Você está na página 1de 11

A memória coletiva e o ciberespaço na era do conhecimento

Marcos Berwanger
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco – PR – Brasil
marcos.bw@gmail.com

Abstract.
This article aims to make a parallel between the collective memory and the production
of knowledge in cyberspace. Emphasizing the relationship between self-indulgence and
the facilities of the modern world and the concern about the continuity of the human
evolutionary process.

Resumo.
Este artigo pretende fazer um paralelo entre a memória coletiva e a produção de
conhecimento no ciberespaço. Enfatizando a relação entre o comodismo e as
facilidades do mundo moderno e, a preocupação quanto a continuidade do processo
evolutivo humano.

Palavras-chave: memória coletiva, googlear, ciberespaço, produção de conhecimento.

1. Introdução
O desenvolvimento humano está diretamente ligado a capacidade com que
os indivíduos estabelecem relações sociais, compartilham conhecimentos e
contribuem para a evolução de sua comunidade. O compartilhamento da informação
permite o surgimento e a manutenção do que é chamada de Memória Coletiva, a
representação daquilo que é criado pelos homens e passado de geração em geração.
Com o surgimento das Tecnologias de Informação (TI) a maneira como esta memória é
armazenada e transmitida ganha novos horizontes, proporcionando grande velocidade
na troca de conhecimentos e no reaproveitamento de tudo que já foi estudado e
desenvolvido. No entanto, é pertinente a reflexão quanto a penetração massiva e
intrusiva desta tecnologia, que conduz seus utilizadores a um estado quase que de
"inércia mental", ou seja, ocasionando a subutilização da capacidade humana de
memorização e interação.

A memória, enquanto capacidade de reter informação está representada


na essência dos seres vivos, cuja perpetuação dá-se através da recriação permanente
garantida por um código genético ímpar. De acordo Chapouthier (2006), na
perspectiva evolutiva a “[...] memória é a capacidade que certos seres vivos têm de
armazenar, no sistema nervoso, dados ou informações sobre o meio que os cerca, para
assim modificar o próprio comportamento.”
A memória biológica, ou natural, estabelecida sobre um sistema nervoso é
determinada pelos acontecimentos que ocorrem durante a vida do indivíduo, tendo
como princípio os ensinamentos paternos, que passam a compor o aprendizado e
proporcionam a continuidade de conhecimentos adquiridos pela geração prévia. Ou
seja, é através do contato e a troca de informações que a memória é perpetuada, sem
necessariamente, o uso de qualquer artifício material.
Gravações em pedra, documentos escritos, ou arquivos digitais,
possibilitam a existência da memória artificial, baseada em artefatos alheios à mente
humana e que permitem a manutenção prolongada e fidedigna do conhecimento
produzido ao longo da história.
Do ponto de partida de que a memória de cada ser humano é constituída
com o auxílio de memórias alheias, deduz-se que esta será, sempre, uma memória
coletiva (AQUINO, 2007).
Do ponto de vista de que a memória coletiva é composta pela memória
individual das pessoas de uma comunidade e pelos artefatos gradativamente
colecionados por esta comunidade, questiona-se a probabilidade de subutilização da
estrutura memorial humana frente às facilidades proporcionadas por ferramentas de
pesquisa e armazenamento existentes no ambiente hipertextual da Internet. Estas

2
que, por sua vez, conduzem usuários “convergentes”1 a googlear2 antes mesmo de
pensar.
A memória coletiva é um ser orgânico, incontrolável e responsável pela
evolução obtida durante os séculos pela espécie humana. A manutenção do
conhecimento ao longo do tempo permitiu o surgimento de invenções inicialmente
inimagináveis. Assim, pode-se dizer que a memória coletiva é fundamental para a
perpetuação da vida e a manutenção de um constante processo evolutivo.
De acordo com Monteiro (2007) “com o advento da escrita, os fatos
poderiam ser registrados em suporte, não mais cabendo à memória humana a
exclusiva função de reter e preservar informações. O eterno retorno da oralidade foi
substituído pelas longas perspectivas da história”.
Ainda de acordo com Monteiro (2007):
[..] a memória separa-se do sujeito ou da comunidade tomada como um
todo, tornando-se objetiva, morta, impessoal e separando o conhecimento
da identidade pessoal ou coletiva. Com o advento da escrita, o saber torna-
se disponível, estocado, consultável, comparável, deixando de ser apenas
aquilo que é útil no dia-a-dia para ser um objeto suscetível de análise e
exame.

