Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Questão 1
Seja z ∈ . Das seguintes afirmações independentes:
*
2iz 2 + 5z – i –= – 2iz 2 + 5z + i
I. Se ω = , então ω .
1 + 3z 2 + 2iz + 3|z|2 + 2|z| 1 + 3z 2 – 2iz + 3|z|2 + 2|z|
2iz + 3i + 3 2| z| + 3 2
II. Se z ≠ 0 e ω = , então |ω| .
( 1 + 2i ) z 5 | z|
( 1 + i )z 2 π
III. Se ω = , então 2 arg z + é um argumento de ω.
4 3 + 4i 12
é(são) verdadeira(s):
➯ A) todas. B) apenas I e II. C) apenas II e III. D) apenas I e III. E) apenas II.
Resolução:
I. Sendo u e v números complexos quaisquer, temos:
– –
u±v=u±v
– –
u⋅v=u⋅v
u u
= , com v ≠ 0.
v v
(un) = (– u)n, com n ∈ IN.
–
|u| = |u|
–
u = u se, e somente se, u ∈ IR.
–
i = – i (sendo i a unidade imaginária)
u=u
Dessas propriedades, decorre que:
2iz2 + 5z – i
se ω = ,
1 + 3z + 2iz + 3|z|2 + 2|z|
2
– = – 2iz2 + 5z + i
então ω
1 + 3z – 2iz + 3|z|2 + 2|z|
2
A afirmação I é verdadeira.
2iz + 3i + 3
II. |ω | =
(1 + 2i)z
|2iz + 3i + 3|
|ω| =
|(1 + 2i)z|
π π
2 cos + i sen ρ2 ⋅ [cos (2 θ) + i sen (2 θ)]
4 4
ω=
π π
8 cos + i sen
6 6
ρ2 ⋅ 2 π π π π
ω= ⋅ cos 2 θ + – + i sen 2 θ + –
8 4 6 4 6
ρ2 ⋅ 2 π π
ω= ⋅ cos 2 θ + + i sen 2 θ +
8 12 12
π
Sendo θ = arg z, temos que 2 arg z + é um argumento de ω.
12
A afirmação III é verdadeira.
▼
Questão 2
π
O valor de y2 – xz para o qual os números sen , x, y, z e sen75°, nesta ordem, formam uma progressão aritmética, é:
12
2– 3
A) 3 –4 B) 2 –6 C) 6 –2 ➯ D) 2 –5 E)
4
Resolução:
(sen 15º, x, y, z, sen 75º) é PA.
Sendo r a razão da PA, temos:
sen 75º = sen 15º + 4r ∴ 4r = sen 75º – sen 15º
4r = 2 ⋅ sen 30º ⋅ cos 45º
2 2
4r = ∴r =
2 8
y2 – xz = (x + r)2 – x ⋅ (x + 2r)
= x2 + 2xr + r2 – x2 – 2xr
= r2
2 2
Assim: y – xz =
2 = 1 = 2– 5
8 32
▼
Questão 3
Considere a função
( ) ( )
1/(2x) 1/x
f : Z \{0} → IR , f(x) = 3 x – 2 9 2x + 1 – 3 2x + 5 + 1.
A soma de todos os valores de x para os quais a equação y2 + 2y + f(x) = 0 tem raiz dupla é:
A) 0 B) 1 ➯ C) 2 D) 4 E) 6
x – 2 2x + 1 2x + 5
+ =
2 x x
Dessa equação chegamos a x = 4 ou x = – 2.
Portanto, a soma de todos os valores de x é igual a 2.
▼
Questão 4
Considere uma função f: IR → IR não-constante e tal que
f(x + y) = f(x) f(y), ∀x, y ∈ IR.
Das afirmações:
I. f(x) 0, ∀x ∈ IR.
II. f(nx) = [f(x)]n, ∀x ∈ IR, ∀n ∈ *.
III. f é par.
é(são) verdadeira(s):
➯ A) apenas I e II.
B) apenas II e III.
C) apenas I e III.
D) todas.
E) nenhuma.
