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Lost – Compondo uma Sinfonia de Mistério e Suspense

Talvez melhor do que simplesmente gostar de alguém ou alguma coisa, seja quando isto
vem daquele ou daquilo que menos se espera. Como é boa essa sensação. Aquele
verdadeiro presente surpresa. O inesperado que também é a essencia do mistério e a
matéria-prima do suspense.

Tem muito tempo que pouca coisa nos surpreende de verdade na sétima arte. Qual foi o
último grande filme que irá entrar para nossas listas dos 10 mais? Aquele que de tão
fantástico deslocará o último da lista? Parece difícil de lembrar, não é? Se falarmos de
produções para a telinha vai piorar. Se pensarmos em séries ou seriados fica quase
impossível ter uma lista de 10 mais, tamanha a quantidade de coisas insuportáveis
produzidas aos montes. Montes de “enlatados” como costumamos nos referir a estas séries
“esquecíveis”.

De tempos em tempos surge um Twin Peaks ou Gótico Americano. Agora, para quem curte
acompanhar uma saga na telinha está surgindo do produtor J.J.Abrams uma boa promessa.
LOST, às 21 horas das segundas-feiras, no canal AXN, está nascendo com uma fórmula de
sucesso. Primeiro, um elenco bonito e simpático. A maioria é competente e não deixa a
desejar. A produção apesar de não ser das mais caras é todas feita em locação, sem óbvios
cenários de estúdios. A fotografia é caprichosa. Deixando margem até para alguns võos de
fotógrafo. (Como é bom fotografar a Evangelyne Lilly!). Mas nada disso pode ser
considerado o segredo da produção. Se existe uma fórmula para o seriado é o mistério,
obviamente e as soluções surpreendentes. Nada é o que parece ser. Não existem formulas
simples ou soluções obvias. Ninguém é previsível. Ninguém é simples. Todos tem muitas
facetas. Todos são humanos. O que é uma raridade nos seriados que aturamos no Sony,
Warner , AXN, etc. Gente com jeito de gente. .Fazendo bobagem, sonhando bobagem.
Gente como a gente. Charlie. Cheios de vícios, manias. Sawyer. Desejos bonitos e feios.
Cheios de pecados.
Personagens da vida real que não estão na verdade inteiramente preparados para viver. São
muito bons em alguma coisa e péssimos em outras.

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