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São Paulo
2008
CENTRO TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
São Paulo
2008
Biasini, Evandro Santhiago
Estudo da Rastreabilidade e Certificação da Carne bovina para
o Agronegócio entre Brasil e União Européia/ Evandro Santhiago
Biasini – São Paulo, SP : [s.n], 2008.
.
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Claudio Antonio Gomes.
FATEC
______________________________________
A minha mãe e aos meus irmãos, por tudo o que eles fazem e sempre fizeram para
que eu chegasse até aqui.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste
trabalho.
“A vida é o que lhe acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos.”
John Lennon
BIASINI, Evandro Santhiago. Estudo do processo de rastreabilidade e
certificação da carne bovina para o agronegócio entre Brasil e União Européia,
2008. Monografia (Tecnologia em Logística com ênfase em transportes) – Centro de
Tecnologia da Zona Leste.
RESUMO
ABSTRACT
This paper studies the certification and traceability of beef in order to attend
international law, the difficulties of its implementation in the domestic market and its
influence on the outcome of agribusiness between Brazil and the European Union.
To do so are being respected, the agribusiness, livestock farming and traceability. It
also is being evaluated under the agribusiness the logistical point of view, and
change of posture of the national entrepreneurs to the changes caused by
agribusiness in the process of globalization. For the evaluation of the effect of non-
suitability of the production of beef consumption in the European market, are being
considered various surveys conducted by various authors with people directly or
indirectly related to agribusiness.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2 O AGRONEGÓCIO ............................................................................................... 17
2.1 Níveis do agronegócio ....................................................................................... 17
2.2 O agronegócio no Brasil .................................................................................... 18
2.2.1 O atual estágio do agronegócio brasileiro ...................................................... 19
3 A PECUÁRIA......................................................................................................... 27
3.1 A história da pecuária brasileira ........................................................................ 27
3.2 A nova pecuária brasileira .................................................................................. 28
4 A LOGÍSTICA E AS CADEIAS PRODUTIVAS ...................................................... 30
4.1 Sistemas de informações (SI) ............................................................................ 31
4.2 Os Sistemas de Informações Logísticas - LIS .................................................... 32
4.3 Cadeias de suprimentos: definição .................................................................... 34
4.4 A cadeia produtiva da carne bovina ................................................................... 35
5 RASTREABILIDADE ............................................................................................. 37
5.1 O processo de rastreabilidade ........................................................................... 38
5.2 A rastreabilidade na União Européia .................................................................. 39
5.3 Identificação animal ............................................................................................ 40
5.3.1 Métodos de Identificação................................................................................. 41
5.3.1.1 Marcação a ferro incandescente .................................................................. 41
5.3.1.2 Brincos eletrônicos ....................................................................................... 42
5.3.1.3 Implantes subcutâneos ou intra-rumenais .................................................... 43
5.3.2 Rotulagem ....................................................................................................... 44
5.4 A rastreabilidade no Brasil.................................................................................. 44
6 O SISBOV ............................................................................................................. 46
6.1 O novo SISBOV ................................................................................................. 46
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 49
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 51
ANEXOS ............................................................................................................... 56
ANEXO I ............................................................................................................... 56
ANEXO II .............................................................................................................. 66
13
1 INTRODUÇÃO
Jacob (CJD2) com atuação em seres humanos, e uma hipotética relação entre esta
com a doença do gado, agravou ainda mais a situação. A incidência dessa doença
carne bovina por parte dos consumidores, autoridades, governos e entidades estão
de qualidade exigidos.
brasileiro – por meio dos órgãos competentes, implantou medidas para combater o
avanço da doença, que vão desde barreiras comerciais, até programas de abate e
Européia exigem que toda carne produzida, bem como seus subprodutos estejam
bovina nacional estejam inseridos neste contexto, de forma a produzir com mais
(EMBRAPA, 2002)
15
1.2. Objetivos
nacional;
legislação européia.