A evolução dos meios de registro, partindo das inscrições em rocha com


argila, a tábua de cera, o pergaminho, o papiro, o papel, culminaram em artefatos
digitais, onde a informação é escrita em arquivos e armazenada por meios magnéticos
(Discos rígidos, Disquetes etc.), meios ópticos (CDs, DVDs etc.) ou meios de circuitos
integrados de memória (pen drives, cartões de memória etc.).
Além do armazenamento, deve-se destaque a forma como os dados
guardados são localizados e reutilizados. Buscadores e mineradores de dados tornam a
informação onipresente, acessível da grande maioria dos dispositivos com acesso a
grande rede (Internet).
As páginas da Web, através das quais os usuários têm acesso à informação
e a outros tipos de recursos, são desenvolvidas com base em uma estrutura
hipertextual. O hipertexto é uma forma de escrita que pode, também, ser utilizada no
papel. Consiste em escrever com links (associações), fazendo com que a leitura possa
1
Convergência: Termo utilizado para designar a reunião de diversas tecnologias em um único equipamento.
2
Ou “guglear”, é um neologismo que significa fazer uma pesquisa na Internet, originalmente, através do
site de busca Google, criado por Sergey Brin e Larry Page. Mais em: http://news.zdnet.com/2100-9588_22-
149252.html

3
dar-se de forma não-linear. Para Lévy (1993, p. 72 apud AQUINO, 2007, p. 2), “dar
sentido a um texto é o mesmo que ligá-lo, conectá-lo a outros textos, e, portanto, é o
mesmo que construir um hipertexto”.
Ainda para Aquino (2007, p. 5) “o hipertexto na web relaciona-se com a
memória coletiva, pois é o formato que se utilizado em conjunto pelos usuários para
registrar e organizar informações, de forma conectada, permitirá a potencialização
desta memória”.
Segundo Monteiro (2006b), “a organização do conhecimento no
ciberespaço3, hoje, é possível a partir da indexação realizada pelas máquinas de busca,
ou seja, mecanismos de busca e metabusca na Internet”.
Atualmente, a indústria de software busca criar ferramentas capazes de
interpretar o sentido daquilo que compõem a Internet, conforme anunciado pelo
Consórcio W3, em que o criador da Web, Tim Berners-Lee, salienta fazer parte da
chamada “rede semântica”. Embora os estudos relacionados à Web-semântica ainda
não tenham proporcionados programas que podem entender o sentido daquilo que se
procura, é notável a evolução percebida no dinâmico mundo da Web e, certamente,
em um futuro próximo, novas potencialidades estarão concretizadas na realidade dos
internautas.
Segundo estatísticas de 2002, o número de informação registrada em
formato digital estaria em torno de 18 exa bytes (1024 peta bytes), três vezes e meia
mais que a informação registrada em mídias tradicionais. (MONTEIRO, 2006a)
Este imenso repositório de arquivos com suas interconexões incalculáveis,
denominado ciberespaço, vêm mudando a natureza da memória, não apenas na
perspectiva da quantidade, mas sobretudo, da maneira como modifica o cotidiano das
pessoas e da forma como a memória coletiva deixa de existir apenas no sentido de
preservação.
Para Lévy (1998a apud MONTEIRO, 2006a) as mídias digitais possivelmente
tornar-se-ão uma nova representação do conhecimento. Especificamente no ambiente
Web, “onde o conteúdo não é lido ou interpretado como um texto clássico, nem
mesmo navegável, como no hipertexto, mas explorado de forma interativa”.

3
Espaço resultante das comunicações por rede de computador, ambiente virtual.

4
Ainda segundo Lévy (1998b apud MONTEIRO, 2006a), as redes de
comunicação e as memórias digitais agruparão a maioria das representações e
mensagens produzidas no planeta, graças às quais teríamos boas novidades no mundo
virtual, mas também “apagamentos de memórias”.
Nessa perspectiva, vê-se uma aproximação da memória biológica;
entretanto a memória biológica e, sobretudo, a memória da sociedade oral estaria
mais preocupada com a imaginação para memorizar saberes, enquanto a memória
virtual no ciberespaço estaria mais próxima da imaginação para a função criativa dos
saberes.
Para Monteiro (2006a) a memória virtual no ciberespaço:
[...] estaria, de uma maneira geral, mais ligada ao pensamento, à produção
sígnica de múltiplas semióticas e aos esquecimentos, do que às
possibilidades físicas de conservação da produção humana, como nos
registros impressos. Seria uma memória engendrada nela mesma, em tempo
real e em contínua transformação. (grifo nosso)

