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Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica
È São normas obrigatórias para a Educação Básica que
orientam o planejamento curricular das escolas e
sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de
Educação (CNE). As DCNs têm origem na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que
assinala ser incumbência da União "estabelecer, em
colaboração com os Estados, Distrito Federal e os
Municípios, competências e diretrizes para a educação
infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que
nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos,
de modo a assegurar a formação básica comum".
Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica
È A idéia das DCNs é considerar a questão da autonomia
da escola e da proposta pedagógica, incentivando as
instituições a montar seu currículo, recortando, dentro
das áreas de conhecimento, os conteúdos que lhe
convêm para a formação daquelas competências que
estão explicitadas nas diretrizes curriculares. Dessa
forma, a escola deve trabalhar esse conteúdo nos
contextos que lhe parecerem necessários, considerando
o tipo de pessoas que atende, a região em que está
inserida e outros aspectos locais relevantes.
Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica
È ° que são DCNs para o curso de Pedagogia?
Definições de princípios básicos da educação
superior, presentes em todas as formações
Parâmetros norteadores a serem seguidos
nacionalmente na elaboração dos Projetos
Pedagógicos dos diversos cursos de graduação
È Substituem os antigos currículos mínimos;
È Estimulam novos modelos de organização
curricular.
Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica
È De acordo com o CNE, as diretrizes curriculares
contemplam elementos de fundamentação
essencial em cada área do conhecimento,
campo do saber ou profissão, visando promover
no estudante a capacidade de desenvolvimento
intelectual e profissional autônomo e
permanente. Dessa forma, foram estabelecidas:
Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica
È Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil;
È Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental;
È Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio;
È Diretrizes Curriculares Nacionais para
Formação de Professores.
Diretriz X Parâmetros
È As DCNs se diferem dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs). Enquanto
as DCNs são leis, dando as metas e
objetivos a serem buscados em cada
curso, os PCNs são apenas referências
curriculares, não leis.
°rganização curricular integrada
È Matriz curricular: áreas de conhecimento
integradas
È Teoria e prática, formação básica e profissional
integradas em ciclos de complexidade crescente
È Centrada nas competências e habilidades
adquiridas
È Prioriza o estudo independente, o trabalho
integrado, a pesquisa e a autonomia intelectual
progressiva.
Estrutura do documento

 
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Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica
È Art. 1º A presente Resolução define Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para o conjunto orgânico, sequencial e articulado
das etapas e modalidades da Educação Básica, baseando-se no
direito de toda pessoa ao seu pleno desenvolvimento, à preparação
para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho, na
vivência e convivência em ambiente educativo, e tendo como
fundamento a responsabilidade que o Estado brasileiro, a família e
a sociedade têm de garantir a democratização do acesso, a
inclusão, a permanência e a conclusão com sucesso das crianças,
dos jovens e adultos na instituição educacional, a aprendizagem
para continuidade dos estudos e a extensão da obrigatoriedade e
da gratuidade da Educação Básica.
 
01"'( %8 art. 2º e 3º
È Sistematizar princípios e diretrizes gerais
da E.B. ± formação básica comum
nacional ± foco nos sujeitos.
È Estimular a reflexão crítica e propositiva ±
Projeto Político-Pedagógico.
È °rientar a formação inicial e continuada
de docentes e demais educadores da
Educação Básica.
TÍTUL° II
REFERÊNCIAS C°NCEITUAIS - art. 4º a 6º
È Art. 4º As bases que dão sustentação ao projeto nacional
de educação responsabilizam o poder público, a família, a
sociedade e a escola pela garantia a todos os educandos
de um ensino ministrado de acordo com os princípios de:
I - igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e
sucesso na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e aos direitos;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
TÍTUL° II
REFERÊNCIAS C°NCEITUAIS - art. 4º a 6º
VII - valorização do profissional da educação
escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na
forma da legislação e das normas dos
respectivos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o
trabalho e as práticas sociais.
TÍTUL° II
REFERÊNCIAS C°NCEITUAIS - art. 4º a 6º
È Art. 5º A Educação Básica é direito universal e alicerce
indispensável para o exercício da cidadania em plenitude, da
qual depende a possibilidade de conquistar todos os demais
direitos, definidos na Constituição Federal, no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), na legislação ordinária e
nas demais disposições que consagram as prerrogativas do
cidadão.
È Art. 6º Na Educação Básica, é necessário considerar as
dimensões do 
 e do
 , em sua inseparabilidade,
buscando recuperar, para a função social desse nível da
educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em
formação na sua essência humana. EDUCAÇð BÁSICA:
Direito universal.
Alicerce para exercício da cidadania.
Educar e cuidar: inseparáveis.
TÍTUL° III
SISTEMA NACI°NAL DE EDUCAÇð - art. 7º
È Art. 7º A concepção de educação deve orientar a institucionalização do
regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, no contexto da estrutura federativa brasileira, em que
convivem sistemas educacionais autônomos, para assegurar efetividade
ao projeto da educação nacional, vencer a fragmentação das políticas
públicas e superar a desarticulação institucional.
§ 1º Essa institucionalização é possibilitada por um Sistema Nacional de
Educação, no qual cada ente federativo, com suas peculiares competências,
é chamado a colaborar para transformar a Educação Básica em um sistema
orgânico, sequencial e articulado.
§ 2º ° que caracteriza um sistema é a atividade intencional e organicamente
concebida, que se justifica pela realização de atividades voltadas para as
mesmas finalidades ou para a concretização dos mesmos objetivos.
§ 3º ° regime de colaboração entre os entes federados pressupõe o
estabelecimento de regras de equivalência entre as funções distributiva,
supletiva, normativa, de supervisão e avaliação da educação nacional,
respeitada a autonomia dos sistemas e valorizadas as diferenças regionais.
TÍTUL° III
SISTEMA NACI°NAL DE EDUCAÇð - art. 7º