1.3. Metodologia
livros, revistas especializadas, sítios da internet, a partir dos quais foram buscados
bovino nacional junto aos órgãos competentes, tais como Ministério da Agricultura,
2 O AGRONEGÓCIO
autor).
dada por Davis e Goldberg tornou-se muito atual devido à perspectiva sistêmica a
pós-porteira”.
propriamente ditos. Fazem parte desse grupo os produtores rurais – sejam eles
outros), etc.
de produtos agrícolas.
A partir dos anos 70 até o início dos anos 90, o Brasil experimentou
celulose e outros), café, chá, fumo, tabaco, algodão e fibras têxteis vegetais, frutas
país fechado e com alta inflação, para uma economia aberta e de inflação
brasileira.
(MENDES, 2005, p. 2)
abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem
das terras agricultáveis do mundo), dos quais 90 milhões ainda não foram
explorados.
produção, tais como o que produzir, quanto produzir e de que forma produzir
inerentes apenas à produção. Na grande maioria das propriedades rurais não havia
mercado internacional. Para isso, foi preciso começar a avaliar a questão sob dois
2000).
22
que entre os anos de 1997 e 2007, o PIB do agronegócio manteve uma participação
nacional, ou seja, mais do que 25 por cento de toda a riqueza produzida no país.
Figura 2: Quadro comparativo entre o PIB Brasil e o PIB do Agronegócio entre os anos de 1997
e 2007
Fonte: CEPEA (2007)
Atualmente, o Brasil é o quarto país em volume de vendas
Taxa anual de
crescimento
PAÍSES VOLUME DE VENDAS (US$ BI) (1996 a 2006)
U Européia – 27 3,40%
Canadá 2,80%
Brasil 9,40%
China 8,40%
Austrália 2,80%
Argentina 4,50%
0 20 40 60 80 100
Figura 3: Gráfico 1: Comparativo entre o volume de venda e as taxas de crescimento anual dos
sete maiores agroexportadores mundiais.
Fonte: Anuário Exame Agronegócio 2008-2009
24
pesquisa foi feita com base em respostas múltiplas. A figura 4 mostra os resultados
da pesquisa.
empresários pretendem investir até o final do ano mais do que vêm investido, ou
2004)
27
3 A PECUÁRIA
campo.
consistiam no aprisionamento dos animais após sua captura, para estocá-los vivos
saída à procura de caça. Ainda assim, existia a necessidade da busca por novas
do crescente fértil, o homem fixou residência no lugar das suas lavouras, dando
Vicente no início do XVI, com a chegada das primeiras cabeças de gado vindas de
e Piauí.
28
à produção de cana de açúcar, e, portanto, a criação de gado era tida apenas como
uma atividade complementar nos engenhos. Os animais eram usados apenas como
para a pastagem dos animais, e com o aumento dos rebanhos houve a necessidade
assim, assume o papel da principal atividade econômica da região por muito tempo.
carne bovina, demanda passou a ser por produtos com qualidade superior e livres
de qualquer contaminação.
29
mercado, uma parcela significativa dos produtores nacionais tem mudado de atitude
direto e positivo sobre os resultados (IEL, CNA, SEBRAE, 2000). Outro fator
SEBRAE, 2000)
em nove meses (de 44 para 35 meses de idade), além do aumento em 4,2 pontos
brasileira não reflete a situação geral dos pecuaristas nacionais, pois os sistemas
novas tecnologias.
empresarial, cada atividade dentro desses processos foi tratada por muito tempo,
de forma isolada.
logística de distribuição, etc., se deve a esse tratamento desagregado que era dado
que cada uma das atividades relacionadas à produção agrícola, e também a própria
atividade produtiva não podem ser vistas de forma isolada. (Portal do Agronegócio)
é muito atual. Segundo Fleury et al. (2000, p. 27), a é logística um paradoxo, pois
moderno.
sistema, pois são geradoras de informações, e também podem ser guiadas pelos
processos e pessoas que farão parte do SI, pelas máquinas que serão usadas nos
32
fornecem subsídios para o controle tático e operacional da cadeia. Para Fleury et al.
logísticos são a parte dos sistemas de informação gerencial (SIG), que processam
mostra a figura 8.
