ANO 2

Nº 11

D E Z E M B R O DE 2 0 0 8
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com

A mensagem de Natal…
EDITORIAL

Um outro olhar é um convite que fazemos … um desafio na aventura

do conhecimento , uma proposta de renovados horizontes, de novas pers-
pectivas, na oferta de múltiplos caminhos que se apresentam como espa-
ços privilegiados de reflexão.
Esperamos que todos os que nos acompanham e foram estabelecendo
plataformas vivas de diálogo se possam aperceber de que o jornal é uma
actividade alicerçada em toda a comunidade educativa, empenhada em
equacionar e reflectir sobre todas as vivências, através de um percurso que
se constrói num saber de partilha e de respeito.
Mais um ano, avançando num itinerário de empenhamento constante,
de incentivo de colaboração partilhada por todos, propomos atingir o
objectivo inicial:
- aprender a conhecer através de uma aprendizagem plenamente inse-
rida nas áreas do progresso científico e tecnológico .
- aprender a fazer criando um terreno favorável entre conhecimentos e
aptidões, aprendizagens e competências, na necessidade urgente de res-
ponder à pluralidade de fontes de informação.
- aprender a conviver em cidadania num quadro alargado de diversida-
des, contingências e vulnerabilidade.
Nesta concepção alargada pretendemos dar continuidade ao diálogo
humano em toda a comunidade educativa no sentido duma “educação dia-
lógica ” para que, como seres comunicativos, sejamos capazes de agir na
transformação da realidade envolvente.
É em nome desta esperança que continuamos a acreditar neste projecto
- o nosso jornal.

Professora Carla Tavares

500€ em tempo de crise

Os nossos Melhores
alunos do ano lectivo
2007/2008, receberam
a quantia de 500€.
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EM DEBATE
A Busca de Padre António Vieira
Procurar topázios numa praia
poderia não ser um grande proble-
ma, se ao menos soubéssemos onde
e como os procurar. Alguns de nós
não descobriram o «onde» e o
«como», mas descobriram o
«porquê».
O Padre António Vieira soube
sempre os seus motivos: é por isso
que o chamavam de «visionário» e
«humanista». Ele era um defensor
fervoroso da dignidade humana e do
respeito pelos outros. Acreditava
que Portugal era suficientemente
sabedor para edificar o Quinto
Império, porque os portugueses
entenderiam o «porquê», e averi-
guariam o «onde» e o «como».
Este pregador difundiu o
«porquê» da luta pelos direitos
humanos através dos seus discursos,
levantando dúvidas acerca da manei-
ra como se regia o nosso mundo e
mostrando que coisas simples
podiam ser dignas, apesar de tudo.
Os topázios que procurava eram os
valores humanos; a praia era o mun-
do, uma vez que, quando morreu, o
Padre António Vieira pertencia a
todo o lado.
Individualmente, todos devemos
encontrar a razão porque acredita-
mos no conceito de dignidade
humana. Logo a seguir, haveremos
de desvendar o «onde» - o sítio
onde os valores humanos se escon-
dem – e o «como» - a maneira que
vamos usar para os trazer à superfí-
cie.
O Padre António Vieira tentou o
«onde» no Brasil, como missionário
das tribos indígenas, e experimen-
tou o «como» pregando argumentos
que o justificassem e acordassem as
pessoas para a realidade.
Aqueles que continuaram a sua
missão alcançando bons resultados
tiveram meios semelhantes. Pode-se
com isto concluir que a guerra – um
«como» alternativo – nunca nos
oferece verdadeiros topázios, dado
que a forma como os encontramos é
contraditória, e um argumento não
se deve contradizer.
No entanto, o sonho de António
Vieira e de seus mestres e seguido-
res permanece por concretizar. Os
progressos do mundo actual con-
frontam-se com as novas situações
que uma diferente altura histórica
nos oferece. Por conseguinte, há
diferentes «ondes» e «comos», já
que somos diferentes pessoas, e
devíamos reflectir como tal, assim
como os antigos fizeram.
Procurar topázios numa praia
poderia não ser um grande proble-
ma, se ao menos soubéssemos onde
e como os procurar.
Ana Isabel Varelas nº1 ,11ºC

“ Os Imbecis ”
“O contrário de ser moralmente
imbecil é ter-se consciência.
Mas a consciência não é uma
coisa que nos saia num sorteio
ou nos caia do céu. (… ) ”
Fernando Savater ,
Ética para um Jovem
Todos nós temos ideias e saberes. A
verdade é que muito frequentemente
não pensamos sobre eles. Ter ideias e
pensar não são a mesma coisa.
A reflexão implica tomar posição,
capacidade de problematização, de
análise, de síntese, de organização e
sistematização.
Uma coisa são as ideias que susten-
tamos como sendo aquilo que pensa-
mos e outra são as ideias amadureci-
das através de um pensamento aber-
to, livre e criador. Um pensamento
que se pretende esclarecido e argu-
mentado; de um pensamento que
resulta da maturidade intelectual; de
um pensamento que implica necessa-
riamente um trabalho de profunda
reflexão.
Fernado Savater diz que a única
obrigação que temos na vida é a de
não sermos imbecis.
O imbecil é aquele que precisa de
um bastão ou de uma bengala para
andar.
Segundo ele, há imbecis de diversas
formas: o que acredita que não quer
nada; o que diz que para ele é tudo
igual; o que vive uma sesta perma-
nente; o que acredita que quer tudo:
ir-se embora e ficar; dançar e estar
sentado; o que não sabe o que quer
nem se dá ao trabalho de o averiguar;
imita os quereres dos seus vizinhos ou
contraria-os porque sim; o que sabe
que quer e o que quer e, mais ou
menos, sabe porque é que o quer,
mas quer pouco com medo ou sem
força.
É a consciência de ter consciência
que nos vai distanciar da imbecilida-
de.
Citando Fernando Savater funda-
mentalmente nos seguintes aspectos:
“ a) Saber que nem tudo vem a dar ao
mesmo porque queremos realmente
viver e, além disso, viver bem, huma-
namente bem.
b) Estarmos dispostos a prestar aten-
ção para vermos se aquilo que faze-
mos corresponde ou não ao que deve-
ras queremos.
c) À base de prática, irmos desenvol-
vendo o bom gosto moral, de tal
3
EM DEBATE
modo que haja certas coisas que nos
repugne espontaneamente fazer( por
exemplo temos “nojo” de mentir
como temos em geral de mijar na
terrina da sopa que vamos comer a
seguir…)
d) Renunciarmos a procurar argu-
mentos que dissimulem o facto de
sermos livres e portanto razoavel-
mente responsáveis pelas consequên-
cias dos nossos actos.”
É necessário que se opere o trânsito
do demasiado óbvio, do banal, da
imbecilidade para a construção de
uma atitude reflexiva na formação de
problemas e na tomada de posições
deliberadas e esclarecidas o mais pos-
sível num caminho de responsabiliza-
ção e aprendizagem. É urgente um
jogo de crescimento numa tentativa
constante de fundamentação com base
num espírito de coerência e de enqua-
dramento racional dos actos humanos
e decisões que levem o homem a pro-
blematizar através da dúvida e insatis-
fação a sua existência. É o enriqueci-
mento que deste processo pode
resultar que se chama “elevação inte-
lectual ”.
Professora Lina Couto
4
EM DEBATE
Rota Ibérica 2008 – o Meu Testemunho
Levantar âncoras!
O barco vai partir. Todos se preo-
cupam em chegar a tempo, fazendo
os últimos preparativos para esta
grande viagem que nos levará a
conhecer novos mundos. De fora, as
famílias acenam, disfarçando a sau-
dade que já sentem, o receio de ver
os seus rebentos sair do ninho acon-
chegado das suas casas, e partir para
longe, durante três semanas que
parecerão não ter fim. Os jovens
viajantes espreitam pelas janelas, e
partilham o mesmo sentimento de
separação, sentimento esse que viria
a diminuir de dia para dia.
Agora que o barco partiu, é tempo
de pensar na viagem. Os primeiros
passos no contacto com os outros,
quase todos desconhecidos, começa-
vam então naquelas primeiras horas,
rumo a Salamanca. Os que já tinham
vivido a experiência, no ano ante-
rior, surpreendiam-nos com as gran-
des aventuras que narravam, alimen-
tando ainda mais a nossa curiosidade
perante o que nos esperava.
Assim se passou a primeira sema-
na, entre conversas e novos relacio-
namentos, que ainda não cobriam
por completo o sentimento da sau-
dade. No entanto, tudo viria a
mudar, e durante as duas semanas
restantes deixaria de haver distin-
ções entre nações, apenas a vontade
de que o tempo passasse lentamen-
te, e a viagem não terminasse tão
depressa.
Foi com este pensamento que
todos seguimos viagem na nossa
embarcação de 150 tripulantes, e
vivemos momentos que jamais ire-
mos esquecer. Navegámos por luga-
res fascinantes, sobre as águas dos
rios ibéricos. Rios, como o Douro e
o Tejo, que provam não haver dife-
renças entre os países da península
Ibérica. Rios que assinalam a união
entre Portugal e Espanha.
Foi em Mérida que chegámos ao
fim e o desgosto da despedida já se
fazia sentir. Mas foi nessa última
noite que todos sentimos o verda-
deiro espírito de um Rutibérico. Foi
nesse momento que os 3500 km
percorridos pareciam pouco. Foi
nesse momento que subimos mais
alto, mais alto que os 2210m da Ser-
ra de Urbión. A fronteira entre
espanhóis e portugueses, entre
monitores e roteiros, não existia
mais. A união era mais forte, inque-
brável. Agora, é tempo de desem-
barcar, passar a vez. Sim, porque em
2009, outros voltarão a viver as
mesmas experiências, os mesmos
sentimentos, neste mesmo barco, a
que chamamos Rota Ibérica… É por
isso que não dizemos adeus, mas
antes… um até já.
Cláudia Vaz, nº 6 ,11ºF

Plano Tecnológico da Educação, os computadores
do E-Escolas e coisas afins...
Este Plano Tecnológico da Edu-
cação (PTE) foi publicitado pelo
nosso governo para uma moderni-
zação tecnológica das escolas e das
pessoas, até aqui nada a objectar.
Agora vamos lá ver…
Toda esta envolvência tecnoló-
gica que hoje se fala no país e nas
escolas pode ser positiva quando
conjugada com uma formação e
uma estruturação dos conteúdos à
altura, coisa que parece não estar
a acontecer!
O desaparecimento de dis-
ciplinas de informática no
ensino secundário só porque
na mente de quem decide são
secundárias não abona em nada o
conjugar deste tipo de Plano com
os objectivos a que se propõe. O
facto da formação dos docentes
ser uma formação “não gratuita”,
coisa ilógica num país que cuida
da sua educação, força a existência
de uma iliteracia digital entre pro-
fessores e alunos.
Quando vemos Professores e
Alunos possuidores de hardware
adquiridos através do programa e-
escolas ficamos maravilhados com
a “contribuição”, pena que uma
simples configuração no software
os leve a gastar tempo e dinheiro
em casas da especialidade.
O conhecimento tem de se
sobrepor sempre à tecnologia e à
automatização. A formação na
escola tem de ser estruturada de
forma a dar “ferramentas”de
raciocínio e não apenas tecnologia
aos “trambolhões” sem conteúdos
e sem rigor científico.
Países do leste europeu onde as
dificuldades financeiras são enor-
mes vencem mais cedo ou mais
tarde através da sua escolaridade,
formação e capacidade de raciocí-
nio estruturado.
Quero com isto mostrar que a
casa deve ser construída pelos ali-
cerces e não pelo telhado. Con-
ceitos teóricos são muitas vezes
música para os nossos ouvidos,
pena que seja uma música efémera
5
EM DEBATE
sem conteúdo.
A Pirâmide de Maslow pode
explicar toda a lógica da minha
argumentação. Primeiro as neces-
sidades básicas depois o acessório
que automatiza e coloca rapidez
nos processos.
Espero que este PTE se lembre
que existe muita instalação eléc-
trica deficitária, muitas salas
degradadas, muito frio/calor nos
ambientes e muita falta de confor-
to nas várias zonas de lazer.
Não estou a querer ser pessimis-
ta mas sim realista! Sou um Pro-
fessor do grupo de Informática
(não de TIC) como muitos dizem
e não trabalho sem tecnologia,
mas penso que isso ainda me dá
mais o direito de dizer que distri-
buir tecnologia só porque o mun-
do funciona assim não chega, aliás
não pode ser. O algoritmo é o
princípio, esse princípio só apare-
ce com formadores na área, o ser
autodidacta não chega para uma
sociedade onde a produtividade e
o rigor têm de marcar presença.
Para acabar, só espero que os
nossos sábios analisem os resulta-
dos de todas as medidas tomadas e
tirem conclusões acertadas,
baseando-se na realidade do TER-
RENO e não em inquéritos
insípidos e inodoros.
Mais informação sobre o PTE :
http://www.escola.gov.pt/
objectivos.asp
Professor Pedro Fagulha
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POR CÁ

500€ em tempo de crise

Os nossos Melhores Alunos do ano lectivo
2007/2008, receberam a quantia de 500€. A alu-
na Ana Catarina Viseu, do 12º ano e o Márcio do
terceiro ano do curso profissional foram " os
maiores" (leia-se melhores),pelo que lhes foi atri-
buído o prémio de mérito. Todos estamos felizes
por eles. Os factos e os sorrisos falam por si.

