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Índice
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• 1 Origem
• 2 O Curso de Saussure
• 3 Estruturalismo na Linguística
• 4 Estruturalismo na Antropologia
• 5 Estruturalismo na Filosofia da Matemática
• 6 Estruturalismo no pós-Guerra
• 7 Estruturalismo na Psicologia
• 8 Reações ao Estruturalismo
• 9 Representantes
• 10 Ligações externas
[editar] Origem
O termo estruturalismo tem origem no Cours de linguistique générale de Ferdinand de
Saussure (1916), que se propunha a abordar qualquer língua como um sistema no qual
cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de
oposição que mantém com os demais elementos. Esse conjunto de relações forma a
estrutura.
Por exemplo, em inglês as palavras 'pat' e 'bat' são diferenciadas devido ao contraste de
sons do /p/ e do /b/. A diferença entre eles é que as cordas vocais vibram enquanto se
diz um /b/ e não vibram quando se diz um /p/. Também no inglês existe um contraste
entre consoantes pronunciadas e não-pronunciadas. Analisar sons em termos de
características contrastantes também abre um espaço comparativo - deixa claro, por
exemplo, que a dificuldade que falantes japoneses têm em diferenciar o /r/ do /l/ no
inglês deve-se ao fato de esses dois sons não serem contrastantes em japonês. Enquanto
essa abordagem é agora padrão em linguística, foi revolucionária na época. A fonologia
viria a tornar-se a base paradigmática para o estruturalismo num diferente número de
formas.
[editar] Representantes
• Estruturalismo europeu
o Ferdinand de Saussure
o Émile Benveniste
o Claude Lévi-Strauss
o Jacques Lacan
o Michel Foucault
o Jacques Derrida
o Louis Althusser
• Estruturalismo americano
o Franz Boas
o Leonard Bloomfield
o Edward Sapir
o Zellig Harris
o Charles F. Hockett
Índice
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• 1 História
• 2 Conceitos funcionais
o 2.1 Função social
o 2.2 Analogia orgânica
o 2.3 Alternativa funcional
• 3 Estruturo-funcionalismo
• 4 Críticas
• 5 Funcionalistas Famosos
• 6 Ver também
• 7 Referências
Funcionalismo (do Latim fungere, ‘desempenhar’) é um ramo da Antropologia e das
Ciências Sociais que procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções
realizadas por instituições e suas consequências para sociedade como um todo. É uma
corrente sociológica associada à obra de Émile Durkheim.
Para ele cada instituição exerce uma função específica na sociedade e seu mau
funcionamento significa um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação de
sociedade está diretamente relacionada ao estudo do fato social, que segundo Durkheim,
apresenta características específicas: exterioridade e a coercitividade. O fato social é
exterior, na medida em que existe antes do próprio indivíduo, e coercitivo, na medida
em que a sociedade impõe tais postulados, sem o consentimento prévio do indivíduo.
[editar] História
Nas Ciências Sociais, especificamente na Sociologia e na Antropologia Sociocultural, o
Funcionalismo (também chamado Análise Funcional) é uma filosofia sociológica que
originalmente tenta explicar as instituições sociais como meios coletivos de satisfazer
necessidades biológicas individuais, vindo mais tarde a se concentrar nas maneiras
como as instituições sociais satisfazem necessidades sociais, especialmente a
solidariedade social. Juntamente com a Teoria do Conflito e o Interacionismo,
funcionalismo é uma das três principais tradições sociológicas.
Uma função social é a contribuição que um fenômeno provê a um sistema maior do que
aquele ao qual o fenômeno faz parte.[1] Esse uso técnico não é o mesmo da idéia popular
de função como um evento, ocasião, obrigação, responsabilidade, ou profissão.
Termo que em Sociologia exprime a idéia de uma sociedade vista como um organismo
vivo onde cada parte tem uma função (semelhante à Biologia).
A grande critica sobre esta visão reside no fato de, como num organismo vivo, haver a
tendência a identificar partes deste como mais importantes (órgãos vitais), justificando
assim a existencia e manutenção ou extinção daqueles considerados como menos
importantes. Seriam as partes descartáveis da sociedade. (Vêr Sociologia Critica de
Pedrinho Guareschi).
