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Capítulo 4
4.2 - Objetivo
4.3 - Importância
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Além destes, tem surgido nos últimos tempos, uma grande variedade de outros
métodos e processos construtivos que visam oferecer ao solo, características de
resistência e melhoria de suas qualidades naturais e que podem ser classificados como
Métodos especiais de estabilização:
Solos Reforçados com Geossintéticos; Solo pregado; Colunas Solo-Cal; Colunas Solo-
Brita; Compactação Dinâmica; Jet Grounting; Compaction Grounting; Drenos Verticais
de Areia; Micro Estacas; Estabilização Via Fenômenos de Condução em Solos.
A Estabilização Mecânica visa dar ao solo (ou mistura de solos) a ser usado como
camada do pavimento uma condição de densificação máxima relacionada a uma
energia de compactação e a uma umidade ótima. Também conhecida como
estabilização por compactação. É um método que sempre é utilizado na execução das
camadas do pavimento, sendo complementar a outros métodos de estabilização.
Nos solos argilosos (coesivos) encontramos estruturas floculadas e dispersas que são
mais sensíveis a presença de água, influenciando a resistência ao cisalhamento. É
comum a adição de agentes químicos que provoquem a dispersão ou floculação das
partículas ou uma substituição prévia de cátions inorgânicos por cátions orgânicos
hidrorrepelentes seguida de uma adição de cimentos.
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Toda mistura envolvendo solo e qualquer teor de cimento tem sido erroneamente
chamado de mistura solo -cimento. Existem três diferentes tipos de misturas de solo
estabilizado com cimento, sendo o solo -cimento, apenas uma delas:
a) Mistura de solo-cimento
Produto obtido pela compactação e cura de uma mistura íntima de solo, cimento e
água, de modo a satisfazer a critérios de estabilidade e durabilidade exigidos.
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c) Solo-cimento plástico
Material endurecido formado pela cura de uma mistura íntima de solo, cimento e
quantidade suficiente de água para produzir uma consistência de argamassa. A
quantidade de água no solo-cimento é apenas para permitir uma boa compactação e
completa hidratação do cimento. No solo-cimento plástico a quantidade de cimento é
aproximadamente 4% a mais para satisfazer os critérios de durabilidade e estabilidade
exigidos e também devido a maior quantidade de água necessária para deixar a
mistura na consistência de argamassa.
Sendo assim, durante o processo de estabilização do solo com cimento, ocorrem dois
tipos de reações: as reações de hidratação do cimento Portland e as reações entre os
argilominerais e a cal liberada na hidratação do cimento ( C3S, β-C2S, C3A, C4AF +
H2O). Estas reações podem ser exemplificadas da seguinte forma:
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Nos solos granulares desenvolvem-se vínculos de coesão nos pontos de contato entre
os grãos (semelhante ao concreto, porém o ligante não preenche todos os espaços).
Nos solos argilosos a ação da cal gerada sobre a sílica e alumina do solo resulta o
aparecimento de fortes pontos entre as partículas de solo.
Surge então a seguinte questão: Por que os solos granulares respondem melhor à
estabilização com cimento? Porque nos solos argilosos a reação da cal gerada na
hidratação e os argilominerais ocasionam uma queda no PH da mistura, afetando a
hidratação e o endurecimento do cimento. Se o PH abaixar, o composto C3S2Hx reage
novamente formando CSH e cal. Como o C3S2Hx é responsável pela maior parte da
resistência da mistura solo-cimento, o aparecimento do CSH é indesejável quando
provém deste composto, sendo benéfico apenas quando origina -se das reações da cal
com os argilominerais. Portanto as reações de hidratação do cimento são as mais
importantes e respondem pela maior parte da resistência final alcançada para a
mistura. Nos solos argilosos a resistência devido às reações pozolânicas se dão às
custas de um decréscimo de contribuição da matriz cimentante.
Por envolver aspectos físico-químicos tanto do cimento quanto do solo, este tipo de
estabilização é influenciada por inúmeros fatores:
a) Tipo de solo
Todo solo pode ser estabilizado com cimento, porém os solos arenosos (granulares)
são mais eficientes que os argilosos por exigirem baixos teores de cimento.
c) Teor de cimento
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Assim como nos solos naturais, as misturas solo-cimento exigirão um teor de umidade
que conduza a uma massa específica seca máxima, para uma dada energia de
compactação. O acréscimo de cimento ao solo tende a produzir um acréscimo no teor
de umidade e um decréscimo na massa específica seca máxima, devido a ação
floculante do cimento. O teor de umidade ótimo que conduz à máxima massa
específica seca não é necessariamente o mesmo para a máxima resistência. Este
último está localizado no ramo seco para os solos arenosos e no ramo úmido para os
solos argilosos.
