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SÓKRATES CAMPOS QUEVEDO DOS SANTOS

SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO


FINANCEIRA - S I A F I

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Campo Grande – MS, 2000


SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA - S I A F I
SÓKRATES CAMPOS QUEVEDO DOS SANTOS

SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO


FINANCEIRA - S I A F I

Monografia apresentada como exigência


parcial para obtenção do título de Bacharel
em Ciências Contábeis apresentada à
UCDB, sob orientação do Professor
Adelino Meneguzzo

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB


CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Campo Grande – MS, 2000


Dedico a presente monografia à minha namorada
Adriana Elias Pires, presente e dedicada,
prestativa e carinhosa companheira para todas
as horas.
À Minha Mãe Nilza Maria de Oliveira Campos
dos Santos, por ter me ensinado o caminho.
À Deus por conceder a vida, a oportunidade de
compartilhá-la com pessoas tão maravilhosas, e
o discernimento e o equilíbrio que me fizeram
trilhar as fileiras universitárias.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente à Deus – base da minha


formação moral.
Ao Professor Orientador Adelino Meneguzzo pela
prestimosa colaboração para a elaboração e o sucesso do
presente trabalho monográfico.
Agradeço aos colegas e ao corpo docente da Universidade
Dom Bosco pela convivência e pelos conhecimentos
trocados durante os anos em que trilhei as fileiras
universitárias.
SUMÁRIO
RESUMO

A Contabilidade existe desde os primórdios da civilização. As primeiras


escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem conseguiu
fazer seus primeiros desenhos e gravações. O aperfeiçoamento e o crescimento da
Contabilidade foram a conseqüência natural das necessidades geradas pelo advento do
capitalismo, nos séculos XII e XIII. O período moderno foi a fase da pré-ciência, onde a
Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras
riquezas que o Novo Mundo representava. Enquanto declinavam as escolas européias,
floresciam as escolas norte-americanas com suas teorias e práticas contábeis. O Brasil
sofreu forte influência da corrente italiana primeiramente, até a antiga lei das sociedades
Anônimas, sem perder os traços de uma escola verdadeiramente brasileira. A partir da
resolução n° 220 e da circular 179 do Banco Central, o Brasil passa a sofrer inspiração
norte-americana. O grande objetivo da contabilidade é planejar e colocar em prática um
sistema de informação para uma organização, com ou sem fins lucrativos. A Contabilidade
Pública constitui uma das subdivisões da Contabilidade Aplicada a diferentes tipos de
atividades, de entidades. O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio. O campo de
atuação da Contabilidade Aplicada à Administração Pública Federal, após o advento do
SIAFI - SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL,
em 1987, começou a expandir-se e hoje já alcança as empresas públicas e algumas
empresas de economia mista que participam do Orçamento Fiscal e de Seguridade. O
SIAFI é um sistema automatizado de processamento de dados, instituído com o propósito
de atender, de maneira uniforme e sistematizada, os registros contábeis dos atos e fatos
relacionados com os recursos do Tesouro Nacional. Trata-se de um Sistema de
acompanhamento das atividades relacionadas com a Administração Financeira dos
recursos da União.

Palavras Chave: Contabilidade, SIAFI, Governo Federal.


INTRODUÇÃO

A Contabilidade existe desde os primórdios da civilização e, durante um longo


período, foi tida como a arte da escrituração mercantil. Utilizava técnicas específicas, que
foram se aperfeiçoando e especializando, sendo algumas delas aplicadas até hoje. Não
obstante a origem milenar da contabilidade, identificada por historiadores como praticada
em tempos remotos da civilização, era de forma rudimentar e não-sistematizada.

A princípio discutiu-se muito se a contabilidade era uma Arte ou uma Ciência.


Hoje é matéria pacífica que é uma Ciência. Isso porque estuda fenômenos que se verificam
de forma universal (geral) e em todos os tempos, apresentando verdades (leis) em torno de
um mesmo objeto (o patrimônio aziendal) e sob um aspecto determinado que é o da
medida da obtenção do fim aziendal (ou seja, aquilo que mentalmente se propôs o sistema
aziendal).

A Contabilidade tem assumido crescente importância, estando presente,


atualmente, nos diversos setores da economia. É também uma ferramenta fundamental em
todas as instituições públicas, sofrendo influência incessante de necessidades cada vez
maiores do poder público constituído, da profissão e principalmente, nesse caso, da
população que paga seus impostos e deseja conhecer da sua aplicação.

A Contabilidade Pública constitui uma das subdivisões da Contabilidade


Aplicada a diferentes tipos de atividades, de entidades.

O SIAFI - Sistema Integrado De Administração Financeira - é um sistema


automatizado de processamento de dados, instituído com o propósito de atender, de
maneira uniforme e sistematizada, os registros contábeis dos atos e fatos relacionados com
os recursos do Tesouro Nacional sob responsabilidade da Administração Direta e Indireta,
de forma a proporcionar maior flexibilidade e consolidação dos dados e atender às
necessidades de informações imediatas em todos os níveis da Administração Pública
Federal.
O presente trabalho monográfico vem analisar a história da contabilidade, suas
áreas de atuação, a contabilidade pública, o SIAFI, além dos lançamentos em unidades
orçamentárias e administrativas do governo federal bibliograficamente. Está dividido em
cinco capítulos seqüenciais, onde logicamente os assuntos estão dispostos de forma clara e
objetiva.
1. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

O Homem se enriquecia, e isso demandava o estabelecimento de técnicas para


controlar e reservar seus bens. Aí se inicia a história da contabilidade, que segundo
historiadores e estudiosos, se divide em quatro períodos:

 Contabilidade do Mundo Antigo:


Período que se inicia com a civilização do homem e vai até 1202 da Era
Cristã, quando apareceu o livro Liber Abaci, da autoria de Leonardo
Pisano.

 Contabilidade do Mundo Medieval


Período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o
Tratactus de Computis et Scripturis(Contabilidade por Partidas Dobradas)
de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que a teoria contábil
do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e
negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos
do conhecimento humano.

 Contabilidade do Mundo Moderno


Período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da obra: La
Contabilità Apllicatta alle Amministrazioni Private e Pubblicheda autoria
de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na
história da contabilidade.

 Contabilidade do Período Científico


Período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.
1.1. PERÍODO ANTIGO

A contabilidade empírica, praticada pelo homem primitivo, já tinha como o


objetivo o patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens em seus aspectos
quantitativos. Os primeiros registros se processaram de forma rudimentar, na memória do
homem. Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes
de processar seus registros utilizando gravações e outros métodos alternativos.

O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método


adotado para o controle dos bens, que eram classificados segundo a natureza: rebanho,
metais, escravos, etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma
espécie.

As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida,


quando o homem conseguiu fazer seus primeiros desenhos e gravações. Os primeiros
controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.

Os Súimero-babilônios, assim como os assírios, faziam seus registros em peças


de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam
aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.

Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do


animal cuja existência se queria controlar e o número correspondente às cabeças existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O
nome da conta, "Matrizes", por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto
numérico se tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo.
Esta evolução permitiu que, paralelamente à "Aplicação", se pudesse demonstrar, também,
a sua “Origem”.

Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico que


aparece no livro de Gênesis, encontraram-se, em escavações, importantes documentos
contábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes a mão-de-
obra e materiais, ou seja, Custo Direto. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o
homem já considerava fundamental apurar os seus custos.

O Sistema Contábil é dinâmico e evolui com a duplicação de documentos e


"Selos de Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em
papiros ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização,
agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço anual.
Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se,
empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era
confrontada com a despesa.

Os Egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade,


e seus registros remotam a 6.000 anos antes de Cristo. A escrita no Egito era fiscalizada
pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em sua profissão. O
Inventário se revestia de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos
egípcios, marcava o início do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e
já se estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros.

