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Roteiro de legalização para Cooperativas de Catadores de Materiais

Recicláveis 1

1) Realização de uma assembléia de constituição da cooperativa, em


que se aprovam os atos constitutivos e o estatuto que disciplinará o
funcionamento da mesma. Na oportunidade elege-se a Diretoria ou Conselho
de Administração, bem como o conselho fiscal.

2) Registro da Cooperativa na Junta Comercial de Minas Gerais da Ata


da assembléia geral de constituição e do Estatuto social. Nesta oportunidade
exige-se uma Declaração de desimpedimento para o exercício do cargo dos 2

associados eleitos para os órgãos de administração e fiscalização e a cópia


autenticada da identidade dos administradores (conselheiros de administração
ou diretores).

3) Quando do registro na Junta pode-se utilizar do Convênio desta com a


Receita Federal e tendo em vista o Cadastro Sincronizado das receitas federal,
estadual e federal, requerer as inscrições municipal, estadual e federal
(CNPJ). No caso de se migrar a documentação do Cartório de Registro de
Pessoas Jurídicas para a Junta, quando da entrada da documentação nesta,
solicita-se as inscrições faltantes, caso a cooperativa possua apenas o CNPJ.
O ato da entrada do requerimento no sítio da receita federal das inscrições
retro-mencionadas, a receita solicita o índice cadastral do IPTU do imóvel Sede
da Cooperativa e suas dimensões, para a realização no cadastro da prefeitura.
Solicita também informações contábeis para o fisco estadual, tais como regime
contábil e expectativa de faturamento. Para todo esse processo exige-se do
registro profissional no CRC. É possível que o estado, desse processo, exija
que se apresente a alguma delegacia do fisco estadual, o documento que
comprove a posse do imóvel, como contrato de aluguel, termo de cessão de
uso etc.

4) A Junta tem solicitado a consulta prévia realizada no município para


se verificar, dentre outras, a permissão de exercício da atividade na localidade.
A Consulta prévia é feita na prefeitura nos órgãos de regulação urbana. Para
dar entrada com o processo de concessão do Alvará de Funcionamento e
localização, esta consulta é documento base para se verificar a possibilidade
de funcionamento de qualquer empreendimento. A consulta é realizada através
de geo-referenciamento informatizado nas Regionais da Prefeitura que saberá

1 Considerando-se as exigências em Belo Horizonte/MG. Este roteiro contém as


exigências legais básicas para funcionamento da Cooperativa, mas não contém as
exigências para o exercício de suas atividades nos termos da Lei das Cooperativas
5764/71 e de leis fiscais.
22 De que não está incurso em nenhum dos crimes previstos em lei, que impeça de
exercer atividade mercantil.
se o empreendimento pode funcionar no local almejado, com base na lei de
uso e ocupação do solo urbano no Município (Lei 7.166/96, com as alterações
da Lei 8.137/00) e também no código de posturas. Outra observação feita pela
Consulta é se a Cooperativa se enquadra nos termos da Lei 7214/96 que
proíbe a instalação de depósitos receptores e de reciclagem de lixo num raio
de 200 m (duzentos metros) de hospitais, clínicas, postos de combustível e
estabelecimentos de ensino.

5) O Alvará de Funcionamento é a licença dada pelo poder competente,


que é o poder local, para funcionamento da atividade, no caso das
cooperativas de reciclagem, o primeiro passo, como dito é a consulta prévia.
Ele é um atestado de que a municipalidade autoriza o funcionamento da
atividade naquele local, e sua falta gera irregularidade que, com o poder de
polícia, pode interditar a atividade. Entretanto as cooperativas de materiais
recicláveis funcionam com o apoio da própria prefeitura, que deve buscar
meios de regularizá-los, viabilizando os meios necessário omente a Consulta
Prévia dirá efetivamente quais as exigências para o funcionamento. Importante
ressaltar que o enquadramento da atividade é de Depósito de Materiais, e não
de Usina de Reciclagem. Esta necessita de Licença Operacional do Conselho
Ambiental por se tratar de atividade com potencial agressão ao meio ambiente.
Tratando-se de Depósitos de Materiais Recicláveis a prefeitura exigirá um
Parecer da Secretaria Municipal de Meio Ambiente que através da Gerencia
específica, após o pagamento da Guia de Arrecadação Municipal devida, e do
preenchimento das informações básicas pelo requerente, juntamente com o
Laudo da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA. A
Consulta Prévia já entregará ao requerente a Guia de Encaminhamento para a
COPASA, e exigirá uma vistoria no local dos técnicos da SMMA. Os
Documentos a serem apresentados são: Contrato Social 01 cópia, Termo de
Cessão do Imóvel pela PBH (ou do IPTU), Guia de Arrecadação Municipal 02
cópias originais, CNPJ 01 cópia, Consulta Prévia Favorável 01 cópia original,
Termo de responsabilidade quanto a veracidade das informações prestadas 01
cópia original e Requerimento de Alvará de Funcionamento e Localização com
firma reconhecida.

Para esse licenciamento comum, provavelmente será exigido na Consulta


Prévia os seguintes documentos, além daqueles dispostos ao final deste Item:

- Seguro da lei 6999/95 e de responsabilidade Civil


perante terceiros
- Parecer Técnico do Meio Ambiente.

A apólice de seguro de que trata esta Lei cobrirá qualquer dano


material causado a terceiros instalados ou residentes no imóvel onde tenha
ocorrido o incêndio e a liberação do Alvará de Localização e Funcionamento
do estabelecimento será condicionada à observância da lei.
É exigida pela prefeitura a apresentação de laudo técnico ateste a
eficiência do sistema de prevenção implantando e combate a incêndios
e sua adequação às normas técnicas vigentes, emitido por profissional
legalmente habilitado e com anotação de responsabilidade técnica. Tal
sistema é aprovado pelos Bombeiros através de Projeto de Prevenção
contra Incêndios que contenha o projeto arquitetônico e as medidas de
segurança contra incêndio e pânico que atenda a toda a área da edificação,
devendo ser considerado pelo Responsável Técnico o caminhamento real
disposto no arranjo físico interno existente, o qual será objeto de verificação
durante a vistoria. É devida a taxa de Segurança Pública para o serviço de
análise dos bombeiros.
O projeto deverá conter, juntos ou isoladamente, meios que retardam a
propagação do fogo, meios de evacuação, instalação preventiva
convencional (dispositivos e equipamentos fixos e/ou móveis, comuns a
todos os tipos de edifícios), tais como a disposição dos extintores de
incêndio manuais e/ou sobre rodas, instalação preventiva especial
(destinada a complementar a instalação preventiva). A quantidade de
dispositivos dependerá de um enquadramento de Risco, do local. A pasta do
Projeto técnico deverá conter em uma via a planta baixa, constando às
medidas de segurança contra incêndio e pânico e anotação de
responsabilidade técnica do responsável técnico pela elaboração do Projeto
técnico, que deve ser juntada na via que fica no Corpo de Bombeiros, bem
como memorial de cálculos de rotas de fuga. Após a instalação o solicitante
ou responsável solicitará nova vistoria do CBMMG, que aprovando as
medidas instaladas, emitirá o Relatório de Vistoria para fins de emissão do
AVCB. Para tais serviços pelos Bombeiros é devido o pagamento da Taxa
de Segurança Pública aos cofres estaduais.
6) Inscrição da Cooperativa no INSS e CAIXA para fins de emissão
de Certidão Negativa destas entidades, fundamentais para realização de
contratos e convênios com órgãos da Administração Pública de todos os
níveis da federação.

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