Uma distinção, primeiramente feita por Robert K. Merton, é feita entre funções
evidentes e funções latentes[2] e também entre funções com efeitos positivos (funcionais
ou positivamente funcionais) e negativos (disfuncionais).[1] Assim, descrever uma
instituição como "funcional" ou "disfuncional" para os homens equivale a declará-la,
respectivamente, "recompensadora" ou "punitiva".
Visto que a Análise Funcional estuda todas contribuições feitas pelo fenômeno sócio-
cultural para os sistemas dos quais fazem parte, muitos funcionalistas argumentam que
instituições sociais são funcionalmente integradas para formar um sistema estável e que
uma mudança em uma instituição irá precipitar uma mudança em outras instituições.
Esse fenômeno é denominado analogia orgânica por Durkheim e outros.[3]
[editar] Estruturo-funcionalismo
O Estruturo-funcionalismo, ou Funcionalismo Estrutural, foi a perspectiva dominante
de antropologistas culturais e sociólogos rurais entre a II Guerra Mundial e a Guerra do
Vietnã. O Estruturo-funcionalismo tem a visão de que a sociedade é constituída por
partes (polícia, hospitais, escolas, fazendas etc.). Cada parte possui suas próprias
funções e trabalhando em conjunto para promover a estabilidade social
[editar] Críticas
Nos anos 60, o Funcionalismo era criticado por prover modelos ineficazes para
mudanças sociais, contradições estruturais e conflitos; por isso mesmo, a Análise
Funcional ficou conhecida como Teoria do Consenso. Funcionalistas respondem que
Durkheim usou uma forma radical de socialismo corporativo juntamente com
explicações funcionalistas, o Marxismo reconhece contradições sociais e utiliza
explicações funcionais e a teoria evolucionária de Parsons descreve os sistemas e
subsistemas de diferenciação e reintegração.[4]
Críticos mais fortes incluem o argumento epistemológico que diz que o Funcionalismo
tenta descrever instituições sociais apenas através de seus efeitos e assim não explica a
causa desses efeitos. Também é frequente a referência ao argumento ontológico que a
sociedade não pode ter "necessidades" como os seres humanos, e até que se a sociedade
tem necessidades elas não precisam ser satisfeitas. Anthony Giddens argumenta que
explicações funcionalistas podem todas ser reescritas como descrições históricas de
ações e consequências humanas individuais.[4]
Anterior aos movimentos sociais dos anos 60, o funcionalismo foi a visão dominante no
pensamento sociológico; após tais movimentos, a Teoria de Conflito desafiou a
sociedade corrente, defendida pela teoria funcionalista. Conforme alguns opositores, a
Teoria Funcionalista sustenta que conflito e disputa pelo status quo é danosa à
sociedade, tendendo a ser a visão proeminente entre os pensadores conservadores.
Behaviorismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Índice
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• 1 Tipos de Behaviorismo
o 1.1 Behaviorismo Clássico
o 1.2 Neobehaviorismo Mediacional
1.2.1 Edward C. Tolman
1.2.2 Clark L. Hull
o 1.3 Behaviorismo Filosófico
o 1.4 Behaviorismo Metodológico
o 1.5 Behaviorismo Radical
• 2 Argumentos behavioristas
• 3 Críticas
• 4 Behavioristas famosos
• 5 Referências
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
Ivan P. Pavlov
O Behaviorismo Clássico postulava que todo comportamento poderia ser modelado por
conexões S-R; entretanto, vários comportamentos não puderam ser modelados desta
maneira. Em resposta a isso, vários psicólogos propuseram modelos behavioristas
diferentes em complemento ao Behaviorismo Watsoniano. Destes podemos destacar
Edward C. Tolman, primeiro psicólogo do comportamentalismo tradicionalmente
chamado Neobehaviorismo Mediacional.