33
gerenciais são utilizados como base para a tomada de decisões, sejam elas
lidar com os problemas táticos, tais como seleção de transportadoras, arranjo físico
com Nazário (1999) a informação flui com grande rapidez neste nível e deve haver
físicos.
de informações logísticos podem ser usadas segundo Dornier (2000, p. 584) para:
e depois da porteira”.
pode ser definida como “um conjunto de elementos que interagem em um processo
35
Produtores de
insumos
Produtor Rural
Indústrias de 1ª e 2ª transformação
CLIENTE
Mercado Externo Mercado Externo
consumo). Nessa cadeia está implícito também o fluxo físico de materiais, bem
5 RASTREABILIDADE
produto no ponto de venda e todo o seu histórico pregresso até a origem. Para que
modo que seja possível interligar o fluxo físico de produtos às relações a ele
pertinentes.
identificar os produtos que estão entregando aos clientes e o que estão recebendo
dados da entidade reguladora. Os dados que devem ou não ser transmitidos fica a
cargo da legislação.
utilizada para identificação deve ser a mesma ao longo de toda a cadeia, e pode ser
comerciais;
identificar a empresa da qual a carne foi adquirida (AI 412) e o país de origem (AI
422).
permitam a leitura visual ou por leitura ótica, ou ainda por dispositivos RFID (Radio
matadouro.
seguintes elementos:
41
com um fio de cobre. Toda informação que o chip carrega (número) é captada por
outra antena, que pode estar instalada no mangueiro onde passa o gado e vai
captado através de RFID por leitoras manuais similares àquelas encontradas nos
não perdem a validade, e seu número poderá ser lido sempre que consultado.
Figura 13: Leitor de informações contidas nos brincos eletrônicos utilizados na identificação
de bovinos
Fonte: Revista Rural nº 99 (2006)
do tipo apenas para leitura (read only) e programados na fábrica (one time
devem ser padronizados de acordo com as Normas Internacionais ISO 11784 e ISO
5.3.2. Rotulagem
pelos quais a carne passou dentro da cadeia produtiva. Dessa forma devem constar
a vida, as datas que foram aplicadas, além do custo relativo a esse manejo na vida
do animal.
estar apto a participar do mercado externo, com a vantagem de produzir com custos
internacional.
implementação do sistema.
46
6 O SISBOV
para o consumo.
rastreabilidade.
• Cadastro de Produtor
• Cadastro da Propriedade
propriedade
produtivo.
48
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
tecnologias.
com ela, uma cadeia de empresas fornecedoras de bens e serviços voltados para a
procedimentos e normas a serem seguidos. Isso faz com que uma grande parte dos
REFERÊNCIAS
ANUALPEC. Anuário da Pecuária Brasileira. São Paulo: Instituto FNP, 2006. 369p.
ANUALPEC. Anuário da Pecuária Brasileira. São Paulo: Instituto FNP, 2007. 368p.
DULLEY, R.D. & TOLEDO, A.A.G. de. Rastreabilidade dos produtos agrícolas.
São Paulo, Instituto de Economia Agrícola, 2002. Disponível em:
http://www.iea.sp.gov.br. Acessado em 11 de outubro de 2002.
http://www.sitedoboi.com.br/carne001.htm
http://www.infoescola.com/agricultura-e-pecuaria/pecuaria-brasileira/
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_157_21720039
244.html
http://europa.eu.int/smartapi/cgi/sga_doc?smartapi!celexapi!prod!CE
LEXnumdoc&lg=pt&numdoc=32000R1760&model=guichett.
http://www.gim-magazine.com.br/hotsiteean.htm
http://www.d4microchip.com.br/
54
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARDOSO E.E. & LIMA E.C.N.Z.. Reuniões técnicas sobre couros e peles, 2002.
Documento 127,
55
ANEXOS
Alterado por:
Altera:
17 de Julho
Versão Set/2007 2
Artigo 1º
A identificação original estabelecida pelo país terceiro deve ser registrada na base de
dados informatizada prevista no artigo 5º ou, caso se não encontre ainda plenamente operacional,
nos registros previstos no artigo 3º, juntamente com o código de identificação atribuído pelo
Estado-Membro de destino.
4. Todos os animais provenientes de outros Estados-Membros devem conservar as
respectivas marcas auriculares originais.