Professora Dolores Carreira

Os Primeiros e únicos CERTIFICADOS

PROFISSIONAIS

Entregues no dia do DIPLOMA, os primeiros

certificados profissionais emitidos a nível nacional,
obtidos pelos nossos alunos no ano de 2006/2007.
A demora verificou-se pelo facto dos mesmos não
existirem na Imprensa Nacional, pois nunca
tinham sido necessários antes. A Escola e principal-
mente os professores desta turma, estão muito
orgulhosos do trabalho desenvolvido por todos.

Parabéns Escola da Sé.

Professora Dolores Carreira
 7

POR CÁ

Turma 9ºB participa no concurso SEGURANET

Utilização Segura da Internet
O tema da segurança na Inter-
net é cada vez mais pertinente
no contexto social em que nos
movemos. A quantidade de tare-
fas que podemos realizar através
da Internet possibilita que os
nossos dados pessoais estejam
mais expostos, embora a maioria
das empresas com quem contac-
tamos disponham de sistemas de
segurança de dados muito fiáveis
e testados mundialmente, que
envolvem a criptografia de
dados. A criptografia é um pro-
cesso informático que permite
que os dados que são enviados de
um computador para outro
“naveguem” na rede de forma
segura, ao serem modificados de
tal forma que tornam difíceis de
entender e descodificar se forem
“apanhados” neste processo de
transferência.
Além destes sistemas quase
sempre associados a bancos,
comércio e outras empresas que
utilizem transacções financeiras,
muitas informações pessoais são
disponibilizadas na Internet de
forma desprotegida, podendo
causar graves danos pessoais e
morais a quem as disponibiliza.
Isto acontece porque, nem sem-
pre quem está do outro lado a
comunicar connosco é quem nós
pensamos e ao fornecer dados
como morada, telefone, hábitos
de vida e mesmo códigos pes-
soais, os pode utilizar de forma
menos correcta, podendo preju-
dicar quem os fornece.
Neste sentido, e como forma
de servir de alerta para todas
estas questões e outras associa-
das, a turma do 9ºB irá participar
durante este ano lectivo num
conjunto de actividades associa-
das à Segurança na Internet
desenvolvidas no site SEGURA-
NET, que é apoiado pelo Minis-
tério da Educação. Estão inscri-
tas duas equipas da turma 9ºB
que já responderam ao primeiro
desafio. Os participantes inscri-
tos estão apresentados a seguir,
embora muitas das actividades
serão alargadas a toda a turma e
serão desenvolvidas no âmbito
na disciplina de TIC – Tecnolo-
gias de Informação e Comunica-
ção.
Resta desejar boa sorte às equi-
pas e que estas actividades desen-
volvam nos alunos um espírito
crítico e alerta relativamente à
utilização segura da Internet.
Navegações seguras para
todos!
Para mais informações, visite o
site http://www.seguranet.pt/
A professora de Informática
Cristina Vicente

Equipa 9ºB Equipa Smart-team

Professor: Cristina Vicente Professor: Cristina Vicente

Nº Elementos: 5 Nº Elementos: 4

Nome Capitão Equipa: Ana Soraia Silva Nome Capitão Equipa: Ricardo Santos

Elementos da equipa Elementos da equipa

Ana Pissarra Edite Rabaço

Carlos Brito Igor Pissarra

Marta Matos Pedro Araújo

Sara Barroso Rita Caramelo

Sara Mota
8

POR CÁ

À Descoberta da Biblioteca Escolar

A actividade de “Bibliopaper”, destinada às tur-
mas de 8º ano de escolaridade, decorreu na
semana de 17 a 31 de Outubro, no âmbito do
Dia Nacional das Bibliotecas Escolares, dia 27 de TURMA EQUIPA CLASSIFICAÇÃO TEMPO
Outubro. FERNANDO PESSOA
Esta actividade baseou-se na realização de uma 8ºD 43 min
- Cláudia Correia, nº3 34,5 pontos
prova constituída por 14 questões e subdivididas - Inês Martins, nº5
- João Missa, nº6
em alíneas o que perfaziam um total de 36 pon-
JOICE
tos.
No caso de empate foi tido em conta o tempo 8ºB - André Silva, nº4
- Mariana Santos, nº16
33 pontos
43 min

de duração da prova. A entrega de prémios teve - Noélia Costa, nº 18

lugar no dia 30 de Outubro, no átrio junto à HERMANOS

Biblioteca. Cada aluno, das equipas vencedoras, 8ºA - Bruno Macedo, nº10 48 min
33 pontos
recebeu o livro “A História Universal Compara- - Carlos Alberto, nº11
- Pedro Figueiredo, nº14
da”. Todos os alunos participantes receberam
uma capa contendo o diploma de participação e PISTACHOS

uma pequena surpresa. 8ºC - Ana Rita Ferreira, nº 1

31 pontos 45 min
- Inês Martins, nº 5
- Vera Pereira, nº17
Professora Bernardete Barata

8ºA 8ºB

8ºC 8ºD
 9

POR CÁ

Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa

15 De Novembro de 2008
resolve comprá-lo. Quando estende o dinheiro repara
que o rapaz estava sem luvas -apesar do frio de -5º C.
- Porque é que não usa luvas? -pergunta.

- Para poder segurar o lápis.

Conversaram um pouco sobre Praga. O rapaz resolve
desenhar o rosto da mulher do viajante, sem cobrar
nada. Enquanto espera que o desenho fique pronto, o
viajante percebe que algo de estranho acontecera; con-
versara quase cinco minutos com o rapaz, sem que um
soubesse a língua do outro.
Foram apenas gestos, risos, expressões faciais, mas a
vontade de partilhar alguma coisa fez com que entras-
sem no mundo da linguagem sem palavras.”
“No inverno de 1981, o viajante caminha com a sua
mulher pelas ruas de Praga, quando vê um rapaz a dese- Maktub, Paulo Coelho
nhar os prédios à sua volta. Gosta de um dos desenhos e

Carta dos Direitos da Pessoa Surda

Federação Portuguesa das Associações de Surdos
Artigo 1.º Artigo 5.º tuição da República Portuguesa e
(Língua Gestual) pela presente Carta dos Direitos da
(Educação)
Pessoa Surda.
Toda a Pessoa Surda tem o direito
Toda a Pessoa Surda tem o direito à
de utilizar livremente a Língua Ges- A Comunidade Surda tem o direito
igualdade de oportunidades com a
tual, em privado e em público. a criar e de gerir os seus próprios
Pessoa Ouvinte no acesso à educa-
estabelecimentos de ensino e forma-
ção a todos os níveis desta, bem
Nenhuma pessoa Surda pode ser ção.
como a uma Educação normal e ple-
privada do uso da sua Língua Ges-
na.
tual.
Artigo 9.º
A Educação deve prosseguir o pleno
Toda a Pessoa Surda tem o direito (Serviços de Interpretação)
desenvolvimento da personalidade
de aprender a Língua Gestual Portu-
surda, promovendo o conhecimento
guesa e de receber formação nesta Toda a Pessoa Surda tem direito ao
da cultura, história e língua da
Língua. serviço gratuito de intérpretes de
Comunidade Surda.
Língua Gestual.
Com vista a facilitar a comunicação
A Educação deve assegurar uma ver-
através da Língua Gestual, o Estado Os poderes públicos devem criar
dadeira formação do Cidadão, tal
apoia o ensino da mesma criança e condições para um efectivo funcio-
como esta se encontra definida na
adultos ouvintes utilizando professo- namento de serviços de intérpretes
Declaração Universal dos Direitos
res surdos com formação específica. de Língua Gestual gratuitos para as
do Homem, na Convenção Europeia
dos Direitos Humanos, na Consti- Pessoas Surdas que de tal tenham
necessidade.
10
POR CÁ
Onde está a diferença?
Era o seu primeiro dia de aulas e,
como é habitual, os pais dos meninos e
meninas acompanham os seus filhotes até
à sua nova escola.
Estão todos um pouco nervosos e
curiosos por saberem quem vai ser a
professora, os colegas, como é que é o
recreio para as novas brincadeiras.....
O menino de quem vou falar pode
dizer-se que é igual a tantos outros que
entravam agora para a sua nova escoli-
nha. Tem seis anos, uma cabeça com
dois olhos, um nariz, uma boca, dois
ouvidos, dois braços, duas MÃOS, duas
pernas, dois pés. Chegou à escola com a
mãe que já lhe tinha explicado o que se
ia passar. Primeiro foram conhecer a sala
onde iam começar aprender a ler e a
escrever. Todos estavam ansiosos para
começar a pegar nos seus livros de histó-
rias para lerem aos pais, e até para faze-
rem as suas próprias histórias.
A professora Beatriz saudou todos com
um grande sorriso. Depois de falar do
que eles iam aprender foi entregando os
novos livros aos seus alunos e perguntan-
do os seus nomes. Todos respondiam e
davam dois beijinhos à professora. Para o
fim ficou o menino da nossa história. A
professora aproxima-se dele, senta-se à
sua frente pois sabia que assim ele iria
compreender melhor o que ela estava a
dizer e começou:
- Olá Ângelo! Aqui tens os teus livros.
Este ano tive o cuidado de escolher
livros que tivessem muitas imagens por-
que sei que te vão ajudar. E assim é bom
para ti e para os teus colegas. Vais ver
que se vão dar bem. E dá- lhe dois beiji-
nhos.
Ângelo faz um gesto qualquer com as
mãos. A sua mãe diz que ele está a dizer
obrigado. A professora sorri e virando-se
para o resto dos pais e alunos afirma:
- O Ângelo é surdo.
Os pais das outras crianças ficam admi-
radas e as crianças ficam sem saber muito
bem o que é um surdo. Mas Beatriz já é
uma professora experiente. Apercebeu-
se logo que as crianças não perceberam
bem o que ela acabara de dizer mas,
antes de começar a explicar, um menino
mais reguilita diz um pouco mais alto
para a mãe:
- Mas ele tem os dois ouvidos.
- Pois tem – diz a professora. - Sabem,
um surdo tem os dois ouvidos como
qualquer pessoa só que não funcionam. É
como vocês terem um rádio a tocar mas
se baixarem muito o som não conseguem
ouvir. É o que se passa nos ouvidos do
Ângelo. Ele não consegue ouvir a músi-
ca, nem nada. Se vocês quiserem podem
aumentar o volume de som da rádio e o
Ângelo não. Perceberam?
Todos abanam a cabeça a dizer que
sim mas olhavam curiosos para Ângelo.
A professora Beatriz tentou de forma
simples explicar o que é a surdez por-
que, mesmo ela sabia que depois de tan-
tos anos de profissão tinha pela frente
um grande desafio. Pelo menos estava
receptiva e empenhada. Estava no bom
caminho.
Os primeiros meses de convívio entre
Ângelo e os seus colegas foram difíceis.
Os colegas falavam, ele não. Quando
queria dizer alguma coisa tinha de usar as
mãos ou então, como fazia no início,
ficava sozinho a desenhar pois os seus
amigos não o compreendiam. Às vezes ,
os colegas chamavam-no mas ele não
ouvia.
Pouco a pouco todos aprendiam a fazer
contas, a escrever, a ler… Mas faltava
alguma coisa... Algo que unisse Ângelo
aos seus colegas.
Certo dia, a professora lembrou-se de
levar para a escola um filme que
demonstrava a vida selvagem de diversos
animais. Todos assistiram muito atentos.
No final, a professora pediu que os alu-
nos contassem a vida de cada animal.
Ângelo ofereceu-se logo. Levanta-se,
coloca-se à frente da turma e começa a
fazer os gestos dos animais. Imitava-os
como ninguém e o mais impressionante
é que os amigos compreendiam-no. Eles
sabiam quando ele estava a fazer de
macaco, leão, girafa, elefante... A pro-
fessora Beatriz sem se aperceber tinha
mostrado aos amigos de Ângelo que falar
com as mãos é só uma forma diferente
de comunicar e que se nós quisermos
conseguimos perceber.
A partir desse dia toda a sua turma no
recreio se reunia para ver o Ângelo con-
tar histórias. Era o máximo. Todos con-
tavam as suas histórias. Eram histórias de
cowboys, de astronautas, de heróis, de
príncipes e princesas. A professora Bea-
triz ao ver todo este companheirismo
pensou:
- Está na hora de eu e os meus meninos
aprendermos Língua Gestual. Já estamos
cativados. Agora é só querer.
De um dia para o outro as paredes da
escola ficaram forradas com o abecedário
em Língua Gestual, os números, as
cores. Só faltava o dinheiro para uma
formadora de Língua Gestual para lhes
ensinar muitos mais gestos. Mas enquan-
to isso, Ângelo aprendia os gestos que a
professora de Língua Gestual lhe ensina-
va fora da sua escola. Depois mostrava
aos amigos. A professora Beatriz aponta-
va num caderno todos os gestos e quan-
do tinham dúvidas iam lá ver. Claro que
não ia ser o suficiente, mas por agora
estava a ter sucesso.
Ângelo mostrou a sua diferença aos
amigos e estes perceberam que ele tinha
uma diferença que respeitam porque
Ângelo afinal era mais igual que dife-
rente. Todos brincavam, partilhavam,
falavam. Todos choravam, faziam asnei-
ras. Estavam todos juntos e sorriam. E
era maravilhoso ver os seus sorrisos!
Intérprete Joana Silva