As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro


iniciava-se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais,
transportes, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas. Pode-se citar,
entre outras contas: "Conta de Pagamento de escravos", "Conta de Vendas diárias", "Conta
Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc. Tudo indica que foram os egípcios os
primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros. Usavam como base, uma
moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de maneira prática. do
Princípio do Denominador Comum Monetário.

Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já


escrituravam Contas de Custos e Receitas procedendo, anualmente, a uma confrontação
entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo
a escrituração contábil às várias atividades, como administração pública, privada e
bancária.

Quanto aos romanos, a documentação neste período é quase inexistente.


1.2. PERÍODO MEDIEVAL

Na Itália, em 1202, foi publicado o livro Liver Abaci, de Leonardo Pisano.


Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio. etc., tornando o
homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.

Se os súmeros-babilônicos plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios


a regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita. Foi um período importante
na história do mundo, especialmente na história da Contabilidade denominado a "Era
Técnica", devido às grandes invenções, como moinho de vento, aperfeiçoamento da
bússula, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como Marco Pólo e outros. A
indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração
e metalúrgica. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos,
surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro-caixa, que recebia
registros de recebimentos e pagamento em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar,
o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se,
inicialmente, a pessoas.

O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência


natural das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O
processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se
as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando
os registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália,
transformando e fortalecendo a sociedade burguesa. No final do século XIII apareceu, pela
primeira vez a conta "Capital", representando o valor dos recursos injetados nas
companhias pela família proprietária.

O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se
possa precisar em que região. Seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que
tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de
Custos. No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos
comerciais e industriais, em suas diversas fases: custo de aquisição, custo de transporte e
dos tributos; juros sobre capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o
transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; armazenamento; tingimento,
etc., o que representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia
no moldes de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra
direta a ser agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por
fases separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.

1.3. PERÍODO MODERNO

O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos
importantes que ocorreram neste período:

 Em 1493, os turcos tomaram Constantinopla, o que fez com que grandes


sábios bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
 Em 1492, é descoberta a América, e em 1500, o Brasil, o que representava
um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
 Em 1517, ocorreu a reforma religiosa: Os protestantes, perseguidos na
Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova
vida.

A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das


inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.

O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da


Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o inicio da fase moderna da
Contabilidade. Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou
muitas obras, destacando-se a Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et
Proporcionalitá, impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre
Contabilidade e Escrituração. Pacioli, apesar de ser considerado o pai da contabilidade, não
foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na
Toscana, desde o Século XIV.
O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir
conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e
razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisição, permuta,
sociedade, etc; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de
armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "PRO" e "DANO"; sobre correções
de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia
adotada:

 "PER", mediante o qual se reconhece o devedor;


 "A", pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se
usa até hoje. A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu
precedentes para que novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto.

1.4. PERÍODO CIENTÍFICO

O Período Científico apresenta, em seus primórdios, dois grandes autores


consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contador Público, que, com sua obra La
Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche, inicia a nova fase; e Fábio
Bésta, escritor veneziano. Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três
escolas do pensamento contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola
Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a
Escola Veneziana, por Fábio Bésta.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.
Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade, o que no Brasil, só
ocorreu muito mais tarde, quando essa começou a ser lecionada com a aula de comércio da
corte em 1809.

A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre


Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombardia, terra
natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário. Francisco
Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração
e guarda livros poderiam ser feitos por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a
Contabilidade implicava em conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as
práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento
patrimonialista.

Foi o início da fase científica da Contabilidade. Fábio Bèsta, seguidor de


Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o elemento
fundamental da conta, o valor, e chegou muito perto de definir Patrimônio como objeto da
Contabilidade.

Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bèsta, quem pela primeira vez, em 1923,
definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade
como elemento fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito
incontestável de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que
mero registro; é um instrumento básico de gestão. Os defeitos da escola Européia tiveram
base, como vimos, no peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem pesquisas
fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas,
inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na
Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era
uma ciência ao invés de dar vazão a pesquisa séria de campo e de grupo. A partir de 1920,
aproximadamente, se inicia a fase de predominância norte-americana dentro da
Contabilidade.
1.4.1. Escola Norte-Americana

Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-


americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de
uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos
órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi
de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis;
várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos
Estados Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da
Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas européias, onde as universidades foram
decrescendo em nível, em importância.

A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por


exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do
estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem correta interpretação das
informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo.

Nos inícios do século atual, surgiram as gigantescas corporations, que aliadas


ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de
desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta,
propiciaram um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é à toa que
atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americana que têm
reflexos diretos nos países de economia em desenvolvimento, como por exemplo, o
BRASIL.

1.5. O BRASIL E A CONTABILIDADE

A Contabilidade, no Brasil, provavelmente, começou a ser lecionada com a


aula de comércio da corte, em 1809, na Escola de Comércio Alvares Penteado, que em
1856, transformou-se em Instituto Comercial do Rio de Janeiro. Em 1902, foi criada a
Escola de Comércio Alvares Penteado, especializada no ensino da Contabilidade, tornando
o Brasil um dos primeiros países a ter um estabelecimento de Ensino Superior de
Contabilidade.

O Brasil sofreu forte influência da corrente italiana primeiramente, até a antiga


lei das sociedades Anônimas, sem perder os traços de uma escola verdadeiramente
brasileira.

Por volta de 1920 a 1940 cada empresa comercial ou industrial (naquele tempo
não se falava "empresa", dizia-se "firma") tinha o seu "guarda-livros", geralmente um
homem bem intencionado mas de pouca formação técnica, que, sem haver freqüentado
escolas ou cursos de especialidade, aprendera pela prática ou pelo empirismo. O guarda-
livros fazia tudo: a Contabilidade da firma, a sua escrituração, a sua correspondência, os
seus contratos e distratos, preenchia os cheques, fazia pagamentos e recebimentos, enfim,
era o "factotum". Era o tempo em que se predominavam as práticas. Os guarda-livros
prestaram muitos serviços dentro de suas limitadas possibilidades.

A partir da resolução n° 220 e da circular 179 do Banco Central, o Brasil passa


a sofrer inspiração norte-americana. Foi com a instalação do curso de Ciências Contábeis e
Atuariais pela Faculdade da USP em 1946, que o Brasil ganhou seu primeiro núcleo
efetivo, embora modesto, de pesquisa contábil, nos modelos norte-americanos, ou seja,
com professores em regime de serviço integral, dedicando-se ao ensino e à pesquisa;
produzindo trabalhos específicos de caráter científico, portanto de grande importância para
a contabilidade.

1.6. EVOLUÇÃO HISTÓRICA

O termo contabilidade tem origem no conceito de prestação de contas de certos


fatos ou condições de natureza comercial. Abrange, de um lado, a explicação de como as
coisas se passam no mundo dos negócios, e, de outro, o cômputo numérico das transações
que se realizaram. A contabilidade envolve praticamente todos os aspectos de uma
empresa susceptíveis de serem expressos em termos monetários: os ativos ou itens de
riquezas; os passivos ou interesses de credores que fornecem dinheiro e mercadorias, ou
prestam serviços, e aguardam o pagamento ou a remuneração; e finalmente os direitos de
proprietários que realizaram investimentos. A contabilidade destina-se a fazer o registro
sistemático das receitas e despesas, bem como dos lucros e perdas de uma firma durante
determinado período. Como tal, pode ser considerada um método quantitativo que
compreende a classificação e a mensuração do valor monetário das transações inscritas nos
registros das empresas. Embora tenha como objetivo a determinação de quantidades, não
se confunde com a estatística. Pois enquanto esta última joga qualquer tipo de elemento
quantitativo, com o número de nascimentos e óbitos, índices de população, valor da
produção, etc, a contabilidade restringe-se aos fatos que podem ser expressos em termos de
moeda. Além disso, interpreta os dados de ordem financeira quanto aos seus efeitos sobre
determinada empresa, quer se trate de uma casa comercial, associação de beneficência,
quer de uma entidade governamental.

