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CENTRO DE TECNOLOGIA
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................................ 03
2.Flip-Flops ou BI-ESTÁVEIS ................................................................................... 04
2.1. Latches ................................................................................................................ 04
2.1.1. Latch SR com Portas NOR .............................................................................. 05
2.1.2. Latch SR com Portas NAND............................................................................ 05
2.1.3. Latch SR com ENABLE ................................................................................. 06
2.1.4. Latch D............................................................................................................. 07
2.2. Flip-Flop ............................................................................................................... 07
2.2.1 Flip flop SR Mestre Escravo .............................................................................. 08
2.2.2. Flip flop JK Mestre Escravo ............................................................................. 09
2.2.3. Flip-Flop Edge-Triggered...................................................................................10
2.2.4. Flip-Flop JK Sensível a Borda de Subida ..........................................................11
2.2.5. Flip-Flop T .........................................................................................................11
2.3. Entradas Assíncronas ............................................................................................12
2.4. Glossário de Flip-Flops e Registradores ...............................................................12
2.5.Aplicações e Exercícios ........................................................................................ 13
2.6. Glossário Considerações práticas para Projetos Digitais ..................................... 15
2.7. Registradores ........................................................................................................ 16
2.7.1. Registradores de Deslocamentos Síncrono ................................................... 16
3. PROJETO DE CIRCUITOS SEQÜÊNCIAS ..........................................................18
3.1. Características e Estrutura de Máquinas Seqüências Síncronas ............................18
3.2. Tipos de Máquinas Seqüências ............................................................................19
3.2.1. Procedimento para Análise de uma MSS ...........................................................20
3.3. Procedimento para Projeto para Máquinas de Estado .......................................... 27
3.4. Tabela de Estado .................................................................................................. 27
3.5. Exercícios de Diagrama de Estados ..................................................................... 29
3.6. Seleção das Variáveis de Estado .......................................................................... 34
3.7. Tabela de Transição ............................................................................................. 34
3.8. Tabela de Excitação ............................................................................................. 35
3.8. Equações de Excitação e de Saída ....................................................................... 36
3.10. Procedimento de Projeto através de Equações de Estado .................................. 37
3.11. Simplificações na Máquina de Estado ............................................................... 42
4. MEMÓRIAS ........................................................................................................... 49
5. CONVEROSRES A/D e D/A ................................................................................. 59
5.1. Conversor Analógico/Digital .......................................................................... 59
5.2. Conversor Digital/Analógico ...........................................................................67
7. BIBLIOGRAFIA .................... ............................................................................ 72
7. BIBLIOGRAFIA 69
CIRCUITOS SEQÜÊNCIAIS
1. INTRODUÇÃO
2. FLIP-FLOPS ou BI-ESTÁVEIS
2.1. LATCHES
São circuitos bi-estáveis capazes de guardar um bit de informação, assim podem ser
chamados de circuitos básicos de memória.
Q( n + 1) = R ⋅ Q(n ) + S R Q
S ⋅ R = 0(est .in det .)
S Q
Q( n + 1) = S ⋅ Q( n) + R
S ⋅ R = 0( est .in det .)
Tabela característica
Símbolo
EN S R Q(n+1) Q(n+1)
0 X X Q (n) Q (n)
1 0 0 Q (n) Q(n)
1 0 1 0 1
1 1 0 1 0
1 1 1 ---- ----
2.1.4. Latch D
Figura 5 - Latch D
Q( n + 1) = D
2.2. FLIP-FLOPS
Tabela característica
EN K J Q(n+1)
0 X X Q (n)
1 0 0 Q (n)
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 Indefinido
Q( n + 1) = J ⋅ Q( n) + K ⋅ Q( n)
Equação de Estado
A = J ⋅ Q( n) + K ⋅Q( n)
2.2.5. Flip-Flop T
Toggle (Troca): Em um flip flop, toggle é quando o nível lógico Q muda para Q e Q
muda para Q.
Transition (Trânsito): Instante da transição do estado digital HIGH para LOW ou
LOW para HIGH.
Transparent Latch (Latch transparente): Dispositivo assíncrono no qual as saídas
armazenarão os estados mais recentes das entradas. A saída imediatamente segue
os estados das entradas sem esperar a chegada do pulso de trigger e mantêm os
estados mesmo depois das entradas serem removidas ou desabilitadas.
Trigger (Disparo): O sinal de controle de entrada de um dispositivo digital é usado
para especificar o instante em que o dispositivo aceita as entradas ou muda as
saídas.
2.5.1. Uso do flip flop octal do tipo D em uma aplicação com Microcontrolador
Muitos dos latches e flip-flops básicos estão disponíveis em CIs octais. Nesta
configuração, estão oito latches ou flip flops em um simples encapsulamento.
Se todos os oitos latches ou flip flops são controlados por um relógio comum,
isto é chamado de registrador de 8 bits. Um exemplo de registrador de 8 bits a base de
flip flops é o CMOS 74HCT273 de alta velocidade (disponível nas famílias TTL LS e
S). O 74273 contêm 8 flip flops do tipo D, todos controlados com por um relógio
comum (Cp) trigados pela borda. Na borda positiva do Cp, os 8 bits de dados de D0 a
D7 são controlados nos 8 D flip flops e a saída de Q0 a Q7. O 74273 possui um reset
mestre ( M r ) ativo em baixo (LOW), o qual proporciona um reset assíncrono para
todos os flip flops.
Uma aplicação do 74273 D flip flop é mostrada abaixo. É usado um
registrador update e hold. A cada 10s ele recebe um pulso de relógio do
microcontrolador 68HC11 da Motorola. Os dados estão em D0 - D7 e a cada borda
positiva do relógio são dirigidos para os registradores e saídas Q0 - Q7.