De dentro, por dentro…
…pontos, linhas, traços em aponta-
mentos mais expressivos, onde, por
vezes, a tinta escorre quase escre-
vendo, alternando, alterando os
anteriores registos num jogo propo-
sitado de camadas sobrepostas, como
máscaras irrepetíveis de tons diver-
sos. A dicotomia mundo exterior/
mundo interior acentua-se, discute e
atreve-se no palco/suporte em bran-
co.
…em valores de diferentes lumino-
sidades o entrelaçar encaminha para
um criar de espaços espaciais, espe-
ciais ou não, onde nem só a repre-
sentação interessa.
…por fim, estas metamorfoses não
serão mais do que um estado de
alma???
Assim se queres conhecer um boca-
dinho do meu trabalho, deixo-te os
meus parcos prémios recebidos até
ao momento e convido-te, ainda, a
PRÉMIO I BIENAL de Ansião 08
TITULO Not in my house
TÉCNICA Mista sobre tela
fazer uma visita à livraria Dom San-
cho I nos próximos dias.
Distinções :
-2º Prémio Pintura Abel Manta
(2008)
-1º Prémio I Bienal de Ansião
(2008)
-3º Prémio Pintura Abel Manta
(2007)
-Menção Honrosa no Prémio de
Pintura Thomaz de Mello
(2007)
-3º Prémio de pintura no 1º Concur-
so de Pintura da Galeria Santa
Clara (2005)
-Menção Honrosa na II Bienal de
Mafra (2005)
-Menção Honrosa II Bienal Pré-
mio Joaquim Afonso Madeira
(2005)
-3º Prémio de Cerâmica no Concur-
so-Artes Plásticas do IPL (2001)
-Menção Honrosa no Concurso
Artes Plásticas do IPL (2001)
-Menção Honrosa no Prémio de
TITULO The side where I am
TÉCNICA Mista sobre tela
ANO 2008
11
POR CÁ
Pintura Cofarbel (2000)
-Prémio Aquisição Escola Sec. de
Penacova (1999)
-2º Prémio de Pintura Concurso
Prémio Nacional Pintores
(1992)
Colecções particulares
Xenax/Museu Municipal Dr. Santos
Rocha/Câmara Albufeira/Câmara
Penacova/Escola Secundária Pena-
cova/Ordem dos Farmacêuticos/
Instituto Politécnico de Leiria/Casa
Cultura-Coimbra/Instituto Medico
de Coimbra/Museu Abel Manta /
Israel/Bélgica/Macau/Espanha/
Escola Jeanne D´Arc–Nancy–
França/Escola Portuguesa de Dili–
Timor Leste/Inglaterra/Prémio
Amadeo Sousa Cardoso/BAVIERA
SEC. XXI/Vespeira/Júlio Resende
Professor José Fonte
12
POR CÁ
Banda Desenhada Japonesa
Comecei a desenhar Manga há
cerca de três anos e meio atrás.
Tudo começou com uma pesquisa
de imagens na internet. Na altura
estava a passar na televisão uma
série chamada Cardcaptor Sakura e
eu gostava tanto do estilo que fui
procurar no computador imagens.
Acabei por descobrir imensas em
fansites, fiz o download dos filmes
da série e comecei primeiro a
interessar-me por web design. Foi
isso que me levou a encontrar
sites de artistas amadores que
desenhavam BD no estilo Manga
e, consequentemente, me levou
até à comunidade da DeviantArt,
da qual faço parte desde Novem-
bro de 2005. A primeira artista
que conheci foi Kata D., no
comicgenesis.com, autora de
Altar Girl.
Durante as minhas pesquisas de
imagens acabei por encontrar uma
série das mesmas autoras da qual
eu tinha começado a procurar – as
CLAMP. Foi a ler o Manga Tsu-
basa Reservoir Chronicles que
comecei a desenhar olhando para
as ilustrações delas, assim como a
própria BD japonesa. Habituei-me
tanto ao Manga que certas vezes
me engano na direcção da leitura
e acabo por começar a ler da
direita para a esquerda. Ler Man-
ga, ver anime e ouvir j-rock e j-
pop faz parte agora do meu quoti-
diano (e também do meu irmão).
Acabei mesmo por aprender a ler
em japonês e compreender algu-
mas palavras que uso frequente-
mente na brincadeira .
O contacto com artistas amado-
res e profissionais proporcionou--
me a possibilidade de ser autodi-
dacta. Quando me apercebi que
tinha talento decidi seguir Artes
em vez de Ciências. Por mais
cérebro que tivesse para algo
científico, não me era apelativo.
Assisti à primeira convenção de
Animanga em 2006 no Anime
Weekend Aveiro, onde comprei
pela primeira vez volumes de
Manga (costumo fazer o down-
load deles na internet traduzidos
para inglês), vi cosplay e filmes
em auditório. Existem muitas
outras, infelizmente longe demais
da Guarda.
Apesar de querer seguir a car-
reira de designer multimédia,
gostaria imenso de poder seguir
animação 2D ou trabalhar para a
Tokyopop (editora de Manga nos
EUA, Reino Unido, Alemanha e
Japão) como Mangaka.
Faço updates usualmente na
DeviantArt, mas mantenho outras
contas na SheezyArt e um webco-
mic no Smackjeeves.
Leila Gonçalves,nº15, 12ºF

A Energia Hidráulica
A energia hidráulica faz parte dos
recursos alternativos aos combustí-
veis fósseis (petróleo e carvão), por
constituir uma forma de energia
inesgotável à escala da vida huma-
na. É obtida a partir da energia
potencial duma massa de água, e
manifesta-se nos fluxos de água.
A conversão desta energia na for-
ma de energia mecânica, através de
As energias renováveis - Energia hidroeléctrica
As energias renováveis são aque-
las que são obtidas de fontes natu-
rais capazes de se regenerar, e por-
tanto virtualmente inesgotáveis
(têm a capacidade de renovar com
maior rapidez do que são utiliza-
das).
As energias renováveis mais utili-
zadas são: a energia solar; a energia
eólica; a energia das ondas; a bio-
massa; a energia geotérmica e a
energia hidroeléctrica.
A energia hidroeléctrica é uma
turbinas hidráulicas ou moinhos de
água, em energia eléctrica é feita
através de barragens.
É necessário que haja um grande
fluxo de água para que a energia
seja gerada de forma contínua no
tempo, e para isso são construídas
barragens.
As barragens são lagos artificiais,
construídos num rio, permitindo a
geração contínua e constante de
energia.
As turbinas hidráulicas são
conectadas a um gerador eléctrico,
o qual é ligado à rede de energia.
Contudo, também podem ser usa-
das para geração de energia em
pequena escala, para as comunida-
des isoladas.
energia renovável, que consiste na
produção da electricidade através
do movimento da água de rios e
correntes de água doce.
Para produzir electricidade, a água
das chuvas e dos rios acumula-se
em diques ou barragens.
Existem diques que não param o
curso natural da água, porém, obri-
gam-na a passar pelas turbinas,
fazendo girar as pás que deste
modo produzem electricidade.
As barragens são uma forma de
reter a água (reservatório de ener-
gia potencial) para depois ser con-
duzida por canos até chegar à turbi-
na. A energia eléctrica forma-se a
partir do movimento da turbina,
que a transmite ao gerador e segui-
damente é transportada por linhas
de alta tensão com quatro conduto-
res.
Na região da Guarda, a Barra-
gem do Caldeirão é um exemplo
de uma central hidroeléctrica con-
13
Área de Projecto
A construção de centrais hidroe-
léctricas geralmente exige a forma-
ção de grandes reservatórios de
água, o que provoca profundas alte-
rações nos ecossistemas, dependen-
do do tipo de relevo e da região
onde se encontra o empreendimen-
to. As centrais hidroeléctricas
podem também ocasionar o alaga-
mento de terras e o deslocamento
de populações ribeirinhas. No
entanto, não polui o meio ambiente
e tem baixíssimo custo de produ-
ção.
Beatriz Nunes Gonçalves,nº8
Maria Inês Gonçalves, nº 19
9ºC
siderada uma importante infra-
estrutura para o abastecimento de
água e produção de energia. A bar-
ragem, que utiliza as águas do rio
Mondego, foi também feita com o
intuito de ser um pólo de atracção
turística. O projecto de construção
foi feito em 1988 e a barragem foi
inaugurada em 1993.
Em Portugal, a energia hidroe-
léctrica é a energia renovável com
maior utilização. No entanto, as
transformações do terreno associa-
das à construção de barragens nem
sempre são bem-vindas pelas popu-
lações e a sua integração ambiental
poderá influenciar a fauna e a flora
da região.
Edite Rabaço ,nº7
Marta Matos, nº12
9ºB
14
Área de Projecto
Melhorar o Planeta
Através de um painel que
capta as radiações solares,
hoje, é possível utilizar a
energia solar para diversos
fins.
Após um processo simples
de instalação qualquer um
pode “poupar” o ambiente
utilizando a energia solar.
Todos sabemos que o petróleo,
fonte de energia mais utilizada,
vai desaparecer um dia. Por esta
razão temos de começar a utilizar
energias alternativas, estas nunca
se esgotam, podem ser utilizadas
pelo homem continuamente e
estão sempre em renovação.
Existem várias energias renová-
veis e entre elas encontra-se a
energia solar.
Através de um painel solar, a
energia solar é utilizada para o
aquecimento da água, energia
eléctrica e energia mecânica.
A instalação destes painéis
depende de diversos factores
como o tipo de telhado onde vai
ser instalado o painel e a altura
do edifício em questão. O tama-
nho da instalação também depen-
de de duas condições: o habitual
consumo de energia desse edifí-
cio e da zona climática em que se
encontra.
De dia para dia existem mais
vantagens em utilizar a energia
solar. O preço desta está a baixar
cada vez mais, não polui o
ambiente durante o seu uso e é
excelente em lugares remotos ou
de difícil acesso.
Em Portugal não existe o pro-
blema de não haver muitas horas
de sol, muito pelo contrário,
Portugal é o país europeu com
maior número de horas de Sol.
De acordo com os resultados
do último inquérito realizado
pelo Observatório para o Solar
Térmico, com vista a determinar
a área instalada no nosso país em
2004, foi possível apurar a insta-
lação de 16 088 m2 de colectores
solares.
Ana Luísa Vieira Oliveira, nº2
Ana Rita Pires Martins, nº4
9ºC