Na Antigüidade, as trocas de bens e serviços eram seguidas de simples


registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia, já se
faziam com escritas, embora rudimentares. Tabletes de barro cozido e placas de madeira
ou de pedra eram usados para os registros de pagamentos de serviços. Um escriba egípcio
chegou a contabilizar os negócios efetuados pelo governo do seu país, no ano 2000 a.C.
Sistemas de escritas contábeis foram bastante utilizados nas Ilhas Britânicas. Empregavam-
se ramos de árvore assinalados com talhos como provas de dívida ou de quitação. O
desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo
facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios. As escritas
governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam as receitas de caixa
classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salário, perdas e
diversões. Os questores, funcionários do Estado, tinham como atribuição examinar as
contas dos governos provinciais. O imperador Augusto foi, talvez, o primeiro governante
da história a estabelecer um orçamento público.

No período medieval, diversas inovações na técnica da contabilidade foram


introduzidas por governos locais e pela Igreja. O Imperador Carlos Magno determinou, por
volta do ano 800 na Capitulare de Villis, a realização de um inventário anual da
propriedade, em livros especiais para as receitas e despesas. Em 831, um "contador"
assinou a escritura de uma propriedade transferida por S. Ambrósio a um nobre italiano.
Exames de livros de contabilidade foram efetuados na Inglaterra, durante o reinado de
Henrique I (1100 - 1135). A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi,
porém, uma contribuição de comerciantes italianos do século XII. Os empréstimos à
empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de
escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores e que, ao mesmo
tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os
empregados.

O aumento de volume dos negócios registrado após a Revolução Industrial fez


surgir a necessidade de exames contábeis das experiências financeiras das empresas, a
qual, comumente, punha seus serviços profissionais à disposição de outras organizações.
Foi, contudo, a Itália, com destaque para as cidades de Veneza, Gênova e Florença, que fez
com que a contabilidade florescesse como disciplina adulta e completa. Estas cidades e
outras da Europa fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural. Foi nesse
período que Frei Luca Pacioli escreveu um livro fazendo uma exposição completa do
Método das Partidas Dobradas (1494).

A Itália foi também o primeiro país europeu a fazer restrições à prática da


contabilidade por um indivíduo qualquer. O governo passou somente a reconhecer como
contadores as pessoas devidamente qualificadas para o exercício da profissão. A
importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio internacional e com as
guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que causaram numerosas falências e a
conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros entre credores
e devedores.

A contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. Existem diversos


registros que as civilizações antigas já possuíam um esboço de técnicas contábeis. Em
termos de registro histórico é importante destacar a obra Summa de Arithmetica,
Geometrica, Proportioni et Proportionalita, do Frei Pacioli, publicada em Veneza em
1494 (pouco depois da invenção da imprensa e um dos primeiros impressos no mundo).
Esta obra descreve, num dos seus capítulos, um método empregado por mercadores de
Veneza no controle de suas operações, posteriormente denominado método das partidas
dobradas ou método de Veneza. Nos séculos seguintes ao livro de Pacioli, a contabilidade
expandiu sua utilização para instituições como a Igreja e o Estado e foi um importante
instrumento no desenvolvimento do capitalismo, conforme opinião de importantes
estudiosos como o sociólogo Max Weber. No entanto, as técnicas e as informações
ficavam restritas ao dono do empreendimento, pois os livros contábeis eram considerados
sigilosos. Isso limitou consideravelmente o desenvolvimento da ciência uma vez que não
existia troca de idéias entre os profissionais.

Mais recentemente, com o desenvolvimento do mercado acionário e o


fortalecimento da sociedade anônima como forma de sociedade comercial, a contabilidade
passou a ser considerada também como um importante instrumento para a sociedade. Diz-
se que o usuário das informações contábeis já não é mais somente o proprietário; outros
usuários hoje também têm interesse em saber sobre uma empresa: sindicatos, governo,
fisco, investidores, credores etc.

A ampliação do leque dos usuários potenciais da contabilidade decorre da


necessidade de uma empresa evidenciar suas realizações para a sociedade como um todo.
Antigamente, a contabilidade tinha por objetivo informar ao dono qual foi o lucro obtido
numa empreitada comercial. No capitalismo moderno isto somente não é mais suficiente.
Os sindicatos precisam saber qual a capacidade de pagamento de salários, o governo
demanda a agregação de riqueza à economia e a capacidade de pagamento de impostos, os
ambientalistas exigem conhecer a contribuição para o meio ambiente, os credores querem
calcular o nível de endividamento e a probabilidade de pagamento das dívidas, os gerentes
da empresa precisam de informações para ajudar no processo decisório e reduzir as
incertezas, e assim por diante.

Diante deste quadro pode-se afirmar que o grande objetivo da contabilidade é


planejar e colocar em prática um sistema de informação para uma organização, com ou
sem fins lucrativos.
2. ÁREAS DE ATUAÇÃO

As principais áreas de atuação são as seguintes:

 Contabilidade Fiscal - participa do processo de elaboração de informações


para o fisco, sendo responsável pelo planejamento tributário da empresa.
Esta área de atuação possui uma remuneração bastante atrativa para os
profissionais de primeiro nível.
 Contabilidade Pública - no controle e gestão das finanças públicas, sendo
que este é um campo possui bastante mercado de trabalho em Brasília.
 Contabilidade de Custos - talvez hoje a área mais valorizada no Brasil e no
Mundo. Tornou-se muito importante com a redução da taxa de inflação e a
abertura econômica aos produtos estrangeiros. Fornece importantes
informações na formação de preço da empresa.
 Contabilidade Gerencial - Voltada para a melhor utilização dos recursos
econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos
efetuado por um sistema de informação gerencial. O controler é um dos
profissionais com melhores remunerações no mercado.
 Auditoria - Através de empresas de auditoria ou através de setores internos
da organização controla a confiabilidade das informações e a legalidade dos
atos praticados pelos administradores. Com os recentes escândalos do
Banco Nacional e Econômico, tem estado sob suspeita por parte da
sociedade. No entanto, o profissional tem uma remuneração bastante
atrativa.
 Perícia Contábil - Atuando na elaboração de laudos em processos judiciais
ou extrajudiciais. Área de atuação exclusiva do contador.
 Contabilidade Financeira - responsável pela elaboração e consolidação das
demonstrações contábeis para fins externos.
 Análise Econômico-financeira - Denominação moderna para a análise de
balanços. Atua na elaboração de análises sobre a situação patrimonial de
uma organização a partir de seus relatórios contábeis.
 Avaliação de Projetos - Elaboração e análise de projetos de viabilidade de
longo prazo, com a estimativa do fluxo de caixa e o cálculo de sua
atratividade para a empresa.

2.1. ÁREAS EMERGENTES

Além das áreas citadas anteriormente é importante destacar algumas áreas


emergentes onde existe uma grande perspectiva de crescimento profissional. Estas áreas
poderão vir a ser um grande campo de trabalho para o contador do ano 2000:

 Contabilidade Atuarial - responsável pela contabilidade de fundos de


pensão e empresas de previdência privada.
 Contabilidade Ambiental - responsável por informações sobre o impacto
ambiental da empresa no meio-ambiente.
 Contabilidade Social - dimensionando o impacto social da empresa, com
sua agregação de riqueza e seus custos sociais, produtividade, distribuição
da riqueza etc.
 Contabilidade de Empresas Transnacionais

2.2. LOCAL DE TRABALHO

O contador pode ser requisitado para trabalhar no governo ou em organizações


privadas. Além disto, existe um mercado para o profissional autônomo que gostaria de
exercer funções de consultoria ou de prestação de serviços.
3. CONTABILIDADE PÚBLICA

A Contabilidade Pública constitui uma das subdivisões da Contabilidade


Aplicada a diferentes tipos de atividades, de entidades. Entende-se, nos tempos atuais, a
Contabilidade como uma técnica capaz de produzir, com oportunidade e fidedignidade,
relatórios que sirvam à administração no processo de tomada de decisões e de controle de
seus atos, demonstrando, por fim, os efeitos produzidos por esses atos de gestão no
patrimônio da entidade. Sendo a Contabilidade Pública, uma das divisões da Ciência
Contábil e obviamente, possuidora de características especiais que devem ser observadas e
controladas, foi estudada na Divisão de Inspeção da Contabilidade – Contadoria Central do
Estado, em 1954, tendo-se chegado ao seguinte conceito: “É o ramo da contabilidade que
estuda, orienta, controla e demonstra a organização e execução da Fazenda Pública; o
patrimônio público e suas variações”; e o atingimento do objetivo do conceito citado é
feito pela utilização de contas, através das quais são escriturados os atos e os fatos
administrativos, portanto a contabilidade serve-se das contas para o registro, os controles e
as análises da fatos administrativos ocorridos na Administração Pública e a escrituração
contábil das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas
dobradas.