Exercício 10-15:
O símbolo lógico de meio flip flop dual tipo D 7474, é apresentado na figura
abaixo:
a) Usando a ferramenta da Xilinx, desenhe a saída Q com as entradas
indicadas no diagrama.
Duty Cycle: (Razão Cíclica): A razão entre a duração de tempo em que a onda
periódica é HIGH pelo período total da onda.
Float (flutuação): A condição na qual a entrada ou a saída em um circuito não é nem
HIGH nem LOW devido ao fato de não estar conectado diretamente a um nível de
tensão high ou low.
Hold Time (Tempo de espera): A duração de tempo, depois da borda do clock estar
ativa, que deve ser respeitado até que os dados estejam seguros para o seu
reconhecimento.
Hystetesis (Histerese): Em digitais, especialmente nos CI´s Schmitt triggers,
Histerese é a diferença de tensão entre o nível positivo de chaveamento e o nível
negativo de chaveamento.
Jitter: Termo usado em eletrônica digital para descrever formas de onda que possuem
algum grau de ruído eletrônico, causando ruído na subida e queda entre e durante a
transmissão do nível.
Power-Up: Termo usado para descrever o evento ou estado inicial quando se “liga”
um CI ou sistema digital
Pull_Down Resistor: Resistor com uma terminação ligada a LOW e a outra conectada
na entrada ou saída de uma linha, tal que, quando a linha está flutuando, a tensão nesta
linha será instantaneamente colocada no estado LOW.
Pull_Up Resistor: Resistor com uma terminação ligada a HIGH e a outra conectada
na entrada ou saída de uma linha, tal que, quando a linha está flutuando, a tensão nesta
linha será instantaneamente colocada no estado HIGH.
Race Condition: A condição na qual o nível digital (1 ou 0) está mudando de estado
no mesmo instante em que a borda de clock de um dispositivo síncrono, faz com que
o nível do sinal de entrada neste tempo seje indeterminado.
SPST Switch (Chave SPST): Abreviação de polo simples, polo throw. Uma chave
SPST é usada para fazer ou interromper o contato com uma linha elétrica simples.
2.6. REGISTRADORES
DA0 = ILSL + X0 P + A1 SR
DA1 = A0 SL + X1 P + A2 SR
DA2 = A1 SL + X2 P + A3 SR
DA3 = A2 SL + X3 P + IRSR
Introdução:
Registradores são necessários em sistemas digitais para armazenar
temporariamente um grupo de bits. Bits de dados (1´s ou 0´s) necessitam em sistemas
digitais ser temporariamente copiados, movidos, deslocados para a direita, deslocados
para a esquerda uma ou mais posições.
Um registrador de deslocamento facilita a manipulação desses bits de dados.
Muitos registradores de deslocamento podem lidar com movimento paralelo de bits,
assim como movimento serial, e podem ser usados para a conversão paralela e serial
paralela.
uma posição para a direita. O MR é ativo em LOW, isto é, ele reseta todos os flip
flops quando possui pulso LOW.
Das
Dsb
Cp MR Q0 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7
MR
Clk 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Strobe
Cp 1 2 3 4 5 6 7 8
DSb 1 1 0 1 0 0 1 0
Em outras palavras isto quer dizer que a próxima saída de uma máquina
seqüencial depende das entradas atuais e da saída atual desta máquina seqüencial. A
figura1 mostra um diagrama característico de um sistema seqüencial.
Nos circuitos seqüenciais podemos encontrar duas diferenças com relação a
figura acima:
Neste caso, dentro de cada círculo, que representa o estado, coloca-se uma
letra ou número que identifique o estado e o valor das saídas correspondentes a este
estado, e em cada flecha que representa uma transição, coloca-se o valor das entradas
do circuito.
Neste caso dentro de cada círculo, que representa o estado, coloca-se uma
letra ou número que identifique o estado, e em cada flecha, que representa uma
transição, coloca-se o valor das entradas e das saídas.
