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01-02-2011 | Pitão-da-Birmânia

Estados Unidos

Era uma tarde perfeitamente normal na cidade americana


de Tarpon Springs, na Flórida, e um cidadão passeava
tranquilamente o seu cão quando tropeçou em algo. Assim
que recuperou o equilíbrio, nem queria acreditar: tinha
tropeçado numa pitão-da-Birmânia com mais de 4,00
metros de comprimento!

Loren Mell chamou de imediato a polícia, que recolheu o


animal sem qualquer tipo de problema, já que o réptil
parecia estar habituado a estar com humanos. A maior
dificuldade prendeu-se com o peso, 90 quilos, pelo que
foram precisos vários homens para recolher o animal da via
pública.

As pitons-birmanesas têm-se tornado um problema, desde


que começaram a invadir os Everglades desde o início dos
anos 70 do século XX. Hoje ninguém sabe ao certo quantas
são, estimando-se existirem centenas de milhar, que
encontraram nos pântanos da região condições
excepcionais para se multiplicarem e tomarem conta de
grandes áreas pantanosas, causando uma verdadeira
catástrofe ambiental por destruírem as comunidades de
animais nativos da região, que não estavam habituados a
predadores tão vorazes.

Ninguém sabe ao certo como esta espécie invasora chegou


à região, sabendo-se apenas que tudo terá começado com
alguns animais domesticados, numa altura em que era
moda ter este tipo de répteis. A forma como apareceram
nos pântanos diverge, há quem pense terem sido os
próprios donos que as libertaram por se terem tornado
demasiado grandes e começarem a representar algum tipo
de risco para as suas famílias, há quem acredite que foram
animais que fugiram dos locais onde se encontravam por
estarem mal acondicionados e há ainda quem aponte o
grande furacão Andrew, que em 1969 destruiu muitas
habitações, como o culpado de muitas pitons terem fugido e
encontrado nos rios da região uma verdadeira auto-estrada
até aos Everglades.

Neste momento, os animais já começaram a invadir outras


áreas. Ainda na semana passada um homem de 45 anos,
Tony Hamm, capturou numa estrada longe dos pântanos
uma outra cobra desta espécie, com mais de três metros,
numa região onde não havia ainda registo de avistamentos
de pitons.

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