Tolman publicou, em 1932, o livro Purposive behavior in animal and men. Nessa obra,
Tolman propõe um novo modelo behaviorista se baseando em alguns princípios
dissoantes perante a teoria watsoriana. Esse modelo apresentava um esquema S-O-R
(estímulo-organismo-resposta) onde, entre o estímulo e a resposta, o organismo passa
por eventos mediacionais, que Tolman chama de variáveis intervenientes (em oposição
às variáveis independentes, i. e. os estímulos, e às variáveis dependentes, i. e. as
respostas). As variáveis intervenientes seriam, então, um componente do processo
comportamental que conectaria os estímulos e as respostas, sendo os eventos
mediacionais processos internos.
Como se vê, Tolman aceitava os processos mentais, assim como Watson, mas, ao
contrário desse, efetivamente os utilizava no estudo do comportamento. O próprio
Tolman viria a declarar que sua proposta behaviorista seria uma reescrita da Psicologia
mentalista em termos comportamentalistas. Tolman também acreditava no caráter
intencional do comportamento: para ele, todo comportamento visa alcançar algum
objetivo do organismo, e o organismo persiste no comportamento até o objetivo ser
alcançado. Por essas duas características de sua teoria (aceitação dos processos mentais
e proposição da intencionalidade do comportamento como objeto de estudo), Tolman é
considerado um precursor da Psicologia Cognitiva.
Hull, assim como Tolman, defendia a idéia de uma análise do comportamento baseada
na idéia de variáveis mediacionais; entretanto, para Hull, essas variáveis mediacionais
eram caracterizadamente intra-organísmicas, i. e., neurofisiológicas. Esse é o principal
ponto de discordância entre os dois autores: enquanto Tolman efetivamente trabalhava
com conceitos mentalistas como memória, cognição etc., Hull rejeitava os conceitos
cognitivistas em nome de variáveis mediacionais neurofisiológicas.
Em seus debates, Tolman e Hull evidenciavam dois dos principais aspectos das escolas
da análise do comportamento. De um lado, Tolman adotava a abordagem dualista
watsoniana, onde o indivíduo é dividido entre corpo e mente (embora assumindo-se que
o estudo da mente não possa ser feito diretamente); de outro, Hull, embora
mediacionista, adota uma posição monista, onde o organismo é puramente
neurofisiológico.
O termo foi primeiramente utilizado por Watson, em 1945, para se referir a proposta de
ciência do comportamento dos positivistas lógicos, ou neopositivistas, que tiveram
grande influência nas idéias dos behavioristas norte-americanos da primeira metade do
século XX. Provavelmente, e mais especificamente, as críticas se referiram às
considerações de Stanley Smith Stevens, em seu artigo "Psychology and the science of
science" de 1939.
Através da interação desses três níveis (onde nenhum deles possui um status superior a
outro) os comportamentos são selecionados. Para Skinner, o ser humano é um ser ativo,
que opera no ambiente, provocando modificações no mesmo, modificações essas que
retroagem sobre o sujeito, modificando seus padrões comportamentais.
Apesar de ter sido e ainda ser bastante criticado, muitos dos preconceitos em relação às
ideias de Skinner são, na verdade, fruto do desconhecimento de quem critica. Muitas
das críticas feitas ao behaviorismo radical são, na verdade, críticas ao behaviorismo de
Watson. Mesmo autores que ficaram amplamente conhecidos por suas críticas ao
behaviorismo, como Chomsky "A Review on Skinner's Verbal Behavior", pouco
conheciam acerca da abordagem e, com isso, cometeram diversos erros. A crítica de
Chomsky já foi respondida por Kenneth MacCorquodale "On Chomsky's Review of
Skinner's Verbal Behavior".
[editar] Críticas
O Behaviorismo, embora ainda muito influente, não é o único modelo na Psicologia[6].
Seus críticos apontam inúmeras prováveis razões para tal fato.
Outra crítica ao Behaviorismo afirma que o comportamento não depende tanto mais dos
estímulos quanto da história de aprendizagem ou da representação do ambiente do
indivíduo[6]. Por exemplo, independentemente de quanto se estimule uma criança para
que informe quem quebrou um objeto, a criança pode simplesmente não responder, por
estar interessada em ocultar a identidade de quem o fizera. Do mesmo modo, estímulos
para que um indivíduo coma algum prato exótico podem ser de pouca valia se o
indivíduo não vir o prato exótico como um estímulo em si. Esta crítica só tem validade
se for aplicada ao behaviorismo clássico de Watson, o behaviorismo radical de Skinner
leva em conta, como ilustrado pelo nível ontogenético, a história de vida do indivíduo
na predição e controle do comportamento.