2. Esquecimento

O ciberespaço cria uma nova memória “desterritorializada”, sem garantia


de preservação ao longo do tempo. Baseado em arquivos digitais que conduzem a
extinção da narrativa linear, pois “sua lógica é descontínua, ela opera por saltos
espaciais e temporais.” (MONTEIRO, 2007, p. 10)

Toda essa memória desterritorializada, no Ciberespaço, não tem o “eixo do


tempo”, isto é, instrumentos e dispositivos que estejam preservando essas
informações e conhecimentos e consolidando uma memória de longo
alcance. Os mecanismos de busca no Ciberespaço têm grande importância
nesse tipo de memória, pois realizam “lembranças” dos conteúdos que lá
estão, entretanto, eles não atuam na Internet “invisível”, onde grandes
quantidades de dados não são acessíveis aos indivíduos. Para se ter uma
idéia, o Google, hoje, é uma das maiores plataformas de processamento de
dados do mundo, entretanto, seu objetivo é a busca e não a preservação
dessa memória. Atua gerando índices dos conteúdos existentes na rede,
atualizando-os constantemente. (IBID)

Para Lévy (1993, p. 124 apud MONTEIRO, 2007, p. 12), a informática,


entendida como tecnologia intelectual, mesmo que estenda a memória de trabalho

5
biológica, sua capacidade de imaginação e visualização “[...] funciona mais como um
módulo externo e suplementar para a faculdade de imaginar”. (grifo do autor).
O esquecimento que percebemos na memória biológica é também uma
característica da sociedade digital, sobremaneira no ciberespaço, tendo em vista não
haver garantias de preservação da informação que nele circula. Pode-se afirmar,
então, tratar-se de uma memória volátil, suscetível aos efeitos do tempo.

3. O Homem no ciberespaço

Como se pôde observar o esquecimento é inerente ao ser humano, sendo


incapaz de reter toda informação que o circunda. De forma semelhante, o ciberespaço
vem demonstrando não ser um meio de registro permanente, tendo em vista não
haver uma preocupação com armazenar aquilo que “já passou”, isto é, grande parte da
informação que o compõe é perdida com o passar do tempo.
Os mais diferentes fatos compõem a história da humanidade, no entanto
àqueles conhecidos como “invenções” ou “descobertas” são determinantes pois, em
muitos momentos, são capazes de mudar os rumos do planeta. Assim foi com a bomba
atômica, utilizada no fim da segunda guerra mundial, e assim será no futuro que é
semeado hoje.
“Boas” ou “más”, o homem depende das suas invenções, são elas que
garantem a sua evolução, melhorando a segurança e a qualidade de vida de modo
geral. Se hoje parássemos de evoluir entraríamos em colapso, e o primeiro deles,
provavelmente, seria ambiental.
As capacidades de inovar e inventar, possivelmente as características mais
louváveis dos seres humanos, possam estar comprometidas.
O advento da informática, especialmente do ciberespaço, produz uma nova
realidade para os jovens, desde aspectos de relacionamento até a forma como
estudam e memorizam.

6
Portais de relacionamento são ambientes livres e desinibidos, as boas
conversas traduzem-se em longas páginas de scraps4. Pesquisas e trabalhos
acadêmicos tornam-se simples consultas à Web e o resultado é uma “obra” a base de
Copy & Paste5.
Em suma, o aprendizado dos jovens está perigosamente baseado no “novo
verbo” googlear, a facilidade em procurar e encontrar as respostas para as perguntas
conduz os estudantes ao comodismo, que acaba por direcioná-los a um caminho de
apenas utilizar, sem criar ou melhorar algo pré-existente. Comprometendo direta e
indiretamente, a evolução da comunidade humana no planeta.
Quando os atuais produtores de conhecimento não mais estiverem em
condição de fazê-lo, os novos responsáveis para tal, os atuais e futuros jovens, não
serão capazes de produzi-lo, por não terem aprendido, durante sua experiência
acadêmica e profissional, a pesquisar e a resolver problemas.
Há, ainda, a preocupação quanto a própria capacidade de memorização
das pessoas frente a facilidade com que consultamos conceitos e informações na Web.
Isto é, ao mesmo tempo em que a Web traz a memória da humanidade para a tela do
computador, facilitando a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, traz
consigo a comodidade e o comodismo.
Seus usuários passam a consultá-la com tal freqüência que acabam por
torná-la “a sua própria memória”, subutilizando o seu poder de memorização e
raciocínio. Situação esta, que retoma a problemática em relação à produção do
conhecimento, observando a falta de consistência do aprendizado exercitado na
escola, tendo em vista que os jovens deixam de estudar conteúdos em busca de
inovação e passam apenas a rever o que já foi dito, repetindo, apenas com outras
palavras, aquilo que foi criado em momentos anteriores.
Esta situação vem se constituindo incontrolável, a não ser que os alunos
sejam isolados do “mundo virtual” a fim de exigir destes, maior dedicação e exploração
do conteúdo e da informação, favorecendo o processo de memorização e a pesquisa
de modo geral.

