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EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE – PROFESSORA MARICIANE

AULA1

Atividades presenciais:
Atividade 1 – A educação acontece especialmente voltada para um elemento: o ser
humano. Profundamente vinculado ao conceito de homem está o conceito de cultura.
Produzida pelo homem a cultura é dinâmica, pois cada um é diferente em seus
costumes e ideias. Por isso, mais do que essencial, é urgente refletir sobre a tarefa da
educação de promover o diálogo entre as culturas, o encontro entre os diferentes, a
história dos diversos povos e suas especificidades. Sendo assim, propomos a
atividade abaixo:
A turma deverá ser dividida em grupos, que deverão atender às seguintes solicitações:
Rememorar o que foi tratado durante a teleaula, por meio do caderno de
atividades e da leitura do PLT.
Refletir, discutir e responder as questões propostas no “Ponto de Partida” do
caderno de atividades, p. 17.
Questão:
Em grupos de até quatro alunos, considerando suas vivências pessoais, discutam a
diversidade de culturas percebidas por vocês, no ambiente escolar, exemplificando
essas diferenças e apontando grupos hegemônicos e minoritários. Discutam como
essas diferenças vêm sendo tratadas nas escolas. Em que medida essas práticas
pedagógicas têm contribuído para favorecer o diálogo entre as culturas ou para
silenciar ou ignorar algumas delas.
Os alunos deverão apontar diferenças culturais vivenciadas em sua estada na escola
(meninos X meninas; diferentes grupos étnicos, diferentes classes sociais). E em
seguida, discutir como esses diferentes segmentos eram tratados, se havia
discriminação, valorização maior de um dos grupos em detrimento de outros, e que
efeitos essa desvalorização trazia.
OBS: Os grupos deverão registrar os resultados das reflexões durante a
realização da tarefa. No momento da reflexão e do exercício, cabe ao professor
tutor presencial orientar e acompanhar os grupos, de forma a sanar possíveis
dúvidas e perceber o processo de desenvolvimento das questões.
Atividade 2
Após a realização do trabalho nos grupos, deverá ser promovida uma plenária, de
forma que os acadêmicos partilhem as ideias desenvolvidas. Este momento será
desenvolvido com base nos seguintes passos:
Cada grupo deverá expor suas reflexões sobre as questões propostas na
atividade 1.
Com a orientação do professor tutor presencial, será elaborada uma síntese,
contemplando as ideias desenvolvidas e expostas pelos grupos, acerca das
questões discutidas.
Atividades a distância:
“O saber tem sabor” (Rubem Alves). Por meio das atividades realizadas a distância,
promove-se um aprendizado reflexivo e autônomo dos conteúdos propostos. Esse
processo de aprendizagem revela gradualmente o sabor do conhecimento.
Por isso, siga as orientações dos exercícios 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 do caderno de
atividades, p. 17 a 19, correspondentes ao tema 1, que tratarão sobre a relação entre
educação e multiculturalismo.
2) (FUNRIO, 2008). As relações entre educação e cultura(s) nos provocam a nos
situarmos diante das questões colocadas hoje pelo multiculturalismo no âmbito
planetário e de cada uma das realidades nacionais e locais em que vivemos. As
configurações dessa problemática são distintas, conforme o contexto em que nos
situemos, e suscitam muitas discussões e polêmicas no momento atual (CANDAU,
2008). No caso do educador brasileiro, a questão multicultural apresenta uma
configuração caracterizada por continente construído:
a) Com relações de poder simétrico.
b) Com relações de escravização e negação de alteridade.
c) Com base multicultural definida.
d) Sem expressivas relações interétnicas.
e) Com constante reflexão sobre as representações sociais.
Resposta: B
3) Discuta as diferentes abordagens do multiculturalismo apontadas por Candau
(2008) no Livro-Texto da disciplina, elencando as características de cada perspectiva.
A abordagem descritiva: admite a existência do multiculturalismo. Descreve sua
configuração em cada sociedade específica, propondo a integração de todos à cultura
hegemônica, não considerando as especificidades de cada cultura (visão
assimilacionista) o reconhecimento da diferença cultural. Limitando, porém, sua
manifestação a espaços próprios (visão diferencialista). Outra forma de entender o
multiculturalismo é através de uma abordagem propositiva, intercultural,
reconhecendo-o como uma característica das sociedades atuais. Porém, assumindo
uma postura de intervenção para favorecer a comunicação e aprendizagem entre as
culturas, em condição de respeito e diálogo. Dessa forma, concebendo a cultura.
4) (FUNRIO, 2008). O multiculturalismo é uma questão complexa que precisa ser
encarada pelo educador, em primeiro lugar, numa perspectiva de sua concepção e de
seu significado. Em segundo lugar, de suas práticas e estratégias e, em terceiro lugar,
das repercussões sociais que dela advêm.
A autora Vera Candau defende a perspectiva intercultural porque ela propõe:
a) Uma cultura hegemônica.
b) Uma monocultura plural.
c) Que não se mexa na matriz da sociedade.
d) Uma negociação cultural.
e) Que todos sejam iguais.
Resposta: D
5) (PMC, 2008). Abordar as diferenças na escola não deve contribuir para isolar
grupos, criar guetos, aumentar na sociedade a fragmentação que se pretende
neutralizar. Separações não promovem igualdades. Na tentativa de articular as
diferenças existentes na sociedade, qual seria um caminho mais eficaz para a
promoção de uma educação mais igualitária?
Favorecendo trocas em que os diversos grupos possam participar como produtores de
cultura e ampliar seus horizontes culturais.
6) (CETRO, SEE-SP, 2008). Para Candau, vem crescendo a consciência da
positividade do caráter multicultural de cada país do Continente Latino-americano. Daí
decorre a importância da educação intercultural para a afirmação de sociedades
democráticas e igualitárias. Todavia, a perspectiva de interculturalidade apresenta
uma grande complexidade; não pode ser trivializada. Nessa direção, a autora defende
que esse processo é:
a) Sempre inacabado, visando uma relação dialógica entre culturas e grupos
involucrados.
b) Realizado, essencialmente, por meio de apresentações de danças, músicas e
outros aspectos das diversas culturas.
c) Mediado por um currículo específico e exclusivo para determinados subgrupos no
interior da escola.
d) Uma preocupação apenas das disciplinas afins, como Sociologia, Filosofia, Língua
Materna e Educação Artística.
e) Uma das formas de educação compensatória das diferenças culturais entre os
alunos.
Resposta: A
7) (UnB-CESPE, 2008). As escolas são consideradas lugar de intercruzamento de
culturas, entre elas a cultura da escola. Esta última sintetiza os sentidos que as
pessoas dão às coisas, gerando um padrão coletivo de pensar, perceber e agir nesse
ambiente. No que se refere à cultura escolar, assinale a opção correta.
a) Conhece-se uma escola apenas pelo que se vê, pelo que aparece mais diretamente
à observação.
b) Não existe relação direta entre a organização da escola (seja ela evidente ou
implícita) e a cultura organizacional da sala de aula.
c) A cultura organizacional é constituída apenas pela estrutura hierárquica de várias
instâncias e formas de exercício de poder.
d) Para se enxergar a escola, no sentido amplo e metafórico, é preciso captar os
significados, os valores, os modos de convivência, as formas de agir e de resolver
problemas adotados por essa escola.
e) Assumir o objetivo da educação intercultural significa reduzir o currículo aos
interesses dos vários grupos culturais que freqüentam a escola.
Resposta: D
8) Discuta como a diversidade vem sendo enfrentada pelos professores a partir das
três formas de configuração do imaginário social sobre a alteridade e quais as
implicações dessas formas de concepções do outro, na prática pedagógica.
Se os professores enfrentam as diversidades culturais existentes em sala de aula
como fonte de todo mal, a tendência é eliminar, silenciar ou subjugar os diferentes,
acreditando que as diferenças de desempenho residem em falta de potencial. Se as
diferenças são vistas como algo a tolerar, ainda não haverá valorização ou
compreensão das diferentes culturas. Se os diferentes são encarados como sujeitos
plenos de cultura a alteridade pode ser trabalhada e discutida. Porém, é preciso
atentar para não transformar essas diferenças em mero folclore e estereotipias.
9) (Unb-CESPE, 2008). A ideia de educação intercultural está alicerçada no
acolhimento da diversidade, no reconhecimento dos outros como sujeitos de sua
individualidade, portadores de uma identidade cultural própria. No entanto, embora na
escola exista uma inter-relação entre os diversos grupos culturais, não há como
atender as necessidades de todos. Assim, é o interesse da maioria que deve
prevalecer.
( ) certo ( ) errado
Resposta: Errado
10) A escola, tal como a conhecemos hoje, é uma construção histórica recente. Na
América Latina, os sistemas escolares se constituíram praticamente neste século. “[...]
Nas sociedades atuais, muitas são as formas de acesso ao conhecimento, não se
podendo atribuir à escola a quase exclusividade desta função”. (CANDAU, 2000) O
acesso à escrita é direito de todos os cidadãos, é estratégia política de
instrumentalizar a classe popular. (KRAMER, 1993)
Os trechos acima nos remetem ao debate contemporâneo acerca da função social da
escola. A respeito desse debate, analise as afirmativas a seguir.
I. Torna-se fundamental o letramento das classes populares e o diálogo entre
diferentes saberes e culturas.
II. A escola passa a ser o lugar da afirmação das identidades homogeneizadoras.
III. A escola deixou de ser hoje, na nossa sociedade, o único espaço de circulação do
conhecimento.
IV. A escola assume novos papéis, como a necessária busca pela igualdade,
fraternidade e solidariedade.
V. O papel social da escola hoje se coaduna com os ideais de uma pedagogia
escolanovista.
As afirmativas que se relacionam com o debate contemporâneo acerca do papel social
da escola são:
a) I e a II, somente.
b) I e a III, somente.
c) I, a II e a III, somente.
d) II e a III, somente.
e) III, a IV e a V, somente.
Resposta: B
Procure realizar com atenção cada atividade, pois são fundamentais para o seu
processo de aprendizagem.
AULA 2