Resolução:
I. Para todo real x, temos:
x x x x
f + =f ⋅ f
2 2 2 2
x 2
f (x) = f ∴ f (x) 0
2
Se existisse um real r, com f (r) = 0, teríamos f(α + r) = f (α) ⋅ f (r) e, portanto, f (α + r) = 0, para todo real .
Isto é absurdo, pois f não é uma função constante.
Logo, para todo real x, temos f (x) 0. A afirmação I é verdadeira.
II. Suponhamos que exista k, k ∈ IN*, tal que f (kx) = [f (x)]k (hipótese de indução).
Teríamos então:
f [(k + 1) ⋅ x] = f (kx ⋅ x)
f [(k + 1) ⋅ x] = f (kx) ⋅ f (x)
f [(k + 1) ⋅ x] = [ f (x)]k ⋅ f (x)
f [(k + 1) ⋅ x] = [f (x)]k + 1
Como f (1 ⋅ x) = [f (x)]1, podemos concluir, pelo princípio da indução finita, que
f (n ⋅ x) = [f (x)]n, ∀x ∈ IR, ∀n ∈ IN*. A afirmação II é verdadeira.
III. Suponhamos que exista uma função par f, nas condições dadas.
Nessas condições, teríamos:
f (– x + x) = f(– x) ⋅ f (x)
f (0) = f (– x) ⋅ f (x)
Como f é uma função par, ou seja, f (– x) = f (x), para todo x real, teríamos [f (x)]2 = f(0).
Como a afirmação I é verdadeira, isto é, f (x) 0, para todo x real, podemos concluir que f (x) = + f (0) .
Isto é absurdo, pois contraria a condição de f ser uma função não-constante. A afirmação III é, portanto, falsa.
5 3 7 11 15
A)
4
B)
2
➯ C)
4
D)
6
E)
8
Resolução:
Sabendo que os coeficientes de
P(x) = 2x + a2x2 + ... + anxn
formam uma P.G. de razão q (q 0) e a1 = 2, temos:
P(x) = 2x + 2qx2 + ... + 2qn – 1 ⋅ xn
P(x) é a soma dos n termos de uma P.G. cuja razão é qx e cujo primeiro termo é 2x.
Se qx = 1, então P(x) = 2nx, com n 0.
1
Como – , nesse caso, não é raiz, podemos afirmar que qx ≠ 1.
2
Com qx ≠ 1, temos:
P ( x) =
[
2x 1 – (qx)n ] (I)
1 – qx
1
Como P – = 0 , de (I) temos:
2
1 q n
2 – 1 – –
2 2
=0
q
1+
2
n
q
– = 1 ∴ q n = (– 2)n
2
n2 – q3 62 – 23 7
A expressão 4
, para q = 2 e n = 6, vale = .
q 24 4
▼
Questão 6
Dividindo-se o polinômio P(x) = x5 + ax4 + bx2 + cx + 1 por (x – 1), obtém-se resto igual a 2. Dividindo-se P(x) por (x + 1),
ab
obtém-se resto igual a 3. Sabendo que P(x) é divisível por (x – 2), tem-se que o valor de é igual a:
c
A) –6 D) 7
B) –4 ➯ E) 9
C) 4
Questão 7
Das afirmações abaixo sobre a equação z4 + z3 + z2 + z + 1 = 0 e suas soluções no plano complexo:
I. A equação possui pelo menos um par de raízes reais.
II. A equação possui duas raízes de módulo 1, uma raiz de módulo menor que 1 e uma raiz de módulo maior que 1.
n k
r 1
III. Se n ∈ IN* e r é uma raiz qualquer desta equação, então ∑ .
k=1 3 2
é(são) verdadeira(s):
A) nenhuma. B) apenas I. C) apenas II. ➯ D) apenas III. E) apenas I e III.
Im(z)
Resolução: z1
Para todo z, z ∈ C, temos –1= + + z5 (z4
+ z + 1) (z – 1). z3 z2
z2
As cinco raízes da equação z5 – 1 = 0 são z1, z2, z3, z4 e 1.
Note que z1, z2, z3 e z4 são, também, as raízes da equação
z4 + z3 + z2 + z + 1 = 0.
