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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA

ETAPA 1

Aula-tema: Linha do Tempo da História da Educação

Os colonizadores portugueses ensinam aos índios seus costumes e


religião, através da catequização pelos jesuítas.
Sécul
o XVI

Os jesuítas também se dedicam à educação de brancos em internatos


instituídos pela Coroa Portuguesa. Porém, para cursar uma
universidade, os portugueses tinham que regressar à terra natal. No
Brasil não havia escolas de ensino superior.

Padre Anchieta destaca-se como principal jesuíta no processo de


catequização dos índios.

O marquês de Pombal tenta diminuir o poder da igreja no processo


Século

educacional da colônia expulsando os jesuítas do império.


XVI

Com a chegada da família real no Brasil, começa algumas aulas que


dão origem às Faculdades de Medicina.
Sécul
o XIX

Anos 20: Primeira constituição do Brasil independente. Educação


feminina é feita em casa. Primeira Lei Geral de Ensino cria colégios
nas vilas e cidades mais populosas e dá acesso a educação feminina
na escola. Criação das primeiras faculdades de Direito (Olinda e São
Paulo)

Inauguração do Colégio Pedro II, modelo de educação no Brasil

Influência do Positivismo, Cientificismo e movimento republicano


na educação. Criação de escolas particulares e escolas técnicas para
qualificar mão-de-obra e atender as necessidades da urbanização.

Com a proclamação da república, o governo reforma o ensino


primário e normal. Cresce a presença feminina nos cursos de
formação de professor.

Separação entre Igreja e Estado.


Sécul
Surgimento da Escola Nova, que defende a reforma do currículo e

o XX
uso da realidade do aluno para o processo de ensino-aprendizagem.

Anísio Teixeira defende as escolas públicas como promotoras de


cidadania e saúde.

Criação do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial),


instituição de ensino profissionalizante, para reforçar a mão-de-obra
necessária à industrialização.

Décadas de 50 e 60 – Ênfase na alfabetização de adultos,


especialmente com as idéias de Paulo Freire.

Década de 70 – Regime Militar: Criação do vestibular para restringir


o acesso à universidade, ampliação da obrigatoriedade escolar de 4
anos para 8 (aumento de professores e diminuição de salários).

Substituição da História e Geografia por Estudos Sociais e Educação


Moral e Cívica com cartilhas elaboradas por militares. Criação do
Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) para erradicar
analfabetismo.

Constituição de 88 – União é obrigada a aplicar 18% da receita em


educação e Estado, 18%.

LDB (Lei de Diretrizes e Bases) 9394/96 – Inclusão da Ed. Infantil


como primeira etapa da Educação Básica.

Cultura de avaliação: ENEM, SAEB, Prova Brasil.

Popularização do ENEM com a concessão de bolsas de ensino


superior pelo Prouni (Programa Universidade para Todos).
Sécul
o XXI

PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) – objetivos, metas e


ações para alcançar a universalização do Ensino Fundamental.
ETAPA 1

Aula-tema: Fases da Educação no Brasil

Segundo José Luiz de Paiva Bello, a Educação Brasileira tem um princípio, meio e fim
bem demarcado e pode ser dividida em períodos, desde quando os portugueses chegaram aqui
até os dias atuais. Ele diz que a educação brasileira continua evoluindo “em saltos
desordenados, em diversas direções.”
A divisão tem as seguintes fases:
Período Jesuítico (1549 - 1759)

A educação indígena foi substituída pelo ensino e a propagação da fé religiosa. Os


jesuítas trouxeram de Portugal a moral, os costumes, a religiosidade européia e os métodos
pedagógicos, escritos por Inácio de Loiola.
Além do ensino das primeiras letras, havia os cursos de Letras, onde estudava-se
Gramática Latina, Humanidades e Retórica, o curso de Filosofia, estudava-se Lógica,
Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais , e os cursos de Teologia e
Ciências Sagradas, que serviu como modelo de ensino por 210 anos.
Com a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal, houve uma grande ruptura
histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional no Brasil.

Período Pombalino (1760 - 1808)

Por falta de interesses comuns entre a educação jesuítica e a Corte, que pretendia
organizar a escola para servir aos interesses do Estado. Pombal criou as aulas régias de Latim,
Grego e Retórica. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se
articulava com as outras.
Com a estagnação da educação no Brasil, Portugal instituiu o "subsídio literário", um
imposto para manter os ensinos primário e médio, mas não era cobrado com regularidade e os
professores ficavam muito tempo sem receber, por isso, não tinham preocupação em se
preparar para a função.
Pombal destruiu o sistema jesuítico e não deu continuidade a um trabalho de educação
organizado.

Período Joanino (1808 – 1821)

Com a vinda da Família Real para o Brasil, D. João VI abriu Academias Militares,
Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e a Imprensa Régia,
permitindo divulgação e discussão de fatos e idéias entre a população letrada.
Entretanto, a educação continuou em segundo plano.