PE = F (EA,X)
Z = G (EA,X) ou Z = G (EA)
Onde:
PE – próximo estado
EA – estado atual
X – entradas
Z – saídas
Do = Qo ⋅ EN + Qo ⋅EN
Para o flip-flop tipo D temos que as equações de estado ou transição são dadas
por:
Qo (n + 1) = Do = Qo ( n) ⋅ EN + Qo ( n) ⋅ EN
EA PE/EN=0 PE/EN=1
Qo Q1 Qo(n+1) Q1(n+1) Qo(n+1) Q1(n+1)
0 0 0 0 0 1
0 1 0 1 1 0
1 0 1 0 1 1
1 1 1 1 0 0
EA PE Z
----------- EN=0 EN=1 ------------
A A B 0
B B C 0
C C D 0
D D A 1
1) EQUAÇÕES DE EXCITAÇÃO
Jo = X ⋅ Y
Ko = X ⋅ Y + Y ⋅ Q1
J 1 = X ⋅ Qo + Y
K1 = Y ⋅ Qo + X ⋅Y ⋅Qo
2) EQUAÇÕES DE TRANSIÇÃO
Qo(n + 1) = J ⋅ Qo + Ko ⋅ Qo
Qo( n + 1) = X ⋅ Y ⋅ Qo + ( X ⋅ Y + Y ⋅ Q1) ⋅ Qo
Qo( n + 1) = X ⋅ Y ⋅ Qo + ( X ⋅ Y ⋅ Y ⋅ Q1) ⋅ Qo
Qo( n + 1) = X ⋅ Y ⋅ Qo + X ⋅ Y ⋅ Qo + X ⋅ Q1⋅ Qo + Y ⋅ Q1 ⋅ Qo
Q1(n + 1) = J1 ⋅ Q1(n ) + K1 ⋅ Q1
3) EQUAÇÕES DE SAÍDA
Z = X ⋅ Q1 ⋅ Qo + Y ⋅ Q1 ⋅ Qo
4) TABELA DE TRANSIÇÃO
EA PE / Saída
Entradas X Y
Q1(n) Qo(n) 0 0 0 1 1 0 1 1
0 0 0 0 /0 1 0 /1 0 1 /0 1 0 /1
0 1 0 1 /0 1 1 /0 1 0 /0 1 1 /0
1 0 1 0 /0 0 0 /0 1 1 /0 0 0 /0
1 1 1 1 /0 1 0 /0 0 0 /1 1 0 /1
Q1* = X ⋅ Q1 ⋅ Qo + Y ⋅ Q1 + X ⋅ Y ⋅ Q1 + Y ⋅ Q1 ⋅ Qo + X ⋅ Q1 ⋅ Qo + Y ⋅ Q1 ⋅ Qo
Qo* = X ⋅ Y ⋅ Qo + X ⋅ Y ⋅ Qo + X ⋅ Q1 ⋅ Qo + Y ⋅ Q1 ⋅ Qo
J 1 = X ⋅ Qo + Y
J K Q*
K1 = Y ⋅ Qo + X ⋅Y ⋅Qo 0 0 Q
0 1 0
1 0 1
Jo = X ⋅ Y 1 1 Q
Ko = X ⋅ Y + Y ⋅ Q1
EA PE / Z
Entradas X Y
0 0 0 1 1 0 1 1
A A /0 C /1 B /0 C /1
B B /0 D /0 C /0 D /0
C C /0 A /0 D /0 A /0
D D /0 C /0 A /1 C /1
EA PE / Z Z
X=0 X=1
A A B 0
B A C 0
C A D 0
D A D 1
EA PE / Z
X=0 X=1
A A /0 B /0
B A /0 C /0
C A /0 C /1
Exercício 1
Projete um circuito sequencial observando o diagrama de estados e atribuição.
Use a tabela de estado reduzida, com atribuição binária - Atribuição 1. Use flip flop
JK. Apresentar o circuito lógico.
Q(t) Q(t+1) J K
0 0 0 X
0 1 1 X
1 0 X 1
1 1 X 0
Est. Atual Ent. Próx.Estado Saída do Circ. Comb. - Ent. FF´s Saíd
a
A B C X A B C JA KA JB KB JC KC Y
0 0 1 0 0 0 1 0 X 0 X X 0 0
0 0 1 1 0 1 0 0 X 1 X X 1 0
0 1 0 0 0 1 1 0 X X 0 1 X 0
0 1 0 1 1 0 0 1 X X 1 0 X 0
0 1 1 0 0 0 1 0 X X 1 X 0 0
0 1 1 1 1 0 0 1 X X 1 X 1 0
1 0 0 0 1 0 1 X 0 0 X 1 X 0
1 0 0 1 1 0 0 X 0 0 X 0 X 1
1 0 1 0 0 0 1 X 1 0 X X 0 0
1 0 1 1 1 0 0 X 0 0 X X 1 1
CX CX CX
JA 00 01 11 10 KA 00 01 11 10 JB 00 01 11 10
00 X X 00 X X X X 00 X X 1
AB 01 1 1 AB 01 X X X X AB 01 X X X X
11 X X X X 11 X X X X 11 X X X X
10 X X X X 10 1 10
JA = BX KA = C X JB = A X
CX CX CX
KB 00 01 11 10 JC 00 01 11 10 KC 00 01 11 10
00 X X X X 00 X X X X 00 X X 1
AB 01 1 1 1 AB 01 1 X X AB 01 X X 1
11 X X X X 11 X X X X 11 X X X X
10 X X X X 10 1 X X 10 X X 1
KB = C + X JC = x KC = X
CX
Y 00 01 11 10
00 X X
AB 01
11 X X X X
10 1 1
Y = AX
Exercício 2
Est. Atual Ent. Próx.Estado Saída do Circ. Comb. - Ent. FF´s Saída
A B C X A B C JA KA JB KB JC KC Y
0 0 0 0 0 0 0 0 X 0 X 0 X 0
0 0 0 1 0 1 0 0 X 1 X 0 X 0
0 1 0 0 0 1 1 0 X X 0 1 X 0
0 1 0 1 1 0 1 1 X X 1 1 X 0
0 1 1 0 0 0 0 0 X X 1 X 1 0
0 1 1 1 1 0 1 1 X X 1 X 0 0
1 0 1 0 1 1 1 X 0 1 X X 0 0
1 0 1 1 1 0 1 X 0 0 X X 0 1
1 1 1 0 0 0 0 X 1 X 1 X 1 0
1 1 1 1 1 0 1 X 0 X 1 X 0 1
CX CX CX
JA 00 01 11 10 K 00 01 11 10 JB 00 01 11 10
A
00 X X 00 X X X X 00 1 X X
AB 01 1 1 AB 01 X X X X AB 01 X X X X
11 X X 11 X X 1 11 X X X X
10 X X X X 10 X X 10 X X 1
JA = B + CX KA = B x JB = C X
CX CX CX
KB 00 01 11 10 JC 00 01 11 10 KC 00 01 11 10
00 X X X X 00 X X 00 X X X X
AB 01 1 1 1 AB 01 1 1 X X AB 01 X X 1
11 X X 1 1 11 X X X X 11 X X 1
10 X X X X 10 X X X X 10 X X
KB = X + C JC = B KC = x
CX
Y 00 01 11 10
00 X X
AB 01
11 X X 1
10 X X 1
Y = AX
Exemplo 3:
Um somador completo, conforme figura abaixo, recebe duas entradas externas
X e Y, a terceira entrada Z vem de uma saída de um flip flop D. A saída carry (vai-
um) é transferida para o flip flop a cada pulso de clock. A saída externa S resulta da
soma de X, Y e Z. Assuma que X e Y varie após a transição de descida do pulso de
clock.