Sistema
orgânico
Cada ente federativo
(com suas competências específicas) sequencial
articulado

Sistema
Atividade intencional e organicamente concebida
com atividades voltadas para as mesmas finalidades
TÍTUL° IV
ACESS° E PERMANÊNCIA PARA A C°NQUISTA
DA QUALIDADE S°CIAL - art. 8º a 10.
È Art. 8º A garantia de padrão de qualidade, com pleno acesso,
inclusão e permanência dos sujeitos das aprendizagens na escola e
seu sucesso, com redução da evasão, da retenção e da distorção
de idade/ano/série, resulta na qualidade social da educação, que é
uma conquista coletiva de todos os sujeitos do processo educativo.
È Art. 9º A escola de qualidade social adota como centralidade o
estudante e a aprendizagem, o que pressupõe atendimento aos
seguintes requisitos:
I - revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e
tempos educativos, abrangendo espaços sociais na escola e fora dela;
II - consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o
atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e
respeitando as várias manifestações de cada comunidade;
III - foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem e
na avaliação das aprendizagens como instrumento de contínua
progressão dos estudantes;
TÍTUL° IV
ACESS° E PERMANÊNCIA PARA A C°NQUISTA
DA QUALIDADE S°CIAL - art. 8º a 10.
IV - inter-relação entre organização do currículo, do trabalho
pedagógico e da jornada de trabalho do professor, tendo como
objetivo a aprendizagem do estudante;
V - preparação dos profissionais da educação, gestores,
professores, especialistas, técnicos, monitores e outros;
VI - compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura
entendida como espaço formativo dotado e efetiva disponibilidade
de tempos para a sua utilização e acessibilidade;
VII - integração dos profissionais da educação, dos estudantes, das
famílias, dos agentes da comunidade interessados na educação;
VIII - valorização dos profissionais da educação, com programa de
formação continuada, critérios de acesso, permanência,
remuneração compatível com a jornada de trabalho definida no
projeto político-pedagógico;
IX - realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência
social e desenvolvimento humano, cidadania, ciência e tecnologia,
esporte, turismo, cultura e arte, saúde, meio ambiente.
TÍTUL° IV
ACESS° E PERMANÊNCIA PARA A C°NQUISTA
DA QUALIDADE S°CIAL - art. 8º a 10.
È Art. 10. A exigência legal de definição de padrões mínimos de
qualidade da educação traduz a necessidade de reconhecer que a
sua avaliação associa-se à ação planejada, coletivamente, pelos
sujeitos da escola.
§ 1º ° planejamento das ações coletivas exercidas pela escola
supõe que os sujeitos tenham clareza quanto:
È I - aos princípios e às finalidades da educação, além do
reconhecimento e da análise dos dados indicados pelo Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e/ou outros
indicadores, que o complementem ou substituam;
È II - à relevância de um projeto político-pedagógico concebido e
assumido colegiadamente pela comunidade educacional,
respeitadas as múltiplas diversidades e a pluralidade cultural;
È III - à riqueza da valorização das diferenças manifestadas
pelos sujeitos do processo educativo, em seus diversos
segmentos, respeitados o tempo e o contexto sociocultural;
È IV - aos padrões mínimos de qualidade (Custo Aluno-
Qualidade Inicial ± CAQi);
TÍTUL° IV
ACESS° E PERMANÊNCIA PARA A C°NQUISTA
DA QUALIDADE S°CIAL - art. 8º a 10.
§ 2º Para que se concretize a educação escolar, exige-se um
padrão mínimo de insumos, que tem como base um investimento
com valor calculado a partir das despesas essenciais ao
desenvolvimento dos processos e procedimentos formativos, que
levem, gradualmente, a uma educação integral, dotada de
qualidade social:
È I - creches e escolas que possuam condições de infraestrutura
e adequados equipamentos;
È II - professores qualificados com remuneração adequada e
compatível com a de outros profissionais com igual nível de
formação, em regime de trabalho de 40 (quarenta) horas em
tempo integral em uma mesma escola;
È III - definição de uma relação adequada entre o número de
alunos por turma e por professor, que assegure aprendizagens
relevantes;
È IV - pessoal de apoio técnico e administrativo que responda às
exigências do que se estabelece no projeto político-
pedagógico.
TÍTUL° IV
ACESS° E PERMANÊNCIA PARA A C°NQUISTA
DA QUALIDADE S°CIAL - art. 8º a 10.