How to solve a water crisis
Our city is called Waldport and it
has 50000 habitants. We are from
the state of California and the closest
city we have is Seal Rock. Our town
is experiencing a developing phase,
new industries are being created
here and the population is growing.
Most citizens work in factories and
have low incomes. The city is grow-
ing with prosperity but we have a
major problem with the lack of wa-
ter. The present Lord Mayor was
elected last year and one of his
promises was to solve the city water
problems. The Lord Mayor is now
reunited with some commissioners
of other factions to discuss his pro-
ject to end up with the water crisis
in Waldport.
Everyone – Hello
Carvalho Silva – I declare the
start of this meeting. The city coun-
cil proposes the use of a desalination
plant to put an end to the lack of
water that we are beginning to have
all summers. The technology used
in the plant was developed in our
country and it is innovative and
more efficient than others. After we
analyze all the possibilities we think
that this one is the best we have and
it’s a long term solution that will
not only end our crisis but it will
have the capacity to supply water to
other cities. On the other hand we
will have economic rewards with
salt sale.
Françisco Loiçã- Sorry for inter-
rupting you but I have to say that
what you just said seems like sun-
shine and puppies but the real fact is
that desalination plants are expen-
sive and they’re not very efficient.
How will the city council get the
money to spend on such a big pro-
ject? So, do you really believe that
salt sale will give any benefit on
economy and will help this city to
grow up technologically?
Carvalho Silva- As I said before,
the technology is made in the U.S
and the government will partially
finance this project as a way of en-
couraging new developments in the
area of the renewable energies.
Santa Ana Lopes- I think that it is
a great idea, but it takes time, and
the summer is only three months
from now, and if the rain doesn’t
come we will have serious problems
before August. What is your solu-
15
THE ENGLISH PAGES...
tion for this summer crisis?
Carvalho Silva -As you know the
problems we have, are related to an
excessive use of water by people and
by factories. To help diminuish the
use of water we’re focused on en-
couraging water conservation, and
teaching children as well as their
parents to have good saving habits.
Santa Ana Lopes - Oh great
(irony)!! And do you think that’s
going to solve our problems?
Marques Mini- How is that going
to work? Our crisis is serious and
that is not going to change anything.
Besides people can’t just stop using
water, everyone needs it.
Carvalho Silva - I did not say that.
But we think that education and in-
formation are a good way to start.
But what do you propose instead?
Marques Mini - We cannot tell
people that they have to solve the
problem! This is a problem that af-
fects the citizens but it has to be
solved by the city council. I think
we should buy water from another
town. San Marine has enough water
for both cities. This alternative is
much easier and more reliable.
Françisco Loiçã - After all these
years I still get astonished with your
ideas, commissioner Marques Mini.
How can you say that we should not
encourage people to spend less wa-
ter???? Climate changes are getting
more and more concerning; we have
to save our resources!!! But I have
to agree when you say we have to
buy water from another city, it’s the
only reliable way we have to supply
the city this summer. But we can
only face it as a provisory solution
because that implies spending a lot
of money and it makes us dependent
on the other cities. And by the way
things are going on, I don’t know if
cities like San Marine for example
won’t start to have water crisis too.
16
THE ENGLISH PAGES...
How to solve a water crisis
Santa Ana Lopes – Yeah, I totally
agree!! Buying water is not a good
solution at long term. But it is ex-
tremely needed right now. Our wa-
ter tanks are getting dry faster than
we want. We must take action.
Carvalho Silva - That measure is a
huge financial effort for us because
we have to spend money in the crea-
tion of structures like pipelines to
bring the water and they will only
last one or two years. But we’re
ready to do it if necessary, we al-
ready have a partnership with a
neighbour town in case we need to
buy water.
Marques Mini – You’re a joke.
You do not want to spend any
money to buy water to supply our
population when they are starting to
need it, since the summer is about
to start but you want to build a de-
salination plant that will be ready in
about 3 years and will cost much
more money.
Francisco Loiça – Three years is
just too much. Can’t this great
Mayor find a better solution, I ask?
Santa Ana Lopes - In spite of be-
ing a renewable energy supporter,
I’m concerned about building that
desalination plant, I know that it
usually takes four or five years to
build one. Isn’t that too much time?
With the growing population, the
growing amount of factories and the
aggravation of droughts, 5 years may
be too much time. And what about
the energy supply of the plant?
Doesn’t it consume lots of electric-
ity?
Carvalho Silva - The construction
will start this year and it is predicted
that it ends by the year 2011, so it
will only take 2 years to build. We
have already made several studies
and we found the place to build it.
It’s the place with less environ-
mental impact and it’s windy, that supply the city, and all the electric-
will allow us to install eolic towers, ity it requires to function is pro-
so the electricity provided to the duced by wind towers installed near
desalination plant will be carbon the plant. This is a model city be-
free. cause it is dealing very well with
Santa Ana Lopes – Yes I agree climate changes, mainly with water
with you. But a desalination plant is crisis.
not enough, we need to find new
water supplies such as digs or drill
new wells so that we can have new
sources of water before next sum- Pedro Afonso, nº 23
mer. This alternative is very reliable Rafael Figueiredo, nº24
and it is not very expensive. Rodrigo Amador, nº 25
Franlisco Loiça – A dig or drill is Sérgio Teixeira, nº 26
absolutely the best idea to our lovely 11ºA
citizens because what they need is
the best and the best is what I pro-
pose to offer them. The lack of wa-
ter is terrifying our population, we
need to find new sources urgently
and I demand the city council to
start digs and drills.
Carvalho Silva – Yes, thank you.
My council will consider all your
opinions and we will take action in a
short period of time.
Conclusion. The water is one of the
most important resources we have.
As everyone knows drinking water
is running out as the polluted water
is expanding, so measures must be
taken. We must protect the water
and the environment. Let’s check if
this city has been behaving well.
Six months later the mayor opted to
firstly buy water to supply the popu-
lation with drinking water. Secondly
new wells were created that fur-
nished the population with water
that summer. The population was
very pleased and even started to
save water in almost everything they
could.
Three years later the Lord Mayor
was re-elected, the desalination
plant is fully operational and it is a
great success. It has the capacity to

How to solve a water crisis in 10 steps
Water crisis is affecting the whole world.
Our community isn´t an exception, so as President I
have hired a group of experts on water, from the prestig-
ious, rangers of water academy, that has come together and
decided to present a project named: “How to solve a wa-
ter crisis in 10 steps”. After their presentation I will
make my evaluation and approve or not the project.
How to handle a water crisis.
1.Attribute a quote of water per month, for each house-
hold, according to the number of people in the house.
People would have to learn how to use and manage the
amount of water that they have at their disposal.
2.Ban private swimming pools, because having it evolves
the waste of lots of water.
3.Adopt new systems in private bathrooms that limit the
amount of water flushed.
4.Forbid watering gardens with water from municipal
water sources.
5.Make more campaigns to convince people that this is a
very serious problem, and teach them how to handle and
manage the water restriction.
6.Invest in desalination technology, as we live by the sea,
we can use salt water and turn it into drinking water.
17
THE ENGLISH PAGES...
We have created and developed an innovative method
that converts sea water into fresh water at low-cost.
7.Install sensors in the streets that can detect pipe prob-
lems warn when there is a lack of water, and avoid non-
paid consumption. Sometimes the pipes have holes be-
cause of water´s high pressure, and with this new sys-
tem, those fails could be easily and quickly detected.
8.Encourage people to collect water from the rain and
use it in domestic chores, exs.: car washing, flush, and
watering their gardens.
9.Collect water directly from its natural sources, the
mountains, instead of letting the water get mixed with
the river, where it gets much more polluted. So, we
could avoid water treatments.
10.Finally, we have to mobilize as many people as possi-
ble. Saving water begins with you and it´s up to you to
help salving a water crisis. Preservation is better than
cure.
Ana Carolina, nº1
André Pereira, nº2
Bernardo Santos, nº3
Carlos Henriques, nº4
Ariana Almeida, nº 28
11ºA
18
Área de Projecto 12ºE
Um lugar de “Excelência”
“O primeiro dever da inteligência
é desconfiar dela mesma.”
(Einstein)
Excelência, capacidades de exce-
lência é o que têm de especial estas
crianças.
Nós somos um grupo de sete jovens,
que a partir da área curricular não
disciplinar de Área de Projecto,
entre outros temas, estamos a tratar
de um tema muito especial e por
isso de bastante interesse, a sobredo-
tação.
Existem indicadores para determi-
nar se uma certa pessoa tem estas
capacidades de excelência ou não.
Usualmente, mas erradamente, pen-
sa-se que para determinar isto basta
obter resultados acima da média nos
testes de excelência. Mas isto está
errado, hoje em dia já sabemos que
o QI (Quociente de Inteligência)
não é factor suficiente, pois não
mede o potencial desempenho dos
indivíduos em áreas consideradas
relevantes como a criatividade, a
persistência, a concentração no
desempenho de uma tarefa.
Assim sendo a sobredotação assen-
ta sobretudo nas características do
desempenho que as pessoas manifes-
tam, na interacção que estabelecem
com os outros, com os conceitos,
com os objectos.
Para compreendermos melhor este
tema fizemos uma visita a uma asso-
ciação existente na nossa cidade, a
Associação Portuguesa das crianças
sobredotadas (A.P.C.S.). Com esta
visita compreendemos o quão
importante pode ser esta associação
para estas crianças. E por isto mes-
mo, quisemos saber como surgiu
este pólo da A.P.C.S. na Guarda.
Esta associação começou com um
convite da Doutora Helena Serra,
Presidente da A.P.C.S., pois um
jovem com estas capacidades de
excelência residente na Guarda des-
locava-se semanalmente ao Porto só
para ir à A.P.C.S., então supondo
que este não devesse ser o único
jovem com capacidades superiores
na Guarda e na região, porque não
dar respostas a estes e outros jovens?
A solução estava já ali, ao alcance de
uma mão: abrir um pólo na Guarda.
Recebido o testemunho, o relicá-
rio de convicções, o saber que se
podia conseguir, limitaram-se a mul-
tiplicar a voz, a presença nas terras
recônditas, frias (de temperatura)
mas calorosas no empenho.
Começaram numa noite fria de
Abril, do ano 2000, com uma apre-
sentação pública, para um Auditório
Municipal lotado, na companhia da
Doutora Helena Serra, o que seria o
primeiro de muitos encontros. Logo
ali saiu a primeira coordenação do
Pólo da Guarda.
A Associação pretende dar o seu
contributo divulgando o tema da
Sobredotação, falando sobre solu-
ções já encontradas, criando laços
entre todos os seus membros, de
forma a que os jovens e crianças com
capacidades e talentos superiores se
sintam menos sós, menos diferentes
e mais realizados.
Assim, esforça-se por garantir que
as crianças e jovens cumprirão o seu
projecto de realização pessoal em
prol do desenvolvimento de todos
nós e do País.
Como ainda recentemente afir-
mou o Prof. Anselmo Borges
(professor de Filosofia na Universi-
dade de Coimbra), “talvez o primei-
ro de todos os desejos acalentados
pelo homem e o motor da existência
é o “desejo de reconhecimento” (Ch.
Pépin), com a sua individualidade,
as suas potencialidades, é certo, mas
respeitando-as, e reconhecendo-lhes
o direito de as desenvolver segundo
as suas próprias capacidades”.
O Pólo desenvolve actividades de
enriquecimento destinadas a crianças
e jovens com capacidades de exce-
lência e talentos superiores, e aos
seus ‘amigos de peito’, pois é
importante favorecer a interacção
social com os pares em característi-
cas, para melhor se desenvolverem e

Um lugar de “Excelência”
aceitarem-se a si próprios e auxiliar
no desenvolvimento da sua maturi-
dade emocional. Tenta responder
aos interesses e necessidades dos seus
associados, através de diversificados
projectos: robótica, informática,
expressão corporal e dança (este ano
lectivo), para além de ateliers dife-
renciados com uma periodicidade
diferente.
É também uma grande preocupa-
ção proporcionar-lhes actividades em
que estão presentes os pais, forma de
valorizar a relação familiar. É essen-
cial, os pais (tal como os Educado-
res / Professores) estarem atentos ao
desenvolvimento da Criança/Jovem,
estabelecer com eles uma relação de
proximidade (conivência), fazer do
diálogo uma rotina, responder à sua
grande curiosidade, incentivar a ori-
ginalidade. O que mais nos impres-
Sou sobredotada e depois?!
Olá, o meu nome é Ângela e fre-
quento o 12ºano na Escola Secundá-
ria da Sé.
Aparentemente sou uma rapariga
normal e igual a todas as outras.
Contudo, há cerca de doze anos foi-
me detectado, através de testes espe-
cializados que o meu Q.I era elevado
comparado com outras crianças da
minha idade.
No início a ideia de ser diferente
aterrorizou-me…
Em contrapartida, este diagnóstico
surgiu como uma explicação a deter-
minados comportamentos que me
colocavam numa situação diferente
da das outras crianças.
Aos seis anos de idade, eu já era
uma criança bastante curiosa e atenta
ao mundo em geral.
As típicas brincadeiras com bone-
cas não despertavam em mim qual-
sionou foi a forma como estes jovens
aproveitam as suas capacidades de
excelência, nomeadamente, a robóti-
ca, da qual se realizam concursos
tanto a nível nacional, como a nível
mundial, já tendo ganho estes jovens
um concurso a nível nacional. Alguns
quer interesse pois não tinham como
meta resolver um problema, atingir
um objectivo.
Na escola, a relação que mantinha
com os professores e colegas não era
fácil. Apesar de não ter nenhuma
doença contagiosa a proximidade
entre nós não era fácil. Com o
decorrer dos anos, os professores
foram-se habituando à minha manei-
ra de ser visto que, como era muito
curiosa exigia bastante deles. As
minhas dúvidas eram muitas e era
nas alturas em que não obtia uma
resposta satisfatória que me sentia
diferente das outras crianças. Por
outro lado, o convívio com os cole-
gas não se mostrou tão fácil. Eles
rotulavam-me constantemente de
“Chica esperta” e eu achava-os igno-
rantes e sem interesse. Contudo, ao
longo dos anos, os outros foram
19
Área de Projecto 12ºE
objectivos já foram alcançados, mas
muitos ainda estão por alcançar.
A falta de fundos, muitas vezes, é
um obstáculo à concretização do
sonho destes jovens. Talvez lhe
devêssemos dar mais atenção, e lutar
mais para que estes consigam o seu
objectivo.
Para mais informações sobre a asso-
ciação e temática da sobredotação
consultem:
http://www.apcsguarda.pt.yu
http://hads-ess.blogspot.com
Ana Carolina, nº2
Ana Ferreira, nº3
Ana Topete, nº4
Fábio Rebelo, nº10
João Cruz, nº11
Luís Cardoso, nº15
Ricardo Gonçalves, nº22
12ºE
aprendendo a lidar comigo e eu com
eles.
Hoje em dia, para os colegas da
minha turma até é bastante conve-
niente que eu tenha capacidades aci-
ma da média visto que lhes consigo
explicar a matéria e tirar dúvidas.
Até hoje aprendi que por ser
sobredotada, não sou diferente mas
sim que posso contribuir com um
olhar atento no mundo colocando
questões que mais ninguém coloca-
ria.
( A personagem da história é de fic-
ção. )
João Fonseca
Liliana Lopes
Miguel Prata
Rafael Silva
12ºE
20
VISITAS DE ESTUDO
Saída de Campo à Quinta da Lageosa e Belmonte
No dia 30 de Outubro deste
ano as turmas B, C e E do
11ºano da nossa escola desloca-
ram-se à Quinta da Lageosa e
ao Museu Judaico, em Belmon-
te.
Saímos da Guarda às 8:30h e
regressámos por volta das
16:30h, embora a chegada esti-
vesse prevista para as 17:30h.
A turma E ia toda junta num
autocarro, juntamente com as
acompanhantes: Dra. Eugénia
Costa (professora de Biologia)
e Dra. Ascensão Marques
(professora de Físico-química).
Esta saída de campo esteve
inserida nos conteúdos progra-
máticos das disciplinas de Bio-
logia e de Português. No âmbi-
to da Biologia visitámos a Esco-
la Profissional Agrícola da
Quinta da Lageosa e no âmbito
de Português o museu Judaico.
Na Quinta fomos muito bem
recebidos pelos elementos da
direcção e pelo engenheiro
Agostinho Ferreira que nos fez
uma breve exposição acerca da
Propagação de Plantas.
Depois da palestra continuá-
mos a visita pela quinta. Visitá-
mos uma Casa-museu, onde
estavam expostos variadíssimos
objectos antigos, usados pelo
povo.
Terminada essa visita segui-
mos pela quinta fora. Estive-
mos no antigo lagar, que agora
está em ruínas, pela futura casa
de turismo rural até chegarmos
aos estábulos, onde nos tece-
ram algumas noções acerca do
gado bovino, nomeadamente os
seus hábitos alimentares, a for-
ma como é feita a ordenha...
Ao fim da manhã despedimo-
nos da Quinta e dirigimo-nos à
Escola EB 2/3 Pedro Alvares
Cabral – Belmonte, onde almo-
çámos.
Na parte da tarde visitámos o
Museu Judaico de Belmonte.
Um guia explicou-nos várias
tradições e rituais dos Judeus,
bem como os utensílios que
usam. Vimos ainda um painel
com os nomes dos judeus mor-
tos em Portugal durante a
Inquisição e no fim da visita
provámos Pão Ázimo.
Este dia foi espectacular a
todos os níveis! Aprendemos
coisas novas, convivemos muito
uns com os outros e provámos
uma verdadeira amizade que
ficará para sempre. Estas rela-
ções afectivas estabeleceram-se
não só entre alunos, mas tam-
bém com os professores.
Inês Figueiredo Cruz, nº9
11ºE