X Somador S
C
Y Completo
Z C
Q
Exemplo 4:
Projete um circuito sequencial com dois flip flops e uma entrada. Quando a
entrada for igual a 1, a saída do flip flop repete a seqüência 00, 01, 10. Quando a
entrada for igual a zero, eles repetem as seguintes seqüências: 11,10,01. Projete o
circuito com:
a) Flip flop tipo T
b) Flip Flop tipo D
Exemplo 5:
Projete um circuito com um flip flop e duas entradas conforme mostrado no
diagrama de temporização abaixo. A saída do flip flop é setada quando A=1 e B=0, e
é limpada quando A=1 e B=1 e é deixada no mesmo estado nos outros casos.
Clock
t
A
t
B
t
Q
t
Exemplo 6:
Projete um circuito seqüencial cujo diagrama de estados é dado. Use flip flops
tipo RS.
11/ 0
00 / 0 01 / 0
0 1
01 / 1 10 / 0
10 / 1 11 / 1
00 / 1
EA PE / Z Z
X=0 X=1
00 00 01 0
01 00 10 0
10 00 11 0
11 00 11 1
EA PE / Z
X=0 X=1
00 0 0 /0 0 1 /0
01 0 0 /0 1 0 /0
10 0 0 /0 1 1 /1
J1 K1
Jo Ko
Exemplo 1b
D1 Do
QA n +1 = QC ⋅ QD + QC ⋅ QD
QB n+1 = QA
QC n+1 = QB
QD n +1 = QC
DA = C D + CD
DB = A
DC = B
DD = C
E o circuito fica:
B n+1 = AC + C D + AB C
C n+1 = B
D n+1 = D
Q n+1 = J Q + K Q
equação do flip-flop JK
- Para o flip-flop A
JA = BCD + BC = BC ( D + 1)
JA = BC
KA = CD + C D = (C + D) ⋅ (C + D )
KA = C ⋅ D + D ⋅ C
- Para o flip-flop B
B n+1 = ( AC + C D ) ⋅ (B + B ) + AB C
B n+1 = A BC + ABC + BC D + BC D + AB C
B n+1 = ( AC + C D ) ⋅ B + ( AC + C D + AC ) ⋅ B
JB = AC + C D
KB = AC + C D + AC = ( A + C ) ⋅ (C + D ) ⋅ ( A + C )
KB = A ⋅ (C + D )
- Para o flip-flop C
C n+1 = B = B (C + C ) = B C + BC
JC = B
KC = B
- Para o flip-flop D
D n+1 = D = 1 ⋅ D + 0 ⋅ D
Logo:
JD = K D = 1
Tabela de Estado
X EA PE Z
Q1 Q0 Q1(n+1) Q0(n+1)
0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0
0 1 0 0 0 0
0 1 1 0 0 0
1 0 0 0 1 1
1 0 1 1 0 1
1 1 0 1 1 1
1 1 1 1 1 1
Equações de Estado
Q 1n+1
X \ Q1Q0 0 0 0 1 1 1 1 0
0 0 0 0 0
1 0 1 1 1
Q1 n+1 = X ⋅ Q 0 + X ⋅ Q1
Q 0 n+1
X \ Q1Q0 0 0 0 1 1 1 1 0
0 0 0 0 0
1 1 0 1 1
Q 0 n+1 = X ⋅ Q 0 + X ⋅ Q1
Q1 n+1 = X ⋅ Q 0 + X ⋅ Q1
Q1 n+1 = X ⋅ Q 0(Q 1 + Q 1) + X ⋅ Q1
Q1 n+1 = X ⋅ Q 0 ⋅ Q 1 + X ⋅ Q 0 ⋅ Q1 + X ⋅ Q1
Q1 n+1 = X ⋅ Q 0 ⋅ Q 1 + ( X ⋅ Q 0 + X ) ⋅ Q1
J1 = X ⋅ Q0
K 1 = XQ0 + X = X (Q0 + 1)
K1 = X
Q 0 n+1 = X ⋅ Q 0 + X ⋅ Q1
Q 0 n+1 = X ⋅ Q 0 + X ⋅ Q 1(Q 0 + Q 0)
Q 0 n+1 = X ⋅ Q 0 + X ⋅ Q1Q 0 + XQ 1Q 0)
J 0 = X + XQ1 = X (Q1 + 1)
J0 = X
K 0 = XQ1
Finalmente não há mais o que simplificar. A MSS original que possuia cinco estados e
necessitaria de três flip-flops para ser implementada, ficou com apenas três estados,
necessitando de apenas dois flip-flops. A tabela 1.3 corresponde a tabela 1.51simplificada ao
máximo.
Note que na tabela 1.1. não foi possível identificar a igualdade entre os estados “A” e
“E”. Algumas vezes isto acontece de tal forma que não é possível reconhecer estados iguais
pela simples análise visual das tabelas da verdade. Nestes casos pode ser utilizada a técnica da
partição para se efetuar a simplificação destas tabelas.