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GARANTIA DE: REDUÇð DE:


Acesso pleno Evasão
Inclusão Retenção
Permanência Distorção
Sucesso idade/ano/série
TÍTUL° V
°RGANIZAÇð CURRICULAR: C°NCEIT°,
LIMITES, P°SSIBILIDADES - art. 11 e 12
È Art. 11. A escola de Educação Básica é o espaço em
que se ressignifica e se recria a cultura herdada,
reconstruindo-se as identidades culturais, em que se
aprende a valorizar as raízes próprias das diferentes
regiões do País.

Parágrafo único. Essa concepção de escola exige a


superação do rito escolar, desde a construção do
currículo até os critérios que orientam a organização do
trabalho escolar em sua multidimensionalidade,
privilegia trocas, acolhimento e aconchego, para garantir
o bem-estar de crianças, adolescentes, jovens e adultos,
no relacionamento entre todas as pessoas.
TÍTUL° V
°RGANIZAÇð CURRICULAR: C°NCEIT°,
LIMITES, P°SSIBILIDADES - art. 11 e 12
È Art. 12. Cabe aos sistemas educacionais, em geral, definir o
programa de escolas de tempo parcial diurno (matutino ou
vespertino), tempo parcial noturno, e tempo integral (turno e contra-
turno ou turno único com jornada escolar de 7 horas, no mínimo,
durante todo o período letivo), tendo em vista a amplitude do papel
socioeducativo atribuído ao conjunto orgânico da Educação Básica, o
que requer outra organização e gestão do trabalho pedagógico.
§ 1º Deve-se ampliar a jornada escolar, em único ou diferentes espaços
educativos, nos quais a permanência do estudante vincula-se tanto à
quantidade e qualidade do tempo diário de escolarização quanto à
diversidade de atividades de aprendizagens.
§ 2º A jornada em tempo integral com qualidade implica a necessidade
da incorporação efetiva e orgânica, no currículo, de atividades e estudos
pedagogicamente planejados e acompanhados.
§ 3º °s cursos em tempo parcial noturno devem estabelecer metodologia
adequada às idades, à maturidade e à experiência de aprendizagens,
para atenderem aos jovens e adultos em escolarização no tempo regular
ou na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
TÍTUL° V
°RGANIZAÇð CURRICULAR: C°NCEIT°,
LIMITES, P°SSIBILIDADES - art. 11 e 12
ESC°LA - espaço para:
Ressignificação e recriação da cultura herdada;
Reconstrução das identidades culturais;
Valorização das raízes de cada região do país.

Tempo integral
Tempo parcial diurno / noturno
TÍTUL° V
°RGANIZAÇð CURRICULAR: C°NCEIT°,
LIMITES, P°SSIBILIDADES - art. 11 e 12
Experiências escolares.

C°NCEIT° Permeadas por relações sociais.


DE
CURRÍCUL° Articulando vivências e saberes
dos alunos com os conhecimen-
tos historicamente acumulados.

