Você está na página 1de 1

RESUMO FRAUDE CONTRA CREDORES/FRAUDE DE EXECUÇÃO

Fraude contra credores

Conceito: Qualquer ato praticado pelo devedor já insolvente ou por esse ato levado à insolvência com prejuízo de seus credores.
(Venosa, p. 448).

Legislação: Artigos 158 a 165, CC.

Requisitos: São três os requisitos para a tipificação da fraude contra credores:


1. Anterioridade do crédito: Os credores, na hora de contratar, devem verificar a existência de patrimônio
garantidor. Não podem os credores posteriores pleitear anulação do negócio jurídico, já que ao tempo da
celebração do negócio realizado com o devedor não eram dele credores. (Ver art. 158, § 2º);
2. Eventus Damni (Resultado do dano): o elemento objetivo da fraude, pois fraude é todo ato prejudicial ao
credor, por tornar insolvente o devedor, ou por ter sido praticado em estado de insolvência.
3. Concilium Fraudis (Conluio fraudulento): Trata-se da má-fé do devedor, a intenção de causar prejuízo a
terceiros. Em nosso ordenamento, é dispensada a intenção de causar danos, bastando o conhecimento dos
danos resultantes do ato para a constituição da fraude.

A Ação Pauliana é o remédio adotado pelos credores para buscar a anulação dos negócios fraudulentos. A natureza desta ação é
revocatória, e tem por fim a recomposição do patrimônio do credor.

A fraude contra credores não se confunde com a fraude à execução, apesar de serem muito parecidas, pois ambas causam
prejuízo ao credor, através do desfalque dos bens do devedor.

Fraude de execução

Conceito: A fraude de execução é semelhante à fraude contra credores, porém, neste caso o interesse é público, pois existe
demanda em curso, não sendo necessária a sentença. Neste tipo de fraude, a má-fé é presumida, tanto do devedor, quanto do
adquirente. Nessa hipótese, ocorre a mera declaração de ineficácia dos atos fraudulentos.

Legislação: Artigo 593, CPC.

Você também pode gostar