Festival de Banda Desenhada
No dia 3 de Novembro, no âmbito
da disciplina de A. Projecto, o nosso
grupo realizou uma viagem de estu-
do ao Festival de Banda Desenhada
que decorreu na cidade da Amadora
- Brandoa.
A partida da Guarda foi às 7h da
manhã com 50 alunos de artes (12º e
11º) e 5 professores (incluindo uma
tradutora) a bordo. A viagem reali-
zou-se da melhor forma. Antes da
chegada foram entregues uns panfle-
tos acerca do festival, elaborados
pelos alunos organizadores. A visita
no fórum Luís de Camões iniciou-se
por volta das 11h e terminou às 13
horas.
O Museu Judaico de Belmonte
No dia 31 de Outubro de 2008, a
turma C do 11ºano realizou uma
visita de estudo no âmbito das disci-
plinas de Biologia e Português. A
partida deu-se por volta das nove
horas da manhã, com rumo à Escola
Agrícola da Lageosa.
A manhã foi reservada para o estu-
do de multiplicação vegetativa, bem
como para a exploração e identifica-
ção de diversas espécies vegetais e
animais, portanto, temas relaciona-
dos com os conteúdos programáticos
da disciplina de Biologia.
De seguida, foi-se à Escola Pedro
Álvares Cabral, em Belmonte. Dado
às horas, e conforme o plano previa-
mente elaborado, seguiu-se o almoço
na referida escola. A comida não foi
muito apreciada pelos alunos, no
entanto, a fome e a fadiga venceram
muitas opiniões.
Por volta das 14h30min, retomá-
mos a nossa visita de estudo e segui-
mos para o Museu Judaico de Bel-
monte. Quando chegámos ao museu
fomos encaminhados a um auditório
onde vimos um filme composto por
fotografias relativas à cidade, nomea-
Dentro do fórum todos os alunos
se comportaram devidamente e mos-
traram interesse por todas as obras
de arte expostas. A exposição era
extensa, de modo que foi difícil
observar, ao pormenor, todas a
obras. Todas elas tinham um teor
damente do interior do museu. A
partir daqui, a atenção dos funcioná-
rios deixou um pouco a desejar. E
pensar que vimos o filme duas vezes,
enquanto esperávamos a nossa vez!
É de opinião geral que esta visita
guiada não correspondeu às nossas
expectativas iniciais. Os grupos eram
extensos. O guia, sempre fiel à sua
notável pronúncia judaica e ao volu-
me baixo da sua voz, acompanhou-
nos até à sala ao lado, onde se desta-
cava uma diagonal preenchida com
candelabros reluzentes. Este senhor
esclareceu-nos quanto a vários por-
menores da crença judaica e o que
era cada objecto em particular: moe-
das, escrituras, os tais candelabros
mencionados. Era, digamos, uma
sala cheia de coisas banais que, na
perspectiva de um estudioso, um
judeu, tinham um maior significado.
Ficámos a conhecer melhor os hábi-
tos diários deste povo, os seus ali-
mentos, vestimentas e tradições.
Relembrámos os seus sofrimentos.
Para além de trabalhadores e inteli-
gentes, os judeus sempre foram um
povo lutador que sofreu muito com
21
VISITAS DE ESTUDO
artístico bastante elevado. Consegui-
mos observar nelas um pouco do que
temos realizado desde o secundário,
a nível das disciplinas de Desenho e
Oficina de Artes (12º), chamando a
nossa atenção para o traço, a man-
cha, a aguarela, o pontilhismo, técni-
cas estas já utilizadas por muitos dos
alunos participantes.
A postura dos alunos foi bastante
positiva e cooperante. Em resumo
podemos afirmar que a visita de estu-
do foi um sucesso.
Sofia Gralha, nº16
Daniela Ribeiro, nº7
12º F
o preconceito mundial, que levou ao
seu encontro crimes horrendos,
atentados e o Holocausto. Mesmo
assim, ainda persistem, o que prova
o seu empenho e a sua tenacidade.
A crença judaica não deixa de ser
similar à cristã, na medida em que
têm um passado em comum. As
semelhanças descobertas entre elas
remetem-nos para a expressão bem
conhecida «Todos iguais, todos dife-
rentes». Se as nossas religiões são
parecidas, porque haveriam os cris-
tãos de ter mais direitos que os
judeus? Esta será uma das lições que
confrontam o nosso tema em Portu-
guês: a luta pela dignidade para todos
os homens.
Acrescentando aos contributos a
nível intelectual, o museu judaico
toca também o nosso lado sensível e
humano, ajudando-nos a melhorar
como cidadãos.
Ana Isabel Varelas ,nº1
Diana Silva,nº9
11ºC
22
VISITAS DE ESTUDO
Visita à Fundação de Serralves
A visita de estudo iniciou-se por
volta das 7h15m, nela participaram
os alunos de Artes do 10º ano, das
turmas H e I, e os professores Sandra
Borges, Arminda Carvalho, Helena
Reis e Isabel Valente.
O dia 7 de Dezembro de 2008 foi
sem dúvida um dia diferente, um dia
de convívio entre professores e alu-
nos que permitiu aliviar um pouco do
stress dos testes e da rotina das aulas
e serviu também para aprofundarmos
conhecimentos.
Ouvimos música, cantámos, lemos
para passar o tempo, tirámos fotogra-
fias, etc.
Chegámos ao destino por volta das
10h20m, começámos então em busca
da “aventura”. Tomámos conheci-
mento das origens do Museu de Ser-
ralves através de panfletos que reco-
lhemos ao longo da visita. O projecto
foi concebido pelo arquitecto Álvaro
Siza Vieira e permitiu uma grande
flexibilidade de espaços, necessária
para a maioria das obras de arte cria-
das.
A área de exposições está dividida
em várias salas, com diferentes carac-
terísticas de escala, proporção, luz e
tipos de vão, unidas entre si por uma
ampla galeria em forma de U.
O factor determinante na escolha
da localização do Museu dentro do
Parque de Serralves, foi o fácil acesso
do público e a existência de floresta-
ção, evitando assim o abate de árvo-
res do Parque.
Os espaços do Museu, desenhados
com uma combinação única de ilumi-
nação natural e artificial, destinam-se
a albergar múltiplas exposições. Os
arranjos paisagísticos envolventes do
Museu reflectem também a sua con-
temporaneidade, integrando-se har-
moniosamente no Parque.
Com todas as magnificas obras que
observámos durante toda a manhã,
algumas delas da autoria de Juan
Muñoz, chegou a hora do almoço.
Fomos até ao Norte Shopping onde
almoçámos e fizemos algumas com-
pras, mas o tempo foi escasso e pou-
co mais fizemos.
Voltámos à Fundação de Serralves,
onde fomos visitar, por sua vez, os
verdejantes jardins do Museu. No
passeio pelo o jardim tivemos opor-
tunidade de apreciarmos algumas
obras, das quais uma de Pedro Morais
(artista português) “ uma pá de jar-
dim ”; mais à frente uma espécie de
espelhos e por último uma cabine
toda envidraçada, onde os artista se
“refugiam” para uma observação mais
profunda da Natureza.
De seguida, o monitor levou-nos
para o jardim da casa principal, no
qual parámos e esboçámos aquele
magnífico e grandioso jardim, mas
não ficámos por ali, com plasticina
fizemos uma mini-escultura a pedido
do nosso monitor, fotografámo-la e
inserimo-la no esboço já iniciado.
Depois apanhámos o autocarro de
volta à nossa cidade da Guarda.
Chegámos por volta das 19h30m,
contentes e com a certeza de que
visitar o Museu de Serralves (Porto)
foi uma maneira da Arte, da História
e da Cultura ganharem vida e expres-
são, porque deixaram de ser noções
abstractas que se memorizam sem
serem compreendidas. Ao visionár-
mos como evoluíram as formas e os
modos de expressão, ganhámos uma
maior consciência da importância de
todos os actos do Homem.
Sofia Costa, nº16,10ºI