Vários críticos apontam para o fato de que um comportamento não precisa ser,
necessariamente, conseqüência de um estímulo postulado. Uma pessoa pode se
comportar como se sentisse cócegas, dor ou qualquer outra sensação mesmo se não
estiver sentindo nada. Algumas propriedades mentais, como a dor, possuem uma
espécie de "qualidade intrínseca" que não pode ser descrita em termos
comportamentalistas. O problema desta crítica é de que ela trata como se todos os
behaviorismos fossem mecanicistas [estímulo-resposta] o que não é verdade, o outro
problema é que esta crítica ignora outros fatores contextuais que reforçam os
comportamentos de, no caso, sentir cócegas. Por exemplo, uma criança pode se
comportar como se sentisse dor porque assim a professora poderia mandá-la para casa.
• Ivan Pavlov
• Edward C. Tolman
• Clark L. Hull
• Burrhus Frederic Skinner
• Conwy Lloyd Morgan
• J.R. Kantor
• John Broadus Watson
• Joseph Wolpe
• Albert Bandura
• Ludwig Wittgenstein
• Gilbert Ryle
• Introspecção
• Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
• Ir para: navegação, pesquisa
•
•
• A Introspecção é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus
próprios estados mentais, tomando consciência deles. Dentre os possíveis
conteúdos mentais passíveis de introspecção, destacam-se as crenças, as imagem
mental, memórias (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, tácteis), as
intenção, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos,
raciocínios, associações de idéias).
• Há um debate contemporâneo nos campos da Epistemologia e da Filosofia da
Mente acerca da natureza, das características e da validade do conhecimento
gerado pela introspecção (autoconhecimento). Um exemplo de questão
levantada neste âmbito é a seguinte: Na introspecção, o sujeito tem acesso direto
(não mediado, não inferencial) ao objeto?
• Muitos filósofos usaram esse método de investigação que é estimulado a partir
de um dos sete apotegmas mais famosos da filosofia de Sócrates ao propôr:
"Conhece-te a ti mesmo". Após muitos anos em declínio Descartes para chegar a
suas conclusões, como "Penso, logo existo!".
• [editar] Psicologia
• É o método original da psicologia, usado desde a sua fundação por Wundt e
William James em seus respectivos laboratórios para verificar o funcionamento
da mente. Foi usada por exemplo por Jean Piaget, Sigmund Freud, Titchener e
Aaron Beck. [1]
• É geralmente muito estimulada na psicoterapia, como na psicanálise e na terapia
cognitivo-comportamental, onde o sujeito pode ser levado a refletir sobre a
consequência de suas ações, seu modo de pensar e sobre formas de pensar mais
eficazes e que levem a diminuir seu sofrimento.
• O behaviorismo se opõe ao uso da introspecção por considerá-la pouco confiável
do ponto de vista científico, pois este exige fatos observáveis e evidências
analisáveis. Para Watson defende que é possível fazer uma psicologia sem
nenhuma introspecção pois os processos internos são analisáveis nos
comportamentos expressados.[2]
Gestalt
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O filósofo norte-americano William James, foi um dos que influenciaram esta escola, ao
considerar que as pessoas não vêem os objetos como pacotes formados por sensações,
mas como uma unidade. A percepção do todo é maior que a soma das partes percebidas.
Uma outra influência fundamental foi a fenomenologia de Edmund Husserl. A
fenomenologia afirma que toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim
sendo, a consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por atos
(percepção, imaginação, especulação, volição, paixão, etc), com os quais visa algo.