Refletir, discutir e responder as questões propostas no Ponto de Partida do


caderno de atividades, p. 23.
Questão:
Discuta com seu colega de trabalho as experiências vividas, os significados
apreendidos e as interações e influências marcantes que contribuíram para a
construção da sua identidade pessoal e cultural. Quais elementos estão presentes na
sua forma de ser e agir e contribuíram para a formação da sua visão de mundo?
Os alunos deverão trazer elementos de suas vivências pessoais e experiências
escolares que marcaram sua formação pessoal. Por exemplo, qualidades e atributos
que foram valorizados nas práticas escolares, participação em determinadas
atividades que permitiram a descoberta de significados, relacionamentos, modelos
culturais oferecidos pelas relações vivenciadas, entre outros.
atividade 1.
Com a orientação do professor tutor presencial, será elaborada uma síntese,
contemplando as ideias desenvolvidas e expostas pelos grupos, acerca das
questões discutidas.
Atividades a distância:
O aprendizado acontece numa interação entre aquele que ensina, o tema que é
estudado e aquele que reflete acerca do assunto. Portanto, o processo de ensino e
aprendizagem envolve todos os sujeitos no âmbito da educação.
Por isso, siga as orientações dos exercícios 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 do caderno de
atividades, p. 23 a 26, correspondentes ao tema 2, que tratarão sobre a formação da
identidade por meio de um currículo eficaz no âmbito educacional.
Questão 1
1) (ENC Provão, 2001). Durante os encontros para a preparação do ano letivo em uma
escola, alguns tópicos foram considerados como os mais importantes. Dentre esses,
destaca-se o conhecimento da realidade dos estudantes e, por isso, no planejamento
das atividades, foi preciso levar em conta:
a) A realidade expressa nos programas escolares estabelecidos.
b) A vivência limitada das pessoas de grupos sociais minoritários.
c) O meio ambiente das classes mais favorecidas daquela região.
d) O contexto sociocultural específico da realidade dos alunos.
e) O modelo social idealizado pelos pais dos alunos da escola.
Resposta: D
Questão 2
2) (Provão, 2002). A organização curricular reflete as práticas sócioculturais. Para
colocá-la a serviço de uma educação crítica e formadora da cidadania é preciso haver:
a) Interação entre as diversas culturas, que têm linguagens e identidades próprias,
com vistas à transformação das relações culturais e sociais.
b) Inserção das diferentes culturas numa cultura comum, na qual as visões de mundo,
dos costumes e dos saberes escolares sejam representativas.
c) Estímulo à igualdade de grupos e à capacidade intelectual de todos, por meio da
articulação em prol da ascensão social.
d) Destaque às diferenças culturais produzidas historicamente, priorizando os valores
e costumes dos grupos pouco privilegiados em detrimento da cultura hegemônica.
e) Consideração da possibilidade de conflitos entre grupos culturalmente diversos,
buscando a negociação e objetivando o consenso.
Resposta: A
Questão 4
4) Segundo Moreira (2008), para enfocar questões de identidade e diferença na sala
de aula é preciso definir estratégias. Discuta as estratégias sugeridas por ele.
Resposta:
Os alunos devem apontar as estratégias apontadas pelo autor, discutindo sua
relevância e pertinência
Questão 5
5) Pesquise atentamente a definição de Pluralidade Cultural usando como referência o
volume temas transversais propostos pelo PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).
Leia o artigo Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro101.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2010.
Após a leitura do material indicado, faça uma lista dos principais pontos relevantes que
observou e elabore uma proposta para trabalhar esse tema em sala de aula.
Resposta:
O material indicado trata a pluralidade sociocultural brasileira, como decorrente de
uma população de origem diversificada, portadora de culturas que se preservaram em
suas especificidades, ao mesmo tempo em que se amalgamou em novas
configurações. Trata de estruturas que são comuns a todos, dos entrelaçamentos
socioculturais, que permitem valorizar aquilo que é próprio da identidade de cada
grupo, e aquilo que permite uma construção comum.
Espera-se que os alunos apresentem propostas de trabalho interdisciplinar de
abordagem da temática, que valorizem as produções das diferentes culturas,
entendendo seu contexto de produção
Questão 6
6) (ENC-Provão, 2001). O contexto sociocultural em que a escola está inserida é um
dos fatores determinantes na elaboração do currículo. É indicador da necessidade de
revisão e eventual redirecionamento do currículo:
a) O percentual elevado de evasão e de fracasso escolar.
b) O número reduzido de pessoal especializado.
c) A deficiência na formação dos professores.
d) A ausência dos pais nas reuniões da escola.
e) A diversidade de níveis socioeconômicos dos alunos.
Resposta: A
Questão 7
7) Coloque F (falso) ou V (verdadeiro).
( ) Ao entrar na escola, as crianças socialmente privilegiadas dispõem de vantagens
expressivas, adquiridas no seu meio social, alcançando, assim, maior probabilidade de
sucesso.
( ) As explicações do fracasso escolar de vem buscar sua causa nas questões raciais
e étnicas.
( ) Os currículos escolares tendem a pressupor que todos os alunos apresentam as
mesmas condições, o que acaba discriminando certos grupos.
Resposta: V-F-V
Questão 8
8) (ENC-Provão, 2002). Existem textos escolares sobre heróis nacionais que contêm
narrativas sobre as diferenciações raciais e étnicas. Quase sempre, os alunos são
levados a assimilá-los como simples informação, podendo ser produzidos sentimentos
de inferioridade, de subordinação e de preconceito em relação ao papel histórico
desempenhado por certos heróis. Admitindo-se que uma visão multicultural e crítica
requer a desconstrução e uma nova leitura de tais textos, um currículo que se
configure nesse sentido deve, essencialmente, contemplar:
a) A difusão de informações sobre outras culturas e identidades, privilegiando as
categorias discriminadas.
b) A organização de atividades que celebrem, especificamente, datas significativas
para cada grupo étnico e racial.
c) A análise das diferenças culturais quanto às representações desses heróis
nacionais e de suas relações de poder.
d) A realização de atividades priorizando textos escolares que valorizem heróis das
minorias.
e) A identificação e valorização dos heróis nacionais representativos dos grupos
majoritários.
Resposta: C
Questão 9
9) (ENC-Provão, 2003). A Sociologia voltada para o estudo do currículo, que afirma
que o conhecimento transformado em conteúdo curricular não pode mais ser visto
como algo independente de uma determinada constituição social e histórica
compreende o currículo como:
a) Um artefato técnico que privilegia os recursos metodológicos utilizados pelo professor
no
processo de ensino-aprendizagem.
b) Um artefato neutro que organiza as relações que se estabelecem na escola e no meio
social.
c) Um espaço de relações de poder em que circulam visões sociais particulares e
interessadas.
d) A seleção, a organização e a integração das disciplinas e dos conteúdos a serem
transmitidos na escola.
e) A organização do espaço escolar e dos conteúdos para preparar a criança para a vida
em sociedade.
Resposta: C
Questão 10
10) (ENADE, 2005). Leiam os trechos da carta-resposta de um cacique indígena à
sugestão, feita pelo Governo do Estado da Virgínia (EUA), de que uma tribo de índios
enviasse alguns jovens para estudar nas escolas dos brancos.
[...] Nós estamos convencidos, portanto, de que os senhores desejam o nosso bem e
agradecemos de todo o coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes
nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão
ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa. [...].
Muitos
dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a
vossa ciência. Mas, quando eles voltaram para nós, eram maus corredores, ignorantes da
vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam caçar o veado, matar
o
inimigo ou construir uma cabana e falavam nossa língua muito mal. Eles eram, portanto,
inúteis. (...) Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não
possamos
aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão, concordamos que os nobres senhores de Virgínia
nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo que sabemos e faremos
deles homens.
Levando em conta a abordagem de educação adotada pelo cacique, discutam as relações
que podem ser estabelecidas entre o currículo oferecido pela escola e a construção da
identidade de pessoas de diferentes grupos culturais.
Resposta:
Os conteúdos e habilidades trabalhados pelo currículo da escola devem ter como
referência a realidade social e cultural dos alunos, oferecendo elementos que
possibilitem a esses alunos participar da vida social e a formação para a autonomia. A
carta deixa muito claras as diferentes necessidades enfrentadas por jovens das
diferentes culturas. O quanto um currículo desprovido de significados pode ser inócuo,
levando os jovens ao fracasso, impossibilitando-os de transformar sua realidade
social.
Procure realizar com entusiasmo cada atividade, pois são essenciais para sua vida
acadêmica e, principalmente, para seu futuro profissional.
Atividades avaliativas:
A atividade avaliativa é uma forma de acompanhar o processo de aprendizagem
desenvolvido acerca de um determinado assunto. Por isso, tendo em vista a importância
de
pensar o tema Reflexões sobre currículo e identidade: implicações para a prática
pedagógica. , propomos a realização da atividade 3 do caderno de atividades, p. 24, a fim
de aprofundar e enriquecer a compreensão do tema.
Questão 3
Leiam o seguinte excerto:
A relação entre o conteúdo e ensino, incluídos como base de formação das novas
gerações, implica uma seleção e esta nunca se dá aleatoriamente. Há uma escolha
intencional por trás dos conteúdos eleitos para compor os sistemas de ensino. Por isso,
podemos afirmar que não se pode tomar como certo que o conhecimento curricular seja
neutro. Pelo contrário, busca interesses sociais inseridos na própria forma de
conhecimento. [...] isso quer dizer que o currículo tem sempre sofrido uma influência que
não vem dos professores ou da escola, mas das elites que se impõem hegemonicamente,
mascarando esses conflitos no interior da sociedade . (APPLE, 1982)
A partir da visão de escola e currículo como instrumentos utilizados para manter os
privilégios de classes e grupos dominantes, é possível conceber o currículo como
instrumento fundamental para iniciar um processo de intervenção na estrutura social a
favor de mudanças que beneficiem as classes populares? Como?
Questão 3
Resposta:
Sim, à medida que o trabalho pedagógico permita a discussão das diferenças culturais
produzidas historicamente. E, também que a reflexão sobre os valores e costumes dos
grupos pouco privilegiados diante da cultura hegemônica, incluindo no currículo novos
elementos e significados que permitam um diálogo entre as culturas.
Para a realização dessas atividades, você deverá dar atenção à leitura dos textos do PLT
propostos, especialmente o capítulo 2, que tratam sobre o tema da teleaula.