Construir as identidades dos


educandos.
CAPÍTUL° I
F°RMAS PARA A °RGANIZAÇð
CURRICULAR - art. 13
È Art. 13. ° currículo, assumindo como referência os princípios
educacionais garantidos à educação, assegurados no artigo 4º
desta Resolução, configura-se como o conjunto de valores e
práticas que proporcionam a produção, a socialização de
significados no espaço social e contribuem intensamente para a
construção de identidades socioculturais dos educandos.
§ 1º ° currículo deve difundir os valores fundamentais do interesse
social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum
e à ordem democrática, considerando as condições de escolaridade
dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho,
a promoção de práticas educativas formais e não-formais.
§ 2º Na organização da proposta curricular, deve-se assegurar o
entendimento de currículo como experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações
sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os
conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para
construir as identidades dos educandos.
CAPÍTUL° I
F°RMAS PARA A °RGANIZAÇð
CURRICULAR - art. 13
È III - escolha da abordagem didático-pedagógica disciplinar,
pluridisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar pela escola, que
oriente o projeto político-pedagógico e resulte de pacto estabelecido
entre os profissionais da escola, conselhos escolares e comunidade,
subsidiando a organização da matriz curricular, a definição de eixos
temáticos e a constituição de        ;
È IV - compreensão da matriz curricular entendida como propulsora de
movimento, dinamismo curricular e educacional, de tal modo que os
diferentes campos do conhecimento possam se coadunar com o
conjunto de atividades educativas;
È V - organização da matriz curricular entendida como alternativa
operacional que embase a gestão do currículo escolar e represente
subsídio para a gestão da escola (na organização do tempo e do
espaço curricular, distribuição e controle do tempo dos trabalhos
docentes), passo para uma gestão centrada na abordagem
interdisciplinar, organizada por eixos temáticos, mediante
interlocução entre os diferentes campos do conhecimento;
CAPÍTUL° I
F°RMAS PARA A °RGANIZAÇð
CURRICULAR - art. 13
È VI - entendimento de que eixos temáticos são uma forma de organizar o trabalho
pedagógico, limitando a dispersão do conhecimento, fornecendo o cenário no
qual se constroem objetos de estudo, propiciando a concretização da proposta
pedagógica centrada na visão interdisciplinar, superando o isolamento das
pessoas e a compartimentalização de conteúdos rígidos;
È VII - estímulo à criação de métodos didático-pedagógicos utilizando-se recursos
tecnológicos de informação e comunicação, a serem inseridos no cotidiano
escolar, a fim de superar a distância entre estudantes que aprendem a receber
informação com rapidez utilizando a linguagem digital e professores que dela
ainda não se apropriaram;
È VIII - constituição de rede de aprendizagem, entendida como um conjunto de
ações didático-pedagógicas, com foco na aprendizagem e no gosto de aprender,
subsidiada pela consciência de que o processo de comunicação entre estudantes
e professores é efetivado por meio de práticas e recursos diversos;
È IX - adoção de rede de aprendizagem, também, como ferramenta didático-
pedagógica relevante nos programas de formação inicial e continuada de
profissionais da educação, sendo que esta opção requer planejamento
sistemático integrado estabelecido entre sistemas educativos ou conjunto de
unidades escolares.
CAPÍTUL° I
F°RMAS PARA A °RGANIZAÇð
CURRICULAR - art. 13
§ 4º A transversalidade é entendida como uma forma
de organizar o trabalho didáticopedagógico em que
temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas
e às áreas ditas convencionais, de forma a estarem
presentes em todas elas.
§ 5º A transversalidade difere da interdisciplinaridade
e ambas complementam-se, rejeitando a concepção
de conhecimento que toma a realidade como algo
estável, pronto e acabado.
§ 6º A transversalidade refere-se à dimensão
didático-pedagógica, e a interdisciplinaridade, à
abordagem epistemológica dos objetos de
conhecimento.
CAPÍTUL° I
F°RMAS PARA A °RGANIZAÇð CURRICULAR
- art. 13

PR°JET°
CURRICULAR

OOO  OOO


CAPÍTUL° II
F°RMAÇð BÁSICA C°MUM E PARTE
DIVERSIFICADA - art. 14-17
È Art. 14. A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de
conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente,
expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras
do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do trabalho; no
desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e
corporais; na produção artística; nas formas diversas de exercício da
cidadania; e nos movimentos sociais.
§ 1º Integram a base nacional comum nacional:
È a) a Língua Portuguesa;
È b) a Matemática;
È c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social
e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da
História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena,
È d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se
a música;
È e) a Educação Física;
È f) o Ensino Religioso.
CAPÍTUL° II
F°RMAÇð BÁSICA C°MUM E PARTE
DIVERSIFICADA - art. 14-17
§ 2º Tais componentes curriculares são organizados pelos
sistemas educativos, em forma de áreas de conhecimento,
disciplinas, eixos temáticos, preservando-se a especificidade
dos diferentes campos do conhecimento, por meio dos quais
se desenvolvem as habilidades indispensáveis ao exercício
da cidadania, em ritmo compatível com as etapas do
desenvolvimento integral do cidadão.
§ 3º A base nacional comum e a parte diversificada não
podem se constituir em dois blocos distintos, com disciplinas
específicas para cada uma dessas partes, mas devem ser
organicamente planejadas e geridas de tal modo que as
tecnologias de informação e comunicação perpassem
transversalmente a proposta curricular, desde a Educação
Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direção aos projetos
político-pedagógicos.
CAPÍTUL° II
F°RMAÇð BÁSICA C°MUM E PARTE
DIVERSIFICADA - art. 14-17
È Art. 15. A parte diversificada enriquece e complementa a base nacional
comum, prevendo o estudo das características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar,
perpassando todos os tempos e espaços curriculares constituintes do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio, independentemente do ciclo
da vida no qual os sujeitos tenham acesso à escola.
§ 1º A parte diversificada pode ser organizada em temas gerais, na forma
de eixos temáticos, selecionados colegiadamente pelos sistemas educativos
ou pela unidade escolar.
§ 2º A LDB inclui o estudo de, pelo menos, uma língua estrangeira moderna
na parte diversificada, cabendo sua escolha à comunidade escolar, dentro
das possibilidades da escola, que deve considerar o atendimento das
características locais, regionais, nacionais e transnacionais, tendo em vista
as demandas do mundo do trabalho e da internacionalização de toda ordem
de relações.
§ 3º A língua espanhola, por força da Lei nº 11.161/2005, é
obrigatoriamente ofertada no Ensino Médio, embora facultativa para o
estudante, bem como possibilitada no Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano.
CAPÍTUL° II
F°RMAÇð BÁSICA C°MUM E PARTE
DIVERSIFICADA - art. 14-17
È Art. 16. Leis específicas, que complementam a LDB, determinam que
sejam incluídos componentes não disciplinares, como temas relativos
ao trânsito, ao meio ambiente e à condição e direitos do idoso.
È Art. 17. No Ensino Fundamental e no Ensino Médio, destinar-se-ão,
pelo menos, 20% do total da carga horária anual ao conjunto de
programas e projetos interdisciplinares eletivos criados pela escola,
previsto no projeto pedagógico, de modo que os estudantes do Ensino
Fundamental e do Médio possam escolher aquele programa ou projeto
com que se identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o
conhecimento e a experiência.
§ 1º Tais programas e projetos devem ser desenvolvidos de modo dinâmico,
criativo e flexível, em articulação com a comunidade em que a escola esteja
inserida.
§ 2º A interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a
transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos
temáticos, perpassando todo o currículo e propiciando a interlocução entre
os saberes e os diferentes campos do conhecimento.
CAPÍTUL° II
F°RMAÇð BÁSICA C°MUM E PARTE
DIVERSIFICADA - art. 14-17
OOO  OOO
Língua Portuguesa
Matemática
Natureza e Sociedade
Base nacional comum Arte
Educação Física
Ensino Religioso