0 Re(z)
1
Os afixos dessas cinco raízes são os vértices de um pentágono regular
inscrito na circunferência de centro (0, 0) e raio unitário do plano de
z3
Argand-Gauss:
z4
Note que nenhum dos números z1, z2, z3 e z4 é real. Logo, a equação z4 + z3 + z2 + z + 1 = 0 não tem raízes reais.
A afirmação I é falsa.
Todas as raízes possuem módulo igual a 1, e, portanto, a afirmação II é falsa.
n k
r 1
Sendo S = ∑ , com n ∈ IN*, temos:
k =1 3 2
2 3 n
r r r r
S= + + +…+
3 3 3 3
2 n
r r r
€ S= + +…+
32 3 3n
Como r ∈ {z1, z2, z3, z4}, temos que |r| = 1, pois os números z1, z2, z3 e z4 possuem, todos, módulo igual a 1.
1 1 1
Assim, S = + 2 +…+ n
3 3 3
1 n
1–
1 3
S= ⋅
3 1
1–
3
n
1 1
S= ⋅ 1 –
2 3
3
1 1
Como, para todo n, n ∈ IN*, 0 1 – 1, podemos concluir que S .
3 2
A afirmação III é verdadeira.
Resolução:
Sendo f(x) = 2x3 + 7x2 + 4x + k, com k ∈ IR, temos que f’(x) = 6x2 + 14x + 4.
–1.
As raízes de f’(x) = 0 são – 2 e
3
Como a equação f(x) = 0 possui uma raiz dupla x1, podemos afirmar que x1 é raiz de f’(x) = 0.
Como x1 é um número inteiro, temos x1 = – 2.
–7 –7 1
De x1 + x1 + x2 = , temos (– 2) + (– 2) + x2 = e, portanto, x2 = .
2 2 2
–k , 1 –k
De x1 ⋅ x1 ⋅ x2 = temos (– 2) ⋅ (– 2) ⋅ = e, portanto, k = – 4.
2 2 2
Logo, (k + x1) ⋅ x2 = – 3.
▼
Questão 9
18!
Considere o conjunto S = {(a, b) ∈ IN × IN: a + b = 18}. A soma de todos os números da forma , ∀(a, b) ∈ S, é:
a! b!
➯ A) 86 B) 9! C) 96 D) 126 E) 12!
Resolução:
Do enunciado, temos:
18! 18! 18! 18! 18 18 18 18
+ + +…+ = + + + … + = 218 = 86
0!18! 1!17! 2!16! 18! 0! 0 1 2 18
▼
Questão 10
O número de divisores de 17640 que, por sua vez, são divisíveis por 3 é:
A) 24 B) 36 C) 48 D) 54 E) 72
Resolução:
17640 = 23 ⋅ 32 ⋅ 51 ⋅ 72
Para a escolha do expoente
• do 2, temos 4 possibilidades (0 ou 1 ou 2 ou 3)
• do 5, temos 2 possibilidades (0 ou 1)
• do 7, temos 3 possibilidades (0 ou 1 ou 2)
• do 3, temos só 2 possibilidades pois o número deve ser divísivel por 3 (1 ou 2).
Assim, o número de “divisores positivos” que são divisíveis por 3 é 4 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 2 = 48.
O número de divisores de 17640 que são divisíveis por 3 é 96 (48 positivos e 48 negativos).
€
▼
Questão 11
(B–1)T = (BT)–1
Logo, a afirmação I é verdadeira.
2 4 1 –1 1 1 6 1
, temos B = P –1 ⋅ A ⋅ P =
–1
II. Sendo A = , P = eP = . Como A é simétrica e B não é simétri-
4 3 0 1 0 1 4 –1
ca, a afirmação II é falsa.
III. B = P –1 ⋅ A ⋅ P
B – λI = P –1 ⋅ A ⋅ P – λI, λ ∈ IR
B – λI = P –1 ⋅ A ⋅ P – λ(P –1 ⋅ P) ⋅ I
B – λI = P –1 ⋅ A ⋅ P – P –1 ⋅ (λI) ⋅ P
B – λI = P –1 ⋅ (A – λI) ⋅ P
det (B – λI) = det [P –1 ⋅ (A – λI) ⋅ P]
det (B – λI) = det P –1 ⋅ det (A – λI) ⋅ det P
1
det (B – λI) = ⋅ det (A – λI) ⋅ det P
detP
det (A – λI) = det (B – λI)
Logo, a afirmação III é verdadeira.
