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Horror em Realengo

Chocante. Aterrorizante. Macabro. Estes são apenas alguns adjetivos que se aproximam,mas
não conseguem traduzir todo o horror vivenciado pro crianças,professores e funcionários na manhã
de 7 de abril, em Realengo.
Wellington não apenas atirou, mas foi escolhendo suas vítimas, olhando para os rostinhos
apavorados à sua frente, que imploravam por compaixão. Promoveu uma roleta russa, que teve
como saldo a morte de 12 crianças, e outras 12 feridas.
O crime teve tanta repercussão que não se fala em outra coisa nas escolas, na rua, nos
consultórios. Parece que as pessoas ficaram em estado de choque, e com uma grande dúvida: por
que?
Com um histórico de vida complicado, o atirador carregava em sua bagagem uma adoção, a
morte de sua mãe adotiva, o isolamento, solidão, o bullying que disse ter sofrido e um tanto de
confusão e raiva.
Por que este rapaz não foi ouvido? Será que ninguém conseguiu perceber seu sofrimento?
Há quanto tempo ele já dava sinais de que as coisas não iam bem? Estas são questões que talvez
continuem sem resposta, mas nos servem para que possamos nos atentar, para acender nosso painel
de alerta. Diante do sofrimento, ninguém passa impune. Amor, limite, empatia, atenção e
acolhimento são poderosas vacinas contra os horrores nos tomam durante a vida. Pais, mães, olhem
para os seus filhos! Não esperem que o tempo dê conta de todas as dores, porque às vezes elas não
passam sozinhas. Cuidem, ajudem para que a criancinha de hoje não seja o Wellington de amanhã.

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