A Contabilidade Pública, aplicando normas de escrituração contábil, registra a


previsão das receitas, a fixação das despesas e as alterações introduzidas no orçamento.
Examina as operações de créditos, exerce controle interno, acompanhando passo a passo, a
execução orçamentária, a fim de que ela se procedesse em conformidade com as normas
gerais de Direito Financeiro. Compara a previsão e a execução orçamentária e seus
reflexos econômico-financeiros. Mostra as variações patrimoniais resultantes ou não da
execução orçamentária. Evidencia as obrigações, os direitos e os bens da entidade. Os
relatórios contábeis são analisados com o propósito de estabelecer as relações entre os
resultados obtidos e os esperados. Tais estudos determinarão as retificações ou a
reformulação da política econômico-financeira no novo período administrativo. A
Contabilidade Pública é a disciplina que aplica, na administração pública, as técnicas de
registros e apurações contábeis em harmonia com as normas gerais do Direito Financeiro.
A Contabilidade Pública seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no
Distrito Federal, tem como carro chefe a Lei 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui
normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Costumamos dizer que a Lei 4.320/64 está para Contabilidade Pública assim
como a Lei das Sociedades por Ações, Lei 6.404/76, está para a Contabilidade aplicada à
atividade empresarial.

A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa,


estabelecida no Orçamento Público aprovado para o exercício, escritura a execução
orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a previsão e a realização das
receitas e despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos
e obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio.

Seguindo os dispositivos da Lei 4.320/64 e as afirmações anteriores, podemos


definir a Contabilidade Pública como sendo o ramo da contabilidade que registra, controla
e demonstra a execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública e o patrimônio
público e suas variações.

Pela definição anterior deduzimos que a Contabilidade Pública está interessada


também em todos os atos praticados pelo administrador, sejam de natureza orçamentária
(Previsão da Receita, Fixação da Despesa, Empenho, Descentralização de Créditos, etc;)
ou sejam meramente administrativos (Contratos, Convênios, Acordos, Ajustes, Avais,
Fianças, Valores sob responsabilidade, Comodatos de Bens, etc;) representativos de
valores potenciais que poderão afetar o Patrimônio (A - P = PL) no futuro.

O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio.

A Contabilidade Pública não está interessada somente no Patrimônio e suas


variações, mas também, no Orçamento e sua execução (Previsão e arrecadação da receita e
a Fixação e a execução da despesa). Além de registrar todos os fatos contábeis
(modificativos, permutativos e mistos), registra também os atos potenciais praticados pelo
administrador, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio.
Contabilidade Pública está interessada nos atos e fatos de natureza orçamentários visto que
o orçamento, sendo um dos primeiros atos praticados pelo administrador, tem um papel
importantíssimo na Contabilidade Pública pois, praticamente quase tudo se origina no
orçamento.

O objetivo da Contabilidade Pública é o de fornecer à administração


informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de
controle interno e externo para o cumprimento da legislação e às instituições
governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas
instituições.

A Contabilidade Pública é um dos ramos mais complexos da ciência contábil e


tem por objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam
as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito público
interno.

O campo de aplicação da Contabilidade é restrito à administração, nos seus


quatro níveis de governo: Federal, Estadual, Municipal e Distrito Federal, bem como as
suas Autarquias e Fundações, tratam-se pois, das aziendas ou entidades públicas (não só do
Direito Público), integrantes da estrutura da Administração e sujeitas a seu controle através
de metodologia especialmente concebida para tal, que utiliza-se das contas escrituradas nos
seguintes sistemas:

a) Sistema Orçamentário;
b) Sistema Financeiro;
c) Sistema Patrimonial; e,
d) Sistema de Compensação.

O campo de atuação da Contabilidade Aplicada à Administração Pública


Federal, após o advento do SIAFI - SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
DO GOVERNO FEDERAL, em 1987, começou a expandir-se e hoje já alcança as
empresas públicas e algumas empresas de economia mista que participam do Orçamento
Fiscal e de Seguridade.
3.1. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU CENTRALIZADA:

A Administração Direta ou Centralizada é a constituída dos serviços integrados


na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, no âmbito
federal, e do Gabinete do Governador e Secretarias de Estado, no âmbito estadual, e na
administração municipal deve seguir estrutura semelhante.

Conforme se observa, administração direta ou centralizada é aquela que se


encontra integrada e ligada, na estrutura organizacional, diretamente ao Chefe do Poder
Executivo.

Os serviços prestados pela administração direta ou centralizada, embora sejam


subordinados às decisões de diferentes unidades, obedecem, graças à relação hierárquica,
sempre às unidade superiores num afunilamento crescente e contínuo, chegando, como
estreitamento final, ao comando último do Chefe do Executivo.

A administração direta ou centralizada, portanto, tem a estrutura de uma


pirâmide, e no seu ponto mais alto encontra-se a Presidência – no âmbito federal – que do
topo dirige todos os serviços.

3.2. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO INDIRETA OU DESCENTRALIZADA:

A administração indireta ou descentralizada é aquela atividade administrativa,


caracterizada como serviço público ou de interesse público, transferida ou deslocada do
Estado, para outra entidade por ele criada ou cuja criação é por ele autorizada.

Na administração indireta ou descentralizada, portanto, o desempenho da


atividade pública é exercido de forma descentralizada, por outras pessoas jurídicas de
direito público ou privado, que, no caso, proporcionarão ao Estado a satisfação de seus fins
administrativos.
3.3. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA:

As múltiplas funções do Estado constituem um crescente complexo de


atividades as mais variadas. É evidente que o chefe do Poder Executivo não pode
centralizar sob sua direta administração essa multiplicidade de serviços. Ele centraliza, e é
isso que se chama administração centralizada ou administração direta, algumas funções,
tais como: Justiça, Saúde, Educação, Segurança, Agricultura, obras Públicas, Transportes,
Fazenda, Planejamento, Turismo etc., através de órgãos denominados Ministérios, na
esfera federal, ou Secretarias, no âmbito estadual.

Há, entretanto, outros serviços que devem ser executados pelo Estado, mas
que, devido ao nível de especialização e à necessidade de uma atenção especial e imediata
em tais funções, que exigem instalações, equipamentos, pessoal e direção especializados,
não podem subordinar-se às normas gerais da administração direta. Em tais casos faz-se
necessária a descentralização desses serviços, desmembrando-os da administração direta,
pela constituição de entidades especializadas dotadas de certa autonomia. Esses órgãos
constituem o que se denomina comumente administração indireta ou administração
descentralizada. É a descentralização dos serviços públicos.