▼
Questão 12
O número de todos os valores de a ∈ [0, 2π], distintos, para os quais o sistema nas incógnitas x, y e z, dado por
14243
– 4x + y – 6z = cos 3a
x + 2y – 5z = sen 2a
6x + 3y – 4z = – 2 cos a,
é possível e não-homogêneo, é igual a:
➯ A) 2 B) 3 C) 4 D) 5 E) 6
Resolução:
⋅ (4) ⋅ (– 6)
14243
x + 2y – 5z = sen 2a
+
– 4x + y – 6z = cos 3a
+
6x + 3y – 4z = –2 cos a
14243
x + 2y – 5z = sen 2a
9y – 26 z = 4 sen 2a + cos 3a ⋅ (1)
– 9y + 26z = – 6 sen 2a – 2 cos a +
14243
x + 2y – 5z = sen 2a
9y – 26z = 4sen 2a + cos 3a
0 = – 2sen 2a + cos 3a – 2 cos a
Questão 13
Para todo x ∈ IR, a expressão [cos (2x)] 2 [sen (2x)] 2 sen x é igual a:
A) 2– 4 [sen (2x) + sen (5x) + sen (7x)]. D) 2– 4 [– sen x + 2 sen (5x) – sen (9x)].
➯ B) 2– 4 [2 sen x + sen (7x) – sen (9x)]. E) 2– 4 [sen x + 2 sen (3x) + sen (5x)].
C) 2– 4 [– sen (2x) – sen (3x) + sen (7x)].
Resolução:
Usando as relações que transformam produtos em somas, temos:
2
1
= (sen 4 x + sen 0) ⋅ sen x
2
1
= ⋅ sen 4 x [sen 4 x ⋅ sen x ]
4
1 1
= ⋅ sen 4 x – (cos 5x – cos 3x)
4 2
1
=– ⋅ [sen 4 x cos 5x – sen 4 x cos 3x ]
8
1 1 1
=– ⋅ (sen 9x – sen x) – (sen 7x + sen x)
8 2 2
1
= ⋅ [sen x – sen 9x + sen 7x + sen x ]
16
= 2 – 4 ⋅ [2 sen x + sen 7x – sen 9x ]
▼
Questão 14
π π
Considere os contradomínios das funções arco-seno e arco-cosseno como sendo – , e [0, π] , respectivamente. Com
2 2
respeito à função
π 3π
f : [ – 1, 1] → – , , f (x) = arcsen x + arccos x,
2 2
temos que:
A) f é não-crescente e ímpar. D) f é injetora.
B) f não é par nem ímpar. ➯ E) f é constante.
C) f é sobrejetora.
Resolução:
π 3π
f:[– 1, 1] → – , , f(x) = arc sen x + arc cos x
2 2
sen α = x e
π π
–
2
α 2
sen α = cos β ∴ α + β = π .
cos β = x e 0βπ 2
Assim, f(x) =
π
2
f é constante.
▼
Questão 15
Considere a família de circunferências com centros no segundo quadrante e tangentes ao eixo Oy. Cada uma destas cir-
cunferências corta o eixo Ox em dois pontos, distantes entre si de 4 cm. Então, o lugar geométrico dos centros destas cir-
cunferências é parte:
A) de uma elipse. D) de duas retas concorrentes.
B) de uma parábola. E) da reta y = – x.
➯ C) de uma hipérbole.