5. Nenhuma marca auricular pode ser removida ou substituída sem a autorização da
autoridade competente.
6. As marcas auriculares devem ser atribuídas à exploração, distribuídas e aplicadas aos
animais de acordo com a forma estipulada pela autoridade competente.
7. Até 31 de Dezembro de 2001, o Parlamento Europeu e o Conselho, agindo com base
num relatório da Comissão acompanhado de eventuais propostas e nos termos do artigo 95º do
Tratado, tomarão uma decisão sobre a viabilidade da introdução de medidas de identificação
eletrônica, tendo em conta os progressos alcançados neste domínio.
Artigo 5º
A autoridade competente dos Estados-Membros deve criar bases de dados informatizadas,
em conformidade com o disposto nos artigos 14º e 18º da Diretiva 64/432/CEE.
As bases de dados informatizadas devem encontrar-se plenamente operacionais até 31 de
Dezembro de 1999, data após a qual devem armazenar todos os dados requeridos ao abrigo da
diretiva supracitada.
Artigo 6º
1. A partir de 1 de Janeiro de 1998, a autoridade competente deve emitir um passaporte
para cada animal que tenha de ser identificado em conformidade com o disposto no artigo 4º, no
prazo de 14 dias a contar da notificação do seu nascimento, ou, no que respeita aos animais
importados de países terceiros, no prazo de 14 dias após a notificação da sua re-identificação pelo
Estado-Membro em causa, em conformidade com o nº 3 do artigo 4º. A autoridade competente,
desde que observe as mesmas condições, pode emitir passaportes para animais provenientes de
outros Estados-Membros. Nesse caso, o passaporte que acompanha o animal à sua chegada
deve ser entregue à autoridade competente, que o devolverá ao Estado-Membro de emissão.
A autoridade competente na República Checa, na Estônia, em Chipre, na Letônia, na
Lituânia, na Hungria, em Malta, na Polônia, na Eslovênia ou na Eslováquia deve, a partir da data
da adesão, emitir um passaporte para cada animal que tenha de ser identificado em conformidade
com o disposto no artigo 4º, no prazo de 14 dias a contar da notificação do seu nascimento, ou, no
que respeita aos animais importados de países terceiros, no prazo de 14 dias a contar da
notificação da sua re-identificação pelo Estado-Membro em causa, nos termos do nº 3 do artigo 4º.
A autoridade competente na Bulgária e na Romênia deve, a partir da data da adesão,
emitir um passaporte para cada animal que tenha de ser identificado nos termos do disposto no
artigo 4º, no prazo de 14 dias a contar da notificação do seu nascimento, ou, no que respeita aos
animais importados de países terceiros, no prazo de 14 dias a contar da notificação da sua re-
identificação pelo Estado-Membro em causa, nos termos do nº 3 do artigo 4º.
59
4. O registro deve observar o formato aprovado pela autoridade competente, ser manual
ou informatizado, encontrar-se sempre, mediante pedido, à disposição da autoridade competente
durante um período mínimo a determinar pela autoridade competente, nunca inferior a três anos.
Artigo 8º
Os Estados-Membros devem designar a autoridade responsável pela aplicação do
presente título.
Os Estados-Membros devem informar-se mutuamente e informar a Comissão da
identidade dessa autoridade.
Artigo 9º
Os Estados-Membros podem cobrar aos detentores as despesas dos regimes referidos no
artigo 3º e os controles referidos no presente título.
Artigo 10º
As medidas necessárias à execução do presente título são aprovadas pelo procedimento
de gestão a que se refere o nº 2 do artigo 23º. Essas medidas devem abranger, em especial:
a) As disposições referentes às marcas auriculares;
b) As disposições referentes ao passaporte;
c) As disposições referentes ao registro;
d) O nível mínimo de controles a efetuar;
e) A aplicação de sanções administrativas;
f) As disposições transitórias necessárias para facilitar a aplicação do presente título.
