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Biomecânica /

2004

CINESIOLOGIA
É o estudo do movimento.
Ciência do movimento combinando teorias e princípios da: Anatomia; fisiologia;
psicologia; antropologia e mecânica.

BIOMECÂNICA
É a base da função músculo-esquelética.
Os músculos produzem força que age através do sistema de alavancas ósseas.
O sistema ósseo ou move-se, ou age estaticamente contra uma resistência.
Caso uma carga seja aplicada ao sistema de alavancas, os músculos reagirão para
controlar a carga.

Estática - Repouso
- Movimento Uniforme

Dinâmica - Acelerando
- Desacelerando

CINEMÁTICA
É a ciência relacionada com a descrição das posições e os movimentos do corpo no
espaço, e permite uma descrição exata destas diversas posições corporais.

Subdivide-se em:

I - ARTROCINEMÁTICA

Está relacionada aos movimentos das superfícies articulares em relação à direção do


movimento da extremidade distal do osso (OSTEOCINEMÁTICA).
Os movimentos entre as superfícies articulares são classificadas em 3 tipos. São eles:

1) Deslizamento / Translação

Ocorre quando um ponto de uma superfície em movimento entra em contato com


novos pontos sobre a outra superfície.

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2) Rolamento / Angular

Ocorre quando novos pontos em uma superfície entram em contato com os novos
pontos de uma segunda superfície.

3) Rotação / Giro

É uma rotação ao redor de um eixo mecânico estacionário, longitudinal do próprio


osso.

II- OSTEOCINEMÁTICA

É o estudo dos movimentos do osso.


Os movimentos do osso são classificados em 2 tipos. São eles:

1) Rotação → É descrita como um simples giro ao redor de um eixo mecânico. Esta


pode ser no sentido horário ou anti-horário e não é acompanhada por qualquer outro tipo
de movimento. Uma rotação pura pode ocorrer somente na cabeça do fêmur, úmero e
rádio.

2) Balanço → É qualquer outro movimento que não segue rotação pura. É


subdividido em:

2a) Puro ou Cardinal → No balanço puro ou cardinal, o movimento não é


simultâneo à rotação e consequentemente, o movimento cruza a menor rota entre dois
pontos.

2b) Impuro ou Arqueado → No balanço impuro ou arqueado, a rotação ocorre


simultaneamente e consequentemente a distância entre dois pontos é maior do que no
balanço puro.

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REGRA DO CÔNCAVO E DO CONVEXO

As superfícies articulares sinoviais são classificadas como CÔNCAVAS OU


CONVEXAS.
Nos casos em que as superfícies aparentarem ser planas, a cartilagem irá alterar o
contorno.
Em uma superfície convexa existe mais cartilagem no centro da superfície. Na
superfície côncava a cartilagem é maior nos perímetros (ao redor, no rebordo).
Quando ambas as superfícies aparentam ser planas, a maior superfície é
considerada como sendo convexa.
Quando a superfície côncava é estacionária e a convexa é movel, o deslizamento
na articulação ocorre na direção oposta ao do movimento do osso.
Quando a superfície convexa é estacionária e a côncava é móvel, o deslizamento
na articulação ocorre na mesma direção que a do movimento do osso.

CADEIAS CINÉTICAS

É a combinação de várias ações articulares que unem segmentos sucessivos.

. Limitação dos movimentos - Fusão articular


Rigidez dos tecidos moles
Dor

. Compensação - Hipermobilidade
Instabilidade
Dor em outras articulações

1) ABERTA

O segmento distal está livre no espaço e o segmento proximal está fixo.


O segmento distal movimenta-se em relação ao segmento proximal.

Ex: Flexão de Joelho

. Isquios Tibiais são antigravitacionais

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. A gravidade é a força extensora

2) FECHADA

O segmento proximal esta livre no espaço e o segmento distal está fixo.


O segmento proximal movimenta-se em relação ao segmento distal.

Ex: Flexão do joelho

.Quadríceps é antigravitacional

. A gravidade é a força flexora)

3) MISTA (aberta e fechada)

Ex: Subir escada [fase de suporte da extremidade (cadeia fechada)].


[fase balanceio (cadeia aberta)].
O segmento que estiver livre terá maior amplitude de movimento.