Resolução:
Seja C(x, y) o centro de uma destas circunferências, nas condições do enunciado, com x 0 e y 0.
y
C |x|
Temos a figura: |x| |x|
y
A 2 M 2 BO x
Questão 16
A área do polígono, situado no primeiro quadrante, que é delimitado pelos eixos coordenados e pelo conjunto
{(x, y) ∈ IR2 : 3 x2 + 2 y2 + 5 xy – 9 x – 8 y + 6 = 0},
é igual a:
A) 6 D) 3
5 10
➯ B)
2
E) 3
C) 2 2
Resolução:
Temos que:
3x2 + 2y2 + 5xy – 9x – 8y + 6 = 0
3x2 + 2y2 + 3xy + 2xy – 3x – 6x – 2y – 6y + 6 = 0
(3x2 + 3xy – 3x) + (2y2 + 2xy – 2y) + (–6x – 6y + 6) = 0
3x ⋅ (x + y – 1) + 2y ⋅ (x + y – 1) – 6 ⋅ (x + y – 1) = 0
(r) x + y – 1 = 0
(x + y – 1) ⋅ (3x + 2y – 6) = 0 ou
(s) 3x + 2y – 6 = 0
A área S do polígono ABCD pode ser obtida fazendo-se a área do triângulo BOC menos a área do triângulo AOD.
1 1 5
Logo, S = ⋅ 2 ⋅ 3 – ⋅ 1 ⋅ 1 , ou seja, S = .
2 2 2
▼
Questão 17
Sejam r e s duas retas paralelas distando entre si 5 cm. Seja P um ponto na região interior a estas retas, distando 4 cm de
r. A área do triângulo equilátero PQR, cujos vértices Q e R estão, respectivamente, sobre as retas r e s, é igual, em cm2, a:
15
D) 3
A) 3 15 2
7
E) 2 15
➯ B) 7 3
C) 5 6
Resolução:
Do enunciado, temos a figura, onde l é a medida do lado do triângulo PQR:
Q T
r
l
Da figura: α + 60º + β = 180º, ou seja, β = 120º – α. 4
Do triângulo PTQ, temos: l cos (120º – α) = 4 (1) l β
Do triângulo PSR, temos: l cos α = 1 (2) 60º P
De (1) e (2), temos: l α 1
cos (120º – α) = 4 cos α s
cos 120º cos α + sen 120º sen α = 4 cos α R S
1 3
– cos α + sen α = 4 cos α
2 2
3 9
sen α = cos α
2 2
∴ tg α = 3 3
Assim, no triângulo PSR, temos:
RS
= 3 3 ∴ RS = 3 3
1
Além disso:
( )
2
l2 = 3 3 + 12
l2 = 28
28 ⋅ 3
A área do triângulo equilátero PQR é , ou seja, 7 3 cm2.
4
▼
Questão 18
Considere três polígonos regulares tais que os números que expressam a quantidade de lados de cada um constituam uma
progressão aritmética. Sabe-se que o produto destes três números é igual a 585 e que a soma de todos os ângulos internos
dos três polígonos é igual a 3780º. O número total das diagonais nestes três polígonos é igual a:
A) 63 B) 69 C) 90 ➯ D) 97 E) 106
Questão 19
— — —
Considere o triângulo isósceles OAB, com lados OA e OB de comprimento 2 R e lado AB de comprimento 2R. O volume
—
do sólido, obtido pela rotação deste triângulo em torno da reta que passa por O e é paralela ao lado AB , é igual a:
π 3 4π
A) R3 B) π R ➯ C) R3 D) 2 π R3 E) 3 π R3
2 3
Resolução:
Considere a figura:
B
—
√2 R
2R O
— R
√2 R
A C
Questão 20
Considere uma pirâmide regular de altura igual a 5 cm e cuja base é formada por um quadrado de área igual a 8 cm2. A
distância de cada face desta pirâmide ao centro de sua base, em cm, é igual a:
15 5 6 4 3 7
A)
3 ➯ B)
9
C)
5
D) 5 E) 3
5
D
C
—
√2
— M
P √2
—
E — √2
2 √2 B
Questão 21
Sejam U um conjunto não-vazio e A ⊂ U, B ⊂ U. Usando apenas as definições de igualdade, reunião, intersecção e com-
plementar, prove que:
I. Se A ∩ B = ∅, então B ⊂ AC.
II. B \ AC = B ∩ A.
Resolução:
I. Proposição Justificativa
S1 B ∩ A = ∅ hipótese
S2 ∀x, x ∈ B ⇒ x ∉ A S1 e a definição de B ∩ A
S3 ∀x, x ∉ A ⇒ x ∈ AC definição de AC
S4 ∀x, x ∈ B ⇒ x ∈ AC S2 e S3
S5 B ⊂ AC S4
∴ se B ∩ A = ∅, então B ⊂ AC.