Aquele grito estridente,
que soçobrou pelo ar e se
dirigiu aos meus ouvidos,
soou-me de forma estra-
nha no depósito das
minhas memórias. Desviei
o olhar à procura da fonte
daquele som que fez estre-
mecer todo o meu ser.
Jorrou lá de dentro não
sei que mal-estar que me
deixou perturbado.
Vi então uma mulher,
fisicamente frágil, de por-
te digno, passo lento,
como quem carrega den-
tro de si o peso do mun-
do. E, no entanto, deslo-
cava-se com toda a natura-
lidade com uma criança
pela mão. Fiquei-me,
assim, a olhar... a reme-
xer em velhas recorda-
ções... Caminhei pelos
estreitos e exíguos cami-
nhos que me levam à
minha infância...
Mãe, minha Mãe
Lembro-me vagamente,
como se o tempo que dis-
ta entre o passado e o pre-
sente fosse nevoeiro, do
rosto de minha mãe. A luz
dos primeiros raios de sol
parecia tornar aquele ros-
to ainda mais belo. Olhos
bem negros, cheios da
ternura escondida dos
olhos de todas as mães,
mas também tristes, mui-
to tristes. Por vezes ousa-
va dizer-lhe o que me ia
na alma.
- Não sejas tonto! Teria
eu alguma razão para estar
triste quando te tenho a ti
junto a mim? - Respondia-
me com um sorriso e uma
voz doce.
Calava-me e depositava
naquele rosto o beijo mais
sincero que tinha para dar.
Apesar disso, algo dentro
de mim não tinha ficado
muito tranquilo. Passava.
Hoje sei que afinal tinha
razão de ser aquela minha
intranquilidade. O cancro
da mágoa que consumia
minha mãe, que lhe inva-
dia a alma, extravasava o
corpo, mesmo esforçando
-se ao máximo por lutar
contra ele. Era uma luta
de titãs em que quem saía
a perder era naturalmente
ela. Aquela sombra des-
viava-se apenas para dei-
xar passar um breve sorri-
so, depressa lho toldava
de novo! Já não era o sor-
riso que encontrava nos
álbuns de fotografias que
me deliciava a desfolhar.
Aí encontrava eu o sorriso
largo e franco repleto de
não sei que sonhos ocul-
tos. Mas eram muitos cer-
tamente! Naqueles sorri-
sos cabiam todas as suas
esperanças, todas as suas
ilusões, toda a determina-
ção que sempre lhe conhe-
ci!
Às vezes fecho os olhos
e procuro ouvir as suas
gargalhadas que abarca-
vam o universo. E ria, ria
até as lágrimas jorrarem
qual lava de vulcão, ful-
gente, vermelha, laranja...
lava de um cromatismo
delirante. Abro os olhos,
e agora só vejo lava solidi-
ficada, cinzenta, preta,
fuligem acumulada. Nada
mais.
Acredito, hoje, que
algures num recanto da
sua vida vira todos os seus
sonhos estatelarem-se no
chão. Viu-os, impotente,
desfazerem-se em cacos,
em pedacinhos, transfor-
maram-se em pó e final-
mente desaparecerem no
23
REFLEXÃO
abismo do nada. Ah,
como é certo ter desapa-
recido com eles, e para
sempre, a esperança de
mãos dadas com os sorri-
sos das velhas fotografias!
Para que lugares esconsos
se teria refugiado toda a
sua alegria de viver?
Nunca cheguei a saber
que sonhos consumiram
minha mãe. Entretido nas
minhas brincadeiras de
criança, arrumei todas as
minhas suspeitas com os
meus brinquedos. Por lá
ficaram esquecidas. Só no
dia em que ela desapare-
ceu, desatei a correr, o
mais depressa que podia, à
procura nas velhas arcas,
perdidas por entre os
objectos que deram colo-
rido à minha infância, de
alguma coisa que me desse
paz.
Durante longas horas,
horas infindáveis, fixei o
rosto calmo e sereno de
minha mãe, agora inex-
pressivo. Finalmente, ven-
cera o veneno que se lhe
espalhou pelo corpo, lhe
triturou a alma e lhe cei-
fou a vida. Finalmente
descansava dessa luta
inglória e lenta a que eu
tinha assistido sem me
lembrar que poderia ter
lutado a seu lado.
É nesta criança que vai
de mão dada com a mãe,
que procuro a redenção da
minha dor. Olho-a na
esperança que nunca seja o
adulto que hoje sou.
Outubro de 2008
Luís Cravina
24
APRENDER A ESCREVER
A Carta
Guarda, 9 de Novembro de 2008
Querida Amiga:
Já dois anos se passaram desde que decidiste ir-te embora.
Tudo mudou desde então: a cidade, as pessoas, os espaços…
tudo mudou! Desde esse trágico dia que por mera cobardia
tu decidiste ir-te embora, optaste pela fuga em vez de enca-
rar os problemas. Não te culpo pela decisão que tomaste,
mas a partir do momento que nos abandonaste nada conti-
nuou como dantes! As coisas aqui deram uma volta de cento
e oitenta graus. Para começar deixa-me dizer-te que aconte-
ceu o que mais temias, a separação dos teus pais. Desde que
foste para a Alemanha viver com os teus tios, que eles se cul-
pam mutuamente pelo que te aconteceu.
Todos os dias vou a tua casa ver como estão as coisas com o
teu pai. Não estão bem, como podes imaginar, todos sofre-
ram com a tua partida. Ainda na semana passada, quando bati
à porta, ele foi abrir-ma com os olhos lavados em lágrimas,
embora tentando esconder, mas eu percebi a sua dor profun-
da. Não dizem os poetas que os olhos são o espelho da alma!
Todas as noites quando me deito tenho medo de adormecer,
pois tu invades os meus sonhos, os meus pesadelos com coi-
sas que não quero para a minha realidade. Digo que estou
bem quando não estou! Fazes-me tanta falta! Ainda hoje me
questiono o porquê da tua ida…, porque decidiste abandonar
-nos? O valor da nossa amizade era tão mais forte do que esse
fútil sentimento que te tira o sorriso e a vontade de viver.
Não achas que valeria a pena lutar? Não só pela nossa amiza-
de, mas também pela tua família e por todos aqueles que te
amam, mas principalmente, pelos teus pais que todos os dias
se perguntam onde falharam. Em nada, respondo eu, pois
cada um faz as suas escolhas!
Tens um longo caminho à tua frente e para o trilhar tens
que tomar grandes decisões na tua vida, ganhar ou perder? Só
tu podes decidir! E como diz Fernando Pessoa “Quem quer
passar além do Bojador tem que passar além da dor.” Não é
apenas a tua felicidade que controlas, mas a de todos aqueles
que te amam.
Espero um dia poder voltar a ver o brilho do teu sorriso e a
tua vontade de viver, aquele olhar lutador capaz de vencer
qualquer tempestade, o mesmo que se perdeu consumido
pela tristeza.
Amiga, nunca te esqueças que “pelo sonho é que vamos” ou
“Sempre que o homem sonha o mundo pula e avança como
bola colorida nas mãos de uma criança.”
Muitos beijinhos da tua sempre Amiga
Andreia
Andreia Marta nº 4, 10ºF
Nota: Estas cartas informais surgiram no âmbito da disciplina de Português a propósito do texto autobiográfico.
Guarda, 10 de Novembro de 2008
Exmo Sr. Presidente dos Estados Unidos da América,
Barack Obama :
Eu sou uma jovem estudante, que vive em Portugal, mais
precisamente na cidade da Guarda. É uma cidade de monta-
nha, localizada no interior do país, sendo conhecida como a
mais alta. Mas, estou a escrever-lhe, não para falar de mim
ou da minha cidade mas para lhe dar os parabéns pela sua
vitória nas recentes eleições presidenciais dos Estados Uni-
dos da América e pedir-lhe uma atenção especial sobre a
grave situação em que o Mundo se encontra nos dias de
hoje e talvez dar-lhe algumas ideias para a tentar resolver ou
minorar a situação.
Como é do vosso conhecimento os mais graves aconteci-
mentos que, actualmente, têm afectado o Mundo são: a
guerra e a crise económica. Começo por lhe falar sobre a
guerra entre os diferentes países, entre as diferentes reli-
giões. Sobre este assunto não há muito para dizer. Para ser
sincera, desde que tive conhecimento destes confrontos,
nunca cheguei a perceber qual o motivo para existir tanto
ódio. Eu penso que para diminuir a guerra é preciso haver
solidariedade entre todos os povos designadamente entre os
mais poderosos como é o caso daquele que Vossa Excelên-
cia vai presidir.
Também a crise económica, que neste momento está a
afectar o Mundo, acarreta cada vez mais pobreza, pessoas
que ficam sem emprego, logo ficam sem dinheiro para
pagar os empréstimos, o que leva ao desalojamento e ao
agravamento da fome, sem ajudas e numa situação impró-
pria para a dignidade humana.
Pedia-lhe, assim, que contrariamente aos seus antecesso-
res, prestasse mais atenção aos problemas humanitários,
contribuindo deste modo para uma maior justiça social.
Não querendo maçar mais, despeço-me atenciosamente,
mantendo-me atenta ao vosso desempenho.
 25

POESIA

AULA NARCÍSICA
Um dia ele chegou
O seu olhar era fatal
E a sua estupidez não era normal

Enquanto a sua epopeia ele contava

Mais e mais a turma bocejava

Em viagem andei
Apenas para comer parei

OLHAR Como cheguei, não sei

Mas muito caminhei

Olhar, Algum tempo passado

Ver o já passou,
Sonhar o que irá acontecer
Crescer,
Aprender,
Todos queremos.
Indiferença, não!
Vivemos com o coração.
Alegre, o Amanhã chegará,
Esperemo-lo!
Setembro de 2008
Isabel Duarte
Apenas um restava acordado
Mas, pelo ar que mostrava
Estava bem cansado
Cheguei ao deserto
Já nada desperto
Encontrei um lagarto
Comi-o, no espeto
Ao acabar esta parte,
Espantado ficou
Pois ninguém para além dele
Estava desperto a ouvir

Novembro de 2008

POESIA Luís Botas, 11º E

Poesia para quê ?

Com a vida cresce,
Enriquece,
Alivia,
Acompanha,
Ensina,
Faz pensar,
Encantar,
Aquecer.
É o sol.
Palavras que caminham,
Adiante do Tempo.

4 de Outubro de 2008

Isabel Duarte
26
DESPORTO
O Estrelas da Guarda tem Equipa
Feminina a participar no Campeona-
to Distrital de Juniores Feminino,
que é organizado pela Associação de
Futebol da Guarda, sendo este Cam-
peonato uma prova oficial e disputa-
do a duas voltas.
Treinamos 2 vezes por semana, no
Estádio Municipal da Guarda e
temos jogos todos os Sábados as 11
horas. Fazemos alguns jogos de pre-
paração e participamos em alguns
torneios não oficiais.
O Problema da Nossa Selecção
O problema mais gritante da
Selecção Nacional Portuguesa é a
clara falta de eficácia na hora de
marcar golos. Os avançados de que
a nossa selecção dispõe não se mos-
tram capazes de marcar a diferença
com os seus golos, aliás marcam-na
pela falta deles.
A primeira coisa que salta à vista
ao analisar os últimos jogos é que
Hugo Almeida não justifica a aposta
de Queirós na sua titularidade.
Nuno Gomes seria a aposta mais
válida para a posição de ponta-de-
lança, por duas razões óbvias, é o
mais experiente e está em boa for-
ma. Mas o facto é que Nuno Gomes
não é matador, não tem um grande
instinto de golo.
Assim sendo, uma provável solu-
ção é mudar a táctica da selecção,
Futebol de Sete
A nossa Equipa é formada por
meninas com idades compreendidas
entre os 10 e os 17 anos de idade.
Do Estrelas da Guarda são sempre
chamadas atletas para a Selecção
Distrital, que depois disputam o
“Torneio Inter-associações” em Lis-
boa no Estádio do Jamor.
Este ano tivemos uma menina que
representou Portugal através da
Selecção Nacional Feminina Sub-19,
que é a Daniela Alves, e disputou
um mini torneio de apuramento
para o Campeonato da Europa. A
Daniela Alves conseguiu já a 3ª
Internacionalização e tem apenas 16
anos. É neste momento a jogadora
mais importante da nossa equipa e
da Selecção da Guarda.
O Futebol Feminino tem tido
grande evolução, mas é pena que
não surjam mais equipas para termos
um Campeonato mais longo, o que
em termos competitivos seria muito
passando de um 4-3-3 (que não tem
dado os melhores resultados) para
um 4-4-2 em losango (que permiti-
ria um melhor aproveitamento dos
bons médios da selecção, sem no
entanto desaproveitar os extremos
de qualidade que temos, apenas
teriam que jogar um pouco mais
atrás). Esta táctica permitiria a
Nuno Gomes ter um companheiro
de ataque com que pudesse tabelar
(aproveitando-se uma das suas maio-
res qualidades).
No entanto, para que houvesse
sucesso com esta táctica, seria
necessário dois laterais com grande
capacidade de flanqueamento, já
tendo Bosingwa, talvez para a lateral
-esquerda, fosse interessante a inclu-
são de Jorge Ribeiro (jogador em
boa forma). Mas havendo dois late-
melhor.
Ao nível do treino, fazemos um
trabalho adequado em termos indivi-
duais e colectivo (técnico/táctico),
com algumas circulações de bola,
transições de defesa/ataque e ata-
que/defesa, movimentação por sec-
tores, organização ofensiva e defen-
siva e tendo sempre como finalidade
o jogo.
O Estrelas da Guarda dá preferên-
cia ao sistema táctico de 2 x 3 x 1,
pois é uma variante mais próxima
do futebol de onze e que as atletas
assimilam com muita facilidade.
Para finalizar, queria dizer que
temos um grupo de meninas onde
há um bom ambiente, interessadas,
dedicadas, dão sempre o máximo e
são muito responsáveis.
São fantásticas…
Andreia Silva, nº2,
12ºD
rais tão ofensivos, seria preciso um
médio com grandes capacidades
defensivas, e aqui entra a polémica
convocação de Paulo Assunção.
Polémicas à parte, tem-se que lhe
reconhecer qualidades mais que sufi-
cientes para desempenhar esse papel
que pode ser fundamental na nossa
selecção e que já pertenceu a gran-
des jogadores como Oceano, Paulo
Sousa ou Costinha.
Para concluir, proponho o seguin-
te onze para Portugal: Quim;
Bosingwa, Pepe, R. Carvalho, J.
Ribeiro; P. Assunção; J. Moutinho,
Simão; Deco; N. Gomes, C. Ronal-
do (dando uso aos dotes goleadores
que tem demonstrado).
Mário Santos,nº19,
12ºC
 27

BRINCANDO COM …
A MATEMÁTICA

Cantinho da Matemática
Quantos pontos negros consegues ver? As linhas verticais são paralelas ?

Problema da semana:
Na floresta, o lobo dorme quando a coruja está acor-
dada e está acordado quando a coruja dorme. O lobo
dorme tanto numa semana quanto a coruja dorme num
dia. Quantas horas dorme cada um destes animais
por dia?

Sudoku
28

BRINCANDO COM …
A FÍSICO-QUÍMICA

CIÊNCIA DIVERTIDA
A Fonte Fábrica de bombons
Material Material:

1 garrafa de água transparente e resistente. Bacia pequena

1 palhinha. Fio
Plasticina. Lápis
Colher
Açúcar
Água quente

Procedimento: Procedimento:

1. Enche 2/3 da garrafa com água e coloca a palhi-
nha dentro da garrafa.
2. Põe plasticina no gargalo da garrafa, à volta da
palhinha, de modo a que não deixe passar ar.
3. Puxa a água pela palhinha. Se a plasticina estiver
bem colocada, não o conseguirás.
4. Sopra para dentro da garrafa através da palhinha
durante o tempo que conseguires. Quando não
conseguires mais, afasta-te!
1. Enche a bacia com água quente e dissolve várias
colheres de açúcar na água.
2. Prende um fio ao lápis. Apoia o lápis nas bordas da
bacia e mergulha a extremidade livre do fio na
bacia.
3. Deixa a preparação toda a noite assim.