MOVIMENTOS ARTICULARES

1) Flexão → Quando um segmento corporal é movido num plano de tal modo que sua face
anterior ou posterior aproxima-se da face anterior ou posterior do segmento corporal
adjacente.

2) Extensão → É o contrário. Parte-se de uma posição fletida para posição anatômica, ou


mesmo, ultrapassando, se isto for possível.

3) Abdução → É o movimento de um segmento corporal para longe (afastando-o) da linha


central do corpo (linha mediana).

Exemplo: ombro (após 90°, o segmento dirigi-se para a linha mediana).

4) Adução → É o contrário. Parte-se de uma abdução, retornando à posição anatômica,


ou mesmo, ultrapassando, se isto for possível.

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5) Rotação Medial → Ocorre quando a face anterior do segmento volta-se para o plano
mediano do corpo.

6) Rotação Lateral → É o contrário. A face anterior do segmento volta-se para o plano


lateral do corpo.

Obs : Circundução → É o movimento no qual uma parte do corpo descreve um cone cujo
o vértice está na articulação e a base na extremidade distal da parte. Ocorre em
articulações biaxiais e triaxiais.

Nota: A terminologia deve referir-se à articulação em questão, ou seja, às


ações articulares.

PLANOS E EIXOS

Posição Corporal Anatômica Padrão

. Posição ortostática
. Postura ereta
. Mento ereto
. Com cabeça, artelhos, palmas das mãos dirigidos para frente e com os dedos estendidos.
. Olhar à linha do horizonte, pés em ângulo de 30°.

* Os 3 planos são perpendiculares entre si.


* Seus eixos cruzam no centro de gravidade corporal (um ponto levemente à frente da 2a
vértebra sacral).

1) PLANO FRONTAL OU CORONAL:

Divide o corpo em partes anterior (ventral) e posterior (dorsal).

Eixo sagital (ântero-posterior) ou horizontal (dorso/ventralmente).

Movimentos:

Abdução → segmento afasta-se da linha mediana do corpo.

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Adução → segmento aproxima-se da linha mediana do corpo.

2) PLANO SAGITAL OU SAGITAL MEDIANO:

Divide o corpo nas metades direita e esquerda.

Eixo transverso ou horizontal.

Movimentos:

Flexão → 2 segmentos aproximam-se entre si ou o ângulo articular diminui.


Extensão → 2 segmentos afastam-se entre si ou o ângulo articular aumenta.

Obs: Quando a extensão ultrapassa a posição de referência anatômica, é


chamada hiperextensão.

3) PLANO HORIZONTAL OU TRANSVERSO:

Divide o corpo nas metades inferior (caudal) e superior (cranial).

Eixo longitudinal ou vertical.

Movimentos:

Rotação medial → É uma rotação transversa orientada para a


superfície anterior do corpo.
Rotação lateral → É uma rotação transversa orientada para a
superfície posterior do corpo.

Obs: Casos Especiais:

Pronação do Antebraço → Rotação medial.


Supinação do Antebraço → Rotação lateral.

Desvio Ulnar → Adução do punho.


Desvio Radial → Abdução do punho.
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Polegar - flexão/ extensão ocorrem no plano frontal


- abdução/ adução ocorrem no plano sagital.

Rotação Medial do Tornozelo→ Inversão


Rotação Lateral do Tornozelo→ Eversão

OUTROS TERMOS DIRECIONAIS ANATÔMICOS

. Medial e Lateral → mais próximo ou mais distante da linha mediana,


respectivamente.
. Superficial e Profundo → distância em relação à superfície.
. Proximal e Distal → perto ou distante do tronco ou da raiz do membro,
respectivamente.

CINÉTICA

É um ramo da dinâmica que lida com as forças que produzem, detêm ou modificam
o movimento dos corpos.
Ao aplicar a cinética, o Fisioterapeuta trabalha em especial com as forças
exercidas pela:
. Gravidade
. Músculos
. Fricção
. Resistência Externa Adicional

CENTRO DE GRAVIDADE , LINHA DE GRAVIDADE E BASE DE


SUPORTE OU DE APOIO

1) Centro de Gravidade

É o ponto dentro de um corpo (objeto) ao redor do qual todas as partículas de sua massa
estão igualmente distribuídas.
É o ponto que pode-se considerar que toda sua massa esteja concentrada.
No corpo humano adulto em posição anatômica localiza-se levemente anterior à 2ª

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vértebra sacral (S2) ou equivale 55% da altura da pessoa (aproximadamente).