4
Termo que se refere a recados que um usuário deixa no perfil de outro usuário.
5
Copiar e Colar. Funcionalidade que aplicativos proporcionam de copiar conteúdos de uma fonte
qualquer e “colá-lo” em outro documento.

7
Estudos científicos6 comprovam que memória saudável é memória
exercitada. No entanto, o que se vê nos últimos anos é o surgimento de perguntas
como “por que devo ler jornais para saber o que acontece, se quando precisar de
qualquer informação sobre o passado, basta que eu procure da Internet?”.

4. A Web 2.0

Tradicionalmente a Web é fruto do trabalho de profissionais


especializados, responsáveis por criar a estrutura dos sites e manter seus conteúdos
sempre atualizados. A interatividade neste meio era caracterizada pela troca de
mensagens (e-mails) ou ambientes de bate-papo on-line (chats).
A interatividade permite ao usuário mais do que simplesmente clicar e
navegar através da Rede, sem qualquer possibilidade de participação na edição do
conteúdo.
Ao contrário disto, Aquino (2007, p. 4) define interatividade:
[...] entende-se como um processo de comunicação, não apenas a transmissão unilateral
de informações, ou como na web a simples navegação, mas um processo de troca
dinâmico, onde os papéis de emissor e receptor se fundem a todo o momento e onde
qualquer indivíduo participante pode manifestar-se livremente.

Primo (2007) define a nova versão da Web:


A Web 2.0 é a segunda geração de serviços online e caracteriza-se por potencializar as
formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar
os espaços para a interação entre os participantes do processo. A Web 2.0 refere-se não
apenas a uma combinação de técnicas informáticas (serviços Web, linguagem Ajax, Web
syndication, etc.), mas também a um determinado período tecnológico, a um conjunto de
novas estratégias mercadológicas e a processos de comunicação mediados pelo
computador.

Ainda de acordo com Primo (2007) “A Web 2.0 tem repercussões sociais
importantes, que potencializam processos de trabalho coletivo, de troca afetiva, de
produção e circulação de informações, de construção social de conhecimento apoiada
pela informática”.

6
http://www.emedix.com.br/not/not2006/06jun01med-ajgp-usf-cognicao.php,
http://www.emedix.com.br/not/not2005/05jul28neu-nat-hlt-aprendizado.php (23/11/2008)

8
Assim, a interatividade que surge com a Web 2.0 pressupõe um processo
de troca dinâmico, mútuo, recíproco, interdependente e não mecânico e pré-disposto.
(AQUINO, 2007, p. 3)
O resultado desta interatividade são blogs, enciclopédias on-line como a
Wikipédia7, web jornalismo participativo como o VC Repórter do Terra8, entre outros
sistemas. O que dá ao ambiente virtual de hipertexto um conteúdo construído
coletivamente, onde cada usuário pode criar links e inserir vários tipos de mídia.
Com base na idéia de que a memória é sempre coletiva, infere-se que a
partir das possibilidades de construção e organização coletiva das informações na Web
2.0 a formação desta memória é possível através da elaboração de um hipertexto
cooperativo (PRIMO, 2003), oriundo não só das atividades dos usuários para sua
construção e organização, mas também devido às possibilidades interativas que
permitem o debate entre os usuários quanto ao andamento destes processos.
(AQUINO, 2007, p. 9-10).

