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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO NORMAL DE EDUCAÇÃO
MARISTAS – “CRISTO REI”

TRABALHO EM GRUPO DE HISTÓRIA

 EFÉITOS DO TRÁFICO DE ESCRAVOS;


 HERANÇAS CUTURAIS DO TRÁFICO DE ESCRAVOS.

Grupo nº 5
10 Classe
Turma B
Curso L. Portuguesa.

Docente

______________________

Ano lectivo de 2011


Integrantes, e percentagem de participação
Nº 41 – Nilton de Assunção …………………………………… 70 %
Nº 42 – Osvaldo Ernesto ………………………………………. 97 %
Nº 43 – Osvaldo Jones …………………………………………. 20 %
Nº 44 – Paulino Epalanga ………………………………………100 %
Nº 45 – Paulo Jepele ……………………………………………100 %
Nº 46 – Pedro Kalunga ………………………………………… 92 %
Nº 47 – Petilson Miguel …………………………………………99 %
Nº 48 – Rodilson Yange ……………………………………...…100 %
Nº 50 – Rosa Cipriano …………………………………………...01 %
Nº 55 – Van-troya da Costa ……………………………………..100 %

INTRODUÇÃO
Ao longo da temática que nos é imposta, vamos dar uma pequena abordagem
do trafico de escravos, bem como os seus efeitos os seus efeitos nos três continentes,
incluindo as heranças culturais.

Visto que o período que vai entre os séculos XV à XVI, é o período da


civilização europeia correspondendo ao feudalismo. Período de crescimento
económico, politico e demográfico que mudou o sentido da historia africana
aquando da crise europeia tanto económica como social, passando a interferir-se na
historia de outros povos.

Fenómeno este que reduziu a historia dos povos africanos a uma étnica-
história na qual a apreciação das qualidades históricas e culturais só poderia ser
deformada, negando os valores e a tradição oral africana; memoria dos povos que
fornece a trama de tantos acontecimentos que marcaram suas vidas.

DESENVOLVIMENTO
África é um imenso continente habitado por variadas étnicas, povos que não
falam a mesma língua e costumes idênticos e são de diferentes religiões diferentes.
Cada um desses grupos étnicos tem a sua história específica, apesar de compartilhar
o mesmo território, ela possui um poderoso significativo simbólico para povos afro-
descendentes das antigas colónia Europeias que receberam influxo da população
africana no passado, esses indivíduos já não fazem parte do seio africano, vêem-se
como matriz de uma viva herança cultural que engloba-as músicas, culinárias,
gastronomia e literatura e costumes. A essa herança e denominada então de
Africanidade.

A causa do tráfico negreiro deve-se a alarmante crise económica e


demográfica que atingiu a Europa.

A Europa encontra-se faminta de ouro e especiarias. Sente a falta ou


necessidade de expandir-se, atingindo assim o mercado ocidental de forma mais
directa e inicia um processo de abertura ao mundo através da expansão marítima no
século XV, cuja prioridade coube aos países Ibéricos (Portugal e Espanha).

Os investimentos na navegação da costa Oeste de África, foram inicialmente


estimulados pela crença de que a principal fonte de lucro seria a exploração de
minas de ouro, expectativas de assim não se realizou.

Importa também dizer que o objectivo primordial dos navegares europeus era
contornar o Atlântico e atingir o oriente onde proviam produtos de comercio que
chagavam a Europa por intermediários Árabes e povos do mediterrâneo.

Dessa grande viagem os embarcadores europeus tinham a necessidade de


atacar em terras mais próximas que vinha a ser a costa africana. Daí, em contactos
com os nativos, resultou acordos diplomáticos (pois vários entráveis entre indígenas
e estrangeiros.

Tempos depois, os europeus comercializavam seus produtos provenientes da


Índia e Europa por outros de África e posteriormente o comércio de escravos de
várias regiões de África para Europa, principalmente nas terras monopolizadas como
América do sul.

Muitas tribos rivais faziam prisioneiros e vendiam-nos para os Árabes e


europeus. De facto, este é um dos elementos chaves responsáveis pela
mercantilização dos povos africanos.

O tráfico de escravo paralisou o desenvolvimento das forcas produtivas de


África, a sul do sara, mais propriamente a nível demográfico , económico político e
social ao longo do prazo em todo o continente.

Efeitos Demográficos
Um dos mais evidentes efeitos do tráfico de escravo foi o Demográfico.

Com efeito de transferência de milhões de produtores e cultivadores,


ferreiros, artesãos e outros, todos eles jovens. A destruição de tantos outros na
guerra, o cansaço, as doenças etc., contribuíram para a diminuição da população
africana diminuísse, ao passe que o resto do mundo se encontra em crescimento.