AULA 3

Refletir, discutir e responder as questões propostas no “Ponto de Partida” do


caderno de atividades, p. 29.
Questão:
Leia com atenção a seguinte afirmação:
“Até que ponto, nós, professores, refletimos sobre nossas ações cotidianas na escola,
nossas práticas em sala de aula, a linguagem que utilizamos, sobre aquilo que
préjulgamos
ou outras situações do cotidiano? Muitas vezes, nosso discurso expressa
aquilo que entendemos como adequado em educação e aquilo que almejamos.
Isso tem seu mérito! Contudo, nossas práticas, imbuídas de concepções,
representações e sentidos, ou seja, repletas de ações que fazem parte de nossa
cultura, de nossas crenças, expressam um “certo modo” de ver o mundo. Esse “certo
modo” de ver o mundo, que está imbricado na ação do professor, traz para nossas
ações reflexos de nossa cultura e de nossas práticas vividas“. (FERNANDES;
FREITAS, 2008 - Indagações sobre o currículo) Essa reflexão proposta pelos autores
nos remete à necessidade de “desnaturalização” de certas práticas que permanecem
“cristalizadas” no cotidiano das escolas, sem passar por um debate mais amplo e uma
análise mais crítica. Discuta algumas dessas práticas que revelam visões
estereotipadas e preconceituosas a respeito da presença da cultura da África em
nosso cotidiano.
Os alunos deverão apontar algumas práticas pedagógicas do cotidiano escolar que
estejam embasadas em visões estereotipadas ou preconceituosas a respeito da
cultura africana. Por exemplo: referir-se à África como continente atrasado, referir-se
às manifestações culturais de forma folclórica, considerar que uma criança de etnia
negra tem menor capacidade de aprender, etc.
atividade 1.
Com a orientação do professor tutor presencial, será elaborada uma síntese,
contemplando as ideias desenvolvidas e expostas pelos grupos, acerca das
questões discutidas.
Atividades a distância:
O conhecimento se desenvolve, não apenas no âmbito da sala de aula, mas em todos
os espaços da vida individual e social. Por esta razão, além do espaço da sala de
aula, você é convidado a refletir e produzir seu próprio saber.
Por isso, siga as orientações dos exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10 e 11 do caderno de
atividades, p. 29 a 32, correspondentes ao tema 3, que tratarão sobre a educação e a
questão racial.
Questão 1
1) (ENADE, 2006). Sobre diferença e desigualdade, é CORRETO afirmar que:
a) Diferença se explica exclusivamente pelas classes e desigualdade, pelas condições
econômicas.
b) Diferença está assentada na origem do indivíduo e desigualdade, na hierarquia
política.
c) Diferença explica as particularidades próprias de cada ser humano e desigualdade
estabelece quem pode ocupar os lugares privilegiados e de poder na hierarquia social.
d) Diferença se explica pela origem étnica do indivíduo e desigualdade, pela sua
condição econômica refletida nas suas atividades sociais.
e) Diferença analisa as condições sociais dos indivíduos e desigualdade, as condições
econômicas para se entender a hierarquia social.
Resposta: C
Questão 2
2) Sobre o preconceito étnico-racial, é CORRETO afirmar que a desigualdade:
a) É decorrente da condição de classe, mas é justificada pela condição étnico-racial do
sujeito.
b) Fundamentada nas diferenças étnico-raciais, contribuiu para que uma parcela
significativa da população viva em condição subumana.
c) Está relacionada com o gênero e a condição étnico-racial, sendo um elemento que
exclui o sujeito da sociedade.
d) Diz respeito à cor dos indivíduos e ao grupo étnico no qual está inserido, definindo
sua posição na sociedade de classes.
e) É decorrente da condição sexual, justificada pela condição étnico-racial do sujeito.
Resposta: A
Questão 3
3) (Pref. Rio Claro, 2008). A nossa Constituição e a LDB fazem um reconhecimento de
direito quanto à natureza igualitária de todos os seres humanos, mas, ao mesmo
tempo, aponta o direito à diferença (múltiplo) como algo que enriquece a igualdade. As
leis em vigor no Brasil consideram o racismo como crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão. O material didático escolhido pelo professor não pode, de
forma implícita ou explicita, defender a(o):
a) Pluralismo cultural.
b) Tolerância com as desigualdades.
c) Superioridade racial de uma etnia sobre outra.
d) Promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
de outras formas de discriminação.
e) Plutocracia racial tão falada no Brasil.
Resposta: C
Questão 4
4) Cavalleiro (2001), ao tratar a presença de racismo, preconceito e discriminação, nas
escolas brasileiras, afirma que:
a) As formas de discriminação de qualquer natureza têm o seu nascedouro na escola:
o racismo, as desigualdades correntes na sociedade nascem ali.
b) Uma educação antirracista prevê um cotidiano escolar que respeite em seu
discurso as diferenças raciais.
c) Toda e qualquer reclamação de ocorrência de discriminação e preconceito no
espaço escolar deve ser evitada, pois os protagonistas dessas situações não são
culpados por tais acontecimentos.
d) O racismo se revela em dois níveis: individual e cultural.
e) O comportamento discriminatório é mais importante que o preconceito racial numa
análise histórica e sociológica que tente compreender as relações sociais vivenciadas
na escola.
Resposta: B
Questão 5
5) A teoria da carência cultural discutida por Patto, em seu texto “A Criança da escola
pública: deficiente, diferente ou mal trabalhada?”1, contribuiu para sacramentar
cientificamente as crenças, os preconceitos e estereótipos presentes na ideologia a
respeito das classes subalternas e das minorias culturais, à medida que atribuiu as
causas do insucesso escolar das crianças ao resultado da inferioridade de algumas
raças, considerando que seu baixo desempenho nos testes era devido ao fato de que
essas crianças “eram portadoras de atrasos no seu desenvolvimento psicomotor,
perceptivo, linguístico, cognitivo, emocional, vis to que viviam em ambiente familiar
que não favorecia um desenvolvimento psicológico saudável”. (PATTO, 1990).
O texto integral de Maria Helena S. Patto está disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/acriancadaescolapublica.doc>. Acesso
em: 31 ago. 2010. Baseando-se em sua vivência e nas leituras realizadas, você
concorda com essa explicação do fracasso escolar das crianças vindas das classes
sociais menos favorecidas? Justifique sua opinião.
Resposta:
Os alunos devem apontar que, embora ainda existam no cotidiano da escola muitos
preconceitos e estereótipos que atribuem as causas do insucesso escolar das crianças
ao resultado da inferioridade de algumas raças, devemos procurar nos mecanismos e
práticas que acontecem - na escola, nos relacionamentos, nos conteúdos que
privilegiam determinadas camadas sociais e na forma como as diferenças sociais são
consideradas - as verdadeiras causas do fracasso escolar das crianças das classes
trabalhadoras
Questão 6
6) (ENC-Provão, 2002). Uma das políticas públicas em discussão na área da
Educação se refere à implantação, no currículo escolar, do estudo sobre a cultura
afrobrasileira
como forma de reconhecer sua importância na cultura nacional. Com isso, se
pretende também:
a) Garantir o acesso de todos à cultura hegemônica, a fim de promover uma ampla
ascensão social.
b) Promover uma convivência harmoniosa entre integrantes das diferentes raças que
compõem a nação brasileira.
c) Evidenciar as diferenças entre as várias culturas, a fim de promover uma
complementação, quando necessária.
d) Reconhecer a diversidade cultural no currículo explícito e no currículo oculto para
dar prioridade às culturas majoritárias.
e) Preservar as diferenças culturais, incluindo-as no currículo de forma representativa
e dialógica.
Resposta: E
Questão 8
8) (CETRO, SEE-SP, 2008). As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Culturas Afro-Brasileira e
Africana constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento,
execução e avaliação da Educação e:
a) Têm por meta promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da
sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais
positivas, rumo à construção de uma nação democrática.
b) Devem ser observadas pelas instituições de ensino que atuam na educação básica,
ficando a critério das instituições de Ensino Superior incluí-las, ou não, nos conteúdos
das disciplinas dos cursos que ministram.
c) Prevêem o ensino sistemático de História e das Culturas Afro-Brasileira e Africana
na educação básica, especificamente como conteúdo do componente curricular de
História do Brasil.
d) Definem que os estabelecimentos de ensino definam canais de comunicação com
grupos do Movimento Negro, para que estes forneçam as bases do projeto
pedagógico da escola.
e) Alertam os órgãos colegiados dos estabelecimentos de ensino para evitar o exame
dos casos de discriminação, pois caracterizados como racismo devem ser tratados
como crimes, conforme prevê a Constituição Federal.
Resposta: A
Questão 9
9) Leia a seguinte notícia, publicada no site da Universidade de Brasília:
Brasileiros não reconhecem sua identidade racial Tese de doutorado da UnB
revela que a população tem dificuldade em aceitar sua etnia. Estudo realizado no
Departamento de Linguística da Universidade de Brasília (UnB) constatou que os
brasileiros têm dificuldade em se assumir negros e pardos e em identificar outras
pessoas etnicamente. O discurso de respeito às diferenças e harmonia no País
escondem, na verdade, racismo e preconceitos que têm origem no tempo da
escravidão. Essa é a conclusão da pesquisadora Francisca Cordélia Oliveira da Silva,
que defendeu a tese de doutorado em agosto. “Falta convicção. Os brasileiros têm
muitas dúvidas a respeito de raça, etnia e cor, porque estamos em um país
miscigenado. Essas dúvidas geram preconceito racial”, explica. Fonte: Universidade
de Brasília. Disponível em: <http://www.unb.br/noticias/bcopauta/index2.php?i=567>.
Acesso em: 31 ago. 2010. A reportagem nos remete à dificuldade dos
afrodescendentes em assumir sua identidade cultural. O que se pode fazer na escola
quando, ao lidar com a educação das relações étnicoraciais, nos encontramos diante
desse tipo de conflito?
Resposta:
Favorecer a discussão e a reflexão sobre as diferentes culturas, valorizando seus
elementos, formas de manifestação e contribuições como forma de trabalhar a autoestima
dos alunos
Questão 10
10) (ENC-Provão, 2002). A política de quotas propõe a reserva de um percentual de
vagas nas universidades, garantindo o acesso de alunos afrodescendentes e carentes
à educação formal superior. Essa política estabelece:
a) O favorecimento das minorias sociais na reivindicação de direitos já previstos em
sucessivas legislações.
b) O entendimento do sistema educacional como o único agente eficaz de inclusão
social.
c) O ingresso automático de alunos oriundos da escola pública, objetivando a inclusão
dessas minorias na elite intelectual do País.
d) Uma ação afirmativa, que considera a identidade e a igualdade de oportunidades,
reconhecendo as diferenças.
e) Uma visão multicultural, que enfatiza a tolerância e a inter-relação de grupos
sociais, sem afetar suas estruturas.
Resposta: D
11) (ENADE, 2006). Sobre a implantação de “políticas afirmativas” relacionadas à
adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos de Lei em tramitação no
Congresso Nacional, leia os dois textos a seguir:
Texto I
“Representantes do Movimento Negro Socialista entregaram ontem, no Congresso,
um manifesto contra a votação dos projetos que propõem o estabelecimento de cotas
para negros em Universidades Federais e a criação do Estatuto de Igualdade Racial.
As duas propostas estão prontas para serem votadas na Câmara, mas o movimento
quer que os projetos sejam retirados da pauta. [...] os integrantes do movimento
argumentam que é preciso fazer o debate.”
(FOLHA DE S. PAULO. Cotidiano, 30 jun. 2006, com adaptação)
Texto II
“Desde a última quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso
Nacional um manifesto contrário à adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi
reacesa. [...]. O diretor executivo da Educação e Cidadania de
Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita
que hoje o quadro do País é injusto com os negros e defende a adoção do sistema de
cotas”. (AGÊNCIA ESTADO-BRASIL, 3 jul. 2006) Ampliando ainda mais o debate, há
também os que adotam a posição de que o critério para cotas nas Universidades
Públicas não deva ser restritivo, mas que considere também a condição social dos
candidatos ao ingresso.
Considerando a polêmica sobre o sistema de cotas “raciais”, discutam a importância
das ações afirmativas.
Resposta: Os alunos deverão discutir que muitos grupos sociais vivenciaram
processos históricos e culturais singulares que acarretaram em desigualdade social
e exclusão de seus direitos.Dessa forma, se quisermos um sociedade mais justa e
equilibrada, faz-se necessário a importância de ações afirmativas que garantam a
igualdade de oportunidades a esses grupos a partir da consideração de sua identidade
cultural e reconhecimento das diferenças.
AULA 4