Diferente do concreto, a temperatura de cura deve ser elevada para propiciar elevadas
resistências. Durante as reações pozolânicas, a temperatura tende a elevar-se. Nos
países de clima quente pode-se empregar um teor de cimento menor para atingir a
mesma resistência à compressão que seria alcançada em um pais de clima frio.
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preestabelecidos, sendo o resultado final, a fixação das três varáveis citadas (ABCP,
1986).
Em 1935, a Portland Cement Association (PCA) fez as primeiras tentativas para criação
de normas para a mistura solo-cimento. Em 1944 e 1945 a ASTM e AASHO,
respectivamente, adotaram o método de dosagem idealizado pela PCA.
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O fundamento do método foi extraído dos resultados desta série de resultados, onde foi
constatado que um solo arenoso, com determinada granulometria e massa específica
aparente máxima seca, requererá o mesmo teor de cimento indicado pelo ensaio de
durabilidade se alcançar uma resistência à compressão aos 7 dias superior a um
determinado valor especificado.
Aplicação da Norma Simplificada
Métodos Empregados
Sequência de Dosagem
Baseado na experiência brasileira adquirida ao longo dos anos, o uso dos solos a
serem utilizados nas bases e sub -bases de solo-cimento restringiu-se aos tipos A1, A2,
A3 e A4. Desta forma os solos siltosos e argilosos foram descartados devido a
dificuldades do processo de execução.
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Todo tipo de solo pode, a princípio, ser estabilizado com cimento, porém os solos finos
requerem teores elevados de cimento, tornando-se assim inadequados para fins de
estabilização devido ao fator econômico.
Devido a esta limitação da utilização dos solos finos para a estabilização solo-cimento,
eliminou-se também o ensaio de durabilidade por molhagem e secagem. Surgiu daí a
necessidade de criação de um novo procedimento de dosagem mais preciso.
(Nascimento, 1991).
Procedimentos de dosagem
É baseado no quadro a seguir. Este quadro foi retirado da Norma Geral de dosagem e
pode ser usado quando não se tenham experiências anteriores com o solo em questão.
Para solos que apresentam 100% de material passante na peneira de 4.8 mm utilizar a
Figura 21 a seguir. Para solos que apresentam até 45% de material retido na peneira
de 4.8 mm utilizar a Figura 22 a seguir.
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g) Resultado da dosagem.
Após a execução dos ensaios de compressão simples, calcula -se a média aritmética
das resistências à compressão simples correspondentes a um mesmo teor de cimento.
Não considerar os corpos de prova cuja resistência à compressão se afaste mais de
10% da média calculada. O número de corpos de prova mínimo para cálculo da média
é dois.
O valor de 2.1 Mpa foi fixado por ser um número já consagrado no meio rodoviário
devido ao bom desempenho dos pavimentos conseguido com solos estudados com
este valor de resistência.
O teor mínimo recomendado pela norma é de 5%. Para se transformar o traço obtido
em peso (% massa) em volume (% volume) utilizar o ábaco da figura 23.
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h) Exemplos numéricos
- Granulometria:
Pedregulho grosso: 10%
Pedregulho fino: 5%
Areias grossa: 23%
Areia fina: 33%
Silte: 6%
Argila: 23%
% pass. # nº 200: 32%
- Índices de consistência:
LL = 25% LP = 19% IP = 6%
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3) Para o exemplo acima, supondo que tenha sido executado o ensaio de compressão
simples com os teores de 5%, 6% e 7%, qual o teor que você adotaria como definitivo
com base nos seguintes resultados:
5) No exemplo anterior, supondo terem sido moldados 3 corpos de prova com os teores
de cimento de 4%, 5% e 6% e estes submetidos a ensaios de compressão simples,
cujos resultados encontram-se abaixo, determine qual o teor adotado para o caso em
análise.
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a) Silos de solos
Depósitos destinados a receber o solo (ou solos) que serão utilizados na mistura,
construídos de madeira ou chapa metálica, normalmente em forma de tronco de
pirâmide.