3.4. ABRANGÊNCIA DA CONTABILIDADE PÚBLICA:

A Contabilidade Pública não deve ser entendida apenas como destinada ao


registro e escrituração contábil, mas também à observação da legalidade dos atos da
execução orçamentária, através do controle e acompanhamento, que será prévio,
concomitante e subseqüente, além de verificar a exata observância dos limitas das cotas
trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que foi instituído
para esse fim.
Portanto, na administração pública, os serviços de contabilidade devem ser
organizados de forma que seja permitido o acompanhamento da execução orçamentária
desde o seu início, registrando os limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade
orçamentária e controlando e acompanhando, à medida que ela for se desenvolvendo.

Deve também verificar a legalidade dos atos de execução orçamentária: se o


empenho da despesa obedeceu à legislação vigente, relativa à licitação, autorização
competente; se não se trata de despesas já realizadas; se a liquidação da despesa foi
registrada em documentos processados pelo serviço de contabilidade e se a determinação
para o pagamento da despesa foi despachada pela autoridade competente.

Obviamente para proceder à verificação da legalidade dos atos da execução


orçamentária, prévia, concomitante e subseqüente, há necessidade de se conhecer quando o
empenho, a liquidação e a ordem de pagamento da despesa foram legalmente
formalizados; por isso cabe à Contabilidade Pública o estudo dos vários aspectos que
envolvem a execução orçamentária e financeira da receita e da despesa pública e todas as
gamas de repercurssões que por ela é produzida.
4. O SIAFI

4.1. APRESENTAÇÃO DO SISTEMA

O SIAFI é um sistema automatizado de processamento de dados, instituído


com o propósito de atender, de maneira uniforme e sistematizada, os registros contábeis
dos atos e fatos relacionados com os recursos do Tesouro Nacional sob responsabilidade da
Administração Direta e Indireta, de forma a proporcionar maior flexibilidade e
consolidação dos dados e atender às necessidades de informações imediatas em todos os
níveis da Administração Pública Federal. Portanto, é um sistema que processa a execução
orçamentária, financeira e contábil dos Órgãos e entidades da Administação Federal.

A utilização de técnicas eletrônicas de tratamento de dados neste sistema, cuja


ampliação dá-se de forma gradual e progressiva, busca a realização de execução
orçamentária, financeira e contábil, de forma integrada, objetivando minimizar custos, em
prol da eficiência e eficácia na gestão dos recursos alocados no Orçamento Geral da União.

4.2. CARACTERÍSTICA PRINCIPAL

Trata-se de um Sistema de acompanhamento das atividades relacionadas com a


Administração Financeira dos recursos da União, que centraliza e uniformiza o
processamento da Execução Orçamentária, recorrendo a técnicas de elaboração eletrônica
de dados, com o desenvolvimento das unidades centrais e setoriais do Sistema, bem como
a participação dinâmica das Unidades Gestoras (UG) e entidades Supervisionadas, sob a
supervisão técinica da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e sem prejuízo da
subordinação hierárquica ministerial.
O resultado dessa integração abrange essencialmente a programação financeira,
execução contábil e a administração orçamentária. É importante ressaltar que esses
resultados são obtidos sem que a gestão seja prejudicada. A centralização do
processamento não introduz qualquer rigidez ou restrição à realização das despesas pelos
gestores.

4.3. ALGUNS ANOS DE HISTÓRIA

Até o ano de 1986, o Governo Federal convivia com graves problemas para o
efetivo controle das Contas Públicas, tais como:

 Defasagem na Escrituração Contábil - o espaço de tempo entre a ocorrência


do fato contábil e a emissão de demonstrativos orçamentários, financeiros e
patrimoniais era de, no mínimo, 45 dias, tornando-os inviáveis para fins
gerenciais;
 Incompatibilidade dos dados utilizados - em decorrência da não utilização
da Contabilidade como fonte de informações, as diversas fases do
orçamento e da programação financeira apresentavam sérias
inconsistências;
 Os trabalhos eram realizados de forma rudimentar - as Unidades Gestoras
faziam o controle de suas disponibilidades orçamentárias e financeiras e as
unidades setoriais de contabilidade verificavam as disponibilidades de
crédito para efetuarem os registros contábeis, normalmente feitos
manualmente;
 Sistemas de informações não integrados;
 Multiplicidade de contas correntes bancárias - o grande número de contas
bancárias tornava impossível o seu controle e consequentemente contribuía
para o entesouramento do dinheiro público;
 Pessoal despreparado - existia, na época, uma cultura de que a
Contabilidade servia apenas para aspectos formais; em conseqüência, o
pessoal não precisava estar treinado para utilizar técnicas modernas de
administração financeira.
Para dar solução à situação existente, diante do difícil quadro que se
prenunciava, foi criada a STN, em 10/03/86, pelo decreto nº 95.452:

 A STN, em razão de suas atribuições, resolveu implantar um sistema capaz


de solucionar os problemas existentes.
 O Decreto de criação do Órgão, em seu artigo 12, autorizou-lhe implantar
o sistema necessário para modernizar e integrar, através da computação
eletrônica de dados, todos os sistemas de programação financeira, execução
orçamentária e controle interno, então existentes.
 No 2º semestre de 1986, técnicos da STN e do SERPRO iniciaram o
desenvolvimento do SIAFI, combinando a técnica contábil com os recursos
de informática.
 O SIAFI foi desenvolvido, em sua fase inicial, e implantado nesse mesmo
ano, entrando em operação em 01/87.
 Em 1988, após os ajustes necessários, foi implantada a Conta Única,
encerrando as contas escriturais das Unidades Gestoras, passando o
controle de todas as contas correntes então existentes para o Sistema.
 Também em 1988 implantou-se o DARF eletrônico, permitindo aos
integrantes do Sistema o recolhimento ”on-line” das receitas federais ao
Tesouro Nacional, sem a necessidade de trânsito pela rede bancária. Com
esse procedimento, o SIAFI incorporou as funções de BANCO
ARRECADADOR, o que significou uma economia considerável para os
cofres do Governo.
 Mais um passo substancial foi dado com a implantação do módulo
COMUNICA, correio eletrônico do Sistema, que veio a constituir-se como
o principal canal de comunicação entre o órgão central e seus usuários.
 A partir deste ano, as UG passaram a elaborar suas próprias programações
financeiras, que depois de consolidadas pelos Órgãos Superiores, permitem
o acompanhamento dos seus programas de desembolso.

Nos anos seguintes, alguns fatos marcaram o constante aprimoramento do


Sistema; dentre eles destacam-se:
 1989 - Implantado o Centro de Informações, que permite a extração de
dados existentes no Sistema para tratamento em uma estação de trabalho
remota;
 Implantados o subsistema de consulta ao Manual da STN, o subsistema de
controle das dívidas interna e externa da União e o subsistema de gestão
das operações oficiais de crédito.

 1990 - Implantado em âmbito nacional o SIAPE - Sistema Integrado de


Recursos Humanos - posteriormente transferido para a então SAF -
Secretaria de Administração Federal.

 1991 - Implantação do Subsistema de Programação Orçamentária e


otimizados os subsistemas de controle de obrigações e execução financeira.

 1992 - Implantação do INSS no SIAFI. Criada a Conta Movimento do


INSS à semelhança da Conta Única.

 1993 - Implantação da gestão Orçamento Fiscal e da Seguridade Social,


integração dos Balancetes Contábeis das UG e apropriação de suas folhas
de pagamento e revisão das normas de segurança do SIAFI.

 1994 - Após estudos preliminares realizados em 1993, foram iniciados os


projetos SIAFI Gerencial e Reprojeto do SIAFI, com o objetivo de
transformar o SIAFI num sistema atual, moderno, eficiente e amigável para
seus usuários, utilizando-se da experiência incorporada ao longo dos anos e
dos avanços tecnológicos desse período.