Grau de Estabilidade ou Mobilidade - homens + alto (ombros largos)


- criança + alto (cabeça, tronco)
- mulheres + baixo (quadris largos)

Depende de 4 fatores:

. Altura do centro de gravidade acima da base de suporte;


. Tamanho da base de suporte;
. Localização da linha de gravidade dentro da base de suporte;
. Peso do corpo.

Melhor Estabilidade - Centro de Gravidade Baixo


Base de Suporte Ampla
Linha de Gravidade no Centro da Base de Suporte
Peso Grande

Melhor Mobilidade - Centro de Gravidade Alto


Pequena Base de Suporte
Peso Leve

2) Linha de Gravidade - direção → vertical


- sentido → de cima para baixo
- intensidade → 9.8 m/s2.

É a linha ou direção de tração exercida pela ação da gravidade sobre um corpo em seu
centro de gravidade (CG), puxando-o para baixo em direção ao centro da terra.

Nota:

A gravidade está localizada e atua sobre o centro de gravidade do corpo apenas para
fins didáticos.

3) Base de Suporte ou de Apoio

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É a área formada abaixo do corpo pela conexão de uma linha contínua de todos os
pontos em contato com o solo.
Para se obter estabilidade, o centro de gravidade de um corpo deve se projetar dentro da
Base de Suporte, através da linha da gravidade.

Posição Ortostática (forma-se um quadrilátero)

X X X
X X X
X
X X X

INSTABILIDADE ESTABILIDADE

SISTEMA DE ALAVANCAS

Os 5 componentes da alavanca são:

- O eixo (ou pivô, ou fulcro, ou apoio)

- O peso P ou resistência R

- A força que move F (ou mantém) ou potência P

- Braço de Peso ou de Resistência (Bp ou BR) → É a distância perpendicular do eixo à


linha
de ação ( vetor ) da Resistência (R).

- Braço de Força ou Braço de Potência (BF ou BP) → É a distância perpendicular


do eixo à linha de ação ( vetor )
da Potência (P).

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VANTAGEM MECÂNICA (V.M) DA ALAVANCA:

É a razão entre comprimento do BP e o comprimento do BR.

VM = Comprimento BP
Comprimento BR

CORPO HUMANO

Eixo → Articulação
Resistência → Peso do segmento (CG) e/ou resistência externa adicional.
Potência → Ação do músculo através da sua inserção (ponto de aplicação da força).

As alavancas dividem-se em 3 tipos:

1) INTERFIXA (Alavanca de 1ª Classe ou 1º Grau)

BP BR

A R e P no mesmo sentido e mesma direção.


↓ ∆ ↓
P R

Mantém a postura corporal e o equilíbrio.


Quanto ↓ for o BP (BF), ↑ terá que ser a força muscular para manter o equilíbrio.

2) INTER - RESISTENTE (Alavanca de 2ª Classe ou 2º Grau)

BR
A P

∆ ↓ R e P mesma direção e sentido opostos
R

BP
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. Sistema econômico (sempre o BR será ↓ que o BP).

. Oferece vantagem de Força, de modo que grandes pesos podem ser suportados ou
movidos por uma pequena força.

3) INTERPOTENTE (Alavanca de 3º Classe ou 3º Grau)

p

∆ ↓
R P e R mesma direção e sentido opostos.
BP

BR

. Sistema Antieconômico (sempre o BP será ↓ que o BR)

. Esta disposição é projetada para proporcionar VELOCIDADE do segmento distal e para


mover um peso pequeno a longa distância.

. Oferece desvantagem em relação a força.

A ↓
BP R

BR

RESULTANTE VETORIAL DA AÇÃO MUSCULAR

a) 1 componente perpendicular → vetor de deslocamento ou movimento.

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b) 1 componente paralelo → vetor de compressão articular ou estabilidade

Resultante Vetorial → Ação Muscular ( vetor soma a+b )

a
a+b

b Osso

Ângulo de 90° só deslizamento sem compressão.


Ângulo de 0° só compressão sem deslizamento.

