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c  é um município brasileiro, capital do estado do Ceará. Pertence à mesorregião
Metropolitana de Fortaleza e à microrregião de Fortaleza. A cidade desenvolveu-se às margens do
riacho Pajeú, no nordeste do país, a 2 285 quilômetros de Brasília. Sua toponímia é uma alusão ao
Forte Schoonenborch, construído pelos holandeses durante sua segunda permanência no local
entre 1649 e 1654. O lema da cidade (presente em seu brasão) é a palavra em latim "Fortitudine",
que em português significa: "força, valor, coragem".

Está localizada no litoral Atlântico, com 34 km de praias, a uma altitude média de 21 metros e é
centro de um município de 313,8 km² de área e 2 447 409 habitantes[7], sendo a capital de maior
densidade demográfica do país, com 8 001 hab/km². É a cidade mais populosa do Ceará, a quinta
do Brasil[8] e a 91ª mais populosa do mundo.[9] A Região Metropolitana de Fortaleza possui
3.655.259 habitantes,[8][10] sendo a sexta mais populosa do Brasil, e a segunda do Nordeste. Em
recente estudo do IBGE, Fortaleza aparece como metrópole da terceira maior rede urbana do
Brasil em população.[11]

Fortaleza, tendo o 15º[6] maior PIB municipal da nação e o segundo do Nordeste, com 28,3 bilhões
de reais, é um importante centro industrial[12] e comercial do Brasil, com o sétimo[13] maior poder
de compra do país. No turismo,[14] a cidade alcançou a marca de destino mais procurado no Brasil
em 2004, com atrações como a micareta Fortal no final de julho e o maior[15] parque aquático do
Brasil, Beach Park. Em 2010 foi a capital do Nordeste mais requisitada por viajantes nacionais,
segundo um estudo do Hotéis.com. No cenário nacional, a capital cearense ocupou a 4ª colocação,
atrás apenas do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.[16] É sede do Banco do Nordeste, da
Companhia Ferroviária do Nordeste e do DNOCS. Em 1996 a cidade ingressou no Mercado
Comum de Cidades.

Seu aeroporto é o Aeroporto Internacional Pinto Martins. A BR-116, a mais importante do país,
começa em Fortaleza. Batizada de |     
, pelos versos do poeta Paula Ney, a
cidade é a terra natal dos escritores José de Alencar e Rachel de Queiroz, do humorista Tom
Cavalcante e do ex-presidente Castello Branco. O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
(CDMAC) é atualmente o principal espaço cultural de Fortaleza, com museus, teatros, cinemas,
bibliotecas e planetário.

É a capital brasileira mais próxima da Europa, estando a 5.608 km de Lisboa[17][18], em Portugal .


É também uma das 12 sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014.

   

Pormenor do mapa da costa do Ceará de 1629 (Albernaz I), em destaque o Fortim de São
Sebastião.
Antes da deriva continental, a área onde Fortaleza surgiu era contígua à da cidade de Lagos, na
Nigéria.[19] O atual litoral das duas cidades surgiu há 150 milhões de anos, no Jurássico Superior.
A evolução geológica provocou o surgimento de grandes dunas no litoral do Brasil. Estudos
indicam que os primeiros seres humanos a habitarem esse território podem ter chegado por lá na
mesma época em que Jesus teria vivido.[20] O povo indígena mais identificado com o território de
Fortaleza é o Potiguara, retratado por José de Alencar em seu livro Iracema. Os Portiguara
também habitaram as terras desse litoral e possivelmente outras tribos pertencentes ao tronco tupi.
Antes da colonização do Ceará, houve duas passagens de europeus pelo atual litoral de Fortaleza.
Os navegadores espanhóis Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe desembarcaram nas costas
cearenses antes da viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Pinzón chegou a um cabo que se
acredita ser o Mucuripe e Lepe desembarcou na barra do rio Ceará, em Fortaleza. Tais descobertas
não puderam ser oficializadas devido ao Tratado de Tordesilhas (1494).

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Fortim de São Sebastião em 1645, segundo Frans Post.

O início da ocupação do território onde hoje se encontra Fortaleza data do ano de 1597/98, quando
um ramo da etnia potyguara que habitava a região ao redor do Forte dos Reis Magos migrou e
estabeleceu-se na região entre as margens do rio Cocó e rio Ceará, tendo ao fundo as serras de
Pacatuba e Maranguape[21].