Ao longo de todos esses anos, o SIAFI vem desempenhando sua tarefa de


modo bastante satisfatório, mas por trás desse bom desempenho se encontra toda uma
estrutura montada para mantê-lo sempre atual e capaz de atender as necessidades dos
usuários. Novas evoluções no sistema e na sua infra-estrutura têm sido implantadas
ininterruptamente, sempre que possível.
4.3.1. Objetivos

 Simplificar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial


e contábil;
 Buscar a minimização dos custos, a eficiência e a eficácia na gestão dos
recursos públicos;
 Prover os órgãos centrais, setoriais e executores da gestão pública de
mecanismos adequados para o controle diário da execução orçamentária,
financeira, patrimonial e contábil;
 Dar maior transparência aos gastos públicos;
 Dotar a administração pública de mecanismos de modernização;
 Otimizar a utilização dos recursos financeiros.

4.3.2. Abrangências

 Todos os órgãos da administração direta;


 Autarquias;
 Fundações;
 Empresas Públicas;
 Órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário;
 Sociedades de Economia Mista.

4.3.3. Subsistemas

 Administração do SISTEMA;
 Auditoria;
 Conformidade Contábil;
 Convênios;
 Documentos do SIAFI;
 Estados e Municípios;
 Manual;
 Controle de Obrigações;
 Orçamentário e Financeiro;
 Operações Oficiais de Crédito;
 Programação Orçamentária;
 Tabelas Administrativas;
 Tabelas de Apoio;
 Tabelas de Cadastro de Obrigações;
 Tabelas Orçamentárias;
 Tabelas de Receitas Orçamentárias.

4.4. VANTAGENS DO SIAFI

A integração da empresa à Conta Única do Governo Federal busca maximizar a


integração operacional, minimizando as dificuldades de comunicação, através de:

 redução de custos (tranportes, tarifas, pessoal, etc.);


 otimização de processos;
 utilização dos serviços dos bancos apenas para pagamentos externos ao
SIAFI, pois o Sistema possibilita a realização de pagamentos a intra-
unidades;
 identificação rápida das faturas pagas;
 consulta a documentos no próprio extrato (razão da Conta Única);
 menor tempo de digitação (cópia), evitando a ocorrência de erros;
 transações on-line (banco eletrônico);
 emissão de DARF Eletrônica e GPS Eletrônica.
4.5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA INTEGRAÇÃO SISTÊMICA

Os diagramas de fluxos de pagamentos para empresa integrante ou não da


Conta Única são representados da seguinte maneira:

A) EMPRESA NÃO INTEGRANTE DA CONTA ÚNICA DO GOVERNO


FEDERAL (ANEXO 1)
B) EMPRESA INTEGRANTE DA CONTA ÚNICA DO GOVERNO
FEDERAL (ANEXO 2)

4.6. CONCEITUAÇÕES BÁSICAS DO SIAFI

UNIDADE GESTORA – é a Unidade Administrativa investida no poder de


gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. Cada UG tem
um código, formado por 6 (seis) dígitos, que identifica a Unidade no Sistema. A UG
corresponde à Empresa está cadastrada em tabela própria disponível para consulta em
terminal mediante a utilização da transação CONUG.

UG “ON LINE” – é aquela que acessa diretamente o SIAFI, através de


terminal de vídeo, para introdução de seus atos e fatos relacionados à execução
orçamentária, financeira e contábil.

GESTÃO – denomina-se “gestão” o ato de gerir a parcela do patrimônio de


uma UG, Entidade Supervisionada, Órgão ou Fundo que, tendo ou não personalidade
jurídica própria, requeira demonstrações, acompanhamentos e controles distintos.

TRANSAÇÃO – é o conjunto de procedimentos inter-relacionados que permite


a integração do operador de terminal (em vídeo) a equipamentos de computação, com a
geração de telas que servem para entrada, atualização ou consulta de dados.
EVENTO – denomina-se “evento” qualquer ato ou fato que deva ter tratamento
pelo SIAFI. O Sistema baseia-se integralmente na identificação do evento sob registro para
efetuar o processamento correspondente, incluindo os registros contábeis. É fundamental a
correta informação do evento, pois dela depende, em última instância, a correção dos dados
registrados e das informações geradas no SIAFI. A Tabela de Eventos é o instrumento
utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento das telas e ou documentos de entrada
no SIAFI para transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis
automáticos.

PLANO DE CONTAS – consiste em uma estruturação ordenada e sistematizada


das contas utilizadas pela entidade. Contém as diretrizes técnicas gerais e especiais que
orientam os registros dos fatos ocorridos e dos atos praticados na entidade. Tem o
propósito de atender, de maneira uniforme e sistematizada, ao registro dos atos e fatos
relacionados com os recursos do TESOURO NACIONAL sob a responsabilidade dos
Órgãos da Administração Direta e Indireta, de forma a proporcionar maior flexibilidade no
gerenciamento e consolidação dos dados e atender as necessidades de informações em
todos os níveis da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL.

Os objetivos do plano de contas são os seguintes:

 Realçar o estado patrimonial e suas variações. As Contas de Controle ficam


agrupadas de forma a propiciar o conhecimento mais adequado da situação
Econômico-Financeira de uma Gestão Administrativa.Padronizar o nível de
informações, auxiliando o processo de TOMADA DE DECISÃO e
facilitando a elaboração do BALANÇO GERAL DA UNIÃO.

4.7. DOCUMENTOS UTILIZADOS NO SIAFI

Os registros contábeis são efetuados no SIAFI por meio de documentos, sendo


eles os seguintes:
 NOTA DE DOTAÇÃO (ND) – destina-se ao registro de desdobramento, por
Plano Interno e/ou por Fonte (quando detalhada), dos créditos previstos no
Orçamento Geral da União, bem como à inclusão de créditos nele não
consignados.
 NOTA DE MOVIMENTAÇÃO DE CRÉDITO (NC) – destina-se ao registro
dos eventos vinculados à transferência de créditos, tais como Provisão e
Anulação de Provisão.
 NOTA DE EMPENHO (NE) – destina-se a registrar os fatos vinculados ao
empenho de despesa, por meio de evento de sistema.
 NOTA DE LANÇAMENTO (NL) – destina-se a registrar os fatos vinculados
ao empenho de despesa, por meio de eventos de sistema.
 ORDEM BANCÁRIA (OB) – destina-se ao pagamento de compromissos,
bem como à liberação de recursos para fins de adiantamento, mediante a
utilização dos recursos financeiros existentes em contas bancárias mantidas
no Banco do Brasil S/A..
 GUIA DE RECEBIMENTO (GR) – destina-se ao registro de cancelamento
de OB (após a data de sua emissão), à arrecadação de receitas próprias, ao
recolhimento de recursos oriundos de anulação de despesas ou ao
acolhimento de depósitos de diversas origens.
 DOCUMENTO DE ARRECAÇÃO DE RECEITAS FEDERAIS (DARF) –
destina-se à arrecadação por processo eletrônico , sem a utilização da rede
bancária, de tributos federais que tenham como contribuintes os Órgãos e
Entidades integrantes da Conta Única.
 GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (GPS) – destina-se à arrecadação por
processo eletrônico, sem a utilização da rede bancária, de encargos sociais
pertencentes à Previdência Social.
4.8. CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL

Representa a conta mantida junto ao Banco Central (BACEN) e


operacionalizada pelo Banco do Brasil (BB). Destina-se a acolher, em conformidades com
o artigo 164 da Constituição Federal, as disponibilidades financeiras da União, à
disposição das UG “ON-LINE”.

Os ingressos na Conta Única ocorrem através de transferências de limite de


saque de outra UG da Conta Única.

Limite de saque é a disponibilidade financeira da UG “ON-LINE”, existente na


Conta Única, para a realização de pagamentos.