A calibração é feita pelo processo usual onde a comporta de saída é aberta com
diversas alturas, anotando-se a quantidade que se escoa em um determinado tempo.
Com os pares de valores Abertura da comporta x Produção horária pretendida,
traçados em um gráfico, obtém-se a abertura necessária do silo. Esta calibração
também pode ser feita em função da quantidade de material que cai em um espaço
linear de um metro da esteira transportadora. Neste caso varia-se a abertura da
comporta ou a velocidade de transporte das correias.
b) Silo de cimento
c) Correias transportadoras
São as responsáveis pelo transporte dos solos e do cimento dos silos até o misturador.
Devem ter uma inclinação suficiente para levar os materiais desde as comportas dos
silos até a boca do misturador.
d) Depósito de água:
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e) Misturador
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Deverá ser feita progressivamente. É aconselhável que a umidade não aumente mais
de 2% em cada passada do Carro-tanque. O caminhão Pipa deve ser equipado,
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quando possível, com dispositivo de controle de água por pressão. Desta forma pode-
se calcular a quantidade de água a ser distribuída (função também do teor de umidade
do solo) em cada passada. Pode-se ajuntar a água ao solo pulverizado na véspera,
antes da adição do cimento, até atingir uma umidade próxima da hot . Tolera-se uma
variação de 0,9 a 1,1 vezes o teor indicado (hot).
Feita por Pulvi-mix ou grade de disco. Na fase final a umidade deve ser controlada de
40 em 40 m. Qualquer deficiência deve ser corrigida.
f) Compactação e acabamento
Para solos arenosos deve-se empregar rolos pneumáticos ou lisos e para solos
argilosos o rolo pé-de-carneiro deve ser usado no início e os pneumáticos ou lisos
usados ao final. A espessura de compactação não deve ser menor que 5cm. A camada
superficial deve ser mantida na umidade ótima ou ligeiramente acima e feita a
conformação do trecho ao greide e abaulamento desejados.
Após a conclusão da compactação deve ser feito um acerto final na superfície para
eliminação de saliências, não podendo fazer correções de depressão através de adição
de material. Pode-se usar grades de dentes ou escova metálica.
g) Cura
Após a compactação o trecho deverá ser protegido por um período de 7 dias. Usa-se
cobrir o trecho com uma camada de solo de mais ou menos 5 cm ou capim (10 cm) que
deverão ser mantidos unidos para conservação da umidade. Também pode ser usado
material betuminoso para proteção.
h) Controles de Execução
i) Exemplo numérico
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utilizados. Determine: a quantidade de solo a ser importado para a pista (n° de viagens,
espessura solta, espaçamento p/ descarga), a quantidade de cimento (massa de
cimento, n° de sacos, espaçamento dos sacos) e a quantidade de água (volume de
água, número de viagens do carro-pipa) a ser utilizado no processo construtivo.
L → extensão do trecho = 30 Km
ec → espessura compactada = 15 cm
L → largura da plataforma = 8m
c → teor de cimento em volume = 10%
δci → densidade do cimento = 1,42 g/cm3
δ max sc → densidade máxima do solo-cimento = 2,00 g/cm3
δs → densidade do solo solto = 1,50 g/cm3
Hosc → umidade ótima do solo -cimento = 11%
Hn → umidade do solo natural = 4%
He → perda por evaporação = 2%
q → capacidade dos caminhões transportadores = 6 m3
Q → capacidade das irrigadoras = 8000 l
Referências Bibbliográficas
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É uma técnica de estabilização utilizada em vários países. Suas principais funções são:
- Melhoria permanente das características do solo;
- Aumenta a resistência à ação da água;
- Melhoria do poder de suporte;
- Melhoria da trabalhabilidade de solos argilosos.
Ao misturar a cal ao solo em condições ótimas de umidade, ocorrem reações químicas
que provocam alterações físicas nos mesmos, tais como:
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Pode-se empregar tanto cal virgem quanto cal hidratada. Cales calcíticas hidratadas
produzem menores resistências que cales dolomíticas hidratadas.
b) Tipo de solo:
Solos finos correspondem melhor à estabilização com cal que solos granulares porque
uma maior superfície específica refletirá em reações mais intensas entre a cal e as
partículas de solo. A mineralogia do solo também influencia nas reações.
c) Tempo de cura:
d) Influência da temperatura:
b) Solo cimentado com cal: visa obter um material com maior resistência e
durabilidade.