Resultado: Resultado:

Vai surgir um repuxo de água! Durante a noite formam-se cristais de açúcar.

Agora podes comer um bombom!

PORQUÊ?
Consulta o site http://www.cienciadivertida.pt/
planeta_ciencia/editar/experiencias/exp03.swf

CRISTO SOFREU, MORREU MAS RESSUSCITOU AO
TERCEIRO DIA
Pode parecer contraditório que
para dissertar sobre as origens do
Natal, tenhamos de começar pela
premissa da Fé cristã, uma vez que é
a partir desta que tudo surge (Festas
Litúrgicas, Vigílias, Devoções…).
Os primeiros Cristãos, isto é, os
que celebravam a Fé em Cristo Res-
suscitado nos tempos seguintes à
Ascensão só conheciam uma festa: o
dia de Cristo, o Senhor, ou seja, a
Páscoa anual e a Páscoa semanal
(Domingo). Só no século IV é que
surgiu a solenidade da vinda do
Senhor ao meio dos homens. Tratava
-se menos de comemorar um aniver-
sário em sentido estrito do que com-
bater as festas pagãs do solstício de
Inverno, celebradas em Roma a 25
de Dezembro e no Egipto a 6 de
Janeiro.
Pode considerar-se como dado
seguro e definitivo que a festa do
nascimento de Cristo já era celebra-
da na liturgia da cidade de Roma, a
25 de Dezembro de 336. É o que se
deduz das listas de um calendário, o
Cronógrafo, que contém as datas da
morte dos bispos de Roma
(“Depositio episcoporum”) e dos
mártires romanos (“Depositio marty-
rum”), da autoria de um tal Filócalo,
e composto provavelmente no ano
de 354. Depois de ter indicado em
25 de Dezembro no calendário civil
o Natalis Invicti, (o nascimento do Sol
invencível), anuncia à cabeça da
Depositio martyrum: - VIII Kal. Ianua-
rii natus Christus in Bethleem Iudae.
Contemporânea da construção da
basílica constantiniana de S. Pedro, a
festa do Natal deve ter-se localizado
primitivamente no Vaticano, dirigin-
do agora para Cristo as homenagens
que o povo romano estava habituado
a prestar na mesma colina às divinda-
des do oriente.
A escolha da data e do lugar impôs-
se sobretudo em razão do simbolis-
mo da luz. O 25 de Dezembro era
no mundo pagão a festa do Natalis
Solis Invicti, a festa do sol que renasce
vitorioso sobre as trevas. Também
para os cristãos o simbolismo da luz
e do sol era familiar porque radicava
na própria Bíblia. Cristo é o verda-
deiro “sol de justiça” livro de Mala-
quias 3, 20, a verdadeira “luz que
ilumina todo o homem”, “a luz do
mundo” Evangelho de João 1,9;
8,12, “o esplendor da glória de
Deus” carta aos Hebreus 1,3.
29
RELIGIÃO E VALORES
Os cristãos do século IV eram par-
ticularmente sensíveis a este simbo-
lismo. Por isso, a Igreja não teve
receio em adoptar o dia do Natalis
Solis Invicti para festejar o nascimen-
to, a Aparição de Cristo, a luz que as
trevas não puderam vencer – et tene-
brae eam non comprehenderunt -.
Procedendo assim, a Igreja reagia
eficazmente contra uma corrente
que ameaçava arrastar os fiéis para
práticas pagãs. Para imunizar os cris-
tãos contra a força de atracção destas
festas pagãs, a Igreja de Roma con-
trapôs a festa do nascimento de Cris-
to na mesma data. Ao culto do sol
invictus celebrado no solstício, a 25
de Dezembro, opôs uma solenidade
litúrgica em que exprimia a sua fé no
Único Redentor.
“Em verdade vos digo: quem não
receber o Reino de Deus como uma
criança, não entrará nele.” Evangelho
de Lucas 18, 17.
Um Santo Natal
Padre Ricardo Fonseca
30
É NATAL!...
O Natal: Origens e Tradições
Os três Reis Magos
Após o nascimento de Jesus,
segundo o Evangelho de São
Mateus, surgem os Reis Magos pro-
venientes do Oriente, que o visita-
ram em Belém guiados por uma
estrela.
Esta denominação de «Mago»,
tem conotação de sapiência entre os
Orientais ou designa ainda astrólo-
gos, deduzindo-se inicialmente que
seriam Astrólogos eruditos. Isto
pensa-se por se contar que terão
avistado uma estrela que os terá
guiado até onde Jesus nasceu. Terão
chegado até Cristo a 6 de Janeiro,
data em que actualmente se come-
mora o «Dia de Reis».
Após o Evangelho terão sido atri-
buídos os nomes dos «Reis»; Bal-
tasar, representante da raça africa-
na; Belchior, representante da
raça europeia e Gaspar que repre-
sentava a raça asiática, representan-
do todas as raças conhecidas até à
data, simbolizando a homenagem
de todos os Homens da Terra a
Jesus.
Pelo número de prendas deduziu-
se quantos seriam, pois ofereceram
três presentes, ouro (Belchior),
incenso (Gaspar) e mirra (Baltasar).
As prendas têm uma simbologia,
pois o ouro era somente oferecido a
Reis, perfazendo a sua nobreza; o
incenso, representa a divindade e a
mirra, simboliza Jesus como
Homem e o sofrimento que iria ter
ao longo da sua vida.
Sendo países tradicionalmente
católicos, Espanha e Itália são os
países que maior importância e sim-
bolismo atribuem a esta tradição.
As crianças espanholas e italianas
celebram o Natal como todas as
outras mas têm de esperar pelo dia
de Reis, 6 de Janeiro, para receber
as tão desejadas prendas.
História do Presépio
O presépio é hoje em dia um
dos grandes símbolos religiosos,
que retrata o Natal e o nascimento
de Jesus. Há quem refira que o
presépio provém do século tercei-
ro, onde peregrinações eram feitas
à gruta onde Jesus nasceu.
Representações artísticas surgi-
ram no século a seguir como pintu-
ras, frescos entre outros, mas a data
de 1223 é para muitos o início desta
tradição. São Francisco de Assis
será então o autor do presépio, pois
nesse ano, festejou o Natal na flo-
resta de Greccio, levando consigo
animais como, bois, vacas, burros,
de forma a retratar o que tinha
acontecido nessa noite aos seus
cidadãos, expandindo o interesse
das pessoas por retratar o Natal.
No século XV, com o culminar
de um grande interesse pela data,
criaram o presépio como hoje o
conhecemos, deixando para trás as
pinturas das igrejas. O presépio tem
como principal característica, a
mobilidade:todas as peças podem
mover-se e serem vistas de vários
ângulos, dando liberdade para indi-
vidualmente recriar o seu próprio
presépio.
No século seguinte surge o pri-
meiro particular a tê-lo em casa, na
propriedade da Duquesa de Amalfi.
A partir do século XVIII, a tradição
insere-se em toda a Península Ibéri-
ca alastrando-se por toda a Europa.
Actualmente é um costume de inú-
meras culturas que marca o Natal,
existindo presépios para todos os
gostos, desde miniaturas a persona-
gens em tamanho real, e muitas
vezes uma representação humana
do acontecimento.

O Natal: Origens e Tradições
A Árvore de Natal
Já todos estamos habituados a que, por
volta de Dezembro, surjam por toda a
parte as decorações de Natal. Talvez
seja este ambiente que nos lembra que
temos de decorar a Árvore de Natal
que temos na arrecadação a ganhar pó,
há quase um ano. Seja como for, quase
todos os portugueses colocam na sua sala
um pinheiro ou abeto, - artificial claro,
porque os verdadeiros são proibidos -
VALORES DO NATAL
O Natal representa o nascimento de
Cristo, bem como a simplicidade com
que nasceu no estábulo, daí que seja tra-
dição, descrita por São Mateus, fazer-se
o presépio.
Para o cristão, é dos momentos mais
importantes do ano litúrgico, pois foi
através do nascimento de Cristo que teve
início o Mistério Pascal, com o qual
começou o cristianismo e nós fomos
salvos.
“Eu vim ao mundo como luz, para que todo
o que crê em mim não fique nas trevas. Se
alguém ouve as minhas palavras e não as
cumpre, não sou Eu que o julgo, pois não vim
para condenar o mundo, mas sim para o sal-
var” (Jo 12, 46-47), por isso é bom
recordar todos os anos o seu nascimento.
A Festa do Natal é também uma festa
da família, pois na Família de Nazaré, a
família ganha novo sentido, uma vez que
na primeira se manifesta a grande sim-
decorado com bolas coloridas e luzes
«psicadélicas», com um anjo ou uma
estrela bem no alto.
Mas de onde vem esta tradição?
Já existiam na Roma Antiga, árvores
decoradas com pequenas peças de metal,
durante a época da Saturnalia, o festival
de Inverno em honra de Saturno, deus da
agricultura. Muitos acreditam aliás, que
o 25 de Dezembro foi «escolhido» para a
data do nascimento de Jesus, apoderando
-se dos costumes pagãos.
Na Idade Média, no dia 24 de Dezem-
bro de cada ano, era costume decorar
uma árvore com maçãs à qual chamavam
de «Árvore do Paraíso», numa clara alu-
são a Adão e Eva. As árvores mais
modernas, surgiram em meados do sécu-
lo XVI, na região da Alsácia (Salsburgo,
Alemanha). As árvores eram compradas
em mercados e levadas para casa mas
expostas ainda sem quaisquer ornamen-
tos decorativos. É exactamente dessa
região alemã que provém o registo mais
antigo de uma árvore de Natal decorada.
O registo pertence a um diário de 1605,
onde a árvore aparece adornada com
rosas de papel, maçãs e doces.
biose entre o ser humano e o Divino.
Portanto, para que se celebre, de uma
forma actualizada, o grande aconteci-
mento da plena e total união entre as
duas naturezas, é bom que todas as famí-
lias estejam juntas, e juntas no amor de
Jesus.
A caridade, a humildade e a simplicida-
de são também valores que vêm do nas-
cimento de Cristo e que devem ser pos-
tos em prática. Assim, o Homem não
pode confundir-se como super-homem,
não é por vestir melhor, ter muitos bens
materiais que se torna mais importante
que o outro, pelo contrário, por vezes
torna-se ainda mais pequeno.
Actualmente, na nossa sociedade, o
Natal está muito paganizado. As pessoas
não se interessam tanto pelos valores
cristãos, do nascimento de Cristo, da
família, da humildade… mas mais das
prendas, do ser um dia feriado, do ser
31
É NATAL!...
Por volta de 1610 surgiram as primei-
ras fitas para as árvores de Natal. Feitas
de prata, prensadas em máquinas espe-
ciais para ficarem finas e maleáveis,
foram usadas com este material até mea-
dos dos séc. XX, altura em que foram
substituídas pelas de plástico.
Algures por volta de 1846, foi atribuí-
do ao Principe Alberto, marido da
Rainha Vitória de Inglaterra, o crédito
por ter levado para o Castelo de Wind-
sor a primeira árvore de Natal decorada.
Contudo, alguns historiadores relatam
que a Rainha Charlotte, avó de Victória,
havia reportado lembranças da existência
de uma árvore de Natal nos aposentos da
Rainha em Windsor, por volta de 1800.
A popularidade da Rainha Victória fez
com que, ao sair uma foto da família
real junto a uma árvore
de Natal decorada, no Illustrated Lon-
don News, depressa pegasse junto dos
seus súbditos e se espalhasse não só pela
ilha, mas também pelas colónias ameri-
canas.
Pesquisa realizada por
Marco Bandeirinha, nº12 , 9ºB
um dia de descanso, etc.
É triste ver e ouvir que o Natal está
desvalorizado, o que interessa é as pren-
das, as árvores de natal, as luzinhas…
não é que isto não seja importante, tem
é que lhe ser dado o devido valor simbó-
lico.
Muitas vezes depois do Natal, as pes-
soas perguntam umas às outras como foi
o Natal, e a maior parte das pessoas diz:
passou-se; mais um; pró ano há mais.
Esperemos que num futuro próximo,
se possível ainda este ano, vivamos o
Natal de uma forma mais a “sério”, prati-
cando o mais importante.
Um Santo Natal para todos.
Andreia Silva
Daniela Brigas
Emanuel Carreira
Bruno Lopes
Rafael Barros
32
CRONICANDO
Uma outra verdade inconveniente…
Como é que se consegue ser tão tradi-
cional ao ponto de não se ligar ao essen-
cial?
Estamos na véspera de Natal e nem a
propósito! Um desabafo sobre aquilo
que antecede e que acompanha uma épo-
ca que, ao que parece, é tão especial para
quase toda a gente! Mas será assim tão
especial devido ao verdadeiro significado
do Natal? Pois é! Afinal para que serve
tanta propaganda antes do dia 25 de
Dezembro? É que um mês antes
«rebenta» sempre uma verdadeira bom-
ba de publicidade: de brinquedos, de
chocolates, de telemóveis, enfim, uma
lista interminável de coisas! Mas em tudo
isto, eu só vejo hipocrisia, ainda nem se
quer ouvi nem vi o nome “Jesus” neste
negro enfeite natalício! Como é possível,
certas e determinadas pessoas, servirem-
se de um acontecimento como “o nasci-
mento de Jesus”, estando sempre a
milhas do seu verdadeiro significado,
para fins lucrativos? Uma questão cuja
resposta não consigo entender…
É também na véspera Natalícia que nos
deparamos sempre com perguntas acerca
da dádiva e da oferta de presentes mas,
na realidade, são poucos os que sabem
porque se dão e porque se recebem pre-
sentes no Natal, se lhes perguntarmos
O nosso quotidiano
Vivemos num mundo cinzento, onde a
violência gera violência e onde a imagem
é o ponto principal para nos guiar nesta
sociedade. O onde, o estereótipo é a
base para uma pessoa se sentir importan-
te e integrada num grupo de persona-
gens, onde o materialismo se torna prio-
ridade a cada dia que passa e deixamo-
nos levar por hábitos mundanos.
Pessoalmente não acredito no paraíso
para os «bons» e no inferno para os
«maus».
Se assim fosse, porque não nasceríamos
todos com vontade de praticar o bem,
sem nas nossas mentes existir o ódio e o
mundo fosse simplesmente um lugar de
confraternização onde a amizade, lealda-
corremos o risco de ouvir uma resposta
do género: “Porque é tradição!”.
Uma das coisas que me faz confusão é,
também, o facto de uma grande parte
dos cristãos católicos praticantes (pelo
menos é o que dizem ser!) só colocarem
os seus ricos pezinhos na Igreja no dia
em que se celebra o nascimento de Jesus
de, esperança, bem estar, paz, prazer,
fossem uma realidade e não se tornassem
apenas numa miragem cada vez mais
distante.
Enquanto escrevo, ganho noção daqui-
lo que me envolve e me rodeia e quanto
mais me interrogo mais dúvidas me sur-
gem. Esta sociedade funciona como uma
«máquina» e de tanto tentar atingir a
perfeição, cai bruscamente no abismo da
irracionalidade, onde o meio em que
vivemos se torna uma selva urbana. Pode
dizer-se que tentamos ser superiores a
todos os que nos rodeiam demonstrando
egoísmo e repugnância.
Cada dia é mais uma corrida, que
todos temos de percorrer, mas nesta
Cristo. Impressionante, não é? Eu tam-
bém pergunto: porquê? Mas tenho noção
de que é uma interrogação retórica, já
toda a gente sabe a resposta: «Porque é
tradição, porque fica bem, porque é um
dia diferente, porque há que se mostrar a
fatiota nova, porque parece bem!»
Eu não tenho nada a ver com o que
este género de pessoas fazem ou deixam
de fazer, mas uma coisa é certa, e disto
tenho eu a firme certeza: se cada um de
nós desse mais valor à essência dos fac-
tos, se nos libertássemos do que é habi-
tual, de pensamentos e acções feitas
pelos outros, isto é, se fossemos origi-
nais e se cortássemos a tradição quando
não acreditamos na sua verdadeira razão
de ser, seríamos mais felizes.
Desejo que todos os que estão a ler
esta crónica tenham um feliz Natal, com
tudo de bom, sem me esquecer de lhes
desejar muitos presentinhos e sem me
esquecer de dizer que fico à espera de
que se lembrem, nesta época natalícia,
da grande razão de ser de tudo o que se
passa à sua volta que remete para a pala-
vra “NATAL”!
Adriana Vaz, nº1, 10ºC
parece que cada um quer atropelar o
próximo para atingir um lugar na ribalta.
Porque criticamos os outros quando em
nós temos a certeza que aquilo que nos
incorpora, ou seja, aquilo que somos, é
tanto ou pior que a crítica que lança-
mos?!
E como é que nós podemos considerar
o auge do mundo, sendo nós indivíduos
o descalabro do mesmo…?! O quoti-
diano é simplesmente uma definição
para as respostas que não pudemos
encontrar.
Tiago Oliveira, 10º K
 33