Os Maias e os azetecas na América central e os Incas na América do sul,


foram povos que atingiram um grau de desenvolvimento cultural muito elevado e
que foi perdendo a sua castidade com a intervenção Espanhola que beneficiou
somente o continente europeu sobretudo a coroa espanhola.

Na Europa, a superioridade dos nacionalistas não foi evidente. No século


XVI tornou-se um facto, mas longo dos séculos XVII e XVIII contribuiu para o
surgimento de uma ideologia racista que legitimaria a denominação europeia sobre o
mundo em relação ao homem negro.

A Europa foi a primeira região do mundo a atingir um grau de


desenvolvimento das forças produtivas que determinaria conquista de novos
mercados e espaços, estando ligado a supremacia mundial.

Mais foi através de escravos africanos, do genocídio dos ameríndios e da


imposição dos asiáticos com uma desvantagem acelerada pela Europa para o
desenvolvimento científico e tecnológico.

Efeitos Económicos

O tráfico no continente negro e terras do atlântico instaurou relações


comercias novas em que o escravo serviu de equivalência monetária, da mesma
forma que a cabeça de gado e a barra de sal.

A principal mercadoria procurada em África era o homem negro. Não havia


estímulo para a produção alimentar destinados ao mercado. Certas mercadorias
alimentícias e outras de primeira necessidade vinham da Europa, o que fez declinar
o artesanal e outras.

Os chefes do litoral passaram a ver os seus súbitos como mercadoria e


guerreavam-se uns com outros para venderem os seus compatriotas.

Os povos africanos eram impotentes perante as armas de fogo dos europeus.


As revoltas eram frequentes, mas selvaticamente reprimidas.

As classes dominantes criadas eram extremamente frágeis, por isso


tornavam-se presas fácil dos interesses dos negros europeus.
Em África, os efeitos de tráfico de escravo no ponto de vista económico, foi a
redução capacidade produtiva (deportação, insegurança) o estabelecimento da fome,
miséria e epidemias.

Na América, os efeitos económicos tornavam-se notórias na produção


agrícola e exploração das minas, enriquecendo a Europa e submissão económica de
própria Europa.

Na Europa, o tráfico negreiro sob ponto de vista económico foi o mais


avantajado. Contribuiu para ao desenvolvimento capitalismo mercantil em quase
toda a Europa, aumentando o seu poder económico, marítimo e militar, aplicando
desta forma o comércio a escala mundial. Europa foi a primeira região do mundo a
atingir um grau de desenvolvimento das forças produtivas que determinou a
conquista de novos mercados e espaços, ocupando a supremacia mundial.

Efeitos Políticos

O feito político no que se refere ao tráfico negreiro, também acentuou-se no


percurso histórico africano. Uma vez que as antigas estruturas políticas reinos do
(Sudão, Nigéria, Chade e Congo) estavam em decadência, era difícil adaptar-se á
situação criada pelo tráfico de escravos.

Com o mercado de escravos em desenvolvimento os povos do litoral e do


interior de África mais próximos estavam em benevolências constantes.

Mesmos os Estados mais importantes do interior que se recusavam à prática


comercial mais procurado na época, viram-se obrigados em determinadas
circunstâncias a travar autênticas batalhas para alcançarem a costa e se disporem de
armas para a sua defesa.

O retrocesso do Islamismo permitiu o aparecimento de novos Estados como


poderes políticos em detrimento dos antigos, formados fundamentalmente por
guerreiros e dominados por uma aristocracia militar.

Os grandes reinos e Impérios africanos a partir do século XVI declinaram e


fragmentaram-se acabando por desaparecer, foi o caso de: Songhai, Benim e
Congo.

A degradação do império Songhai depois da conquista Marroquina em 1591,


deu origem a multiplicação dos estados pequenos e guerras sucessivas entre esses
mesmos estados. A fragmentação política e étnica na costa favoreceu as guerras
provocadas pela procura de escravos fora do limite de cada estado ou comunidade.
A guerra «Caça vizinho» e luta pela dominação tornaram-se questão de vida
ou morte. Os estados mais fracos foram eliminados pelos mais fortes e a camada
populacional reprodutora e produtora foi para os grupos privilegiados cuja
preocupação primordial passou a ser o lucro desenfreado e enriquecendo fácil,
instalando dessa forma a anarquia e a violência.

A monarquia de direito divino que mantinha o soberano a margem do seu


povo e dava poder a seus representantes, foi substituída por uma forma de
aristocracia que por sua vez, baseava-se numa centralização do poder o que permitiu
manter o tráfico em proporções toleráveis.

O tráfico de escravos teve incidências deferentes nos vários povos e estados


que responderam positiva ou negativamente a ele de acordo o nível de
desenvolvimento das suas forças produtivas e a proximidade ou afastamento em
relação as áreas de tráfico e dos circuitos comerciais.

