores estranho àquele povo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, embora não se defenda tal prática, compreende-se que a MGF é
um comportamento ético dentro da moral das culturas onde é praticada. Isso não significa
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impossibilidade de mudanças, haja vista que a sociedade é mutável e, com ela, mudam
também seus valores.
Longe de esgotarmos esse assunto e toda polêmica que envolve a mutilação genital
feminina, nesse artigo, procuramos tão somente trazer uma visão geral do tema de forma a
enxergá-lo a partir de conceitos da ética e da moral. Conforme pudemos observar, a simples
crítica aos países que praticam a MGF, sem considerarmos as peculiaridades de cada região,
não contribui, em definitivo, para elucidar a questão.
A presente questão é bem mais polêmica e sugere uma visão mais ampla, não
simplesmente um posicionamento contrário. Conforme vimos nesse artigo, grande parte da
população desses países é favorável a prática da mutilação genital feminina, aceita-a e
defende-a como algo inerente a sua cultura.
É bem verdade que, aos nossos olhos ocidentais, tal procedimento é visto como
desumano e repugnante, no entanto, não podemos simplesmente julgar ou valorar tais atos
sobre nossa perspectiva de ver o mundo. É importante respeitar a autodeterminação desses
povos, cabendo-nos a possibilidade de tentar influenciar essas comunidades.
Espera-se que políticas globais sejam capazes de melhor difundir os conhecimentos
cientificamente produzidos para que os povos possam conhecer as diversas faces de seus atos
e sejam capazes de decidiram de forma ainda mais livre e consciente e, quem sabe, comecem
a enxergar a MGF como desnecessária e ultrapassada.

REFERÊNCIAS

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<http://www.scn.org/mpfc/modules/adv-fgmp.htm> Acesso em: 28 março 2011.

FRADE, A; GONÇALVES, Y. Mutilação Genital Feminina: direitos humanos de mulheres e


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<http://www.apf.pt/cms/files/conteudos/file/folhas%20de%20dados/MGF2009(1).pdf>.
Acesso em: 24 mar. 2011.

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PROGRAMA de Acção para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina. Lisboa, APF,
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RAGAB, A. R. A. Some ethical considerations regarding medicalization of female genital


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VAZQUEZ, A. S. Ética. 10. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S.A, 1987.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 25. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

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