Artigo 11º
Os operadores ou organizações, tal como definidos no artigo 12º, que:
— Sejam obrigados, nos termos do disposto na secção I do presente título, a rotular a
carne de bovino a todos os níveis de comercialização,
— Pretendam, nos termos do disposto na secção II do presente título, rotular carne de
bovino no ponto de venda por forma a fornecer informações que não estejam previstas no artigo
13º relativas a certas características ou condições de produção da carne rotulada ou do animal de
que provém, devem fazê-lo em conformidade com o disposto no presente título.
O presente título é aplicável sem prejuízo da legislação comunitária pertinente,
designadamente em matéria de carne de bovino.
Artigo 12º
Para efeitos do disposto no presente título, entende-se por:
— “carne de bovino”, os produtos com os códigos NC 0201, 0202, 0206 10 95 e 0206 29
91,
— “rotulagem”, a colocação de um rótulo em uma ou mais peças individuais de carne ou
na respectiva embalagem ou, no caso dos produtos não pré-embalados, a informação adequada,
por escrito e bem visível, prestada ao consumidor no ponto de venda,
61
organizações que produzam carne de bovino picada devem indicar no rótulo produzida em: Nome
do Estado-Membro ou do país terceiro, consoante ao local de produção da carne, e origem
quando o Estado ou os Estados em questão não sejam o Estado de preparação da carne.
A obrigação prevista no nº 5, alínea a), sub-alínea iii), do artigo 13º é aplicável a esta carne
a partir da data de aplicação do presente regulamento.
Todavia, esses operadores ou organizações podem completar o rótulo da carne de bovino
picada com:
— uma ou várias das indicações previstas no artigo 13º, e/ou
— a data de produção da carne em questão.
Se necessário, com base na experiência adquirida e em função de eventuais
necessidades, poderão ser adotadas disposições semelhantes para a carne cortada e para as
aparas, nos termos do nº 2 do artigo 23º Artigo 15º. Rotulagem obrigatória da carne de bovino
proveniente de países terceiros em derrogação do artigo 13º, a carne de bovino importada para a
Comunidade relativamente à qual não se encontra disponível toda a informação prevista no artigo
13º, nos termos do artigo 17º, deve ser rotulada com a indicação: «origem: não-CE» e «local de
abate:
(nome do país terceiro)».
SECÇÃO II - Regime de rotulagem facultativa
Artigo 16º. Normas gerais
1. No que respeita aos rótulos que contêm indicações diferentes das previstas na secção I
do presente título, cada operador ou organização deve apresentar, à autoridade competente do
Estado-Membro em que ocorre a produção ou venda da carne de bovino em questão, um caderno
de especificações para aprovação. A autoridade competente pode igualmente estabelecer
cadernos de especificações a utilizar no Estado-Membro em causa, desde que a sua utilização
não seja obrigatória. Os cadernos de especificações de rotulagem facultativa devem indicar:
— as informações a incluir no rótulo,
— as medidas a tomar para assegurar a exatidão das referidas informações,
— o sistema de controlo que será aplicado em todas as fases da produção e da venda,
incluindo os controles a efetuar por organismos independentes reconhecidos pela autoridade
competente e designados pelos operadores ou organizações. Estes organismos devem satisfazer
os critérios estabelecidos na norma européia EN 45011,
— no que respeita às organizações, as medidas a tomar em relação a qualquer membro
que não tenha cumprido os cadernos de especificações.
Os Estados-Membros podem decidir que os controles de um organismo independente
podem ser substituídos por controles de uma autoridade competente. A autoridade competente
deve, nesse caso, dispor do pessoal qualificado e dos recursos necessários para executar os
controles necessários.
As despesas dos controles previstos na presente secção são custeadas pelos operadores
ou organizações que utilizam o regime de rotulagem.
2. A aprovação de um caderno de especificações pressupõe a caução da autoridade
63
Artigo 21º
Até 14 de Agosto de 2003 a Comissão apresentará ao Parlamento Europeu e ao Conselho
um relatório e, se for caso disso, propostas adequadas relativas ao alargamento do âmbito de
aplicação do presente regulamento aos produtos transformados que contenham carne de bovino
ou produtos à base de carne de bovino.
TÍTULO III - Disposições comuns
Artigo 22º
1. Os Estados-Membros devem tomar todas as medidas necessárias para assegurar a
observância do disposto no presente regulamento. Os controles previstos devem efetuar-se sem
prejuízo de quaisquer outros a que a Comissão possa proceder ao abrigo do artigo 9º do
Regulamento (CE, Euratom) nº 2988/95.