A partir de 1603, os portugueses começaram a colonização do Ceará. O português Pero Coelho de


Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens, ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao
povoado o nome de ¬ | . Porém esta tentativa não vingou frutos devido à seca de 1605 e
a "Nova Lisboa" de Pero Coelho foi abandonada. O português Martim Soares Moreno chegou em
1613, recuperando e ampliando o Fortim de São Tiago e rebatizando o novo forte como Fortim de
São Sebastião. No ano de 1631, os holandeses tentaram tomar o Forte de São Sebastião, mas esta
ação conjunta com os índios potyguara não deu certo. Em 1637, houve a tomada holandesa do
forte de São Sebastião, um trabalho conjunto com os indígenas. Em 1644, o Forte São Sebastião
foi destruído pelos indígenas. Os holandeses foram mortos ou expulsos.

Em 1649, uma nova expedição holandesa no Ceará, expedição antes negociada com os indígenas,
construiu, às margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch. Começava, nesse momento, a
história de Fortaleza, sendo responsável por seu início o comandante holandês Matias Beck. Em
1654, com a retirada dos holandeses, o forte foi rebatizado de c     v  
 ! . Em 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de vila. Em 1799, a Capitania do
Ceará foi desmembrada da Capitania de Pernambuco e Fortaleza foi escolhida capital.


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Planta de Fortaleza em 1859.

Durante o Século XIX Fortaleza consolidou a liderança urbana no Ceará, fortalecida pelo
surgimento da cultura do algodão. Com o aumento das navegações diretas com a Europa foi criada
em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Ainda em 1812, Antônio José da Silva Paulet construiu a
Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, no local do restante do c     v  
 ! . O Passeio Público foi planejado por Silva Paulet em 1820. Em 1824 a cidade se agitou
com a os revolucionários da Confederação do Equador. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade
passou por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas com a exportação
do algodão, sendo executadas diversas obras, tais como a criação do Liceu do Ceará e o Farol do
Mucuripe em 1845, Santa Casa de Misericórdia em 1861, Seminário da Prainha em 1864, sistema
de abastecimento de água em 1866, Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública em 1870.
Alguns anos depois teve início a construção da Y         e do Porto de
Fortaleza. Nas décadas de 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que
culminaram na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884. O movimento literário
Padaria Espiritual, surgido em 1892, foi pioneiro na divulgação de ideias modernas na literatura
no Brasil. Outras entidades da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras
respectivamente fundadas em 1887 e 1894.

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Vista aérea de Fortaleza em 1936 com vista da Praça General Tibúrcio e o Palácio da Luz.

No século XX Fortaleza passou por grandes mudanças urbanas, entre melhorias e o êxodo rural, e
cresceu muito, chegando ao final da década de 1910 como a sétima cidade em população do
Brasil. Em 1909 foi criado o DNOCS e Fortaleza o sedia até os dias de hoje. Em 1911 começaram
as obras do primeiro sistema de esgoto da Capital, projetado por João Felipe, que começou a
funcionar em 1927. Entre 1943/1945 a Segunda Guerra Mundial entrou no contexto de Fortaleza,
que sediou o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - SEMTA e
duas bases americanas, a Base do Pici e a Base do Cocorote. Em 1954 foi criada a primeira
universidade na cidade, a UFC, e o Porto do Mucuripe foi inaugurado. Entre as décadas de 1950 e
1960 a cidade passou por um crescimento econômico que superou 100% e começou a ocupação de
bairros mais distantes do centro. Ao final dos anos 1970 começou a despontar como um polo
industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Durante a abertura
política após o Regime Militar o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza, e
a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda. No final do século a administração
do prefeito Juraci Magalhães realizou na cidade diversas mudanças estruturais, com a abertura de
várias avenidas, uma grande reforma no hospital de primeiros socorros, Hospital IJF, espaços
culturais e despontou como um dos principais destinos turísticos do Nordeste e do Brasil.

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Em 2008 o PIB de Fortaleza foi de 28.350.622.000,00 de reais, com um aumento nominal relativo
ao ano anterior de quase de 4 bilhões, esse total representa 47,1% do PIB do Ceará. De 2007 para
2008, a concentração do PIB cearense na capital caiu 0,4%. Em 2005, o PIB fortalezense
representava 48,2% do PIB cearense.

Dentre as capitais do Nordeste, Fortaleza possui o segundo maior PIB, sendo superado apenas por
Salvador. Estimasse que em 2011, Fortaleza terá o maior PIB do Nordeste, de acordo com o
aumento nominal do PIB que vem ocorrendo nos últimos anos ser maior do que o de Salvador.
Enquanto a capital baiana cresceu, nominalmente, 2.9 bilhões de 2007 para 2008; a capital
cearense cresceu 3.8 bilhões.

