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Rita Faria de Moraes Ladeira Baptista, aluna Nº1004693, e-Folio de Educação e Sociedade, 28-03-11

I
Como ponto de partida devemos pensar no novo conceito de alfabetização que não
pode limitar-se a ensinar a ler e a escrever mas também a utilizar as TIC de uma forma
fluente.
Para tal é imperativo que desde o primeiro ciclo e até antes, as crianças comecem a ser
familiarizadas com as mesmas. Quando digo utilizar as TIC, refiro-me não só a saber
consultar mas também a saber utilizar e criar mais valias à informação recolhida.
Para que tal seja possível, devemos pensar a educação em termos de aprendizagem para
a vida tendo em conta o conteúdo – aprendendo a seleccionar aquilo que é realmente de
interesse e qualidade num tão vasto manancial de informação disponível para tal, há que
criar competências para que o individuo consiga, por si próprio, aprender o que lhe é
necessário e mais importante do que encontrar algo que se procura é a forma como se
procura e se gere a informação recolhida.
Neste campo é também importante ter em conta que a verdade de hoje é o incompleto
ou a falsidade de amanhã, logo, é imprescindível uma constante actualização e
aprendizagem ao longo da vida.
Assim, quando falamos na forma de educar devemos pensar em criar competências para
saber aprender.
Tudo isto implica educar para um mundo global em que a cooperação, a partilha, o
respeito, a autonomia são características para as quais se devem direccionar as atitudes
dos indivíduos.
Desta forma, é fundamental ter em atenção que se devem soltar as amarras que
limitavam alunos e professores à sala de aula e abrir as janelas para o mundo.
O educador deve dar instrumentos e pistas para que o educando adquira e tenha
interesse e capacidade de ser autónomo no que diz respeito à sua aprendizagem, o que
implica ser criativo, lúcido, consciente e cuidadoso, bem como capaz de gerar bons
frutos da indispensável partilha, troca e negociação da informação que todos temos ao
nosso dispor.
Concluindo, há que prevenir um perigo muito maior do que a falta de informação – o
perigo de não saber procurar, filtrar, tratar e gerir a informação de existe em tão larga
escala.
II
Aquando a visualização do filme damos início a vários motes para a reflexão a respeito
do que é, para que serve e como deve ser vista a alfabetização mediática. A forma como
Rita Faria de Moraes Ladeira Baptista, aluna Nº1004693, e-Folio de Educação e Sociedade, 28-03-11

esta se verifica como fundamental para uma sociedade e cidadania mais satisfatória e
produtiva.
Somos alertados para a necessidade do espírito crítico dos cidadãos em relação aos
conteúdos facultados pelos média. Para que tal aconteça não nos devemos limitar, como
docentes, a ensinar e desenvolver em nós e nos alunos capacidades e conhecimentos
técnicos mas sim a trabalhar aspectos cognitivos que permitem uma filtragem de tudo
aquilo que chega através dos média que nos servem para tudo desde o entretenimento ao
trabalho, embora de uma forma ou de outra nos esteja constantemente a ser transmitida
informação acerca de tudo o que somos, do que estamos rodeados e pistas para que
possamos contribuir para a construção de uma sociedade mais satisfatória.
É, a meu ver, muito importante o alerta que é feito no vídeo em relação aos cuidados
que todos os agentes educativos devem ter a respeito da sensibilização para os riscos
que o uso dos média acarreta e julgo fundamental que os educadores tenham o cuidado
de educar para a vida, para despertar o sentido crítico e a exigência dos educandos para
que as tecnologias sejam utilizadas como ferramenta de melhoramento pessoal, de
cooperação e de inclusão social. O sentido criativo deverá ser também este apurado,
abrindo-se então um novo objectivo para as escolas que consiste na sua abertura ao
mundo de forma a incentivar os alunos para uma construção do saber através da sua pró
actividade lucida e consciente perante uma sociedade democratizada em que
independentemente do agenda setting feito pelos média cada individuo pode escolher as
informações a que quer ter acesso bem como o nível de informação a que pretende
chegar.
Extremamente interessante é o facto de ser referida a dualidade de sentidos que o facto
de todos podermos ser emissores de informação na internet. Se por um lado é um facto
positivo tendo em conta que há cada vez mais informação disponível, sendo que todos
podemos ser jornalistas e repórteres acrescentando valor aos tradicionais meios. Por
outro é também complexo discernir a informação de qualidade da outra que por seu lado
pode levar a graves erros no conhecimento e na visualização dos factos.
Com tudo isto podemos concluir uma educação para os média a nível cognitivo como
sendo fundamental e prioritária que permitirá aos alunos uma relação saudável e prática
com os mesmos baseada numa cordialidade ao nível dos relacionamentos.
Rita Faria de Moraes Ladeira Baptista, aluna Nº1004693, e-Folio de Educação e Sociedade, 28-03-11

Bibliografia:

 Octavio Ianni; Globalização: Novo paradigma das Ciências Sociais. Revista


Estudos Avançados. 1994

 Ana Maria Silva; Formação, Trabalho e Aprendizagem ao Longo da Vida.


Universidade do Minho- Instituto de Educação e Psicologia.

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