Período Imperial (1822 - 1888)

Com a proclamação da Independência, D. Pedro I outorga a primeira Constituição


brasileira, que no Art. 179, dizia "instrução primária é gratuita para todos os cidadãos".
Institui-se o Método Lancaster ou do "ensino mútuo", onde um aluno treinado
ensinava um grupo de dez alunos sob a rígida vigilância de um inspetor, e 04 graus de
instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias.
É criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o
curso secundário, mas até o fim do Império não conseguiu atingir tal objetivo.
Período da Primeira República (1889 - 1929)

Com a proclamação da República e a Constituição brasileira, houve a Reforma de


Benjamin Constant, que tinha como princípios orientadores a liberdade, a laicidade e a
gratuidade do ensino.
A Reforma pretendia formar alunos para os cursos superiores e substituir a
predominância literária pela científica.
Houve críticas dos positivistas, pois não respeitava os princípios pedagógicos de
Comte, e dos literários, pelo acréscimo de matérias científicas, tornando o ensino
enciclopédico.
A Reforma Rivadávia Correa, de 1911, queria formar do cidadão, pregando a
liberdade de ensino, a abolição do diploma em troca de um certificado de assistência e
aproveitamento e a transferência dos exames de admissão ao ensino superior para as
faculdades.
A Reforma João Luiz Alves instituiu a matéria Moral e Cívica com a intenção de
combater os protestos estudantis contra o governo do presidente Arthur Bernardes.
A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de mudança das
características políticas brasileiras (Movimento dos 18 do Forte, Semana de Arte Moderna,
fundação do Partido Comunista, Revolta Tenentista e Coluna Prestes.
Além disso, no que se refere à educação, foram realizadas diversas reformas de
abrangência estadual - Lourenço Filho, no Ceará; Anísio Teixeira, na Bahia; Francisco
Campos e Mario Casassanta, em Minas; Fernando de Azevedo, no Rio de Janeiro e Carneiro
Leão, em Pernambuco.

Período da Segunda República (1930 - 1936)

A Revolução de 30 marcou a entrada do capitalismo no Brasil. O Ministério da


Educação e Saúde Pública organizou o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda
inexistentes.
A nova Constituição de 1934 dispõe que a educação é direito de todos, devendo ser
ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. A Universidade de São Paulo foi criada.
Em 1935 o Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a
Universidade do Distrito Federal, no atual município do Rio de Janeiro, com uma Faculdade
de Educação na qual se situava o Instituto de Educação.

Período do Estado Novo (1937 - 1945)

A nova Constituição de 1937 enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional e tira do


Estado o dever da educação. Mantém a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário e
dispõe como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais,
primárias e secundárias.
A Constituição de 1937 distingue o trabalho intelectual, para as classes mais
favorecidas, e o trabalho manual e o ensino profissional para as classes mais desfavorecidas.
Cria-se o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e valoriza o ensino
profissionalizante.
O ensino ficou compõe-se de 05 anos de curso primário, 04 de curso ginasial e 03 de
colegial, podendo ser clássico ou científico. O ensino colegial perdeu o seu caráter de
preparatório para o ensino superior, e passou a se preocupar mais com a formação geral.
Período da Nova República (1946 - 1963)

A nova Constituição determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e dá


competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, sendo a
educação direito de todos.
O Ministro Raul Leitão da Cunha regulamenta o Ensino Primário e o Ensino Normal,
além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC.
A reforma geral da educação nacional organizou-se em três subcomissões: uma para o
Ensino Primário, uma para o Ensino Médio e outra para o Ensino Superior.
Esse período foi marcado pelas discussões sobre a Lei de Diretrizes e Bases para a
Educação Nacional, além de outras iniciativas como a inauguração do Centro Popular de
Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro), por Anísio Teixeira, na Bahia; o início de
uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético, pelo
educador Lauro de Oliveira Lima, no Ceará; início da campanha de alfabetização de Paulo
Freire, em Pernambuco. Com isso, criou-se o Plano Nacional de Educação e o Programa
Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método
Paulo Freire

Período do Regime Militar (1964 - 1985)

Com o Regime Militar, professores foram presos e demitidos; universidades foram


invadidas; estudantes foram presos e feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram
mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de
funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores.
Houve expansão das universidades no Brasil e foi criado o vestibular classificatório.
Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização –
MOBRAL, aproveitando-se, em sua didática, o Método Paulo Freire. Não funcionou e foi
extinto.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1971 tentou dar uma formação
educacional com cunho profissionalizante.

Período da Abertura Política (1986 - 2003)

Após o Regime Militar, a discussão sobre as questões da educação passaram a ter um


sentido mais amplo do que as questões pertinentes à escola, à sala de aula, à didática, à
relação direta entre professor e estudante e à dinâmica escolar em si mesma, passaram a fazer
parte das questões políticas.
O Ministro da Educação Paulo Renato de Souza tornou o Conselho Nacional de
Educação menos burocrático e mais político, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura.
Têm sido executados vários projetos na área da educação.
A educação continua a ter as mesmas características presentes em todos os países do
mundo: priorizar o funcionamento das coisas para aqueles que freqüentam as escolas em
detrimento da oportunidade de oferecer conhecimentos básicos, para serem aproveitados pelos
estudantes em suas vidas práticas.
Apesar de toda essa evolução e rupturas inseridas no processo, a educação brasileira
não evoluiu muito no que se refere à questão da qualidade. As avaliações, de todos os níveis,
estão priorizadas na aprendizagem dos estudantes, embora existam outros critérios. Os
estudantes não aprendem o que as escolas se propõem a ensinar.
Embora os Parâmetros Curriculares Nacionais estejam sendo usados como norma de
ação, pouco contribuem para o desenvolvimento da qualidade da educação oferecida.

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