Nesta técnica, todos os estados que conduzem as mesmas saídas são agrupados em
classes iguais. O nome dos novos estados será formado pelo seu nome original e um número
que indica a classe a qual pertence este estado. A partir deste ponto, sempre que estados de
uma mesma classe conduzirem a próximos estados em classes diferentes, estes estados atuais
serão divididos em outras classes. Este procedimento é repetido até que não existam mais
classes a serem criadas.
A principio todos os estados fazem parte da classe 1. O estado “F”, porém, possui
saída diferente dos demais, portanto vai formar a classe 2.
Como “F2” faz parte da classe 2, a classe 2 será formada apenas pelo estado F2 até o
fim da simplificação. Na classe 1, “D1” conduz a estados de diferentes classes (com relação
aos demais estados da classe 1) então fará parte da classe 3.
Como “D3” é o único elemento da classe 3, a classe 3 será formada apenas por “D3”
até o fim da simplificação. Mas na classe 1, “B1” e “G1” conduzem a próximos estados da
classe 3 e 1 nesta ordem ao passo que “A1”, “C1”, “E1” e “H1” conduzem a estados da classe
1 e 1. Logo “B1” e “G1” farão parte da classe 4.
Como “B4” e “G4” formam a classe 4, a classe 4 será formada apenas por “B4” e
“G4”. Porém nota-se que “A1”, “C1” e “E1” conduz a classes diferentes de “H1” o que
implica na criação da classe 5 para “A1”, “C1” e “E1”.
Nesta fase da simplificação não há mais o que mudar. Todos os estados de uma mesma
classe conduzem a estados de classes iguais. Logo, todos os estados que pertencem a uma
mesma classe são estados semelhantes e serão agrupados juntos. Então retomaremos a tabela
1.8 substituindo seus estados por:
Note que todos os estados que pertencem a uma mesma classe conduzem a estados que
pertencem a mesma classe quando X=0 e quando X=1. Entretanto a classe 2 e a classe 5
conduzem a classe 4 quando X=0 e a classe 5 quando X=1 mas não são iguais pois suas
saídas são diferentes!
Estas inúmeras tabelas de partição poderiam ter sido agrupadas lado a lado conforme
podemos ver na tabela 1.7.
Tabela 1.7: Simplificação da tabela 1.4 colocando todas as tabelas de partição lado a lado.
C.S. quer dizer classe de saída e P.C.S. quer dizer próxima classe de saída.
E.A P.E. P.E. Z Z C.S P.C. P.C. C.S P.C. P.C. C.S P.C. P.C. C.S
. S S S S S S
- X= X= X= X= - X=0 X=1 - X=0 X=1 - X=0 X=1 -
0 1 0 1
A B C 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5
B D E 0 0 1 1 1 1 3 1 4 3 1 4
C G E 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5
D H F 0 0 1 1 2 3 1 2 3 1 2 3
E G A 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5
F G A 1 0 2 1 1 2 1 1 2 4 1 2
G D C 0 0 1 1 1 1 3 1 4 3 1 4
H H A 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Uma outra forma de fazer a simplificação é por carta de implicação. Nesta carta são
evidenciadas todas as condições para que dois estados sejam iguais. Para exemplificar vamos
usar a mesma MSS usada anteriormente. A tabela 1.8 é uma cópia da tabela 1.6.
Na carta de implicação montamos uma espécie de mapa onde são anotadas todas a
condições para que um estado seja igual a outro estado. Para isto construímos um mapa onde
na primeira coluna e na última linha são colocados os estados da MSS. Na interseção de cada
uma destas linhas e colunas são anotadas as condições para que estes estados sejam iguais.
Aos poucos surgirão condições que não podem ser satisfeitas o que impede a igualdade de
vários estados. Estas impossibilidades vão sendo anotadas até que não existam mais. Neste
momento devemos anotar quais estados tem condição de serem iguais.
Passo 1)
B BD
CE
C BG DG
CE
D BH DH GH
CF EF EF
E BG DG AE GH
AC AE AF
F X X X X X
G BD CE DG DH DG X
CE CF AC
H BH DH GH AF GH X DH
AC AE AE AC
A B C D E F G
-Na interceção da coluna “A” com a linha “B” vamos anotar o que é necessário para
que o estado “A” seja igual ao estado “B”: O estado “B” deve ser igual ao estado “D” e o
estado “C” deve ser igual ao estado “E”. Isto vem do fato de que os próximos estados e as
saídas de “A” e “B” devem ser iguais.
-Na interseção da coluna “B” com a linha “C” vamos anotar o que é necessário para
que o estado “B” seja igual ao estado “C”: O estado “D” deve ser igual ao estado “G” e o
estado “E” deve ser igual ao estado “E”.
-Na interseção da linha “F” com as outras colunas vamos anotar o que é necessário
para que o estado “F” seja igual aos demais estados: “F” não pode ser igual a ninguém. Isto se
deve ao fato de que as saídas do estado “F” são diferentes das saídas de todos os demais
estados. Desta forma, esta linha é marcada com a impossibilidade de simplificação - X.
-Devemos continuar preenchendo a carta de implicação desta maneira até que todas as
possibilidades tenham sido completadas.
-Todas as impossibilidades são anotadas com um X. Cada quadradinho marcado com
X é pintado para facilitar a visualização das impossibilidades.