5. Conclusão

Para que a era do conhecimento não se torne a “era do Copy & Paste” e
para que nós, seres humanos, não sejamos, em breve, obrigados a conectar nossos
cérebros à Rede faz-se imprescindível uma profunda reflexão, seja como indivíduo ou
como comunidade.
A cada internauta, seja ele estudante, pai ou professor, cabe a missão de
manter as ferramentas do ciberespaço apenas como meios que podem contribuir para
a disseminação do conhecimento e colaborar com a construção de um ambiente
criativo e inteligente. Impedindo assim, que a facilidade de procurar as informações
substitua a curiosidade e a disposição de pesquisar e descobrir garantindo, assim, que
o futuro seja repleto de inovação e evolução.

7
http://pt.wikipedia.org
8
http://noticias.terra.com.br/vcreporter/

9
Para que googlear não substitua verbos como pensar ou imaginar é preciso
que os homens sejam capazes de utilizar a convergência de forma consciente, sem que
a comodidade os condicione a um estado de comodismo.
A Web 2.0, no momento em que torna o ciberespaço mais interativo e
complexo, também o torna mais humano. A idéia do hipertexto cooperativo constitui-
se em uma forma de impedir que o acesso aos recursos das tecnologias da informação
seja passivo, garantindo que a elaboração do conteúdo seja feita por internautas
comuns e assim, contribua para o aprendizado e para a construção do conhecimento.
Além de coibir a manipulação em massa por parte dos detentores dos grandes veículos
de comunicação.
Nessa perspectiva, é fundamental que haja participação consistente das
escolas e empresas, incentivando a participação individual e coletiva, explorando
tecnologias existentes sempre com olhos no horizonte da criação. Com mais ênfase e
determinação é preciso que cada utilizador sinta-se responsável com uma evolução
conjunta, não apenas no ambiente da Internet, mas sim, demonstre-se comprometido
com o crescimento da sociedade moderna como um todo, em seus aspectos mais
preocupantes.
Enfim, cabe essencialmente ao Homem a missão de manter-se crítico e ao
mesmo tempo preocupado com o futuro da educação e do desenvolvimento humano,
fazendo-se indispensável que cada indivíduo assuma para si próprio, a
responsabilidade de potencializar o uso das Tecnologias de Informação sem
comprometer o futuro da humanidade. Garantir este futuro talvez seja proporcionar
condições de relacionamento e aprendizado verdadeiramente humanos, nem que para
isso, tenhamos que “voltar no tempo”.

Referências

AQUINO, Maria Clara. A Potencialização da Memória Coletiva através do Hipertexto


na Web 2.0. XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de
agosto a 2 de setembro de 2007. Disponível em
<http://www.miniweb.com.br/ciencias/Artigos/pot_memoria.pdf>. Consultado em 05
de outubro de 2008.

10
CHAPOUTHIER, Georges. Registros evolutivos. Viver Mente & Cérebro: Memória, n.2,
p. 8-13, jul. 2006. Ed. Especial.

MONTEIRO, Silvana; CARELLI, Ana; PICKLER, Maria Elisa: Representação e memória no


ciberespaço. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 3, p. 115-123, set./dez. 2006 (a). Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/ci/v35n3/v35n3a11.pdf>. Consultado em 15 de novembro
de 2008.

MONTEIRO, Silvana: O ciberespaço e os mecanismos de busca: novas máquinas


semióticas. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 1, p. 31-38, jan./abr. 2006 (b). Disponível em
<http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/view/663/577>. Consultado em 15
de novembro de 2008.

MONTEIRO, Silvana Drumond; CARELLI, Ana Esmeralda: CIBERESPAÇO, MEMÓRIA E


ESQUECIMENTO. VIII ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da
Informação. 28 a 31 de outubro de 2007. Salvador - Bahia. Disponível em
<http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT1--104.pdf>. Consultado em 15 de
novembro de 2008.

PRIMO, Alex Fernando Teixeira; RECUERO, Raquel da Cunha. Hipertexto Cooperativo:


Uma Análise da Escrita Coletiva a partir dos Blogs e da Wikipédia. Revista da
FAMECOS, n. 23, p. 54-63, Dez. 2003. Disponível em <
http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/hipertexto_cooperativo.pdf>. Consultado em 23 de
novembro de 2008.

PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E- Compós (Brasília), v.
9, p. 1-21, 2007. Disponível em <http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/web2.pdf>.
Consultado em 23 de novembro de 2008.

11

Você também pode gostar