Refletir, discutir e responder as questões propostas no “Ponto de Partida” do


caderno de atividades, p. 36.
Questão:
Discuta com seu grupo quais as percepções sociais referentes à mulher, mais comuns
em nossa cultura, e quais atributos referentes aos seus aspectos físicos, intelectuais e
psicológicos e ao seu status social estão comumente presentes nessas representações.
Reflita também em que medida a construção dessa percepção é cultural, e quais
ideologias ou preconceitos lhe servem de referência.
Resposta:
É esperado que os alunos identifiquem caracteristicas como: sentimentalismo,
organização, espírito maternal, companheirismo, habilidades para o cuidado com a casa
e filhos, necessidade de estar sempre atraente para o sexo oposto, incapacidade de
realizar tarefas masculinas, inabilidade no transito etc. A ideologia que alimenta tais
percepções é a da sociedade patriarcal, que atribui menor valor social ao papel feminino
na sociedade, entendendo a mulher como inferior ao homem, devendo a ele
subordinação.
atividade 1.
Com a orientação do professor tutor presencial, será elaborada uma síntese,
contemplando as ideias desenvolvidas e expostas pelos grupos, acerca das
questões discutidas.
Atividades a distância:
Aprender é um ato que envolve vários sujeitos: família, sociedade, professor, educando,
mercado de trabalho. Por isso, a construção do conhecimento necessita do trabalho
competente de cada um desses setores. O professor e o educando devem estar cientes
de sua responsabilidade quanto à sociedade e o mercado de trabalho. Você é
convocado a realizar cada tarefa como passo a ser dado na direção do conhecimento e
das competências profissionais.
Por isso, siga as orientações dos exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 10 do caderno de
atividades, p. 36 a 39, correspondentes ao tema 4, que tratarão a educação e as
questões de gênero.
Questão 1
1) Apesar do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, a divisão
sexual do trabalho perdura, na atualidade, por meio da manutenção de funções e
setores de atividade, que concentram diferencialmente homens e mulheres, tanto no
âmbito da família como no mercado. Levantem alguns exemplos de atividades
profissionais tipicamente masculinas e femininas e discutam as possíveis razões dessas
divisões.
Resposta:
É esperado que os alunos apontem ocupações ligadas ao cuidado com crianças ou com
os
outros, ou que exijam maior organização (professora, enfermeira, doméstica, secretária)
como
mais femininas. E ocupações que exijam maior força ou habilidade física (pedreiro,
motorista,
estivador,) como mais predominantemente masculina. Apesar do aumento da participação
das mulheres no mercado, a divisão sexual do trabalho ainda perdura em função das
visões
estereotipadas a respeito das características e capacidades dos diferentes gêneros e da
desvalorização do papel da mulher.
Questão 2
2) (Sec. Mulher- PE, 2009). Gênero é um(a):
a) Conceito que ajuda a conceituar o que é homem e o que é mulher nas sociedades
ocidentais e que define o sexo dos indivíduos.
b) Estratégia metodológica aplicada às sociedades ocidentais para estudar as relações
entre mulheres.
c) Conceito que ajuda a entender como são moldadas as relações entre homens e
mulheres em uma determinada sociedade, inclusive as relações de poder.
d) Estatuto jurídico que define o lugar que os homens e as mulheres ocupam na
sociedade, bem como um instrumental para análises culturais.
e) Instrumento utilizado para definir o grau de poder que as mulheres detêm na
sociedade de classe.
Resposta: C
Questão 3
3) Leia o capítulo do Livro-Texto referente a este tema e explique as definições de
gênero apresentadas pela autora.
Resposta:
Carvalho (2008) discute o conceito de gênero, apontando que se trata de um conceito
complexo, construído historicamente a partir dos estudos feministas. Pensar em gênero
corresponde a pensar num conjunto de significados e construções sócioculturais
realizadas a
partir da percepção das diferenças entre os sexos. E, também das relações de poder
estabelecidas entre eles (SCOTT, 1990), que resultam em papéis, valores e regras de
conduta, que são transmitidos às novas gerações, através do processo de socialização
Questão 4
4) Várias pesquisas realizadas constataram a existência de um maior índice de
escolarização entre as meninas. Ao explicar a maior dificuldade dos meninos de acesso
à escola e sua permanência, expressa na desproporção entre rapazes e moças que
frequentam o ensino médio e nas altas taxas de analfabetismo entre os homens jovens
do Brasil, é correto afirmar que o atraso na escolarização é menos intenso entre as
mulheres porque:
a) Os meninos têm maior presença no mercado de trabalho e abandonam os estudos
para suprir as necessidades econômicas das famílias.
b) A participação das meninas nas tarefas domésticas é mais compatível com a
continuação dos estudos.
c) As famílias não valorizam a continuidade dos estudos e consideram a aprendizagem
da disciplina laboral e dos mecanismos que regem o mundo do trabalho mais importante
para a vida.
d) As meninas têm uma visão mais positiva da escola em função de suas
características.
e) Os meninos têm mais problemas de disciplina, o que os levam a sofrer práticas mais
agressivas e humilhantes de controle por parte da escola, contribuindo para aumentar o
desejo de abandonar os estudos e ingressar no mundo do trabalho.
Resposta: E
Questão 5
5) Ao relatar a pesquisa que realizou nas escolas buscando entender como as
professoras avaliam o desempenho de meninos e meninas, Carvalho (2008) constatou
que enquanto os meninos eram 49% na escola, eles representavam 65% dos indicados
para reforço. Já as meninas, sendo 51% na escola, eram apenas 34% das turmas de
reforço. As crianças classificadas como negras pelas professoras representavam 28%
de todas as crianças da escola, mas nas turmas de reforço essa proporção era de 38%.
(p.102).
Reflita com seus colegas como esses dados podem ser interpretados e que inferências
podem ser feitas a respeito da percepção e das expectativas das professoras em
relação às crianças.
Resposta:
Tais dados podem significar que, ao avaliar o desempenho de meninos e meninas, o
professor sofre a influência das representações que possuem acerca das características
de
cada um dos gêneros e das suas expectativas em relação a eles. As meninas tendem a
serem vistas como mais “caprichosas”, mais concentradas e mais dedicadas. Seu silêncio
e
falta de participação nas aulas são vistos como características positivas e as expectativas
em
relação ao desempenho delas é mais alta. Já os meninos são percebidos como mais
agitados, indisciplinados e pouco organizados. E, portanto, as expectativas do professor
em
relação à eles é a de que aprendam menos. Apesar de serem em número menor, são
maioria
nas aulas de reforço.
Questão 6
6) Em grupos, considerando suas vivências pessoais, reflita sobre os estereótipos de
gênero mais comuns a respeito do comportamento de meninos e meninas na escola, em
relação ao desempenho, atividades, divisão de tarefas, entre outros. Redija um pequeno
texto sobre a importância de um trabalho educativo que perpasse toda a prática
pedagógica, voltado para a superação dos preconceitos.
Resposta:
É comum no cotiano escolar percebermos a existência de alguns estereótipos
relacionados
aos gêneros que se manifestam em relação às expectativas de desempenho escolar: por
exemplo, as meninas tendem a serem vistas como mais “caprichosas”, mais concentradas
e
mais dedicadas. Seu silêncio e falta de participação nas aulas são vistos como
características
positivas e existe uma expectativa de melhor desempenho acadêmico. Já os meninos
tendem
a ser percebidos como mais agitados, pouco cuidadosos, indisciplinados,pouco
concentrados,e portanto espera-se deles menor probabilidade de sucesso escolar.Por
outro
lado, os estereótipos em relação ao comportamento geram uma expectativa de que as
meninas sejam mais passivas, compreensivas, capazes de cuidar dos outros, enquanto os
meninos sejam mais dinâmicos, destemidos e criativos. Isso faz com que, na divisão de
tarefas rotineiras e atividades no ambiente escolar, às meninas sejam destinadas
atividades
relacionadas à organização da sala, arrumação e brincadeiras mais intelectuais,
concentradas( jogos, casinha, etc), e, aos meninos sejam destinadas atividades e
brincadeiras
mais dinâmicas, que envolvam destreza física
Considerando que os valores e atitudes começam a ser construídos desde cedo pelas
crianças através de suas vivências, a escola como espaço de formação deve oferecer um
trabalho educativo que proporcione aos alunos exemplos e oportunidades de convivência,
experiências e reflexões que possibilitem o desenvolvimento de suas potencialidades e de
atitudes menos estereotipadas e que estimule sua curiosidade e a igualdade de
oportunidades entre os gêneros. Isso pode ser feito através do incentivo à participação
integrada dos alunos em todos os tipos de atividades, da mudança de rotinas, jogos e
brincadeiras,da discussão das diferenças e preconceitos, e da discussão das perspectivas
e
projetos de futuro.
As meninas tendem a serem vistas como mais “caprichosas”, mais concentradas e mais
dedicadas. Seu silêncio e falta de participação nas aulas são vistos como características
positivas. Já os meninos são percebidos como mais agitados, indisciplinados e dinâmicos
È
comum na divisão de tarefas no cotidiano da sala de aula, as meninas ficarem
encarregadas
de tarefas relacionadas à organização da sala, limpeza. Nas brincadeiras também existe
um
direcionamento.
Questão 7
7) O livro didático é uma ferramenta importante no processo de ensino-aprendizagem
(PCN, 1998). Muitas vezes é o único livro a que estudantes e professores têm acesso.
Ele assume o status de autoridade e o conteúdo por ele transmitido pode ser adotado
por professores(as) e alunos(as) como a expressão da verdade. Leia o enunciado de
uma atividade proposta às crianças de 6° ano, retirado do livro “Matemática Atual” - 5ª
série.
João e Maria colhiam amora na floresta. João que era mais rápido encheu dois cestos
de amoras e Maria só encheu um. Ao final da tarefa, pegaram um dos cestos de amoras
para distribuí-las entre eles. João começou a dividir as amoras do cesto e foi separando
em voz alta: “4 para mim, 3 para você; 4 para mim, 3 para você...”. E, assim até o final,
terminando com a frase “4 para mim, 3 para você...pronto”. Maria ficou com 60 amoras.
Quantas couberam a João? (BIGODE, 2000)
Reflitam sobre as ideias ou preconceitos que estão implícitas nesse enunciado. Como
este material representa homens e mulheres? Que influência pode exercer na formação
das alunas e dos alunos?
Resposta:
Nessa representação o menino é percebido como mais dinâmico, mais rápido e mais
esperto,
visto que é ele quem divide as frutas e o faz de forma a levar vantagem. Cabe à menina o
papel de submissão e conformidade. Tais representações, legitimadas pelo material
didático
acabam por reforçar nas crianças as ideias estereotipadas sobre os papéis masculinos e
femininos na sociedade. Favorecem a manutenção das discriminações e desvalorização
de
um dos gêneros.
Questão 9
9) O cotidiano da família é fortemente influenciado pela organização de gênero. Assim, a
socialização dos meninos e das meninas, “centrada nas referências ao desempenho dos
papéis sexuais institucionalmente esperados, envolve a hierarquização de gênero que
influencia tempos e rotinas, jogos e brincadeiras, perspectivas e projetos de futuro”.
(MINELLA, 2006) Nessa perspectiva, aponte elementos presentes no cotidiano da rotina
familiar, jogos, brincadeiras e projetos que evidenciem essa educação de gênero.
Resposta:
É esperado que o aluno aponte que, desde muito cedo, no processo de socialização, a
rotina
dos meninos e meninas vai sendo marcada por diferenças que perpassam suas
atividades:
meninas já começam a ajudar nas tarefas domésticas, são menos encorajadas a participar
do
espaço publico. Suas brincadeiras são aquelas que exploram habilidades de cuidados
(casinha, mamãe etc.), que reforçam o silêncio e submissão. Enquanto os meninos
também
cedo são encorajados a participar da esfera pública, brincar na rua explorando suas
habilidades físicas e raciocínio, a se posicionarem etc.
Questão 10
10) Sobre a construção das relações de gênero na sociedade brasileira é incorreto
afirmar que:
a) É na relação recíproca que mulheres e homens se constituem como sujeitos, a partir
do que a cultura define como sendo masculino e feminino.
b) Em função das representações sociais estereotipadas, as mulheres foram por muito
tempo excluídas de direitos como freqüentar a escola, votar, ter propriedades, trabalhar
sem autorização do marido ou pai.
c) As instituições familiares adotam uma perspectiva de socialização dos meninos e das
meninas, centrada nas referências ao desempenho dos papéis sexuais
institucionalmente esperados.
d) As crianças acham-se expostas aos diferentes agentes de socialização para além do
espaço familiar, de forma que nem sempre prevalecem os modelos vivenciados na
família.
e) Na cultura brasileira, a mulher sempre teve acesso tanto à esfera pública, social e
econômica, quanto à esfera privada, ambiente doméstico - familiar desprovido de poder.
Resposta: E