Passo 2)
B BD
CE
C BG DG
CE
D BH DH GH
CF X EF X EF X
E BG DG AE GH
AC AE AF X
F X X X X X
G BD CE DG DH DG X
CE CF X AC
H BH DH GH AF GH X DH
AC AE AE X AC
A B C D E F G
Passo 3)
B BD
CE X
C BG DG
CE X
D X X X
E BG DG AE X
AC AE X
F X X X X X
G BD CE DG X DG X
X CE X AC X
H BH DH GH X GH X DH
AC AE X AE AC X
A B C D E F G
Nesta tabela constata-se que o estado “D” também não pode ser igual a nenhum outro
estado, todas as possibilidades de igualdade entre estados que dependam do estado “D”
também ficam impossibilitadas e são marcadas com um “X”.
Passo 4)
B X
C BG X
CE
D X X X
E BG X AE X
AC
F X X X X X
G X CE X X X X
H BH X GH X GH X X
AC X AE X X
A B C D E F G
Nesta carta nota-se que todas as combinações que dependam da igualdade entre os
estados “B” e “H” ou entre os estados “G” e “H” ficam impossibilitadas e são marcadas com
um “X”.
Não havendo mais nada para simplificar podemos dizer que todas as possibilidades
representam estados iguais. No nosso caso o estado “A” é igual ao estado “C” e ao estado “E”
pois a interseção entre a coluna “A” e as linhas “C” e “E” não foram marcadas com “X”. Da
mesma forma podemos dizer que o estado “C” é igual ao estado “E”, o que já era de se
esperar pois “A” é igual a estes dois estados.
4. MEMÓRIAS
As memórias são circuitos eletrônicos capazes de reter informações sob a forma digital.
Elas podem reter “1” bit e neste caso especial podem ser constituidos, por exemplo, de um
Flip-Flop ou armazenar vários bits formando palavras ou dados. Se este dado possui “8”bits é
chamada “BYTE”, se possui “16”bits é chamada “WORD” mas também pode conter qualquer
outra quantidade de bits.
Uma memória também pode possuir lugar para armazenar vários dados. Estes lugares
são chamados de “Endereços”.
RAM (Random Access Memory)→ → memória de acesso aleatório, permite leitura e escrita de
dados nos diferentes endereços.
ROM (Read Only Memory)→ → memória somente de leitura, permite apenas que seu conteúdo
seja lido. Estas memórias são programadas de fábrica e não podem ter seus conteúdos
modificados.
PROM (Programable Rom) → memória ROM programável. São circuitos de memória que
podem ser programados apenas uma vez e depois desta programação não é mais possível
escrever na memória, apenas ler esta memória.
EPROM (Erase Prom) → memórias ROM que podem ser programados e apagados com luz
ultra violeta.
Obs.: A RAM retém dados na memória enquanto estiver alimentada. As demais retém dados
mesmo após a falta de energia.
RAM (SRAM)
Em uma memória do tipo RAM, uma célula básica capaz de armazenar apenas um bit,
nada mais é do que um Flip-Flop do tipo “D”ou um Latch.
Na figura acima tem-se um Latch (FLip-Flop “D”) com clock (gate) sensível ao nível.
O sinal de clock necessário para escrever na memória, o dado de entrada (D 0 ) e o dado de
saída (Q 0 ). Para ler e escrever numa memória seriam necessários muitos pinos, porém só é
possivel “ler”ou “escrever”, nunca “ler” e “escrever” simultaneamente. Pensando nisso é
possível diminuir pela metade o número de pinos de uma célula de memória com o esquema
abaixo.
Para fazer memórias de vários bits e vários endereços, duas podem ser as estratégias de
arranjos dos latchs de memória: Arranjo em linha ou em matriz.
Em linha:
Memória de duas posições (endereços) por dois bits (dados).
Em matriz:
Memória de quatro posições por dois bits.
O pino de CS (Chip Select) é usado para ligar várias memórias em paralelo (para
aumentar a capacidade total de endereços). Internamente cada pino do chip de memória é
ligado a uma chave analógica e que no CS esta ativo, todas as chaves estão ligadas e o chip
está ligado no circuito. Se CS esta desativado, então todas as entradas e saídas estarão
desligadas ou seja em tri-state, permitindo que outra memória seja ligada no circuito.
Neste exemplo, com duas memórias de 16 endereços e 4 bits, formamos uma memória
de 16 endereços e 8 bits.
Obs.: Lembre-se que as memórias RAMs são vantajosas por permitirem leitura e escrita
porém na falta de energia toda a informação nela contida será perdida.
ROM
Nesta situação, VCC é levado para D 0 através do díodo. A terra é levada até D 1 pois
não há outra ligação em D 1 além desta através do resistor.
Para fazer memórias ROM com vários endereços basta usar um decodificador como
mostrado abaixo.
O mapa (com conteúdo e endereço) desta memória está representado na tabela abaixo.
Endereços Conteúdo
0 5
1 0
2 F
3 A
PROM
Uma vez programadas as PROMs não podem ser reprogramadas pois os fusíveis
queimados não podem ser restituídos.
Tanto a ROM como a PROM podem ser colocadas em tri-state (como a RAM) por
meio de um pino de “chip select”. Pinos de leitura e escrita não existem pois os dados só
podem ser lidos.
EPROM
Nas EPROMs, componentes especiais sensíveis a luz ultravioleta foram criados, permitindo
que os dados gravados nesta “PROM”sejam apagados e reescritos. Com o tempo, os dados
podem vir a apagar, por isso, quando esta memória estiver com seus dados gravados, deve-se
fechar a entrada de luz com alguma fita opaca.
EEPROM
Numa evolução das EPROMs, a EEPROM ou E2PROM pode ser apagada com um pulso
elétrico da ordem de 10 volts. Isto é uma grande vantagem sobre as EPROMs pois o processo
de apagar a memória é rápido (com luz ultra-violeta leva vários minutos) e não requer
componentes especiais como lampada de ultra-violeta.
