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A entivação é com certeza um dos trabalhos mais delicados e em que é preciso tomar
algumas precauções para que não ocorram acidentes lamentáveis.
Há vários tipos de entivação, que devem ser analisados previamente em função dos
equipamentos e dos terrenos existentes.
Deve tomar em consideração de que em valas com mais de 1,50 de profundidade, não
é permitido trabalhar sem que se proceda primeiro à entivação.
Ilustração 2 (Entivação utilizando numa das faces molduras de madeira e na outra painéis metálicos) É
aconselhável utilizar ou uma ou outra.
A legislação Suíça é bastante rigorosa com a Segurança e à que cumprir essa legislação
não só por ser obrigatório mas também para se proteger contra eventuais acidentes.
Nos trabalhos das aberturas de valas deve ser respeitada a norma de construção nº
1796
Para a execução de uma entivação de uma vala com 1,50 de profundidade, deve
preparar previamente o trabalho a efectuar:
À que ter em atenção que a entivação deve subir sempre acima da vala pelo
menos 0,15m, para impedir que terras ou pedras soltas deslizem para o interior
da vala.
O fundo da vala deve ser regularizado a partir do nível de referência e após a sua
compactação, proceder à betonagem do massame de fundação que nunca deve ser inferior a
0,20m de espessura.
Se for instalar na vala tubos por exemplo de PVC, o massame deve ser corrido e
respeitar as pendentes previstas para o material a instalar. Após a colocação e
assentamento do tubo ou das manilhas de betão, deve proceder ao acompanhamento
dos mesmos, de acordo com as indicações (acompanhamento a betão ou a areia e
material retirado da vala), até à altura do fundo da entivação e depois de este
devidamente compactado, proceder então à desentivação
Para trabalhar em segurança deve pregar umas pontas de barrote ao lado das
existentes para apoio das escoras subidas em relação às existentes a largura de duas
pranchas (cerca de 0,50m) e mudar a localização das escoras para essas novas pontas,
retirando as originais e as pranchas que fiquem soltas, voltando a encher e compactar
a vala. Após essa operação pode retirar a entivação, começando pelas escoras centrais
e depois dos lados de fora da vala retirar as outras escoras.
ENTIVAÇÕES VERTICAIS
Dependendo do equipamento em obra, por vezes é utilizada uma entivação vertical,
quando não existe na obra guias metálicas para orientação da instalação das estacas
pranchas o operário tem que estar habilitado á execução de uma entivação no local,
não podendo no entanto prescindir do seguinte equipamento:
Ilustração 11 (Exemplo de uma entivação vertical utilizando estacas pranchas e com guias metálicas)
1. Colocar no fundo da vala uma longarina de cada lado da vala, assente sobre
pontas de barrotes para permitir o aperto das escoras metálicas em cada
extremo (a 0,30m) e no centro da longarina. Após a sua colocação na prumada
com a tábua guia;
Ilustração 12 (colocação das longarinas no fundo da vala para servirem de guia ás pranchas)
Ilustração 13 (colocação de prancha auxiliar para a prancha guia deixando a abertura suficiente para a entrada da
estaca prancha ou da prancha de madeira)
7. Após a colocação das pranchas verticais, retirar a tábua guia superior assim
como a tábua de ajuste interior da vala e proceder ao enchimento com material
escavado entre as pranchas e os bordos da vala, compactando-o bem e corrigir
o aperto das escoras entre as longarinas, como mostra a imagem seguinte. Esta
compactação vem auxiliar a fixação das barreiras laterais da vala e permite
trabalhar com muito mais segurança;
9. Para cravar as estacas pranchas deve abrir a vala em cada extremo e cravar uma
estaca prancha em cada lado da vala. Deve pendurar as longarinas, para as
manter no local original. Para o efeito deve pendurar com correntes metálicas
fixadas ao orifício destinado a transporte da estaca prancha e trava-las nas
longarinas superiores e desta pendurar a inferior;
Profundidade da vala
A profundidade da vala é um factor condicionante na escolha do sistema a utilizar, é
conveniente escolher o sistema adequado à profundidade da vala.
Deve-se registar que não se deve optar por introduzir dois sistemas de entivação
acoplados um por cima do outro, pois tal procedimento poderá levar à ruptura do
sistema ou à impossibilidade de se retirar o sistema no fim da obra, devido às diferenças de
pressão exercidas pelo solo, nomeadamente a forças de fricção e de adesão.