Índice
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• 1 Origens
• 2 Escola "dualista" de Graz
• 3 Laboratório de 1913
• 4 Fundamentos teóricos
o 4.1 Sete fundamentos básicos
• 5 Aplicações
o 5.1 Aplicações na arte
o 5.2 Gestalt-terapia
• 6 Referências
• 7 Ver também
• 8 Leituras
• 9 Notas
• 10 Ligações externas
[editar] Origens
Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-
1940), depois de 1910, na Universidade de Frankfurt, criticaram fortemente as idéias de
Wilhelm Wundt (1832-1920), considerado o fundador da psicologia moderna e
responsável pelo primeiro laboratório de psicologia experimental.
Em uma série de testes Wertheimer demonstrou que pode ser realizada uma ilusão
visual de movimento de um determinado objeto estacionário se este for mostrado em
uma sucessão rápida de imagens. Assim se consegue uma impressão de continuidade e
chamou este movimento percebido em sequência mais rápida de "fenômeno phi" (o
cinema é baseado nessa ilusão de movimento, a imagem percebida em movimento na
realidade são conjuntos de 24 imagens fixas projetadas na tela durante 1 segundo).
Os sete fundamentos básicos da Gestalt - muito usado hoje em dia em profissões como
design, arquitetura, etc - são:
• Continuidade
• Segregação
• Semelhança
• Unidade
• Proximidade
• Pregnância
• Fechamento
[editar] Aplicações
[editar] Aplicações na arte
[editar] Gestalt-terapia
Ver artigo principal: Gestalt-terapia
Psicanálise
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Índice
[esconder]
• 1 Conceituação
• 2 Correntes, dissensões e críticas
• 3 Ver também
• 4 Autores importantes
• 5 Referências
• 6 Bibliografia
• 7 Ligações externas
[editar] Conceituação
De acordo com Freud, psicanálise é o nome de (1) um procedimento para a investigação
de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo, (2) um
método (baseado nessa investigação) para o tratamento de distúrbios neuróticos, e (3)
uma coleção de informações psicológicas obtidas ao longo dessas linhas, e que
gradualmente se acumulou numa "nova" disciplina científica. [3] A essa definição
elaborada pelo próprio Freud pode ser acrescentada um tratamento possível da psicose e
perversão, considerando o desenvolvimento dessa técnica.
Ainda segundo o seu criador a psicanálise cresceu num campo muitíssimo restrito. No
início, tinha apenas um único objetivo — o de compreender algo da natureza daquilo
que era conhecido como doenças nervosas ‘funcionais’, com vistas a superar a
impotência que até então caracterizara seu tratamento médico. Os neurologistas daquele
período haviam sido instruídos a terem um elevado respeito por fatos químico-físicos e
patológico-anatômicos e não sabiam o que fazer do fator psíquico e não podiam
entendê-lo. Deixavam-no aos filósofos, aos místicos e — aos charlatães; e
consideravam não científico ter qualquer coisa a ver com ele.[4]
Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz na dimensão
da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece,
não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação
desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é
a grande ideia de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em
conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.
Uma das recentes tendências é a criação da neuropsicanálise segundo Soussumi [9] tendo
como antecedentes a fundação do grupo de estudos de neurociência e psicanálise no
Instituto de Psicanálise em 1994 com a participação de Arnold Pfefer, e o neurocientista
da Universidade de Columbia como James Schwartz, que a partir de 1996, fica sobre a
coordenação de Mark Solms, psicanalista inglês com formação em neurociência, que
vinha trabalhando em Londres e publicando trabalhos sobre o assunto desde a década de
1980 que juntamente com Pfeffer, em Londres, julho de 2000 , organizam o I Congresso
Internacional de Neuro-Psicanálise, onde é criada a Sociedade Internacional de Neuro-
Psicanálise.
Destaca-se ainda nesse intere a publicação do artigo intitulado Biology and the future of
psychoanalysis: a new intellectual framework for psychiatry (em português, “A biologia
e o futuro da psicanálise: uma nova estrutura intelectual para a psiquiatria”) do
neurocientista Eric Kandel, em 1999 . Segundo Kandel, a neurociência poderia fornecer
fundamentos empíricos e conceituais mais sólidos à psicanálise. Um ano após a
publicação do referido texto, em 2000, Kandel recebe o prêmio Nobel de medicina por
suas contribuições à neurobiologia, introduzindo o conceito de plasticidade neural