It´s Christmas Time...

Christmas
How many days till Christmas?
It's mighty hard to tell.
Take off a link every night
When the Sandman casts his spell,
And Christmas Eve will be here
By the time you reach the bell.

Santa Claus Crossword

1 2

4 5 6 7 8

9 10

11

12

13

14 15 16

Across

1. What Santa gives to naughty kids. 17

4. What Santa wears on his feet.

6. Good. 18

8. The color of Santa's suit.

9. Santa's animals.
Down
10. Santa's last name.
11. Santa's laugh.
2. What Santa checks. 9. The place where Santa parks his sleigh.
12. Santa's helper
3. Where Santa's elves make the toys. 10. What Santa eats and drinks.
13. What children hang on the fire-
5. The place where children sit and tell 13. Santa's car.
place.
Santa about their Christmas wishes. 15. Bad.
14. What Santa gives to people.
6. Where Santa lives. 16. You ________ not cry.
17. The place where Santa enters your
house. 7. Something on Santa's face.
18. Happy
34

It´s Christmas Time...

Jingle Bells Christmas Word Search

Dashing through the snow Find These Words
In a one horse open sleigh
O'er the fields we go bells
Laughing all the way candy cane
Bells on bob tails ring card
Making spirits bright carol
What fun it is to laugh and sing cookies and milk
A sleighing song tonight December
decoration
Oh, jingle bells, jingle bells frost
Jingle all the way holly
Oh, what fun it is to ride hot chocolate
In a one horse open sleigh Icicle
Jingle bells, jingle bells North Pole
Jingle all the way present
Oh, what fun it is to ride reindeer
In a one horse open sleigh Rudolph
Santa
A day or two ago Scrooge
I thought I'd take a ride sleigh
And soon Miss Fanny Bright snowflake
Was seated by my side snowman
The horse was lean and lank star
Misfortune seemed his lot stocking
We got into a drifted bank tree
And then we got upsot

Oh, jingle bells, jingle bells

Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh
Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh yeah

Jingle bells, jingle bells

Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh
Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh
 35

LA PAGE DU FRANÇAIS...

Noël
À partir de minuit, le 25 décembre, les chrétiens célèbrent Noël. C'est l'anniversaire de la naissance de Jésus,
né, dit-on, dans une crèche à Bethléem. Après la messe de minuit, on se réunit en famille, avec des amis, pour
partager le repas du réveillon de Noël et s'échanger des cadeaux. Les non-croyants ne vont pas à la messe, ils
attendent le matin du 25 décembre pour découvrir si le Père Noël est passé.

Mots Croisés
1 2 3

5 6

10 11

13
12
"Petit Papa Noël"
14
C'est la belle nuit de Noël
La neige étend son manteau blanc
15 16 17
Et les yeux levés vers le ciel
18
À genoux, les petits enfants
Avant de fermer les paupières
Font une dernière prière.
19 20
Petit papa Noël
C t d ith E li C d li d
Quand tu descendras du ciel
Horizontalement Avec des jouets par milliers
N'oublie pas mon petit soulier.
6. Objets destinés à amuser les enfants. Mais avant de partir
7. Tornade, Danseur, Cupidon, Tonnerre sont des ... Il faudra bien te couvrir
9. On l'allume pour décorer la table. Dehors tu vas avoir si froid
10. Celle du Père-Noël contient des cadeaux. C'est un peu à cause de moi.
14. On les trouve sous le sapin le matin de Noël.
16. Le dernier mois de l'année. Il me tarde tant que le jour se lève
18. Celles de Noël sont attendues par les enfants. Pour voir si tu m'as apporté
19. C'est tout blanc, tout léger, mais très froid. Tous les beaux joujoux que je vois en rêve
20. Le 24 décembre est la ...... de Noël. Et que je t'ai commandés.

Petit papa Noël

Verticalement Quand tu descendras du ciel
Avec des jouets par milliers
1. Repas fait au milieu de la nuit de Noël. N'oublie pas mon petit soulier.
2. C'est par là que le Père-Noël descend dans la maison.
3. Les chrétiens fêtent sa naissance le jour de Noël. Et quand tu seras sur ton beau nuage
4. Ce mot vient du latin natalis qui veut dire jour de naissance. Viens d'abord sur notre maison
5. Etable miniature que les gens installent parfois au pied du sapin. Je n'ai pas été tous les jours très sage
8. Décoration parfois clignotante. Mais j'en demande pardon.
9. Celle du Père-Noël est blanche.
11. Moyen de transport du Père-Noël. Petit papa Noël
12. Dans le ciel ou au sommet du sapin. Quand tu descendras du ciel
13. Elles sont de toutes les couleurs sur le sapin. Avec des jouets par milliers
15. C'est l'arbre de Noël. N'oublie pas mon petit soulier.
17. Dessert ou morceau de bois. Petit papa Noël
36

ÚLTIMA

Como cultivar a (in)comunicação?

Todos os seres humanos sentem
necessidade de comunicar. Mais… mui-
tos sentem um enorme prazer ao fazê-
lo! Um debate de ideias, uma conversa
amena, possibilidade de aprender, elo
de união, deleite. E, inesperadamente,
mera tagarelice, ruído, turbulência,
fronteiras.
Como enfrentar o desafio de uma
melhor comunicação? Simples e fácil:
- Encare a perspectiva dos outros a par-
tir da sua percepção pessoal.
- Seleccione apenas os argumentos que
fundamentem as suas convicções.
- Use rótulos para distinguir as fontes –
credíveis e não credíveis – são verdadei-
ras pérolas de eficácia. Não pense nou-
tras possibilidades.
- Não inicie uma conversa fornecendo o mente. raiva, não tente dialogar, aconchegue o
significado preciso de um termo sobre o - Não se mace a adequar a mensagem ao civismo no bolso mais fundo e lembre-
qual vai explanar pois, além de ser exi- auditório e ao contexto. Enalteça-se: se que dois olhos lançando chispas ou
gente para si, é enfadonho para o inter- use um vocabulário erudito, rebuscado, virar, de modo violento, as costas ao
locutor. Ao invés, cultive a ambiguida- pouco desgastado pelo vulgo. Assim, interlocutor, pode ser deveras eloquen-
de, abra as possibilidades de cruzamen- enquanto degusta o prazer dos cultos, te!
tos de ideias. Se cada um falar para si pode observar as células cinzentas dos Não cultive a dúvida, todas as práticas
mesmo é uma oportunidade excelente mais lentos a patinar entre possibilidades referidas e afins sobreviveram desde os
de voltar à primeira forma de egocen- significativas. É gourmet! É colheita nossos ancestrais. Logo, têm a certifica-
trismo. A conversa torna-se acalorada, especial! ção do tempo…“esse grande escultor”.
acesa, … a criança que já fomos afinal - Se for assaltado pela preguiça, dê-se ao
ainda existe! Que ideias novas aprendi? luxo de não falar. Por que razão ser
Não aprendi nenhuma. Que importa! escravo da gramática ou ser seu inimigo? Professora Ana Pinho
Pairam tantas por aí. Agarre de imediato Exercite o silêncio, os músculos…
a da maioria e recoste-se confortavel- Então, se a situação for de revolta ou

FICHA TÉCNICA:
Publicação Mensal
Direcção: Conselho Executivo da Escola Secundária C/3º CEB da Sé-Guarda
Coordenadora: Carla Tavares
Redacção: Fátima Amaral e Lina Couto
Revisão: Cristina Reinas
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Adélia Simão, Ana Pinho, Cristina Vicente, Dolores Carreira, Emília Barbeira, Judite Quaresma, Lina Couto, Padre Ricardo Fonseca, Pedro
Fagulha, Rui Coelho
Alunos - Ana Isabel Varelas, Andreia Filipa Silva, Cláudia Simão Vaz
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Participantes:
Professores - Bernardete Barata, José Fonte, Lurdes Silva, Intérprete Joana Silva
Alunos - Leila Gonçalves, Mariana Valente, Beatriz Nunes Gonçalves, Maria Inês Gonçalves, Edite Rabaço, Marta Matos, Ana Luísa Oliveira, Ana Rita
Martins, Pedro Afonso, Rafael Figueiredo, Rodrigo Amador, Sérgio Teixeira, Ana Carolina, André Pereira, Bernardo Santos, Carlos Henriques, Ariana
Almeida, Ana Carolina, Ana Ferreira, Ana Topete, Fábio Rebelo, João Cruz, Luís Cardoso, Ricardo Gonçalves, João Fonseca, Liliana Lopes, Miguel Prata,
Rafael Silva, Inês Figueiredo, Sofia Gralha, Daniela Ribeiro, Diana Silva, Sofia Costa, Luís Cravina, Andreia Marta ,Luís Botas, Mário Santos, Marco Bandei-
rinha, Daniela Brigas, Emanuel Carreira, Bruno Lopes, Rafael Barros, Adriana Vaz, Tiago Oliveira
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária C/3º CEB da Sé– Guarda

Podem enviar todos os artigos e trabalhos para o e-mail: jornalolhar@gmail.com