DRAM
São memórias RAMs dinâmicas, ou seja, é necessário atualizar dados contidos nestas
memórias periodicamente num procedimento que é conhecido como REFRESH.
As DRAMs são bem menores que as SRAMs pois 1 bit pode ser armazenado em um
único capacitor, através do acionamento de um único transistor, conforme o esquema abaixo.
REFRESH
A operação de refresh depende muito da memória, na 41256 ela deve acontecer a cada
4 ms (pelo menos) e deve ser feita endereçando-se metade das linhas da matriz de memória
(neste caso 256 linhas em 4 ms =15,6 ms/linha).
Como podemos ver pelo desenho só existem 9 linhas de endereço para os 256 Kbits de
memória, mas isto é resolvido pelo sistema de endereço por linhas e colunas (RAS e CAS se
encarregam de indicar se o endereço do barramento e de linhas ou de colunas).
Um esboço de circuito para controlar estas memórias pode ser visto abaixo mas alguns
chips fazem isto para nós. O esquema abaixo utiliza a 4164 que possui 64 Kbits e 8 linhas de
endereço.
OBS.: Com relação ao circuito acima, note que o endereço deve ser de 16 bits multiplexado
em palavras de 8 bits.
PLAS
São componentes capazes de gerar lógicas complexas com um único chip. Estes
componentes também precisam ser programados funcionando de forma similar as PROM.
Hoje em dia existem uma infinidade de componentes deste tipo, capazes inclusive de conter
flip-flops, contadores e outros componentes mais complexos. Alguns destes PLAs possuem
internamente vários circuitos independentes e completos que podem ser interligados de várias
formas.
A tarefa de um conversor D/A é a de transformar uma entrada digital numa saída analógica. A
fig. 10.1 ilustra a função do conversor D/A. Um número binário é introduzido nas entradas à
esquerda com uma tensão de saída correspondente à direita. A tabela-verdade detalha um
conjunto de possíveis entradas e saídas do conversor D/A.
8s 4s 3s 1s
Conversor
D/A
Fig.6.1
Consideremos a tabela-verdade acima para o conversor D/A. Se cada uma das entradas
for BAIXA, a tensão de saída ( Vout ) será 0 V conforme definido na fila 1 da tabela. A fila 2
mostra apenas a entrada ( A ) DE 1s sendo ativada por uma ALTA. Com a entrada como
LLLH ( 0001 ), a saída do conversor D/A é 1 V. A fila 3 mostra apenas a entrada B ativada (
0010 ). Isto produz uma saída de 2 V. A fila 5 mostra apenas a entrada C ativada ( 0100 ).
Isto produz uma saída de 4 V. A fila 9 mostra apenas a entrada D ( 1000 ) ativada,
produzindo uma saída de 8 V do conversor D/A. Notar que as entradas ( D, C, B, A ) são
ponderadas. A ponderação relativa de cada entrada é dada como 8 para a entrada D, 4 para a
entrada C, 2 para a entrada B e 1 para a entrada A na fig. 10.1.
O conversor D/A consiste em duas partes funcionais. A fig. 10.2 mostra um diagrama em
blocos de um conversor D/A. O conversor é dividido numa rede de resistores e num
amplificador de soma. A rede de resistores pondera adequadamente as entradas 1s, 2s, 4s e 8s,
enquanto o amplificador de soma escala a tensão de saída de acordo com a tabela-
verdade.Tipicamente usa-se um amplificador operacional como o amplificador de soma num
conversor D/A.
Entradas
Binárias
8s 4s 2s 1s
C B A Conversor D/A
D
Saída
Analógica
Fig. 5.2
D C B A Amplificador de
soma
R4 R3 R2 R1
Rf
Rede de resistores
Fig. 5.3
Diversas circuitos para realizar a conversão A/D estão disponíveis, em quer em livros e
manuais. Destes conversores, apenas um deles realiza a conversão diretamente. Este conversor
é conhecido por “Conversor Flash” e é muito rápido. As outras formas de conversão utilizam
circuitos realimentados onde o valor digital (correspondente ao valor analógico) é obtido pela
comparação do valor analógico com o valor digitalmente estimado para ele. Estes circuitos são
muito baratos, por outro lado são mais lentos visto que o valor digital da saída deve ser
“adivinhado” e isto leva tempo. Deste outro tipo de conversor podemos citar aqueles por
aproximação aritmética, delta e geométrica ou sucessiva.
1) Conversor FLASH
V entrada C3 C2 C1 D1 D0
0 1 1 1 0 0
1 1 1 0 0 1
2 1 0 0 1 0
3 0 0 0 1 1
Poderíamos ter invertido as entradas dos operacionais bastando para isso trocar a lógica
do codificador com Prioridade.
2) Circuitos Realimentados:
Quando o sinal “iniciar” solicita uma conversão, o bloco controlador amostra o sinal de
entrada, zera o contador, testa a saída do comparador. Se A>B incrementa contador até que
A≤B. Neste ponto o bloco controlador carrega o valor do contador para saída.
A diferença deste circuito para o anterior é que neste caso o contador não é zerado no
início da conversão, o valor inicial para a estimativa da tensão analógica é, então, o valor
anterior da conversão. Isto diminui (ou pelo menos deveria) o tempo médio de conversão haja
visto que os valores da tensão não devem mudar muito.
Quando o sinal “Iniciar” solicita uma conversão, o bloco controlador amostra o sinal de
entrada e “seta” o F.F. mais significativo, se o valor analógico for maior ou igual ao obtido por
esta aproximação, o F.F. seguinte é “setado” caso contrario , este F.F. (o mais significativo) é
“Zerado” e o seguinte “Setado”. Este processo continua até a conversão estar completa.