Obs : A força de um músculo varia com o ângulo articular.

Ossos Sesamóideos - ↑ o ângulo de inserção.


Aumentando os vetores da Força Muscular.
Facilita o desempenho dos músculos.

TORQUE OU MOMENTO DE FORÇA

P ou R = Newton ou Kg ou Libras
Braço = Metros ou cm ou pés

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P × BP = R × BR
É o produto do componente rotatório com
a distância perpendicular
Torque de Torque de
Potência Resistência

Torque = componente rotatório × distância perpendicular

TORQUE DE POTÊNCIA

Tp = P x Bp

TORQUE DE RESISTÊNCIA

TR = R x BR

RELAÇÃO ENTRE Tp E TR

Tp > TR ( caracteriza a contração isotônica concêntrica )


Tp = TR ( caracteriza a contração isométrica estática )
Tp< TR ( caracteriza a contração isotônica excêntrica )

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS

AGONISTA

Movente para as ações articulares resultantes. Sempre se contrai ativamente para produzir
uma contração concêntrica, isométrica ou excêntrica. Trabalha em prol do movimento
desejado.

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1o Tipo

→ Primo-movente
→ Motor Primário ou Principal

2o Tipo

→ Movente Auxiliar
→ Motor Secundário ou Acessório

ANTAGONISTA

Normalmente, é um músculo (ou grupo muscular) que não se contrai, que nem auxilia nem
resiste ao movimento, mas que se alonga ou encurta passivamente para permitir que ele
ocorra.

Obs: A ação de um músculo ou grupo muscular, agonista como motor principal ou motor
acessório, depende do ângulo articular analisado.
A variação da ADM, altera os torques de resistência e de potência, fato que
determina a classificação do(s) agonista(s).

SINERGISTA

É um músculo que ancora, firme ou sustenta um osso ou parte óssea afim de que outro
músculo ativo possa ter uma base firme sobre a qual traciona.
Neutralização de uma ação indesejada por outros músculos ativos.
Um músculo pode ser definido como sinergista sempre que ele se contrair ao mesmo tempo
que o agonista. Sua ação e sempre isométrica.

1) Sinergista Auxiliar

Ocorre durante a ação de 2 músculos que compartilham uma ação articular e tem uma 2a
ação antagonista a do outro. Quando esses músculos se contraem simultaneamente, eles
atuam juntos para produzir ação comum desejada, e atuam como sinergistas auxiliares um
do outro porque neutralizam a ação secundária indesejável do outro.

Ex: Abdominais em DD. (Flexão de tronco)

Reto Anterior

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Oblíquos Externo D e E
Interno D e E

Oblíquos Externo Direito → inclinação lateral direita


rotação esquerda

Oblíquo Externo Esquerdo → inclinação lateral esquerda


rotação direita

As rotações ou inclinações são neutralizados pelos músculos opostos (ação) para


permitirem e atuarem na flexão do tronco.

2) Sinergista Verdadeiro

Ocorre quando um músculo se contrai estaticamente para impedir qualquer ação numa
das articulações atravessadas para um músculo bi ou pluriarticular em contração.

Ex: Punho Cerrado - flexão plamar das articulações metacarpofalangeanas,


interfalangeanas proximais e distais.

Extensores (sinergistas) - atuam para evitar a flexão do punho.

MÚSCULOS BIARTICULARES E PLURIARTICULARES

“Um músculo biarticular não pode atuar como músculo monoarticular para auxílio de
outros músculos a menos que uma das ações articulares seja estabilizada por outros
músculos. O efeito cinético do músculo sobre a 2ª articulação é diminuido”.

Os músculos biarticulares tem a característica que permite que os músculos exerçam


força concêntrica sem necessariamente se encurtarem significativamente, o que
resultaria numa perda da força contrátil.

Movimentos Convergentes (com referência à contração muscular) → quando o quadril


e o joelho se fletem ou se estendem simultaneamente, o músculo se contrai mas não perde
tanto do seu comprimento. Enquanto o reto femoral se encurta na extremidade proximal

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para fletir o quadril, ele se alonga distalmente quando o joelho se flete. Idem para os
ísquios tibiais.