Não existe no Brasil metodologia para dosagem e dimensionamento de misturas solo-
cal. Para misturas que apresentam ganhos de resistência, o ensaio de compressão
simples é utilizado para dosagem. A avaliação da capacidade de suporte das misturas
solo-cal é feita mediante o ensaio de ISC (CBR). Normalmente são utilizados
procedimentos de dosagem experimentais.
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- Solo-betume: seu controle é mais rigoroso, maior teor de betume e com funções de
impermeabilização.
Quanto mais fino o solo, maior será a quantidade de betume requerida. Quando usado
em excesso, diminui a estabilidade e passa a agir como lubrificante.
Existem alguns métodos que podem ser utilizados, sendo todos extraídos da literatura
americana: Método Califórnia modificado; Método Hubbard Field; Ensaio do
penetrômetro de cone; Ensaio do valor do suporte Flórida; Ensaio do índice de suporte
Texas.
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Neste item serão abordados os processos pelos quais se misturam dois ou mais
agregados de granulometrias diferentes de modo a enquadrá-los em uma
especificação qualquer. É comum a apresentação da especificação em “faixas de
trabalho” onde são mostrados os limites inferior e superior da granulometria. Desta
forma, a granulometria ideal a ser alcançada ou exigida é aquela que representar o
ponto médio dos limites extremos.
Os solos arenosos são, de um modo geral, facilmente destruídos por ações abrasivas,
quando analisados separadamente, devido a falta do “ligante”. Já os solos argilosos,
também analisados separadamente, são muito deformáveis, com baixa resistência ao
cisalhamento, quando absorvem água. Na prática, é comum e necessário misturarmos
estes dois tipos de solos, ou seja, solos com características granulares e solos com
características coesivas, para obtermos uma mistura com propriedades ideais de
resistência e trabalhabilidade.
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Sendo dados os agregados A, B, C, ..., com, respectivamente x%, y%, z%, ..., passante
numa série de peneiras e desejando-se projetar uma mistura “M” com m1 %, m2%, m3 %,
..., passante na mesma série de peneiras, pode-se sempre estabelecer um sistema de
N equações em que uma delas é:
x% + y% + z% + ... = 100
Solução
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Equações:
Outra opção:
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% em Peso Retido
Peneiras Mat 1 Mat 2 Mat 3 Especificação
z = 1 - ( x + y ) = 1 - ( 0,8108 + 0,1397 )
z = 4,95%
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O sucesso deste método depende da primeira tentativa. Quando se trabalha com três
agregados com granulometrias próximas do agregado graúdo, agregado miúdo e filer,
recomenda-se como regra prática para a primeira tentativa as seguintes correlações:
M1 → Agregado Graúdo → X %
M2 → Agregado Miúdo → Y % ⇒ X = 2Y
M3 → Filer →Z% Z=±5%
Obs: No caso de 4 materiais, a primeira deve ser feita segundo o seguinte esquema:
M1 e M2 → Brita 1 e 2 → X% M1 e M2 → Dobro de M3
M3 → Areia → Y% ⇒ M1 ≈ M2
M4 → Filler → Z% M4 = ± 5%
1 M1 M2 M3 11 12 13 14
3 4 6 7 9 10
Penei 1ª 2ª Ponto Espec
2 5 8
ras Tent Tent Médio .
65% 80% 30% 15% 5% 5%
1” 100 65,00 80,00 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 100,0 100,0 100 100
3/4” 88 57,20 70,40 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 92,20 90,40 90 80-100
1/2” 75 48,75 60,00 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 83,75 80,00 80 65-95
3/8” 53 34,45 42,40 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 69,45 62,40 62 45-80
nº 4 31 20,15 24,80 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 55,15 44,80 44 28-60
nº 10 17 11,05 13,60 95 28,50 14,25 100 5,00 5,00 44,55 32,85 32 20-45
nº 40 8 5,20 6,40 70 21,00 10,50 100 5,00 5,00 31,20 21,90 21 10-32
nº 80 6 3,90 4,80 40 12,00 6,00 83 4,15 4,15 20,05 14,95 14 8-20
nº200 3 1,95 2,40 0 0,00 0,00 52 2,60 2,60 4,55 5,00 5 3-8
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