4.9. ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS

A estrutura do plano de contas objetiva, principalmente:

 realçar o estado patrimonial e suas variações, realçando as contas típicas de


controle para os grupos de compensação, de forma a propiciar o
conhecimento mais adequado da situação econômico-financeiro de uma
gestão administrativa.
 possibilitar a extração de relatórios necessários à análise gerencial,
inclusive Balanços Orçamentários, Financeiros e Patrimonial e
Demonstração das Variações Patrimoniais;
 padronizar o nível de informações dos Órgãos da Administração Direta e
Indireta com a finalidade de auxiliar o processo de tomadas de decisão,
ampliando a quantidade dessas informações e facilitando a elaboração do
Balanço Geral da União; e
 permitir, através do Elenco de Contas e Tabelas de Eventos, a implantação
de um Sistema integrado de informações orçamentárias, financeiras e
patrimoniais na Administração Pública, capaz de atender aos aspectos
legais e gerenciais. A nível de classe/grupo, o Elenco de contas apresenta a
seguinte estrutura:

1– ATIVO 2 – PASSIVO
1.1 – CIRCULANTE 2.2 - CIRCULANTE
1.2 – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 2.2 – EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.3 – RESULTADOS DE EXERCÍCIOS
FUTUROS
1.4 - PERMANENTE 2.4 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1.9 - COMPENSADO 2.9 - COMPENSADO

3 – DESPESA 4 – RECEITA
3.1 – DESPESAS CORRENTES 4.1 – RECEITAS CORRENTES
3.2 – DESPESAS DE CAPITAL 4.2 – RECEITAS DE CAPITAL

5 – RESULTADO DIMINUTIVO DO 6 – RESULTADO AUMENTATIVO DO


EXERCÍCIO EXERCÍCIO
5.1 – RESULTADO ORÇAMENTÁRIO 6.1 – RESULTADO ORÇAMENTÁRIO
5.2 – RESULTADO EXTRA-ORÇAMEN- 6.2 – RESULTADO EXTRA-ORÇAMEN-
TÁRIO TÁRIO

4.10. NÍVEIS DE DESDOBRAMENTO DO ELENCO DAS CONTAS

O código de conta corrente possibilita que as informações sejam tratadas de


conformidade com a individualização peculiar à conta respectiva, de acordo com a tabela
própria estruturada e cadastrada, observadas as instruções específicas, tendo em vista a
flexibilidade no gerenciamento dos dados necessários (ANEXO 3).

O primeiro nível representa a classificação máxima na agregação das contas


das seguintes classes:

A) ATIVO – compreende as contas correspondentes aos bens e direitos,


demonstrando a aplicação de recursos;
B) PASSIVO – compreende as contas relativas às obrigações evidenciando as
origens dos recursos aplicados no Ativo;
C) DESPESA – compreende as contas representativas dos recursos auferidos
na gestão a serem computados na apuração do resultado;
D) RECEITA – compreende as contas representativas dos recursos auferidos
na gestão a serem computados na apuração do resultado;
E) RESULTADO DO EXERCÍCIO – (aumentativo e diminutivo) –
compreende as contas representativas de variações patrimoniais, resultantes
ou independentes da execução orçamentária, a serem computadas na
apuração do resultado.

O ATIVO compreende os seguintes grupos de contas:

A) ATIVO CIRCULANTE – compreende as disponibilidades de numerário,


os recursos a receber, as antecipações de despesas, bem como outros bens e
direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício
seguinte;
B) REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – representa os direitos realizáveis
após o término do exercício seguinte;
C) ATIVO PERMANENTE – representa os investimentos de caráter
permanente, as imobilizações, bem como despesas diferidas que
contribuirão para formação do resultado de mais de um exercício; e
D) ATIVO COMPENSADO – compreende contas com a função precípua de
controle, relacionadas aos bens, direitos, obrigações e situações não
compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, possam vir
a afetá-lo, inclusive as relativas a atos e fatos relacionados com a execução
orçamentária e financeiras. Sua contrapartida é o PASSIVO
COMPENSADO.

O PASSIVO é representado pelos seguintes grupos de contas:

A) PASSIVO CIRCULANTE – compreende os depósitos, os restos a pagar, as


antecipações de receita, bem como outras obrigações em circulação,
exigíveis até o término do exercício seguinte;
B) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO – representa as obrigações exigíveis
normalmente após o término do exercício seguinte;
C) RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS – compreende as contas
representativas de receitas de exercícios futuros, deduzidas das despesas a
elas correspondentes;
D) PATRIMÔNIO LÍQUIDO – representa o capital autorizado, as reservas de
capital e outras que forem definidas, bem como o acumulado para posterior
destinação; e
E) PASSIVO COMPENSADO – compreende contas com a função precípua
de controle, relacionadas aos bens, direitos, obrigações e situações não
compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, possam vir
a afetá-lo, inclusive as relativas a atos e fatos relacionados com a execução
orçamentária e financeira. É exclusivamente a contrapartida do ATIVO
COMPENSADO.

A DESPESA compreende os recursos despendidos na gestão e computados na


apuração do resultado do exercício, desdobrada nas seguintes categorias econômicas:

A) DESPESAS CORRENTES – compreendem pessoal e encargos sociais,


juros e encargos da dívida interna e externa e outras, observadas as
conceituações legais e normas pertimentes em vigor.
B) DESPESAS DE CAPITAL – correspondem aos investimentos, inversões
financeiras, amortização da dívida interna e externa e outras, observadas as
conceituações legais e normas pertinentes em vigor;

A RECEITA compreende os recursos auferidos na gestão e computados na


apuração do resultado do exercício, desdobrada nas seguintes categorias econômicas:

A) RECEITAS CORRENTES – compreendem as tributárias, patrimoniais,


industriais e outras de natureza semelhante, bem como as provenientes de
transferências correntes, observados os dispositivos legais e normas
pertinentes em vigor;
B) RECEITAS DE CAPITAL – correspondem à constituição de dívidas,
conversão em espécie de bens e direitos, utilização de saldos de exercícios
anteriores ou de reservas e outras de natureza semelhante, bem como as
provenientes de transferências de capital, observadas as conceituações
legais e normas pertinentes em vigor.
O RESULTADO DIMINUTIVO DO EXERCÍCIO contém os seguintes grupos
de contas:

A) RESULTADO ORÇAMENTÁRIO – corresponde às despesas,


interferências passivas (financeiras) e às mutações patrimoniais passivas
resultantes da execução orçamentária (permutativas);
B) RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO – abrange as interferências
passivas (financeiras e patrimoniais) e as mutações passivas de bens,
direitos e obrigações independentes da execução orçamentária
(modificativas).

O RESULTADO AUMENTATIVO DO EXERCÍCIO corresponde aos


seguintes grupos de contas:

A) RESULTADO ORÇAMENTÁRIO – representa as receitas, interferências


ativas (financeiras) e as mutações patrimoniais ativas resultantes da
execução orçamentária (permutativas);
B) RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO – abrange as interferências
ativas (financeiras e patrimoniais) e as mutações ativas de bens, direitos e
obrigações independentes da execução orçamentária (modificativas).

O RESULTADO APURADO é a conta contábil utilizada para demonstrar a


apuração do resultado do exercício.

O Plano de Contas da Administração Pública Federal indica para cada conta


contábil, a nível de escrituração, o Sistema Contábil a que a mesma pertence, de forma a
oferecer maior segurança no momento dos registros contábeis, facilitando a análise
gerencial, inclusive balanços e demais demonstrações contábeis. Os Sistemas Contábeis
aos quais as contas podem pertencer são os seguintes:

A) ORÇAMENTÁRIO (O) – indica as contas contábeis que pertencem ao


grupo do Ativo e Passivo Compensado e que tenham interferência direta no
controle do detalhamento da execução orçamentária da Receita e da
Despesa;
B) COMPENSAÇÃO (C) – indica as contas contábeis que pertencem ao grupo
do Ativo e Passivo Compensado com a função precípua de controle. Ainda
que algumas pertençam ao subgrupo da Execução Orçamentária da Receita
e da Despesa, sua interferência ocorre no acompanhamento detalhado
dessas execuções, bem como no acompanhamento da Programação
Financeira e de outras que integrem ao subgrupo das Compensações Ativas
e Passivas Diversas.
C) FINANCEIRO (F) – indica as contas contábeis que pertençam às classes do
Ativo, Passivo, Variações Ativas e Passivas, bem como Receitas e
Despesas, com destaque para estas duas últimas, uma vez que as contas que
compõem essas classes pertencem exclusivamente a esse sistema, e que de
forma mediata ou imediata venham a impactar os recursos financeiros
disponíveis; e
D) PATRIMONIAL (P) – indica as contas contábeis pertencentes às classes do
Ativo, onde estão demonstradas as aplicações dos recursos, e Passivo, onde
estão evidenciadas as origens dos recursos aplicados no Ativo, bem como
das varições Ativas e Passivas, e que não interferem diretamente na
composição das disponibilidades de numerário e obrigações pendentes ou
em circulação.