Quaisquer sanções impostas pelo Estado-Membro a um detentor devem ser proporcionais
à gravidade da infração. As sanções podem envolver, se tal se justificar, restrições à circulação de
animais de ou para a exploração do detentor em causa.
2. Os peritos da Comissão, conjuntamente com as autoridades competentes:
a) Verificam se os Estados-Membros estão a cumprir as disposições do presente
regulamento;
b) Efetuam controles no local a fim de assegurar que os controles são realizados de
acordo com o presente regulamento.
3. O Estado-Membro em que se efetua o controlo deve prestar aos peritos da Comissão
todo o apoio de que estes possam necessitar no desempenho das suas tarefas.
O resultado dos controles efetuados deve ser discutido com a autoridade competente do
Estado-Membro em causa antes de o relatório final ser elaborado e posto a circular.
4. Sempre que considere que o resultado dos controles o justifica, a Comissão deve rever
a situação no Comitê Veterinário Permanente referido no nº 1, alínea c), do artigo 23º A Comissão
pode adotar as decisões necessárias nos termos do nº 3 do artigo 23º.
5. A Comissão deve acompanhar a evolução da situação. À luz dessa evolução e nos
termos do nº 3 do artigo 23º, a Comissão pode alterar ou revogar as decisões referidas no nº 4.
6. Se necessário, as normas de execução do presente artigo devem ser adotadas nos
termos do nº 3 do artigo 23º.
Artigo 23º
1. A Comissão é assistida:
a) Na execução do artigo 10º, pelo Comitê do Fundo Europeu de Orientação e Garantia
Agrícola, a que se refere o artigo 11º do Regulamento (CE) nº 1258/1999 do Conselho;
b) Na execução do artigo 19. o , pelo Comité de Gestão de Carne de Bovino, criado no
artigo 42º do Regulamento (CE) nº 1254/1999 do Conselho;
c) Na execução do artigo 22. o , pelo Comité Veterinário Permanente, criado pela Decisão
68/361/CEE do Conselho.
2. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os artigos 4º e 7º da
Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no artigo 8º da mesma. O período previsto no
66
5. Competências
5.1. Secretaria de Defesa Agropecuária- SDA/MAPA - Órgão responsável pela
normalização, regulamentação, implementação, promoção e supervisão da execução das etapas
de identificação e registro individual dos bovinos e bubalinos do rebanho brasileiro e
credenciamento de entidades certificadoras, cujos dados resultantes serão inseridos no Cadastro
Nacional do SISBOV.
5.2. Entidades certificadoras - Organizações governamentais ou privadas credenciadas,
responsáveis pela caracterização das propriedades, seleção e identificação dos animais para
efeito de registro e inserção dos dados individuais de cada animal no SISBOV.
6. Processo de identificação - Procedimento que utiliza a marcação permanente no
corpo do animal ou a aplicação de dispositivos internos ou externos, que permitam a identificação
e o monitoramento individual dos animais, aprovados e autorizados pela SDA/MAPA.
7. Documento de identificação - Documento de identificação individual que acompanhará
o animal durante toda a vida, do nascimento ao abate, morte natural ou acidental, registrando as
movimentações ocorridas, resultantes de transferências ou sacrifício emergencial.
8. Controle Operacional
8.1. Base de dados informatizada - A base de dados será nacional e terá caráter oficial,
ficando o gerenciamento de suas informações a cargo da SDA/MAPA e a responsabilidade
técnico-operacional de informática por conta da CMI/SPOA/MAPA.
Deverá conter informações atualizadas de animais, propriedades rurais e agroindústrias,
todos identificados, registrados e cadastrados no SISBOV pelas entidades credenciadas.
8.2. Controle da identificação e movimentação dos animais registrados - Os animais
registrados no SISBOV terão sua identificação controlada pelas entidades certificadoras
credenciadas, devendo no Documento de Identificação constar:
8.2.1. Identificação da propriedade de origem;
8.2.2. Identificação individual do animal;
68