Quando isto ocorre o bloco controlador carrega o “registrador”com o valor digital
correspondente a tensão de entrada analógica e o sinal de fim de conversão é gerado.
Em outras palavras, o que este conversor faz é diminuir o número sempre ao meio para
estimar o valor da tensão de entrada, ao invéz de ir incrementando um contador de “1” em “1”
até acertar.
Os conversores A/Ds apresentados até aqui são usados basicamente para processar
digitalmente sinais analógicos. Neste caso, inúmeras amostragens são realizada
sucessivamente para que se possa acompanhar o sinal analógico. Em sistemas desta natureza,
existem basicamente duas abordagens:
Para trabalhar matemáticamente com estes sinais, a segunda forma é preferida porém
deve-se ter o cuidado de fazer a freqüência do sinal (freqüência de Niquisty) ser metade da
freqüência de amostragem. Quando amostramos sinais analógicos, devemos fazer a freqüência
de amostragem maior que duas vezes a maior freqüência contina no sinal amostrado.
Outra coisa que deve ser lembrada nestas situações é a importancia do “Sample &
Hold”. O “Sample & Hold” é importante para que o valor analógico se mantenha constante
durante o tempo da conversão, isto produz, valores confiáveis na saída do A/D e valores
correspondentes a tensão de entrada no início da conversão.
Outros conversores, mais lentos, estão disponíveis para outras aplicações como
multimetros digitais, balanças eletrônicas, medidas de tempo, freqüência, velocidade e
distância. Estes conversores serão vistos a seguir.
Numa primeira etapa este conversor integra a tensão desconhecida da entrada por um
tempo fixo e conhecido, até que o bit mais elevado do contador troca a posição da chave na
entrada do circuito. Logo a seguir, é feita uma integração de uma tensão conhecida num tempo
desconhecido. Assim temos duas equações e duas incógnitas. Podemos equacionar este
conversor da seguinte forma:
Saída
Binária
8s 4s 2s 1s
D C B A
Clock
Conversor
Tensão de
A/D
entrada 0-3 V
analógica
Fig. 5.1
O conversor A/D é um contador crescente que entra em seqüência para cima de acordo
com a tabela-verdade até que a tensão correta seja alcançada. Se a tensão de entrada do
conversor A/D descrito na tabela-verdade for 2,95 V, a unidade atravessará 15 ciclos até que a
contagem do binário 1111 seja alcançada e exibida. A análise da operação do conversor A/D
consome tempo; no entanto, o circuito opera muito rapidamente baseado na freqüência do
clock de entrada. A freqüência do clock num conversor A/D pode ser mais do que 1 MHz.
Saídas binárias
D C B A
Contador
Clock A mod-16
B CLK
Entradas
A Comp.
Conversor
Tensão analógica de
tensão
desconhecida D/A
B A>B=1
B>A=1
O conversor A/D ilustrado é um dos vários tipos usados. Esta unidade é chamada
conversor A/D do tipo de contador em rampa. O contador e o conversor D/A formam uma
tensão que aumenta gradualmente ( de forma semelhante a uma rampa ) que é realimentada ao
circuito comparador. Um tipo de unidade muito rápida é o de aproximações sucessivas. Estes
são bastante comuns, mas são mais complexos do que os conversores do tipo rampa.
Conversores A/D são usados em qualquer lugar em que uma tensão de entrada
analógica deve ser transformada em forma binária ou digital. Muitos processos industriais
usam uma interface deste tipo. Um exemplo comum do uso do conversor A/D é o voltímetro
digital. O conversor A/D transforma a tensão de entrada analógica em binário. O binário é
decodificado, e uma leitura decimal digital de saída é prontamente obtida.
1) Correntes Ponderadas
VS = − R r ⋅ I t
O circuito das chaves, no exemplo anterior, poderia ser substituido diretamente pelas
entradas digitais e neste caso VCC corresponderia ao nível lógico “1” destes circuitos digitais.
Entretanto, como sabemos, a saída digital zero (0) ou um (1) não corresponde a tensões
com valores exatos como +5V ou +0V. Existe uma faixa de valores possíveis para “1” lógico e
“0” lógico que podem vir a produzir tensões analógicas diferente da desejada.
Para evitar este tipo de problema podemos usar transistores funcionando como chave
(aberto ou saturado) para comutar uma tensão fixa a cada entrada do circuito somador como
mostrado no exemplo a seguir.
2) Redes R-2R
VS = − R r ⋅ I t
I t = i 0 + i 1 + i2 + i 3
1 V
i0 = ⋅ ⋅n
6R 8 0
1 V
i1 = ⋅ ⋅n
6R 4 1
1 V
i2 = ⋅ ⋅n
6R 2 2
1
i2 = ⋅ V ⋅ n3
6R
Rr V
VS = − ⋅ ( 8n 3 + 4 n 2 + 2 n1 + n 0 )
6R 8
Onde V é a tensão VCC ou VREF (dos exemplos anteriores) e n i indica se o bit “i”
esta ou não ligado:
{
n = 10-− bit =0
bit =1
Isto faz com que as correntes também tenham esta diferença ou seja, um erro de alguns
porcentos na maior corrente pode produzir um erro bem grande no valor final da conversão.
No segundo método (rede R-2R) é necessário resistores de valores casados, para que
também não hajam erros significativos, no valor da tensão analógica de saída. Isto pode ser
contornado com o uso de resistores integrados.
6. Bibliografia