AULA 5 E 6

Refletir, discutir e responder as questões propostas no Ponto de Partida do


caderno de atividades, p. 43, referente ao tema 5. Além disso, reflita com seus
colegas a questão do Ponto de Partida do caderno de atividades, p.49,
referente ao tema 6.
Questão do Ponto de partida referente ao tema 5:
Em grupos de até quatro colegas, reflitam sobre a temática da sexualidade, discutindo
as seguintes questões: Na realidade da escola, a educação sexual é discutida? Com
são encaradas as manifestações relacionadas à sexualidade? Vocês entendem ser
necessário construir um espaço de reflexão sobre as questões ligadas à sexualidade,
envolvendo alunos, professores e comunidade?
Resposta:
Espera-se que os alunos apontem que a sexualidade não é discutida de forma clara
na escola e, que esse silêncio alimenta preconceitos e tabus, fazendo-se necessária a
reflexão e discussão de questões presentes no cotidiano
Atividades a distância:
A formação de um profissional implica o aprendizado teórico, a consciência das
demandas a serem atendidas na sociedade e o desenvolvimento de práticas que
reflitam a ética e a competência de quem acompanhou com atenção cada passo do
processo educacional.
Por isso, siga as orientações dos exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 10 do caderno de
atividades, p. 43 a 46, correspondentes ao tema 5, que tratarão a educação e a
questão da sexualidade.
Além disso, siga as orientações dos exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do caderno de
atividades, p. 49 a 51, correspondentes ao tema 6, que tratarão a educação e a
questão da religiosidade.
Questões referentes ao tema 5:
1) Embora a escola considere prioritariamente o trabalho com os aspectos intelectuais,
relegando ao segundo plano os aspectos afetivos e promovendo um apagamento do
corpo (LOPES,2008), os discursos dos alunos no interior da escola se encontram cada
vez mais permeados de questões ligadas à sexualidade. Isso vem ocorrendo porque:
a) O tema da sexualidade e do desejo aparecem na mídia constantemente,
questionando visões normalizadoras.
b) Os programas de TV oferecem visões alternativas de sexualidade, focalizando
gays, lésbicas e travestis em suas vidas cotidianas, como possibilidades aceitas.
c) Os discursos constitutivos da vida privada avançaram para a vida pública,
levando a um processo de reflexão.
d) Os professores estão mais abertos a legitimar esses discursos em sala de aula.
e) Muitos tabus e preconceitos em relação a esse assunto não existem mais.
2) (UFG-2008). Gostar de lidar com pessoas, independente de sua etnia, da sua
opção sexual, do seu grupo social, das suas diferenças é uma condição para o
exercício do magistério. (SANTIAGO,2006) De acordo com a afirmativa, é CORRETO
afirmar que o exercício do magistério exige a(o):
a) Padronização de práticas interculturais.
b) Respeito à diversidade que é característica do ambiente social e escolar.
c) Conhecimento, atitudes generosas e individualistas.
d) Estabelecimento de relações éticas e a uniformização das culturas.
e) Indisposição e a homogeneização em relação ao discurso multicultural.
3) As políticas públicas no campo da educação têm chamado a atenção para a
discussão da sexualidade como traço constitutivo do que somos. A inclusão dessa
temática como tema transversal é proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Consulte esse documento, disponível no link:
<http://www.scribd.com/doc/6641840/PCNPluralidade-Cultural-e-Orientacao-Sexual>.
Acesso em: 9 set. 2010.
É correto afirmar que a perspectiva de trabalho proposta nesse documento:
a) Preocupa-se com as explicações tradicionais biológicas e funcionais da
sexualidade.
b) Focaliza a sexualidade como procura pela felicidade e expressão do desejo e amor
pelo outro.
c) Entende a sexualidade como construção que não está necessariamente atrelada ao
desejo pelo sexo oposto.
d) Questiona os direitos das sexualidades minoritárias.
e) Questiona o sentido da normatividade do desejo sexual e a construção das
sexualidades.
4) Considere as seguintes afirmações abaixo sobre a visão monocultural da
sexualidade.
I. A heterossexualidade segue sendo o padrão que impõe a conduta ideal das
identidades sexuais. Como não podia ser diferente, a família, os processos de ensino,
os discursos institucionais e as práticas do cotidiano são os pilares que conduzem,
ditam e normalizam os papéis e as regras sexuais.
II. Teve origem com as conquistas de outras terras que implicaram o processo de
destruição das diferenças com o objetivo de garantir os benefícios das conquistas,
desqualificando alteridades e seus significados.
III. É uma perspectiva típica da modernidade, perpassada por interesses arbitrários
que revelam a construção de normatividades.
Estão corretas as afirmativas:
a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) I e III.
e) I, II e III.
5) O termo queer, de origem inglesa, significa estranho, inesperado, não natural e é
também uma forma antiga de se referir aos homossexuais de forma ofensiva. O termo
foi reapropriado e passou a nomear uma abordagem teórica que busca explicar a
sexualidade como:___________________.
a) Destino sexual.
b) Identidade sexual homogênea.
c) Manifestação natural.
d) Construção social.
e) Construção histórico-discursiva.
6) A teoria queer busca desestigmatizar práticas sexuais que não sejam socialmente
aceitas. Sobre essa perspectiva não é correto afirmar que:
a) Os estudos da teoria queer ofereceram os suportes para repensar os conceitos
deterministas que orientam as atitudes dos grupos
sociais para romper com os espaços fixos e finitos da identidade.
b) A sexualidade não tem significados a priori, mas significados relacionais que se
constroem e que se imitam e são imitados.
c) Há uma tendência em ocultar estrategicamente qualquer fato ou evidência que
extrapole e/ou perturbe o ambiente normativo no qual transitamos.
d) A homossexualidade, a bissexualidade, os intersexuais, os travestis, o
transformista, a androgenia e a ambivalência são sujeitos cada vez mais visíveis, mas
ainda marginalizados nos lugares onde circulam, mediam e estabelecem suas
relações.
e) A construção da identidade é um fenômeno muito complexo e amplamente
subjetivo. Nessa configuração, as estratégias de poder, os aspectos socioeconômicos,
culturais e os aspectos temporais também atuam com igual importância.
7) (Enc, 2001). A Escola Sol atende, pela manhã e à tarde, alunos de um bairro de
nível socioeconômico médio, embora receba numerosos alunos socialmente
desfavorecidos de outras áreas. À noite, os alunos são predominantemente
trabalhadores de baixa renda. Enquanto as turmas do período noturno têm, em média,
55 alunos, as do matutino têm, em média, 45, e as poucas turmas do vespertino, 32.
Aliás, é tradição na escola matricular mais alunos por turma, prevendo o abandono ao
longo do ano, sobretudo à noite, no início do quarto bimestre letivo, quando são
conhecidos os resultados do terceiro bimestre. Os alunos alegam que desistem de
estudar por se sentirem cansados e desmotivados. Em todos os turnos são
constatados problemas de brigas entre grupos de rapazes e gravidez inesperada. No
primeiro caso, a escola impõe sanções disciplinares e faz exortações à resolução
pacífica dos conflitos. No segundo caso, considera ser um problema de fora do
estabelecimento, que também lá fora deve ser tratado. À luz dos Parâmetros
Curriculares Nacionais e, especialmente dos temas transversais por eles propostos,
analise a situação apresentada.
Resposta:
Como parte da luta pelo sucesso escolar, o currículo deve ser significativo e motivador