II. Proposição Justificativa
S1 x ∈ B\AC ⇔ x ∈ B e x ∉ AC definição de \
S2 x ∈ B\AC ⇔ x ∈ B e x ∈ A S1 e definição de AC
S3 x ∈ B\AC ⇔ x ∈ A ∩ B S2 e definição de A ∩ B
Das equivalências dessas sentenças, temos que B\AC = B ∩ A.
Resolução:
z+z+2
ω=
|z – 1| + |z + 1| – 3
Note que, para todo z, (z + —z + 2) ∈ IR.
Logo ∈ IR se, e somente se, |z – 1| + |z + 1| – 3 0, ou seja, |z – 1| + |z + 1| 3
Os afixos dos complexos z, tais que |z – 1| + |z + 1| = 3, são os pontos da elipse de focos (1, 0) e (– 1, 0) e eixo maior igual
a 3, do plano de Argand-Gauss.
Portanto, os afixos de z, tais que |z – 1| + |z + 1| 3, são os pontos exteriores à elipse.
Resposta: Im(z)
Re(z)
–1,5 –1 0 1 1,5
▼
Questão 23
Considere a seguinte situação baseada num dos paradoxos de Zenão de Eléia, filósofo grego do século V A.C. Suponha que o atle-
€
ta Aquiles e uma tartaruga apostam uma corrida em linha reta, correndo com velocidades constantes VA e VT, com 0 VT VA.
Como a tartaruga é mais lenta, é-lhe dada uma vantagem inicial, de modo a começar a corrida no instante t = 0 a uma dis-
tância d1 0 na frente de Aquiles. Calcule os tempos t1, t2, t3, ... que Aquiles precisa para percorrer as distâncias d1, d2, d3, ...,
n−1
respectivamente, sendo que, para todo n 2, dn denota a distância entre a tartaruga e Aquiles no instante ∑ tk da corrida.
k=1
Verifique que os termos tk , k = 1, 2, 3, ..., formam uma progressão geométrica infinita, determine sua soma e dê o signifi-
cado desta soma.
Resolução:
A d1 T
t=0
d1 A d2 T
t = t1
d1 d2 A d3 T
t = t1 + t2
Note que, no intervalo de tempo tn, com n ∈ IN*, a tartaruga percorreu a distância dn + 1 = vT ⋅ tn (1).
No intervalo de tempo tn + 1, Aquiles percorreu a distância dn + 1 = vA ⋅ tn + 1 (2).
v
De (1) e (2), temos vA ⋅ tn + 1 = vT ⋅ tn, ou seja, para todo n, n ∈ IN*, temos: tn + 1 = tn ⋅ T
vA
No intervalo de tempo t1, Aquiles percorreu a distância d1 = vA ⋅ t1.
vT d
Portanto, a seqüência (t1, t2, t3, … tn, tn + 1,…) é uma P.G. infinita de razão e primeiro termo t1 = 1 .
vA vA
d1
v vA
Como 0 T 1, podemos afirmar que a soma t1 + t2 + … + tn + … = .
vA v
1− T
vA
d1
Logo, t1 + t2 + … + tn + … = .
v A − vT
€
d1 (v A – vT ) + d1 ⋅ vT
Temos, então, que: S=
v A − vT
d1
S= ⋅ vA
v A − vT
d1
Note que a posição de Aquiles, no instante , também é dada por S.
v A − vT
Portanto, a soma t1 + t2 + … + tn + … significa o intervalo de tempo necessário para Aquiles alcançar a tartaruga.
▼
Questão 24
Mostre que toda função f : IR \ {0} → IR, satisfazendo f(xy) = f(x) + f(y) em todo seu domínio, é par.
