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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

SECRETARIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS


DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE COMÉRCIO E SERVIÇOS

RESUMO DOS PRINCIPAIS TRIBUTOS


INCIDENTES SOBRE O SETOR DE COMÉRCIO

ICMS

Período de Elaboração: dezembro/2007

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
SECRETARIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................3

CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA - CONFAZ .............................................................4

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - ICMS ........................4

INCIDÊNCIA ...........................................................................................................................................4

NÃO INCIDÊNCIA ...................................................................................................................................5

CONTRIBUINTE ......................................................................................................................................6

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ..................................................................................................................6

CRÉDITO POR FATO GERADOR PRESUMIDO QUE NÃO SE REALIZA.........................................................6

LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO.............................................................................................7

OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR .........................................................................................................8

NÃO CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO ....................................................................................................9

VEDAÇÃO DE CRÉDITO ..........................................................................................................................9

ESTORNO DO IMPOSTO CREDITADO .......................................................................................................9

EXTINÇÃO DO CRÉDITO .......................................................................................................................10

LIQUIDAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES ...........................................................................................................10

SALDO CREDOR ACUMULADO DO ICMS.............................................................................................10

SUBSTITUIÇÃO AO REGIME DE LIQUIDAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES ...........................................................10

ICMS - TABELA DE ALÍQUOTAS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS ...................................................12

ICMS - TABELA DE ALÍQUOTAS NAS OPERAÇÕES INTERNAS ..............................................................13

ENDEREÇO ELETRÔNICO DAS SECRETARIAS DE FAZENDA ESTADUAIS ................................................14

PRINCIPAIS NORMATIVOS ....................................................................................................................15

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APRESENTAÇÃO

Segundo o Ministério da Fazenda, no ano de 2006, o Brasil arrecadou de ICMS cerca de R$


172 milhões. Desse total, o comércio atacadista e varejista participou com 11,73% e 9,79%,
respectivamente.

ARRECADAÇÃO DO ICMS NO SETOR TERCIÁRIO - COMÉRCIO ATACADISTA


VALORES CORRENTES - 2006

Região Valor Total - R$ Mil


Norte 560.445
Nordeste 3.350.185
Sudeste 11.671.302
Sul 2.914.560
Centro-Oeste 1.686.780
Brasil 20.183.272
Elaboração: Secretaria de Comércio e Serviços
Fonte: Comissão Técnica Permanente do ICMS / CONFAZ / MF

ARRECADAÇÃO DO ICMS NO SETOR TERCIÁRIO - COMÉRCIO VAREJISTA


VALORES CORRENTES - 2006

Região Valor Total - R$ Mil


Norte 622.324
Nordeste 3.642.987
Sudeste 7.851.656
Sul 2.990.775
Centro-Oeste 1.752.880
Brasil 16.860.621
Elaboração: Secretaria de Comércio e Serviços
Fonte: Comissão Técnica Permanente do ICMS / CONFAZ / MF

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CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA - CONFAZ

O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ tem a missão de elaborar políticas e


harmonizar procedimentos e normas inerentes ao exercício da competência tributária dos Estados e
do Distrito Federal, bem como colaborar com o Conselho Monetário Nacional - CMN na fixação da
política de Dívida Pública Interna e Externa dos Estados e do Distrito Federal, e na orientação às
instituições financeiras públicas estaduais.

É constituído pelos representantes de cada Estado e do Distrito Federal e um representante do


Governo Federal, sendo representante do Governo Federal o Ministro de Estado da Fazenda, e dos
Estados e do Distrito Federal os seus Secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação.

Dentre as várias atribuições do Conselho, destacamos a de promover a celebração de convênios,


para efeito de concessão ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais do ICMS.

ENDEREÇO ELETRÔNICO DO CONFAZ


http://www.fazenda.gov.br/confaz/

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - ICMS

O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços


de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, tributo de competência dos
Estados e do Distrito Federal, tem como principais fatos geradores a circulação de mercadoria,
prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal, de comunicação e de
fornecimento de energia elétrica.

Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar nº 87/96 (também conhecida
como “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99, 102/2000,
114/2002, 115/2002, 120/2005 e 122/2006.

A partir da norma geral, cada Estado da Federação institui, mediante lei ordinária, o chamado
"regulamento do ICMS" ou RICMS, que consiste na consolidação de toda a legislação sobre o
ICMS em vigor no Estado. São regras próprias relativas à cobrança do imposto, respeitados os
requisitos mínimos fixados na Constituição Federal e no Código Tributário Nacional - CTN.

INCIDÊNCIA

O ICMS incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e


bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

II – prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de


pessoas, bens, mercadorias ou valores;

III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a
emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de
qualquer natureza;

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IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência


tributária dos Municípios;

V – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de


competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à
incidência do imposto estadual.

VI – a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;

VII – o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

VIII – a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e


combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto
ao Estado onde estiver localizado o adquirente.

NÃO INCIDÊNCIA

O ICMS não incide sobre:

I – operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;

II – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e


produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;

III – operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e


combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à
comercialização;

IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;

V – operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na
prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei
complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas
as hipóteses previstas na mesma lei complementar;

VI – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de


estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie;

VII – operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo
credor em decorrência do inadimplemento do devedor;

VIII – operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao


arrendatário;

IX – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de


sinistro para companhias seguradoras.

Equipara-se às operações de que trata o item II a saída de mercadoria realizada com o fim
específico de exportação para o exterior, destinada a:

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a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa;

b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

CONTRIBUINTE

Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações
se iniciem no exterior.

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito
comercial:

I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

II – seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior,

III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica


oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Regime de recolhimento do ICMS, mediante o qual se atribui a determinado contribuinte a


responsabilidade pelo recolhimento do imposto relativo a fato gerador praticado por terceiro,
hipótese em que o contribuinte assumirá a condição de substituto tributário. A atribuição de
responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada
Estado.

A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais
operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor
decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do
imposto.

A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo


específico celebrado pelos Estados interessados.

CRÉDITO POR FATO GERADOR PRESUMIDO QUE NÃO SE REALIZA

É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força
da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido, que não se realizar.

Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o


contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido,
devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo.

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Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de quinze dias da


respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos lançados, também devidamente
atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis.

LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO

O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do


estabelecimento responsável, é:

I – tratando-se de mercadoria ou bem:

a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador;

b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando
acompanhado de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária;

c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a represente, de mercadoria por


ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado;

d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física;

e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido;

f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem importados
do exterior e apreendidos ou abandonados;

g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, nas operações
interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando
não destinados à industrialização ou à comercialização;

h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como ativo financeiro
ou instrumento cambial;

i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos;

II – tratando-se de prestação de serviço de transporte:

a) onde tenha início a prestação;

b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal
ou quando acompanhada de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária;

c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por contribuinte, de


serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou
prestação subseqüente;

III – tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação:

a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido o da


geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e recepção;

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b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, ou


assemelhados com que o serviço é pago;

c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por contribuinte, de


serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou
prestação subseqüente;

d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite;

d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos.

IV – tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou do


domicílio do destinatário.

OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

De acordo com o CTN, fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.

Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:

I – da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento


do mesmo titular;

II – do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento;

III – da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado,


no Estado do transmitente;

IV – da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a


mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;

V – do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer


natureza;

VI – do ato final do transporte iniciado no exterior;

VII – das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de
comunicação de qualquer natureza;

VIII – do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:

a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência


do imposto da competência estadual, como definido na lei complementar aplicável,

IX – do desembaraço aduaneiro das mercadorias ou bens importados do exterior;

X – do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;

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XI – da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos


ou abandonados;

XII – da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados


de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou
à industrialização;

XIII – da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e
não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente.

