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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

___ VARA CÍVEL DE PETROLINA - PE

Processo: 1234.5671.892-03

TÍCIO, devidamente qualificado na exordial, vem

através de sua representante infra-assinada, apresentar APELAÇÃO, em face de

CAIO, também qualificado, pelos fatos e fundamentos jurídicos que seguem expostos.

Ademais, informa que o preparo deste ato já foi

realizado, conforme comprovante anexo.

Pede Deferimento.

Petrolina, 23 de março de 2011.

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PRYSCILLA MARIA DE MEDEIROS ESCÓSSIO


OAB/PE 02315-B

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RAZÕES DE APELAÇÃO:

APELANTE: TICIO

APELADO: CAIO

ORIGEM: PROCESSO Nº. 1234. 5671. 892 – 03, DA 1ª VARA CÍVEL DA

COMARCA DE PETROLINA - PERNAMBUCO

EGRÉGIO TRIBUNAL

ILUSTRES DESEMBARGADORES

1- RESUMO DOS FATOS:

Em 1º de novembro de 2008, às 10h45min, aproximadamente, na Avenida

Trinta e Um de Março desta comarca, adveio um acidente de trânsito entre o senhor

CAIO e o senhor TÍCIO.

Ocorre que o autor, vítima do acidente, não logrou êxito na reparação dos danos

provocados no seu automóvel posto que o dono do automóvel se recusa a arcar com os

prejuízos causados pelo seu funcionário, o senhor MÉVIO.

Dessa forma, o sinistro supramencionado, envolveu o veículo VW - Polo,

ano/modelo 2008, de cor prata, conduzido pelo senhor TÍCIO e o automóvel GM – S-

10, ano/modelo 2007, de cor preta, dirigido pelo senhor MÉVIO (funcionário do réu). O

acidente se deu de forma repentina, pois o S-10 saiu da faixa que ocupava e invadiu o

espaço trafegado pelo Polo.

Assim, por negligência ou imprudência ou qualquer defeito no veículo

conduzido pelo funcionário do senhor CAIO o sinistro foi ocasionado. O prejuízo

causado no veículo VW - Polo, foi de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), observando-se

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que o sinistro não ocorreu por responsabilidade do motorista do Polo, fica o autor em

prejuízo.

O orçamento foi fornecido por três oficinas de Petrolina - PE (conforme

documentos de folhas 3 a 5), e, percebe-se que a média do valor das peças e dos

serviços realizados em decorrência do acidente, gira em torno do valor do mencionado,

assim não há que se questionar o valor do dano.

O Réu contestou os fatos acima narrados alegando ilegitimidade, observando-se

que era conhecido o condutor do veículo provocador do dano.

O MM. Juiz do 1º grau indeferiu a petição inicial e, cumulativamente, excluiu o

processo SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO acolhendo a defesa do Requerido, ou seja,

reconhecendo ilegitimidade passiva, julgando improcedente o pedido formulado pelo

Autor, ora Apelante.

Contudo, conforme será demonstrado a seguir, data vênia, a decisão merece ser

reformada.

3- DO DIREITO:

Em consonância com o direito da parte autora, está o artigo do Código Civil, que

aduz: "Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,

comete ato ilícito.". Além disso, aduz o art. 927. “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e

187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá

obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em

lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por

sua natureza, risco para os direitos de outrem.”.

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Demanda-se o dono do veículo dirigido, já que o motorista causador do sinistro

(S-10) faz parte do quadro dos seus funcionários. Dessa forma, há responsabilidade civil

do réu. Nesse sentido, aduzem Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona “a responsabilidade

civil do empregador ou comitente, pelos atos dos seus empregados, serviçais ou

prepostos, se justifica pelo poder diretivo desses sujeitos em relação aos agentes

materiais do dano, sendo este o seu elemento comum.”.

Corrobora com a responsabilidade civil de ressarcimento a seguinte

jurisprudência:

"Responsabilidade civil - Colisão de veículo - Sucessão de abalroamentos:

O dever de indenizar danos provocados em acidente de veículo é daquele que,


não obedecendo a distância mínima de segurança desencadeia série de colisões que vem
a atingir veículos de terceiros" (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 1.681/02 - Rel.
Juiz Edison Magno de Macedo - Julg. 29/08/02). Boletim nº58”.

“Acidente de trânsito - Indenização - Valor - Correção

Ação de indenização - Acidente de veículo automotor - Correção monetária a partir do


efetivo desembolso pela parte autora - Juros de mora a partir da citação." (Turma
Recursal de Divinópolis - Rec. nº 192/02 - Rel. Juiz Francisco de Assis Corrêa - Julg.
26/08/02).Boletim nº59”.

Considerando o exposto, e a decisão tomada pelo douto julgador – indeferimento

da petição inicial c/c a extinção do processo sem resolução do mérito – depreende-se

que a sentença faz jus à reforma. Assim, requer o julgamento procedente da lide, em

favor do autor, haja vista que a responsabilidade civil é solidária entre empregador e

empregado. Observando que MÉVIO é empregado de CAIO, não há de se falar, data

vênia, em ilegitimidade passiva do proprietário do veículo.

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Assim, pugna pelo deferimento da exordial c/c declaração de procedência dos requestos

do Autor.

3 – REQUERIMENTO DE REFORMA:

Ante o exposto, o Apelante requer que este recurso de apelação seja conhecido, e, que

ao ser julgado, haja total provimento para reforma da sentença recorrida para acolher o

pedido inicial do Autor Apelante.

Pede Deferimento.

Petrolina, 23 de março de 2011.

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PRYSCILLA MARIA DE MEDEIROS ESCÓSSIO

OAB/PE 02315-B

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