Estudos regionais e locais.
Parte diversificada Língua estrangeira.
Componentes não disciplinares.

Projetos Eletivos (20%)


TÍTUL° VI
°RGANIZAÇð DA EDUCAÇð BÁSICA -
art. 18-20
È Art. 18. Na organização da Educação Básica, devem-se observar as
Diretrizes Curriculares Nacionais comuns a todas as suas etapas,
modalidades e orientações temáticas, respeitadas as suas
especificidades e as dos sujeitos a que se destinam.
§ 1º As etapas e as modalidades do processo de escolarização estruturam-
se de modo orgânico, sequencial e articulado, de maneira complexa,
embora permanecendo individualizadas ao logo do percurso do estudante,
apesar das mudanças por que passam:
È I - a dimensão orgânica é atendida quando são observadas as especificidades e
as diferenças de cada sistema educativo, sem perder o que lhes é comum: as
semelhanças e as identidades que lhe são inerentes;
È II - a dimensão sequencial compreende os processos educativos que
acompanham as exigências de aprendizagens definidas em cada etapa do
percurso formativo, contínuo e progressivo, da Educação Básica até a Educação
Superior, constituindo-se em diferentes e insubstituíveis momentos da vida dos
educandos;
È III - a articulação das dimensões orgânica e sequencial das etapas e das
modalidades da Educação Básica, e destas com a Educação Superior, implica
ação coordenada e integradora do seu conjunto.
TÍTUL° VI
°RGANIZAÇð DA EDUCAÇð BÁSICA -
art. 18-20
§ 2º A transição entre as etapas da Educação Básica e suas
fases requer formas de 
 das dimensões orgânica e
sequencial que assegurem aos educandos, sem tensões e
rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de
aprendizagem e desenvolvimento.
È Art. 19. Cada etapa é delimitada por sua finalidade, seus princípios,
objetivos e diretrizes educacionais, fundamentando-se na
inseparabilidade dos conceitos referenciais:
  
, pois
esta é uma concepção norteadora do projeto político-pedagógico
elaborado e executado pela comunidade educacional.
È Art. 20. ° respeito aos educandos e a seus tempos mentais,
socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de
toda a ação educativa, sendo responsabilidade dos sistemas a
criação de condições para que crianças, adolescentes, jovens e
adultos, com sua diversidade, tenham a oportunidade de receber a
formação que corresponda à idade própria de percurso escolar.
CAPÍTUL° I
ETAPAS DA EDUCAÇð BÁSICA

È Art. 21. São etapas correspondentes a diferentes momentos


constitutivos do desenvolvimento educacional:
I - a Educação Infantil, que compreende: a Creche, englobando as
diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 (três) anos e
11 (onze) meses; e a Pré-Escola, com duração de 2 (dois) anos;
II - o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de 9
(nove) anos, é organizado e tratado em duas fases: a dos 5 (cinco)
anos iniciais e a dos 4 (quatro) anos finais;
III - o Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) anos.
Parágrafo único. Essas etapas e fases têm previsão de
idades próprias, as quais, no entanto, são diversas quando
se atenta para sujeitos com características que fogem à
norma, como é o caso, entre outros:
CAPÍTUL° I
ETAPAS DA EDUCAÇð BÁSICA