O comércio diversificado é o maior gerador de riquezas da economia de Fortaleza. A principal


área de comércio continua sendo o Centro, reunindo o maior número de estabelecimentos. A
Avenida Monsenhor Tabosa é outro corredor comercial importante, próxima ao polo turístico da
Praia de Iracema, bem como a Avenida Gomes de Matos no bairro Montese. Ressalte-se ainda o
grande crescimento econômico dos bairros da periferia de Fortaleza, como o bairro Montese, na
Avenida Gomes de Matos, e do Bairro Bom Jardim, na Avenida Oscar Araripe. O fato de esses
bairros, antes residenciais, estarem virando bairros comerciais, deve-se ao fato de estarem muito
longe do centro da cidade, que é o bairro com maior atividade comercial de Fortaleza. Assim, a
população desses bairros e adjacências consome localmente os produtos e serviços, fortalecendo a
economia local e facilitando a descentralização da economia de Fortaleza. Grande parte do
crescimento econômico desses bairros deve-se à criação de Associações de Moradores e
Comerciantes, que fazem feiras locais, e Projetos sociais que visam mudar a cara dos bairros do
Bom Jardim e Montese.

Os vários shoppings, dentre os quais os maiores são Iguatemi, North Shopping e Aldeota, Del
Paseo, Benfica e Via Sul, são importantes áreas de comércio e entretenimento.
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A produção de calçados, produtos têxteis, couros, peles e alimentos, notadamente derivados do


trigo, além da extração de minerais, são os segmentos mais fortes da indústria em Fortaleza. Em
2004 foram contados pelo IBGE um total de 7.860 unidades industriais. A Petrobras tem a
LUBNOR instalada em Fortaleza, que é a menor refinaria da estatal, mas que tem subprodutos de
alto valor agregado, como lubrificantes finos. Dentre as grandes empresas de alimentos do Brasil
as maiores do mercado de massas e farinhas são de Fortaleza: M. Dias Branco , J. Macedo e
Grande Moinho Cearense. A Ypióca, também com sede em Fortaleza, se destaca no ramo de
bebidas alcoólicas. No segmento farmacêutico, é sede das Farmácias Pague Menos, maior rede do
varejo farmacêutico do Brasil. No segmento da indústria naval o estaleiro INACE é um dos mais
importantes fabricantes de iates do Brasil, com sede em Fortaleza. É ainda sede de grandes
empresas de transporte, como a Companhia Ferroviária do Nordeste e a Expresso Guanabara. O
Grupo Edson Queiroz, com diversas empresas tais como Indaiá, Nacional Gás, Esmaltec e o
Sistema Verdes Mares, dentre outras, tem grande presença no desenvolvimento econômico da
cidade.

No mercado financeiro, Fortaleza é a sede do Banco do Nordeste. O Banco Central do Brasil tem
uma unidade descentralizada em Fortaleza, assim como a Bovespa. Outros bancos que foram
extintos, como o BANCESA, Banfor e o BEC, que foi incorporado pelo Bradesco, tiveram suas
sedes na cidade. Foi sede do BICBANCO e do BMC. Em 2005, de acordo com o IBGE, a cidade
contava com 152 agências de instituições financeiras.

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Fortaleza é um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil, tendo alcançado a marca de
destino mais procurado do país pela ABAV nos anos de 2004/2005.[14] As principais atrações são
o parque temático Beach Park, em Aquiraz, na Região Metropolitana, que recebe uma média de
500 mil visitantes por ano,[38] o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, a Av Beira Mar com sua
feira de artesanato, a Praia de Iracema, com a Ponte dos Ingleses e o famoso Pirata Bar[39] e a Praia
do Futuro com suas "barracas" de praia. A cidade tem recebido um número cada vez maior de
turistas estrangeiros a cada ano, especialmente de Portugal, Itália e França.

Na orla marítima de Fortaleza se localizam os principais meios de hospedagem da cidade e


também muitos restaurantes e atrações turísticas, com destaque para as barracas de praia e parques
aquáticos, clubes, boates e casas de shows. Segundo o IBGE, a cidade abrigava em 2005 4.367
unidades locais de empresas de alojamento e alimentação.[40] A cidade dispõe ainda de vários
consulados que dão assistência ao turista estrangeiro.

Na estrutura de apoio ao turismo, o Governo do Estado e a prefeitura realizam eventos e


incentivam e colaboram para a divulgação de outros, com especial destaque para o turismo de
eventos e negócios. Em 2007 surgiu uma parceria entre governos para a construção de um novo
centro de convenções, o Pavilhão de Feiras e Eventos de Fortaleza. Existem na cidade diversos
pontos de informação turística, com destaque para os localizados no aeroporto, rodoviária,
calçadão da Av. Beira Mar e no Centro Cultural Dragão do Mar. Na Praia de Iracema existe um
posto policial especializado para o turista estrangeiro.

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