para os alunos, segundo a circunstância em que vivem. Isso parece não acontecer,
dada a incidência de fracasso escolar. Sem que os Parâmetros Curriculares Nacionais
sejam uma fórmula única para todas as escolas, eles podem servir de base para a
renovação do ensino e do processo educacional como um todo. Brigas e gravidez
inesperada na adolescência são algumas questões que devem ser contempladas por
temas transversais (Ética, Orientação Sexual, Saúde, principalmente), que os
professores, em equipe, precisam tratar de forma adequada.
8) Como é possível destigmatizar os preconceitos que enfrentam as pessoas que têm
outras práticas sexuais que não sejam aquelas socialmente aceitas? Como podemos
pensar as representações de gênero e de diversidade sexual de uma forma plural,
ampliada e em constante movimento?
Resposta:
Através da informação, do respeito e do diálogo. Ao entender que a sexualidade não
tem significados a priori, mas significados relacionais que se constroem a partir das
diversas realidades poderemos repensar os conceitos deterministas, que orientam as
atitudes dos grupos sociais
10) No trabalho com a orientação sexual, alguns temas estão ligados a preconceitos e
tabus e devem ser trabalhados entre os professores antes do início da discussão com
alunos. Você concorda com tal afirmativa? Justifique.
Resposta:
É esperado que os alunos concordem com tal afirmativa. Que discutam a importância
de que os cursos de formação de professores ou a formação continuada no interior
das escolas, que possam oferecer subsídios e oportunidade de reflexão e preparação
dos professores para lidar com essa temática, revendo suas convicções e posições
acerca da sexualidade.
Questões referentes ao tema 6:
1) Pesquise, na Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com redação dada pela Lei
n. 9.475, de 22 de julho de 1997, o artigo 33, referente ao ensino religioso nas escolas
e responda: No que se refere às orientações oferecidas pela lei em relação à questão
do ensino religioso nas escolas, podemos dizer que:
a) O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica
do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo.
b) Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos
conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e
admissão dos professores.
c) Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas para a definição do ensino religioso.
d) A Lei é bastante ampla e ambígua, deixando várias lacunas a serem preenchidas
pelos Conselhos Estaduais.
e) Todos os itens estão corretos.
2) Faça um comentário sobre a importância das religiões afrodescendentes na
formação identitária das crianças e dos jovens afrodescendentes.
Resposta: As práticas religiosas contém elementos da cultura que são reforçados,
contribuindo para a percepção das práticas sociais de um povo, e para o
reconhecimento de si mesmo como parte daquele grupo social, possibilitando a
construção da identidade.
3) Quais as consequências da diminuição dos adeptos das religiões afrodescendentes
no Brasil para nossa cultura?
Resposta: Empobrecimento de nossa riqueza cultural, formação de crenças
hegemônicas, sem espaço para outras formas de manifestações.
4) Citem alguns exemplos de exclusão e discriminação sofridos pelas crianças e
adolescentes adeptos das religiões de origem africana relatadas por Caputto (2008) no
capítulo do PLT. Quais as ideias mais comuns presentes nos discursos dos
professores? Como essa situação poderia ser sanada?
Resposta: Os alunos deverão trazer os exemplos citados no texto, comentando que na
fala dos professores ainda permanecem muitas ideias preconceituosas, que os levam
a discriminar os alunos, relacionadas à macumba, ao demônio, aos rituais etc. Essa
situação poderia ser sanada com maior informação e diálogo.
5) Reflita sobre as histórias de vida das crianças do candomblé retratadas pela autora
nesse capítulo. Que implicações a discriminação vivenciada por essas crianças na
escola pode trazer para sua vida escolar?
Resposta: A discriminação traz prejuízos à autoestima dos alunos, que passam a se
sentirem envergonhados, inseguros, inadequados e, essa desvalorização também
deixa consequências em seu desempenho escolar.
6) Representam problemas apontados por Caputto (2008) no ensino religioso
confessional:
a) Predominância de professores de ensino religioso de origem católica e evangélica,
não garantindo a presença de todas as religiões na escola.
b) Todos os alunos, independentemente de seus credos, assistem juntos a mesma
aula, na qual são trabalhados valores cristãos, sem proselitismo.
c) Os professores usam a Bíblia ou textos cristãos como base para suas aulas.
d) Os professores, por desconhecimento ou para não criar polêmica, não se referem
aos princípios das religiões afro-brasileiras.
e) Todas as alternativas estão corretas.
7) O capítulo do PLT fala da implantação do ensino religioso na educação pública e da
supremacia católica nesse meio. Que outro momento na história do Brasil pode ser
citado como exemplo da imposição de religiões europeias sobre a população? O que
isso nos mostra? Quais os motivos que estão por trás dessas ações?
Resposta: Outro momento que pode ser recuperado é a ação dos jesuítas na
catequização dos povos indígenas. Tal ação demonstra a desvalorização da cultura e
crenças de outros povos e a necessidade de imposição da religião européia como
fator de homogeneização para possibilitar a dominação dos grupos mais poderosos e
submissão dos outros grupos culturais.
8) A autora defende a escola pública laica. Essa escola representa:
a) Uma escola basicamente de estudos científicos, sem dogmatismos religiosos.
b) Uma escola que incorpore estudos religiosos de base cristã.
c) Uma escola que desenvolve sentimento de religiosidade sem preconceito.
d) Uma escola que desenvolve sentimentos patrióticos em sintonia com a moral cristã.
e) Uma escola que respeita a diversidade religiosa e incorpora em seu currículo
elementos de cultos variados.
Sinta-se convidado a realizar cada atividade como forma de construir uma base
segura, sólida para sua atuação na sociedade e no mercado de trabalho.
Atividades avaliativas:
A atividade avaliativa é uma forma de acompanhar o processo de aprendizagem
desenvolvido acerca de um determinado assunto. Por isso, tendo em vista a
importância de pensar o tema Sexualidade em Sala de Aula , propomos a realização
da atividade 9 do caderno de atividades, p. 45, a fim de aprofundar e enriquecer a
compreensão do tema.
Questão 9
Considere as seguintes informações:
Dos fatores que influenciam a expansão da AIDS, o principal é a ausência de um
espaço, na família e na escola, para discussões relativas à sexualidade, às questões
de gênero e à dinâmica dos relacionamentos afetivos (PAIVA, 1992). Como a escola
pode contribuir para reverter esse quadro?
Além disso, tendo em vista a importância de pensar o tema Religiosidade e
Educação , propomos a realização das atividades 9 e 10 do caderno de atividades, p.
51 a fim de aprofundar e enriquecer a compreensão do tema.
Questão 9
Faça um comentário crítico sobre a frase do ex-vice-presidente José Alencar, citada
no final do capítulo: É preciso eliminar a ideia de que há preconceito no País, mesmo
que ainda haja .
Questão 10
Diante de todas as discussões e leitura realizada, como vocês acreditam que as
questões religiosas devem ser tratadas pela escola?
Para a realização dessas atividades, você deverá dar atenção à leitura dos textos do
PLT propostos, especialmente o capítulo 5, que tratam sobre o tema da teleaula.