Movimentos Contracorrente (com referência à contração muscular) → um músculo


biarticular de um par antagonista se encurta em ambas as extremidades enquanto o outro
se alonga. A flexão do quadril e extensão do joelho simultâneas encurtam o reto femoral e
ambas as extremidades enquanto os ísquios tibiais se alongam em ambas as
cextremidades. A extensão do quadril e flexão do joelho simultâneas encurtam os isquios
tibiais em ambas as extremidades enquanto o reto femoral se alonga em ambas as
extremidades.

RELAÇÃO COMPRIMENTO X TENSÃO:

Um maior torque de potência é produzido quando os músculos estão em posição de pré-


estiramento (alongados) antes de se contrairem.

PRÉ-ESTIRAMENTO MÁXIMO DO MÚSCULO ⇒ MAIOR RECRUTAMENTO DE


FIBRAS MUSCULARES ⇒ MELHOR QUALIDADE DE CONTRAÇÃO MUSCULAR.

RELAÇÃO VELOCIDADE DE CONTRAÇÃO X TENSÃO:

Quanto maior a velocidade de contração menor será a tensão produzida pelos músculos, e
vice-versa.

TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES

ISOTÔNICA:

Contração muscular que promove movimento articular concêntrico e excentricamente


com resistência constante ou variável.
Quando um músculo é capaz de mover uma carga, diz-se que o músculo realizou uma
contração isotônica, o trabalho é realizado (ℑ = f x d).
Potência é o trabalho dividido pelo tempo (Pm = ℑ ) Onde :

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∆ t
* ℑ em Joules ( J )
Vantagens:
* ∆ t em segundos ( s )
• mais motivador
• contração em toda A.D.M * P em watts ( w )
• aumenta a resistência muscular
• aumenta a força muscular

Desvantagens:

• não é seguro se houver dor


• não realizado em velocidades funcionais
• não desenvolve velocidade de contração

• mensuração imprecisa
• dor tardia a contração excêntrica
• maior sobrecarga onde o músculo é mecanicamente mais fraco

A) Concêntrica (de encurtamento)

- Músculo sobre peso

- Velocidade de encurtamento constante → atividade das unidades motoras é diretamente


proporcional à tensão.

B) Excêntrica (de alongamento)

- Peso sobre músculo

- Velocidade de alongamento constante → atividade das unidades motoras é diretamente


proporcional à tensão.

ISOMÉTRICA:

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Ocorre o encurtamento dos componentes contráteis simultaneamente ao alongamento dos


componentes elásticos do músculo.
Quando um músculo exerce uma força contra um objeto que ele não consegue mover. A
unidade mio tendinosa permanece no mesmo comprimento e tecnicamente não realiza
nenhum trabalho externo.

Vantagens :

• aumenta a força muscular estática


• utilização precoce na reabilitação
• auxilia no retardo da atrofia por desuso
• auxilia na reabsorção do derrame articular
• estimula mecanorreceptores
• fácil execução

Desvantagens :

• execução monótoma
• não aumenta resistência e ou potência
• não melhora a performance
• não tem contração excêntrica
em grandes grupos musculares aumenta a P.A

Tipo de Tipo de Função Força Trabalho Suprimento


Tensão Contração Externa Externo de Energia
oponente ao pelo
Músculo Músculo

Isotônica Concêntrica Aceleração Menor Positivo Aumenta

Isotônica Excêntrica Desaceleraçã Maior Negativo Diminui


o
Isométrica Estática Fixação Igual Nenhum Aumenta

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ISOCINÉTICO:

Contração muscular onde a velocidade angular é constante, com resistência


acomodativa ao esforço. O mecanismo que mantém a velocidade constante, recebe
a força e a devolve no nível adequado para preservar esta velocidade constante.
Realizável em aparelhos como dinamômetros hidráulicos ou eletromecânicos.

Vantagens:

• contração máxima em toda A.D.M.


• não há carga se não for atingida a velocidade
• mensuração precisa
• contrações em velocidades funcionais
• desenvolvimento de potência - melhor performance

Desvantagens:

• aparelho de altíssimo custo


• apenas um ângulo realiza o exercício por vez
demora no posicionamento do paciente

Resistência Isocinética

Possibilita que a contração muscular gere um movimento de velocidade angular


constante e consequentemente o desenvolvimento máximo de tensão muscular para
cada posição A.D.M.

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