Resolução:
Para todo x do domínio de f, temos:
f (– x) + f (– x) = f [(– x)(– x)]
2f(– x) = f(x2)
2f(– x) = f(x ⋅ x)
2f(– x) = f(x) + f(x)
2f(– x) = 2f(x) ∴ f(– x) = f(x)
Logo, f é uma função par.
€
▼
Questão 25
Sejam a, b, c e d constantes reais. Sabendo que a divisão de P1(x) = x4 + ax2 + b por P2(x) = x2 + 2x + 4 é exata, e que a
divisão de P3(x) = x3 + cx2 + dx – 3 por P4(x) = x2 – x + 2 tem resto igual a – 5, determine o valor de a + b + c + d.
Resolução:
Dividindo P1(x) = x4 + ax2 + b por P2(x) = x2 + 2x + 4, temos:
+ x4 + 0x3 + ax2 + 0x + b x2 + 2x + 4
– x4 – 2x3 – 4x2 x2 – 2x + a
+ – 2x3 + (a – 4) x2 + 0x + b
2x3 + 4x2 + 8x
ax2 + 8x + b
+
–ax2 – 2ax – 4a
(8 – 2a) x + b – 4a (Resto)
Como a divisão de P1 por P2 é exata, devemos ter:
(8 – 2a) x + b – 4a 0
123
8 – 2a = 0
∴ a = 4 e b = 16
b – 4a = 0
Dividindo P3(x) = x3 + cx2 + dx – 3 por P4(x) = x2 – x + 2, temos:
+ x3 + cx2 + dx – 3 x2 – x + 2
– x3 + x2 – 2x x+c+1
+ (c + 1) x2 + (d – 2) x – 3
– (c + 1) x2 + (c + 1) x – 2(c +1)
(c + d – 1) x – 2c – 5 (Resto)
Do enunciado, devemos ter: (c + d – 1) x – 2c – 5 – 5
c+d–1=0
123
∴ c=0ed=1
–2c – 5 = –5
Assim: a + b + c + d = 4 + 16 + 0 + 1, ou seja, a + b + c + d = 21
Resposta: 21
Resolução:
bcd 1 a a2
acd 1 b b2
Seja D =
abd 1 c c2
abc 1 d d2
Multiplicando por a, b, c e d, respectivamente, a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas, podemos escrever:
abcd a a2 a3
1 abcd b b2 b3
D= ⋅
abcd abcd c c2 c3
abcd d d2 d3
1 a a2 a3
abcd 1 b b2 b3
D= ⋅
abcd 1 c c2 c3
1 d d2 d3
∴ D = (b – a) (c – a) (c – b ) (d – a) (d – b) (d – c)
Resposta: (b – a) (c – a) (c – b ) (d – a) (d – b) (d – c)
▼
Questão 27
π π
Encontre todos os valores de a ∈ − , para os quais a equação na variável real x,
2 2
e x e x
arctg 2 − 1 + + arctg 2 − 1 − = a,
2 2
admite solução.
Resolução:
ex ex
Fazendo α = arctg 2 – 1 + e β = arctg 2 – 1 – , temos: α + β = a.
2 2
tg α + tg β
Então: tg a = tg (α + β) ∴ tg a = ∴
1 – tg α tg β
∴ tg a =
2 –1+
ex
2
+ 2 –1–
ex
2 ∴ tg a =
2 ( 2 –1)
x 2
x
( )
2
( )
e
2 – 1 +
2 e
1– 2 – 1 – 2
2 2
x 2 2
e
∴ =
( )
2 – 1 (1 – tg a)
2 tg a
2 ( )
2 – 1 ⋅ (1 – tg a)
0 ∴
(1 – tg a) 0
tg a tg a
– ∃ + –
∴ ∴ 0 tg a 1.
0 1
π π π
Satisfazendo a ∈ ] – , [ , temos: 0 a .
2 2 4
π
Resposta: a ∈ ] 0, [
4
▼
Questão 28
x2 y2
Sabe-se que uma elipse de equação
2
+
= 1 tangencia internamente a circunferência de equação x2 + y2 = 5 e que a reta
a b2
de equação 3x + 2y = 6 é tangente à elipse no ponto P. Determine as coordenadas de P.