AULA 7 E 8

Refletir, discutir e responder as questões propostas no Ponto de Partida do


caderno de atividades, p.55.
Questão do Ponto de partida referente ao tema 7:
Discuta em que medida os professores têm incorporado em seu trabalho pedagógico
as experiências prévias dos jovens alunos, permitindo ou não, sua identificação com o
espaço escolar.
Resposta: Espera-se que os alunos apontem a dificuldade de comunicação entre
professores e alunos que faz com que os jovens sejam muitas vezes rotulados de
desinteressados pelos conteúdos escolares, apáticos e indisciplinados. É importante
que ressaltem que a falta de comunicação reside na dificuldade da escola
compreender a identidade do jovem e incorporar os elementos de sua cultura em seu
trabalho cotidiano
Atividades a distância:
A escola é a porta de entrada para todas as perguntas que possam povoar a mente de
crianças, jovens, adultos. Perguntar, duvidar, criticar, pesquisar, todas essas são
atitudes de quem é plenamente humano, isto é, ser em contínua busca e
aperfeiçoamento.
Por isso, siga as orientações dos exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do caderno de
atividades, p. 55 a 57, correspondentes ao tema 7, que tratarão a relação entre o
jovem e a escola.
Além disso, siga as orientações dos exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 do caderno
de atividades, p. 61 a 64, correspondentes ao tema 8, que tratarão sobre a função do
currículo na sociedade pós-moderna.
Questões referentes ao tema 7:
1) Observe, com atenção, a letra da música Comida dos Titãs, reproduzida abaixo:
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte.
Música: Comida , de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Sérgio Brito.
Nosso mundo psicológico é constituído a partir de nossas relações sociais e de nossas
condições objetivas de vida e cultura. A partir da observação da letra da música, reflita
sobre as necessidades e os desejos que mobilizam o comportamento dos jovens em
nossa sociedade atual. Analise se essas necessidades são naturais ou foram
socialmente constituídas.
Resposta: Os jovens são mobilizados por necessidades que não são naturais, mas
que são construídas socialmente a partir da influência da cultura, como por exemplo,
as necessidades de consumo de determinados bens materiais. Essas necessidades
afetam a autoimagem e identidade dos indivíduos à medida que, sentem-se
desvalorizados ou não pertencendo ao grupo quando não conseguem satisfazê-las.
2) O texto do art. 58 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)/1990 define que,
no processo educacional, respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e
históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindose
a estes:
a) A liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura.
b) Os lugares para suas manifestações étnicas e culturais.
c) As quadras esportivas para treinos, com vistas à participação em torneios regionais
e nacionais.
d) O acesso a tablados e arenas para vivenciar a arte circense tradicional.
e) O desenvolvimento de talentos para as artes do futuro.
3) (Provão, 2002). Problemas de ordem, na sala de aula, com frequência resultam das
dificuldades da formação de valores e atitudes dos alunos, em face das mudanças da
vida social. Sobretudo no meio urbano e com adolescentes, isso ocorre porque:
a) A família e a escola ganham mais importância que os grupos de vizinhança e a
comunidade.
b) A família, a igreja e a comunidade ganham mais importância que os meios de
comunicação e a vizinhança.
c) A escola e os grupos de colegas ganham mais importância que os meios de
comunicação e de informação.
d) Os meios de comunicação e os grupos de colegas ganham mais importância
que a escola e a família.
e) Os grupos primários, como a família e o grupo de colegas, ganham mais
importância que a televisão.
4) (Provão, 2001). Alguns problemas práticos estão acontecendo numa escola, tais
como cola , furtos, pichações, perseguições a colegas e outras formas de injustiça.
Para resolver esta situação de forma duradoura e efetiva é indispensável:
a) Colocar em prática ideias mais modernas sobre condutas.
b) Impor normas rígidas criadas pela direção da escola.
c) Construir valores morais para nortear os comportamentos.
d) Adotar os padrões definidos pelos órgãos competentes.
e) Treinar profissionais para fiscalizar permanentemente os alunos.
5) (Provão 2002). Ao encaminhar uma nova turma a um professor, a direção da escola
o informa a respeito de dois adolescentes indisciplinados , que poderão perturbar as
atividades. Com efeito, no primeiro dia letivo, eles provocam problemas de ordem na
sala de aula e o professor verifica que são líderes de grupos.
Do ponto de vista socioeducacional, em face desses fatos, cabe ao professor, além de
estabelecer de início os limites de conduta em sala de aula, buscar conhecer melhor
os dois alunos, e:
a) Manter um clima de cooperação com os grupos influentes.
b) Procurar neutralizar a influência desses alunos nas atividades da turma.
c) Enquadrá-los num sistema de punições e recompensas.
d) Tratá-los como casos individuais, fazendo valer sua autoridade de professor.
e) Decidir sobre a permanência dos mesmos na turma.
6) Segundo Reguillo (2003), a juventude é uma construção social, mas não existe uma
única categoria de jovem. Identifique os elementos que justificam a construção da
juventude como sujeito social.
Resposta: Os critérios que definem os limites e os comportamentos juvenis, estão
vinculados a contextos sócio-históricos e ao produto das relações de força em uma
determinada sociedade.
7) Segundo Carrano Além das dificuldades de acesso e permanência na escola, os
jovens enfrentam a realidade de instituições públicas que se orientam,
predominantemente, para a oferta de conteúdos curriculares formais e considerados
pouco interessantes para o jovem . (2008,p.197). Que ações a escola pode
empreender para reverter essa situação?
Resposta: Oferecer um conteúdo mais contextualizado, significativo para o aluno
incorporando no trabalho cotidiano com os conteúdos das diversas disciplinas
elementos e situações do cotidiano dos jovens, discutindo-os. Os PCNs podem servir
de base para a renovação do ensino e do processo educacional como um todo.
8) Na proposta de reforma curricular do ensino, a interdisciplinardiade deve ser
compreendida a partir de uma abordagem relacional, em que se propõe que, por meio
da prática escolar, sejam estabelecidas interconexões e passagens entre os
conhecimentos, por meio de relações de complementaridade que incorporem fatos do
cotidiano e elementos da experiência dos jovens que possam articular diferentes áreas
do saber (Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio - Bases Legais).
Para que isso ocorra, é preciso:
a) Estabelecer objetivos educacionais únicos com vistas à avaliação do currículo.
b) Estimular a colaboração entre todos os membros da comunidade escolar,
inclusive dos alunos, para a realização de um trabalho integrado com a
realidade.
c) Homogeneizar a metodologia a ser utilizada pelo corpo docente da escola.
d) Preservar cada área do conhecimento em sua especificidade, fazendo-a interagir
com as demais para a solução de problemas.
e) Criar novas disciplinas ou saberes especialmente destinados à análise de
fenômenos complexos do cotidiano.
9) A internet vem sendo apontada como uma grande revolução na comunicação. Por
esse motivo, seu uso é considerado como detentor de grande potencial para a
educação. Considerando que ela já faz parte do cotidiano de muitos jovens, a
aplicação desse recurso no trabalho pedagógico:
a) Propicia ao professor o acesso a conhecimento sistematizado e atualizado.
b) Garante a modernidade da escola perante os pais e a comunidade.
c) Substitui com vantagem outros recursos didáticos na sala de aula.
d) Disponibiliza informações e contatos com pessoas, favorecendo o
protagonismo dos alunos na construção do conhecimento.
e) Oferece aos alunos melhor fonte para a resolução de exercícios.
Questões referentes ao tema 8:
1) Leia o excerto abaixo : A relação entre o conteúdo e o ensino, incluídos como base
de formação das novas gerações, implica uma seleção e esta nunca se dá
aleatoriamente. Há uma escolha intencional por trás dos conteúdos eleitos para
compor os sistemas de ensino, por isso podemos afirmar que não se pode tomar como
certo que o conhecimento curricular seja neutro; pelo contrário, busca interesses
sociais inseridos na própria forma de conhecimento. [...] isso quer dizer que o currículo
tem sempre sofrido uma influência que não vem dos professores ou da escola, mas
das elites que se impõem hegemonicamente, mascarando esses conflitos no interior
da sociedade . (APPLE, 1982)
A partir da visão de escola e currículo como instrumentos utilizados para manter os