Não nos esquecemos que assim como a África, América também registou
efeitos políticos na era do tráfico de escravos.

Quanto a Europa, foram os governos dos países mais avançados daquela


época e as classes das que representavam principalmente a Burguesia mercantil
antiga, os grandes beneficiários dos lucros que a expansão e a colonização europeia
proporcionaram o que mais tarde fez surgir a revolução industrial devido os
interesses económicos surgindo grandes conflitos entre os Estados Europeus mais
potencializados

A partir da segunda metade do século XVI, começaram a ser levados para a


América os africanos como escravos em número expressivo para a exploração
sistemática de mão-de-obra.

A opção pelo africano se deu por algumas supostas vantagens: maior


resistência física às epidemias e maiores conhecimentos em trabalhos artesanais e
agrícolas. A opção pelo escravo africano deu também porque o tráfico dava lucros,
era uma das actividades mais lucrativas do sistema colonial. Para facilitar, nem o
Estado nem a igreja católica condenavam a imposição da escravidão aos africanos.

Os portugueses transportavam os escravos em suas caravelas vindas de


África. Os holandeses também realizavam o tráfico de escravos para o Brasil. O
número de escravos embarcados dependia da capacidade da embarcação. Nas
caravelas, os portugueses transportavam até 500 cativos. Um pequeno navio podia
transportar até 200 escravos num navio grande até 700 escravos.

A bordo todos os escravos eram marcados a ferro no ombro ou na coxa.


Embarcados, os cativos são acorrentados até que se perca de vista acosta de africa.
Os navios negreiros embarcavam mais homens do que mulheres. O numero de
crianças era inferior, de 3% a 6% embarcados.
Angola (África Centro-ocidental) e a Costa da Mina (todo o litoral do Golfo da
Guiné) eram até o século XVIII, os principais fornecedores de escravos ao Brasil.

Os principais grupos étnicos africanos levados ao Brasil eram os banto,


oriundos de Angola, Golfo da Guiné e do Congo; os sudaneses oriundos do Golfo da
Guiné e do Sudão; e os maleses, sudaneses islamizados.

Durante o século XVI e XVII os escravos eram levados para o nordeste do


Brasil para actividades açucareiras. Sobretudo, fazendas na Baia e em Pernambuco.
Em menor número eram levados à Pará, Maranhão e Rio de Janeiro. No final do
século XVII, com a descoberta de ouro na província de Minas Gerais eleva o
volume de tráfico de escravos, que passa a levar os cativos a região das minas, no
século XVIII, o ouro sucede o açúcar na demanda de escravos, o café substitui o
ouro e o açúcar no século XIX.

Entre a segunda metade do século XVI em 1850, data do fim do tráfico


negreiro (Lei Eusébio de Queiroz), o número de escravos vindos para Brasil é
estimado entre 3.500.000 e 3.900.000. O Brasil teria importado 38% dos escravos
levados de África para o Novo Mundo.

Os escravos a bordo estavam sujeitos a todos os riscos. Sua alimentação era


escassa. Não faziam exercícios físicos durante a viagem. A higiene a bordo era
muito medíocre. Havia ainda os maus-tratos a bordo e a superlotação dos porões
insalubres e infectos.

Américas

Habitavam no continente americano até ao século XVI, povos com formas de


desenvolvimento diversificados:

 Sociedade sem Estado, com formas de organizações comunitárias;


 Sociedades estruturadas em Estado fortemente centralizadas.

Na América Central e do Sul, sobretudo no México e Peru existiam Estados


poderosos de população densa. Viviam da agricultura, na qual as cidades
construíram grandes centros comerciais. Entre os vários povos americanos. Povos
relações de comércio.

A descoberta dessas terras pelos navegadores europeus, muda totalmente a


Historia das Américas, assim como a de África, que tempos mais tarde pararam a
produzir produtos agrícolas e de minas com a força negreira e de nativos ameríndios.

De tanto sofrimento alguns escravos refugiavam-se nas zonas inóspitas com


florestas e montanhas, regiões pantanosas, construindo aldeias clandestinas que
tinham o nome de “quilombo” que eram autênticas comunidades de escravos que
punham em perigo a sociedade esclavagista dominante.

“A venda de indivíduos na condição de escravos organizado por europeus,


uma a África e as Américas, da mesma maneira que a escravidão havia atraído
povos africanos para a orbita islâmica”.

Houve deste modo grande revolta dos escravos que levou cerca de um século,
mas que foi aniquilada.

A magia e a iniciação combinada com o catolicismo europeu, deram origem a


sincretismo originais como «cambolé», assim como a persistência de muitos
elementos da cultura africana.

De um modo geral, os efeitos do tráfico de escravos na América,


caracterizou-se por genocídio dos ameríndios, a transplantação massiva de africanos
tornados mercadorias e força de trabalho europeu.