Resolução:
Do enunciado, o semi-eixo maior da elipse deve medir 5 e estar contido no eixo das ordenadas. Caso contrário, a reta r
de equação 3x + 2y = 6 seria secante à elipse. Assim, temos a figura:
y
— 0 — x
–√ 5 √5
1º modo:
Consideremos o sistema formado pelas equações da reta e da elipse:
3x + 2 y = 6 1
2
x y2 2
a 2 + 5 = 1
6 – 3x
De 1 : y =
2
Substituindo em 2 , temos:
2
6 – 3x
x2 2
+ = 1 , ou seja:
a2 5
(9 a2 + 20) x2 – 36 a2x + 16 a2 = 0 3
Condição de tangência: ∆ = 0
Então:
16
45 a2 – 80 = 0 ∴ a2 =
9
8
Substituindo o valor de a2 em 3 , temos x = .
9
5.
Substituindo o valor de x em 1 , temos y =
3
Logo, as coordenadas de P são 8 , 5 .
9 3
Associando-se cada ponto (x, y) do plano ao ponto ax , y ,
5
x2 y2 Q
da elipse de equação 2
+ = 1 . Assim, considere a figura ao lado:
a 5 5 P’
3 P
Como as ordenadas de P e P’ são iguais e P pertence à reta r, temos:
5 8
3x + 2 ⋅ =6 ∴ x= 0 x
3 9 r’
8 5
Portanto, as coordenadas de P são , .
9 3
8 , 5 r
Resposta:
9 3
▼
Questão 29
— —
Considere um quadrado ABCD. Sejam E o ponto médio do segmento CD e F um ponto sobre o segmento CE tal que
— — —
m(BC) + m(CF) = m(AF). Prove que cos α = cos 2β, sendo os ângulos α = BÂF e β = EÂD.
Resolução:
Do enunciado, temos a figura, onde l é a medida do lado do quadrado ABCD:
l
A α B
β
l l+a l
α
D E F C
l a
2
↔
Construindo sobre DC o segmento CM = l e a semicircunferência de centro no ponto F e raio medindo l + a, temos a figura:
A l B
β
l+a
l
α
D E F C M
l a l
2
2l
ˆ A = .
Os triângulos ADE e MDA são semelhantes, pois seus catetos são proporcionais. Assim, DM
A l B
β β
l+a
l
α β
D E F C M
l a l
2
2l
Questão 30
Quatro esferas de mesmo raio R 0 são tangentes externamente duas a duas, de forma que seus centros formam um tetrae-
dro regular com arestas de comprimento 2R. Determine, em função de R, a expressão do volume do tetraedro circunscrito
às quatro esferas.
Resolução:
a3 ⋅ 2 a 6
Sendo a o comprimento de uma aresta de um tetraedro regular, então seu volume é V = , sua altura é h = ,e
12 3
h
o raio da esfera inscrita nesse tetraedro é r =.
4
Sendo 2R o comprimento de uma aresta do tetraedro ABCD cujos vértices são os centros das quatro esferas de raio R, tangen-
tes externamente duas a duas, então:
(2R)3 ⋅ 2 2R 3 ⋅ 2
a) seu volume é V = = .
12 3
2R ⋅ 6
b) sua altura é h = .
3
R 6
c) o raio da esfera inscrita é r = .
6
Como o centro do tetraedro A’B’C’D’ circunscrito às quatro esferas coincide com o centro do tetraedro ABCD, e os planos de
suas faces são paralelos e distam R dos planos das faces do tetraedro ABCD, então o raio da esfera inscrita no tetraedro
A’B’C’D’ é:
R’ = r + R
R 6 6 + 6
R’ = + R ∴ R’ = R
6 6
Resposta:
2⋅ 2 ⋅ 1+( 6 ) R3
3
I C N IA
N ID Ê C
ASSUNTO
Aritmética
Conjuntos
Determinante
Equação polinomial
Função
Geometria analítica
Geometria espacial
Geometria plana
Matrizes
Números binomiais
Números complexos
Polinômios
Seqüências
Sistemas lineares
Trigonometria
1 2 3 4 5 6 Nº DE QUESTÕES