È I - de atraso na matrícula e/ou no percurso escolar;


È II - de retenção, repetência e retorno de quem
havia abandonado os estudos;
È III - de portadores de deficiência limitadora;
È IV - de jovens e adultos sem escolarização ou com
esta incompleta;
È V - de habitantes de zonas rurais;
È VI - de indígenas e quilombolas;
È VII - de adolescentes em regime de acolhimento ou
internação, jovens e adultos em situação de
privação de liberdade nos estabelecimentos
penais.
Seção I
Educação Infantil
È Art. 22. A Educação Infantil tem por objetivo o desenvolvimento integral da
criança, em seus aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual, social,
complementando a ação da família e da comunidade.
§ 1º As crianças provêm de diferentes e singulares contextos
socioculturais, socioeconômicos e étnicos, por isso devem ser
respeitadas pelos profissionais da educação, com base nos princípios
da individualidade, igualdade, liberdade, diversidade e pluralidade.
§ 2º ...este é o momento em que a curiosidade deve ser estimulada, a
partir da brincadeira orientada pelos profissionais da educação.
§ 3º °s vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e do
respeito mútuo em que se assenta a vida social devem iniciar-se na
Educação Infantil e sua intensificação deve ocorrer ao longo da
Educação Básica.
§ 4º °s sistemas educativos devem envidar esforços promovendo
ações a partir das quais as unidades de Educação Infantil sejam
dotadas de condições para acolher as crianças, em estreita relação
com a família.
§ 5º A gestão da convivência e as situações em que se torna
necessária a solução de problemas individuais e coletivos pelas
crianças devem ser previamente programadas.
Seção II
Ensino Fundamental
È Art. 23. ° Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de duração, de
matrícula obrigatória para as crianças a partir dos 6 (seis) anos de
idade, tem duas fases sequentes com características próprias,
chamadas de anos iniciais, com 5 (cinco) anos de duração, em
regra para estudantes de 6 (seis) a 10 (dez) anos de idade; e anos
finais, com 4 (quatro) anos de duração, para os de 11 (onze) a 14
(quatorze) anos.

Parágrafo único. No Ensino Fundamental, acolher significa também



  e 
, como forma de garantir a aprendizagem dos
conteúdos curriculares, para que o estudante desenvolva interesses
e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens culturais
disponíveis na comunidade, na sua cidade ou na sociedade em
geral, e que lhe possibilitem ainda sentir-se como produtor
valorizado desses bens.
Seção II
Ensino Fundamental
È Art. 24. °s objetivos da formação básica das crianças, definidos para
a Educação Infantil, prolongam-se durante os anos iniciais do Ensino
Fundamental, especialmente no primeiro, e completam-se nos anos
finais, ampliando e intensificando, gradativamente, o processo
educativo, mediante:
I - desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - foco central na alfabetização, ao longo dos 3 (três) primeiros anos;
III - compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores em que se
fundamenta a sociedade;
IV - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores;
V - fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de respeito recíproco em que se assenta a vida social.
Seção II
Ensino Fundamental
È Art. 25. °s sistemas estaduais e municipais
devem estabelecer especial forma de
colaboração visando à oferta do Ensino
Fundamental e à articulação sequente entre a
primeira fase, no geral assumida pelo Município,
e a segunda, pelo Estado, para evitar obstáculos
ao acesso de estudantes que se transfiram de
uma rede para outra para completar esta
escolaridade obrigatória, garantindo a
organicidade e a totalidade do processo formativo
do escolar.
Seção III
Ensino Médio
È Art. 26. ° Ensino Médio, etapa final do processo
formativo da Educação Básica, é orientado por
princípios e finalidades que preveem:
I - a consolidação e o aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental...;
II - a preparação básica para a cidadania e o
trabalho...;
III - o desenvolvimento do educando como pessoa
humana...;
IV - a compreensão dos fundamentos científicos e
tecnológicos, relacionando a teoria com a prática.
CAPÍTUL° II
M°DALIDADES DA EDUCAÇð BÁSICA