NÃO CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO

O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à


circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.

Para a compensação, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto


anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou
simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de
comunicação.

VEDAÇÃO DE CRÉDITO

Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de


operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços
alheios à atividade do estabelecimento. Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade
do estabelecimento os veículos de transporte pessoal.

É vedado o crédito relativo à mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a


ele feita:

I – para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída


do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se de saída para
o exterior;

II – para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subseqüente não


forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior.

ESTORNO DO IMPOSTO CREDITADO

O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o
serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:

I – for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância
imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;

II – for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto


resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;

III – vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;

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IV – vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações
ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o papel destinado à impressão de livros,
jornais e periódicos.

EXTINÇÃO DO CRÉDITO

O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da data de
emissão do documento.

LIQUIDAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

A legislação tributária estadual disporá sobre o período de apuração do imposto. As obrigações


consideram-se vencidas na data em que termina o período de apuração e são liquidadas por
compensação ou mediante pagamento em dinheiro.

As obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante dos créditos escriturados
no mesmo período mais o saldo credor de períodos ou períodos anteriores, se for o caso.

Se o montante dos débitos do período superar o dos créditos, a diferença será liquidada dentro do
prazo fixado pelo Estado.

Se o montante dos créditos superar os dos débitos, a diferença será transportada para o período
seguinte.

Os débitos e créditos devem ser apurados em cada estabelecimento, compensando-se os saldos


credores e devedores entre os estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados no Estado.

SALDO CREDOR ACUMULADO DO ICMS

A Lei estadual poderá, nos casos de saldos credores acumulados, permitir que:

I – sejam imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado;

II – sejam transferidos, nas condições que definir, a outros contribuintes do mesmo Estado.

SUBSTITUIÇÃO AO REGIME DE LIQUIDAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Em substituição ao regime de apuração definido na Lei Complementar nº 87/96, a lei estadual


poderá estabelecer:

I - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço dentro de determinado
período;

II - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço em cada operação;

III - que, em função do porte ou da atividade do estabelecimento, o imposto seja pago em parcelas
periódicas e calculado por estimativa, para um determinado período, assegurado ao sujeito passivo
o direito de impugná-la e instaurar processo contraditório.

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Na hipótese do inciso III, ao fim do período, será feito o ajuste com base na escrituração regular do
contribuinte, que pagará a diferença apurada, se positiva; caso contrário, a diferença será
compensada com o pagamento referente ao período ou períodos imediatamente seguintes.

A inclusão de estabelecimento no regime de que trata o inciso III não dispensa o sujeito passivo do
cumprimento de obrigações acessórias.

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ICMS - TABELA DE ALÍQUOTAS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS


DESTINO
AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MT MS MG PA PB PR PE PI RN RS RJ RO RR SC SP SE TO
AC 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
AL 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
AM 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
AP 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
BA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
CE 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
DF 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
ES 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
GO 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
MA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
MT 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
MS 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
O MG 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 7 7 12 12 7 7 12 12 7 7
R PA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
I PB 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
G PR 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 7 7 7 7 12 12 7 7 12 12 7 7
E PE 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
M PI 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
RN 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
RS 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 7 12 7 7 7 12 7 7 12 12 7 7
RJ 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 7 12 7 7 7 12 7 7 12 12 7 7
RO 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
RR 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
SC 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 7 12 7 7 7 12 12 7 7 12 7 7
SP 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 7 12 7 7 7 12 12 7 7 12 7 7
SE 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
TO 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

Elaboração: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG)


- Na coluna vertical estão destacados os Estados de origem das operações; na coluna horizontal destacam-se os Estados de destino das operações de comercialização, dos produtos, das
mercadorias, dos serviços prestados; os quadros em branco referem-se às operações internas.
- As alíquotas interestaduais são estabelecidas por Resolução do Senado Federal.
- A presente tabela tem por base a Resolução do Senado Federal nº 22, de 19 de maio de 1989. Alíquotas em dezembro/2007.