O comércio e o tráfico de escravos levados a cabo pelos europeus acelerou o


processo de formação de classes e contribuiu para o reforço do poder de alguns
Estados e sua formação no plano militar.

Muitas coisas mudaram em África depois de quatro séculos de escravidão e


tráfico de escravos. Esta prática desencadeou uma gigantesca movimentação de
populações.

Assim, em 1444, cegaram a Lisboa os primeiros carregamentos de produtos


variados provenientes do Oriente-Índia e África incluindo escravos com maior
destaque.

Heranças Culturais do Trafico de Escravos.

A evolução das formas culturais de África e sua s manifestações religiosas e


sua vida social, dão um ênfase nitidamente diferente. Durante o período de 1976 era
ainda comum as características excepcionais do drama da colonização, que assistiu a
dependência de todos os povos, tanto na organização social, comportamento
económico, artístico, etc. Por estratégia de exploração de interesse estrangeiro.

A imposição do domínio colonial na África conduziu a difusão das


influências europeias até ao interior enquanto eles se concentravam na costa. Todo
esse processo fundamenta-se no postulado de que para impedir o processo e
implantar culturas europeias, era preciso transformar ou mesmo destruir por
completo a cultura africana. Como a cultura africana está ligada a princípios
religiosos tradicionais, houve um choque entre os dois membros.
Os missionários foram os porta-vozes que implantaram a cultura ocidental
praticamente até aos anos 1890. Estes pretendiam converter os africanos não
somente ao cristianismo, mas também a cultura que se julgavam puramente cristãos.

O tráfico de escravos identificou guerras a mais de dois séculos, causando


devastações culturais de amplitude sem procedentes. As expedições punitivas das
forças coloniais (intolerância dos missionários), havia perturbar profundamente a
vida cultural da comunidade.

Nas Américas, as colónias europeias apresentavam características distintas


desde a divisão administrativa, tipo de habitação, aspectos humanos, etc. Assim
como a própria cultura que são explicadas como influencia das heranças culturais
das suas potencias colonizadoras.

A Europa não absorveu totalmente as heranças culturais das suas colónias. As


heranças culturais da Europa herdada das suas colónias durante os anos de
colonização africana e americana são notáveis no seu desenvolvimento demográfico,
económico político, cultural, científico e tecnológico.

Considerações.

É certo que a história da África Subsariana estava mais ligada a da


mediterrânea. Hoje reconhece-se amplamente que as civilizações do continente
africano, através de várias línguas culturais foram de maior ou menor grau às
vertentes históricas de uma determinada sociedade e de povos ou tribos unidos por
um laço secular.

A escravatura foi determinante na conformação das sociedades africanas e


brasileiras. Na África, a exploração da mão-de-obra escrava primeiro pelos árabes e
depois pelos europeus, provocou destruição de enormes proporções que ainda não
foi superada. Guerras, doenças e pobreza devastam até aos dias de hoje grande parte
do continente, cujas riquezas naturais seguem sendo escoadas para os cofres dos
povos já exageradamente ricos.

Na América do Sul, mais propriamente no Brasil, criou uma situação social


injusta em que as oportunidades ao alcance dos afro-descendentes são sempre
menores e menos interessantes do que as oferecidas aos euro-descendentes e aos
originários da Ásia.

Em alguns a historia terá de corrigir seus desvios (no que concerne ao trafico
de escravos). Ao longo dos tempos a lógica económica determinou que houvesse
sempre dominadores e dominados, exploradores e explorados, livres e cativos de
maneira explicita ou não. Nesse movimento os povos africanos perderam sua
cultura, sua liberdade, suas riquezas, etc. A história demonstra que há pontos de
inflexão em que as transformações se mostram inevitáveis e ocorrem em processos
pacíficos ou por resoluções. No entanto, as observações vistas referem-se à simples
hipóteses escolhidas num campo aberto de possibilidade históricas.

CONCLUSÃO

Durante o trabalho que nos foi impugnado e que teve como tema, “África na era
do tráfico de escravos” pondo em evidência os seus subtemas, permite-nos concluir que
as curiosidades iniciais geográficas, levaram a razões de ordem comercial. E que muitas
coisas mudaram na África depois de quatro séculos de tráfico de escravos, onde a
escravatura desencadeia a uma gigantesca movimentação de populações.

E sendo assim, com a elaboração do trabalho aprendemos mais sobre o tema, e


procuramos ajudar a dar respostas que até hoje se levantam com relação ao tráfico de
escravos, e coisas relacionadas

Fonte de matérias adquiridas

 Motor de busca Google;


 Motor de busca Wikipédia;
 Manual de História Geral;
 Manual de História (8ª classe).

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