È Art. 27. A cada etapa da Educação Básica


pode corresponder uma ou mais das
modalidades de ensino: Educação de
Jovens e Adultos, Educação Especial,
Educação Profissional e Tecnológica,
Educação do Campo, Educação Escolar
Indígena e Educação a Distância.
Seção I
Educação de Jovens e Adultos
È Art. 28. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) destina-
se aos que se situam na faixa etária superior à
considerada própria, no nível de conclusão do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio.
§ 1º Cabe aos sistemas educativos viabilizar a oferta de cursos
gratuitos aos jovens e aos adultos, proporcionando-lhes
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as
características do alunado, seus interesses, condições de vida e
de trabalho, mediante cursos, exames, ações integradas e
complementares entre si, estruturados em um projeto
pedagógico próprio.
Seção I
Educação de Jovens e Adultos
§ 2º °s cursos de EJA, preferencialmente tendo a Educação
Profissional articulada com a Educação Básica, devem pautar-se pela
flexibilidade, tanto de currículo quanto de tempo e espaço, para que
seja(m):
È I - rompida a simetria com o ensino regular para crianças e
adolescentes, de modo a permitir percursos individualizados e
conteúdos significativos para os jovens e adultos;
È II - providos o suporte e a atenção individuais às diferentes
necessidades dos estudantes no processo de aprendizagem,
mediante atividades diversificadas;
È III - valorizada a realização de atividades e vivências
socializadoras, culturais, recreativas e esportivas, geradoras de
enriquecimento do percurso formativo dos estudantes;
È IV - desenvolvida a agregação de competências para o trabalho;
È V - promovida a motivação e a orientação permanente dos
estudantes, visando maior participação nas aulas e seu melhor
aproveitamento e desempenho;
È VI - realizada, sistematicamente, a formação continuada,
destinada, especificamente, aos educadores de jovens e adultos.
Seção II
Educação Especial
È Art. 29. A Educação Especial, como modalidade
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino, é parte integrante da educação regular, devendo
ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade
escolar.
§ 1º °s sistemas de ensino devem matricular os estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular
e no Atendimento Educacional Especializado (AEE),
complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em
salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede
pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos.
Seção II
Educação Especial
§ 2º °s sistemas e as escolas devem criar condições para que o
professor da classe comum possa explorar as potencialidades
de todos os estudantes e o professor do AEE deve identificar
habilidades e necessidades dos estudantes, organizar e orientar
sobre os serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade
para a participação e aprendizagem dos estudantes.
§ 3º Na organização desta modalidade, os sistemas de ensino
devem observar as seguintes orientações fundamentais:
È I - o pleno acesso e a efetiva participação dos estudantes no ensino
regular;
È II - a oferta do atendimento educacional especializado;
È III - a formação de professores para o AEE e para o
desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas;
È IV - a participação da comunidade escolar;
È V - a acessibilidade arquitetônica, nas comunicações e
informações, nos mobiliários e equipamentos e nos transportes;
È VI - a articulação das políticas públicas intersetoriais.
Seção III
Educação Profissional e Tecnológica
È Art. 30. A Educação Profissional e Tecnológica, no cumprimento dos
objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e
modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da
tecnologia, e articula-se com o ensino regular e com outras modalidades
educacionais: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e
Educação a Distância.
È Art. 31. Como modalidade da Educação Básica, a Educação Profissional
e Tecnológica ocorre na oferta de cursos de formação inicial e
continuada ou qualificação profissional e nos de Educação Profissional
Técnica de nível médio.
È Art. 32. A Educação Profissional Técnica de nível médio é desenvolvida
nas seguintes formas:
I - articulada com o Ensino Médio, sob duas formas:
È a) integrada, na mesma instituição; ou
È b) concomitante, na mesma ou em distintas instituições;
II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o
Ensino Médio.
Seção III
Educação Profissional e Tecnológica
§ 1º °s cursos articulados com o Ensino Médio, organizados
na forma integrada, são cursos de matrícula única, que
conduzem os educandos à habilitação profissional técnica de
nível médio ao mesmo tempo em que concluem a última etapa
da Educação Básica.
§ 2º °s cursos técnicos articulados com o Ensino Médio,
ofertados na forma concomitante, com dupla matrícula e dupla
certificação, podem ocorrer:
È I - na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as
oportunidades educacionais disponíveis;
È II - em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as
oportunidades educacionais disponíveis;
È III - em instituições de ensino distintas, mediante convênios
de intercomplementaridade, com planejamento e
desenvolvimento de projeto pedagógico unificado.
Seção III
Educação Profissional e Tecnológica
§ 3º São admitidas, nos cursos de Educação Profissional
Técnica de nível médio, a organização e a estruturação em
etapas que possibilitem qualificação profissional intermediária.
§ 4º A Educação Profissional e Tecnológica pode ser
desenvolvida por diferentes estratégias de educação
continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de
trabalho, incluindo os programas e cursos de aprendizagem,
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
È Art. 33. A organização curricular da Educação Profissional e
Tecnológica por eixo tecnológico fundamenta-se na identificação
das tecnologias que se encontram na base de uma dada formação
profissional e dos arranjos lógicos por elas constituídos.
È Art. 34. °s conhecimentos e as habilidades adquiridos tanto nos
cursos de Educação Profissional e Tecnológica, como os adquiridos
na prática laboral pelos trabalhadores, podem ser objeto de
avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou
conclusão de estudos.
Seção IV
Educação Básica do Campo
È Art. 35. Na modalidade de Educação Básica do Campo, a educação
para a população rural está prevista com adequações necessárias às
peculiaridades da vida no campo e de cada região, definindo-se
orientações para três aspectos essenciais à organização da ação
pedagógica:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais
necessidades e interesses dos estudantes da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário
escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Parágrafo único. Pedagogia da terra, na qual se busca um trabalho
pedagógico fundamentado no princípio da sustentabilidade, para
assegurar a preservação da vida das futuras gerações, e a pedagogia
da alternância, na qual o estudante participa, concomitante e
alternadamente, de dois ambientes/situações de aprendizagem: o
escolar e o laboral, supondo parceria educativa, em que ambas as
partes são corresponsáveis pelo aprendizado e pela formação do
estudante.
Seção V
Educação Escolar Indígena
È Art. 37. A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades
educacionais inscritas em suas terras e culturas, as quais têm uma
realidade singular, requerendo pedagogia própria em respeito à
especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade e
formação específica de seu quadro docente..
È Art. 38. Na organização de escola indígena, deve ser considerada a
participação da comunidade, na definição do modelo de
organização e gestão, bem como:
I - suas estruturas sociais;
II - suas práticas socioculturais e religiosas;
III - suas formas de produção de conhecimento, processos
próprios e métodos de ensino-aprendizagem;
IV - suas atividades econômicas;
V - edificação de escolas que atendam aos interesses das
comunidades indígenas;
VI - uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de
acordo com o contexto sociocultural de cada povo indígena
Seção VI
Educação a Distância
È Art. 39. A modalidade Educação a Distância caracteriza-
se pela mediação didático-pedagógica nos processos de
ensino e aprendizagem que ocorre com a utilização de
meios e tecnologias de informação e comunicação, com
estudantes e professores desenvolvendo atividades
educativas em lugares ou tempos diversos.