privilégios de classes e grupos dominantes, é possível conceber o currículo como
instrumento fundamental para iniciar um processo de intervenção na estrutura social a
favor de mudanças que beneficiem as classes populares? Como?
Resposta: Ao mesmo tempo em que o currículo e a escola podem ser reprodutores
das relações e desigualdades sociais, pode também entender as contradições da
escola e sua possibilidade de produzir a transformação social, a partir da análise
crítica da estrutura social A instituição escolar pode, ao ensinar o conhecimento
acumulado pela humanidade, articular esses conhecimentos e modelos à vida social
do cotidiano, permitindo ao aluno entender a construção histórica e social desses
conhecimentos e valores, e incentivando a reflexão e pensamento crítico.
2) (ENC,2001). A organização curricular reflete as práticas sócioculturais. Para colocála
a serviço de uma educação crítica e formadora da cidadania é preciso haver:
a) Interação entre as diversas culturas, que têm linguagens e identidades
próprias, com vistas à transformação das relações culturais e sociais.
b) Inserção das diferentes culturas numa cultura comum, na qual as visões de mundo,
dos costumes e dos saberes escolares sejam representativas.
c) Estímulo à igualdade de grupos e à capacidade intelectual de todos, por meio da
articulação em prol da ascensão social.
d) Destaque às diferenças culturais produzidas historicamente, priorizando os valores
e os costumes dos grupos pouco privilegiados em detrimento da cultura hegemônica.
e) Consideração da possibilidade de conflitos entre grupos culturalmente diversos,
buscando a negociação e objetivando o consenso.
3) (SEESP, 2004). O currículo, em uma perspectiva crítica, é resultado de uma
seleção histórica, feita a partir de um universo mais amplo de conhecimento. Tal
seleção se baseia em discussões sobre:
a) A natureza do conhecimento do professor e sua responsabilidade na estruturação e
oferecimento dos saberes aos alunos.
b) A concepção de homem, de aprendizagem, de cultura e de conhecimento.
c) A estrutura das disciplinas e o seu papel na elaboração do projeto pedagógico da
rede escolar.
d) O papel dos alunos no seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor.
e) O papel das disciplinas no âmbito de cada escola e do conhecimento no âmbito do
sistema escolar mais amplo.
4) (SESI, 2004). Uma turma de Pedagogia, discutindo as variadas concepções de
currículo, concluiu que, de acordo com a Sociologia crítica, currículo pode ser
concebido como:
a) Processo de acumulação de experiências vividas na escola pelos educandos.
b) Processo de construção social que implica conhecer a realidade e atuar em sua
transformação.
c) Conjunto de matérias ou disciplinas constantes.
d) Conjunto de dados concernentes às informações sobre calendário e horários
escolares.
e) Manifestação de um estágio de desenvolvimento da pessoa e da sua trajetória
social.
5) Os movimentos a favor de uma Escola Pública de boa qualidade se estendem por
todo o País, uma vez que a escola deve ser um dos principais locais de aprendizagem
e apropriação do conhecimento.
A contribuição da escola para a democratização do ensino está em:
a) Atuar dentro das necessidades e dos interesses que o aluno manifesta.
b) Entender o social como uma extensão do individual.
c) Preparar intelectual e moralmente o aluno.
d) Difundir a escolarização para todos a partir de conteúdos universais.
e) Instituir mecanismos de mudança para transformação da sociedade.
6) Existem professores que se recusam a aceitar o computador, argumentando que
ele não é necessário à sua prática. Essa atitude, muitas vezes, encobre o temor ao
novo. Por outro lado, existem aqueles que veem nessa ferramenta o instrumento que
transformará sua prática resolvendo todos os problemas que enfrentam em seu fazer
pedagógico, inclusive o desinteresse dos alunos pelas aulas.
É consensual, no entanto, que a utilização do computador deve:
I. Ser vista como adição ao sistema de um novo recurso para melhorar a
aprendizagem.
II. Estar comprometida com a reorientação da educação, numa perspectiva
transformadora.
III. Ser acompanhada do estímulo à criatividade docente.
IV. Manter preservada a consciência crítica de professores e alunos.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
7) (PROVÃO, 2010). Leia o seguinte texto: Ninguém sabe para que servem as coisas
que a escola ensina. [...]. Os exercícios escolares são, quase sempre, feitos em torno
de problemas que não existem na vida real. [...]. A escola não ajuda os alunos a
resolverem problemas concretos, problemas que eles realmente entendam e para os
quais estejam interessados em procurar a solução. O modo como a escola ensina não
ajuda o aluno a aprender a aprender. Ela não ensina o que fazer para reconhecer a
existência de um problema, como procurar as soluções possíveis, escolher e testar a
solução que parece melhor e verificar o resultado a que se chegou. E, no entanto, é
procurando resolver problemas concretos, é testando e verificando os resultados
obtidos que as pessoas aprendem coisas úteis e se convencem de que podem
aprender sempre mais. (CECCON, 1983) Partindo desse texto, explique como deve
ser o ensino na escola.
Resposta: significativo e motivador para os alunos, atrelado a problemas concretos e
situações reais do cotidiano que eles realmente entendam e para os estejam
interessados em procurar a solução.
8) (Provão, 2002). Leia o seguinte texto: A escola Alfa, da rede oficial de ensino,
apresenta altos níveis de repetência e evasão. A equipe de professores está
insatisfeita com essa situação, atribuindo-a exclusivamente a fatores de ordem
pessoal, familiar e cultural dos alunos: baixo nível intelectual , desorganização
familiar , pouca escolarização dos pais , fome , entre outros. Esse tipo de abordagem
equivocada do fracasso escolar na escola Alfa é indicativo de que as seguintes ideias
fazem parte da cultura de seus professores e administradores:
I. A da importância da teoria do deficit ou da privação cultural para explicar o
desempenho escolar dos alunos.
II. A de que as capacidades mentais do ser humano são fixas e não precisam ser
trabalhadas.
III. A da repetência e da evasão escolares como fenômenos naturais para
determinados grupos sociais.
IV. A da importância da teoria sociocultural do desenvolvimento humano para o
entendimento e o enfrentamento dos problemas do fracasso escolar.
V. Todas as alternativas estão corretas.
9) Para enfrentar de maneira objetiva e imediata os altos níveis de repetência e
evasão da escola Alfa, é correto realizar os seguintes diagnósticos:
a) Das habilidades dos alunos em diversas áreas, por meio de testes, para identificar
e investir naqueles que apresentam maior potencial para a aprendizagem.
b) Da influência dos fatores intraescolares sobre o desempenho escolar de seus
alunos, para reorientar a prática pedagógica dos professores.
c) Da influência das dificuldades de ordem emocional sobre o desempenho escolar
das crianças, para poder encaminhá-las a especialistas.
d) Da realidade sociocultural da comunidade escolar, para introduzir modificações no
projeto pedagógico da escola.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
10) Pesquise, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, qual a perspectiva de currículo
e conhecimento escolar que orienta as propostas de trabalho que constam desse
importante documento de referência para o ensino.
Resposta: O documento trabalha com uma perspectiva crítica de currículo que
considera os diferentes aspectos da realidade social em que o currículo será aplicado,
o nível de desenvolvimento e o conhecimento prévio do aluno, articulando o conteúdo
com situações reais do cotidiano.
Sua formação profissional deve refletir o esforço, a busca, a coragem de perseguir
objetivos, enfim, a atenção a cada instante de sua aprendizagem.
Atividades avaliativas:
A atividade avaliativa é uma forma de acompanhar o processo de aprendizagem
desenvolvido acerca de um determinado assunto. Por isso, tendo em vista a
importância de pensar o tema Identidades Culturais Juvenis e Escolas , propomos a
realização da atividade 10 do caderno de atividades, p. 57 a fim de aprofundar e
enriquecer a compreensão do tema.
Questão 10
As escolas têm se apresentado como instituições pouco abertas para a criação de
espaços ou situações que favoreçam experiências de sociabilidade, debates públicos
e atividades culturais . (CARRANO, 2008)
Que mudanças a escola pode promover em sua forma de organização e gestão no
sentido de mobilizar a maior participação dos jovens nas decisões e encaminhamentos
realizados no cotidiano escolar?
Para a realização dessas atividades, você deverá dar atenção à leitura dos textos do
PLT propostos, especialmente, o capítulo 7, que tratam sobre o tema da teleaula.

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