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SECRETARIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS
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ICMS - TABELA DE ALÍQUOTAS NAS OPERAÇÕES INTERNAS

Alíquota Interna Alíquota Interna


Estado Máxima Mínima
Acre 25 12
Alagoas 25 17
Amapá 25 12
Amazonas 25 12
Bahia 38 7
Ceará 25 12
Distrito Federal 25 12
Espírito Santo 30 12
Goiás 25 7
Maranhão 25 17
Mato Grosso 30 0
Mato Grosso do Sul 27 17
Minas Gerais 30 4
Pará 30 7
Paraíba 25 17
Paraná 27 7
Pernambuco 28 7
Piauí 25 12
Rio Grande do Norte 25 12
Rio Grande do Sul 29 12
Rio de Janeiro 37 7
Rondônia 35 9
Roraima 25 12
Santa Catarina 25 12
São Paulo 25 7
Sergipe 27 0
Tocantins 25 4
Elaboração: Secretaria de Comércio e Serviços
Alíquotas em dezembro/2007
- As alíquotas internas são estabelecidas nos Regulamentos de ICMS de cada Estado.
- Atendidas as disposições legais, as empresas com faturamento bruto anual até R$ 240.000,00
ou R$ 2.400.000,00, poderão enquadrar-se no regime do Simples Nacional, na condição de
microempresa ou empresa de pequeno porte, respectivamente. Por este sistema, tais empresas
poderão ser isentas do pagamento do ICMS ou ainda recolherem alíquotas menores do que as
demais empresas.

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Endereço Eletrônico das Secretarias de Fazenda Estaduais

Secretaria da Fazenda do Estado do Acre Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas


http://www.sefaz.ac.gov.br/ http://www.sefaz.al.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado do Secretaria da Fazenda do Estado do Amazonas
Amapá http://www.sefaz.ap.gov.br/
http://www.sefaz.ap.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará
http://www.sefaz.ba.gov.br/ http://www.sefaz.ce.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Distrito Federal Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito
http://www.fazenda.df.gov.br/ Santo
http://www.sefaz.es.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Secretaria da Fazenda do Estado do Maranhão
http://www.sefaz.go.gov.br/ http://www.sefaz.go.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado do Mato Secretaria da Fazenda do Estado do Mato Grosso
Grosso do Sul
http://www.sefaz.mt.gov.br/ http://www.sefaz.ms.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado de Minas Secretaria da Fazenda do Estado do Pará
Gerais http://www.sefa.pa.gov.br/
http://www.fazenda.mg.gov.br/
Secretaria da Receita do Estado da Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná
Paraíba http://www.fazenda.pr.gov.br/index.php/
http://www.receita.pb.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado de Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí
Pernambuco http://www.sefaz.pi.gov.br/
http://www.sefaz.pe.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Secretaria da Tributação do Estado do Rio
Janeiro Grande do Norte
http://www.fazenda.rj.gov.br/ http://www.set.rn.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia
Grande do Sul http://www.sefin.ro.gov.br/
http://www.sefaz.rs.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado de Secretaria da Fazenda do Estado de Santa
Roraima Catarina
http://www.sefaz.rr.gov.br/ http://www.sef.sc.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado de São Secretaria da Fazenda do Estado de Sergipe
Paulo http://www.sefaz.se.gov.br/
http://www.fazenda.sp.gov.br/
Secretaria da Fazenda do Estado de
Tocantins
http://www.sefaz.to.gov.br/

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PRINCIPAIS NORMATIVOS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm

LEI Nº 5.172/66 (CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL)

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 87/96 (LEI KANDIR)

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp87.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 92/97

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp92.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 99/99

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/lcp99.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 102/2000

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp102.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 114/2002

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp114.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 115/2002

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp115.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 120/2005

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp120.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 122/2006

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp122.htm

LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006 (LEI GERAL DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO


PORTE)

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm

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