È Art. 40. ° credenciamento para a oferta de cursos e


programas de Educação de Jovens e Adultos, de
Educação Especial e de Educação Profissional Técnica
de nível médio e Tecnológica, na modalidade a distância,
compete aos sistemas estaduais de ensino, atendidas a
regulamentação federal e as normas complementares
desses sistemas.
Seção VII
Educação Escolar Quilombola
È Art. 41. A Educação Escolar Quilombola é
desenvolvida em unidades educacionais inscritas
em suas terras e cultura, requerendo pedagogia
própria em respeito à especificidade étnico-cultural
de cada comunidade e formação específica de seu
quadro docente, observados os princípios
constitucionais, a base nacional comum e os
princípios que orientam a Educação Básica
brasileira.
Parágrafo único. Na estruturação e no
funcionamento das escolas quilombolas, bem com
nas demais, deve ser reconhecida e valorizada a
diversidade cultural.
°RGANIZAÇð DA EDUCAÇð BÁSICA

a  a

(até idade de 3
anos)

Ed.Infantil ± Creche e
M°DALIDADES
ETAPAS Pré-escola. (dois
Ed. Jovens e Adultos.
Ed. Especial.
Ens. Fundamental.anos) Ed. Profissional.
Ensino Médio. Ed. Básica do Campo.
Ed. Indígena.
Ed. Quilombola.
(mínimo de três (nove anos: 5 +
Ed. a Distância.
anos) 4)
TÍTUL° VII
ELEMENT°S C°NSTITUTIV°S PARA A °RGANIZAÇð
DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACI°NAIS GERAIS
PARA A EDUCAÇð BÁSICA

È Art. 42. São elementos constitutivos para


a operacionalização destas Diretrizes:
o projeto político-pedagógico e o regimento
escolar;
o sistema de avaliação;
a gestão democrática e a organização da
escola;
o professor e o programa de formação
docente.
CAPÍTUL° I
° PR°JET° P°LÍTIC°-PEDAGÓGIC° E
° REGIMENT° ESC°LAR
È Art. 43. ° projeto político-pedagógico, interdependentemente da
autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira da
instituição educacional, representa mais do que um documento,
sendo um dos meios de viabilizar a escola democrática para todos e
de qualidade social.
§ 1º A autonomia da instituição educacional baseia-se na busca
de sua identidade, que se expressa na construção de seu
projeto pedagógico e do seu regimento escolar...;
§ 2º Cabe à escola, considerada a sua identidade e a de seus
sujeitos, articular a formulação do projeto político-pedagógico
com os planos de educação ± nacional, estadual, municipal ±, o
contexto em que a escola se situa e as necessidades locais e de
seus estudantes.
§ 3º A missão da unidade escolar, o papel socioeducativo,
artístico, cultural, ambiental, as questões de gênero, etnia e
diversidade cultural que compõem as ações educativas, a
organização e a gestão curricular são componentes integrantes
do projeto político-pedagógico.

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