4.11. ESTRUTURA DOS EVENTOS

A Tabela de Eventos é o instumento utilizado pelas UG no preenchimento das


telas e/ou documentos de entrada no SIAFI, para transformar os fatos administrativos
rotineiros em registros contábeis automáticos que são classificados em:

A) de gestor ou normal: não apresentam características especiais;


B) de sistema ou de máquina: aqueles cuja indicação é dispensada na
transação; e
C) de estorno: geram reflexos exatamente inversos aos respectivos eventos
normais, classificados em qualquer dos tipos anteriores.
Existem transações que correspondem a determinado evento, dispensando-se a
sua indicação a qual é assumida pelo SIAFI através de instruções internas do Sistema.
Para cada evento é definido o correspondente roteiro contábil, associado com tantos
lançamentos quantos necessários. Os eventos contemplam lançamentos:

A) para a unidade que está efetuando o registro; e


B) para a unidade que seja destinatária da ação afetuada (por exemplo:
beneficiária de transferência de recursos financeiros).

O código do evento é composto de 6 (seis) números estruturados da maneira


em que está exposta no ANEXO 4.

4.12. ÍNDICE DOS EVENTOS

10.0.000 – Eventos de Previsão da Receita


20.0.000 – Eventos de Dotação
30.0.000 – Eventos de Movimentação de Crédito
40.0.000 –Eventos de Empenho
50.0.000 –Eventos de Apropriação, Retenções, Liquidações e outros
51.0.000 – Eventos de Apropriações de Despesas
52.0.000 – Eventos de Retenções de Obrigações
53.0.000 – Eventos de Liquidações de Obrigações
54.0.000 – Eventos Diversos
55.0.000 – Eventos de Apropriações de Direitos
56.0.000 – Eventos de Liquidações de Direitos
60.0.000 – Eventos de Restos a Pagar
61.0.000 – Eventos de Liquidações de Restos a Pagar
70.0.000 – Eventos de Desembolso
80.0.000 – Eventos de Receitas
Os códigos dos eventos mantêm correlação com os documentos de entrada do
SIAFI. Exceção feita aos eventos 50, 60, 70 e 80 que podem aparecer indistintamente na
Nota de Lançamento (NL), Ordem Bancária (OB), Guia de Recebimento (GR).

Os eventos 10.0.XXX são preenchidos de forma individual na NL e se


destinam a registrar a Provisão da Receita e os eventos 20.0.XXX são indicados na ND e
objetivam registrar a Dotação de Despesa. Tais eventos são preenchidos de forma
individual, com algumas exceções de utilização conjugada, porém com eventos da mesma
classe.

Os eventos 30.0.XXX são indicados de forma individual na NC e se destinam a


registrar a Movimentação de Créditos Orçamentários.

Os eventos 40.0.XXX são automaticamente preenchidos na NE ou PE, de


forma individual, e objetivam registrar a emissão de Empenhos ou Pré-Empenhos.

Os eventos 50, 60, 70 e 80, quando preenchidos na NL, não podem apresentar-
se de forma individual (exceto os códigos 54). Isso porque são eventos representativos de
partida contábil de débitos (51, 53, 55, 61, 70) e de créditos (52,56,80). A combinação
natural desses eventos é a seguinte:

 os eventos 51.0.XXX são utilizados sempre que a Despesa for reconhecida,


esteja ou não em condições de pagamentos. Esses eventos exigem, como
complemento, eventos 52.0.XXX para o caso de retenção da respectiva
obrigação na NL. Em se tratando de pagamento direto, o evento de despesa
é utilizado na OB, apropriando e liquidando simultaneamente a despesa;
 os eventos 52.0.XXX são utilizados normalmente como contrapartida dos
eventos 51.0.XXX, retendo o pagamento para época devida;
 os eventos 53.0.XXX são utilizados para liquidar obrigações retidas através
dos eventos 52.0.2XX. As dezenas dos eventos 53.0.3XX mantêm, na
maioria das vezes, correlação com as dos eventos 52.0.2XX;
 os eventos 54.0.XXX são utilizados de forma individual e se destinam à
realização de registros contábeis diversos;
 os eventos 55.0.5XX são utilizados para apropriar os valores
representativos de direitos, inclusive por desembolsos, efetuados pela UG
para prestação de contas posteriormente;
 os eventos 56.0.6XX são utilizados para liquidar direitos apropriados por
eventos 55.0.5XX. As dezenas dos eventos 56.0.6XX mantêm, na maioria
das vezes, correlação com as dezenas dos eventos 55.0.5XX;
 os eventos 61.0.XXX são utilizados para a liquidação dos valores inscritos
em restos a pagar;
 os eventos 70.0.7XX são utilizados quando há desembolso financeiro entre
UG do SIAFI ou para a rede bancária; e
 os eventos 80.0.8XX são utilizados quando há embolso financeiro,
classificação de receitas e depósitos na conta da UG.

4.13. REGRAS BÁSICAS PARA A UTILIZAÇÃO DOS EVENTOS

A) as UG devem utilizar, para registro de suas transações diárias no SIAFI, os


códigos dos eventos existentes na tabela;
B) a Tabela de Eventos é parte integrante do Plano de Contas e susbstitui a
forma usual de apresentação de Diagrafograma (correspondência entre as
contas);
C) o SIAFI está preparado para só aceitar como válido, em termos contábeis,
os documentos que se apresentarem com eventos que, no todo,
complementem partidas dobradas (total de débitos igual ao total dos
créditos); e
D) a Coordenação Geral de Contabilidade da STN (Secretaria do Tesouro
Nacional) é o Órgão responsável pela atualização da Tabela de Eventos.

O SIAFI somente validará os documentos de entrada de dados, em termos


contábeis, se eles apresentarem eventos que, no todo, completem partidas dobradas (total
dos débitos igual ao total dos créditos).
5. LANÇAMENTOS TÍPICOS EM UNIDADES ORÇAMENTÁRIA E
ADMINISTRATIVA DO GOVERNO FEDERAL

5.1. UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

5.1.1. Previsão da receita

A previsão da receita é efetuada pelas Unidades Gestoras no momento da


aprovação dos créditos orçamentários, referentes às receitas diretamente arrecadadas. Na
administração direta, a previsão da receita é afetuada pelo Ministério da Fazenda, visto
que, basicamente, toda receita é arrecadada pela Receita Federal. Na administração
indireta, as receitas diretamente arrecadadas, receitas próprias, deverão ter sua previsão, no
momento da aprovação dos créditos, registrada pela própria unidade gestora.

5.1.2. Previsão inicial

Refere-se à previsão da receita, que representa o orçamento e, no momento da


sua aprovação, a Unidade Gestora deverá emitir uma Nota de Lançamento – NL, indicando
nesse documento, um evento da classe 10.0.XXX que refletirá contabilmente o
lançamento:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar 2.9.1.1.1.00.00 – Previsão Inicial da Receita (O)
5.1.3. Previsão adicional

Refere-se à previsão da receita que representa a aprovação dos créditos


adicionais e, no momento da aprovação desses créditos, a Unicade Gestora deve emitir
Nota de Lançamento – NL, informando nesse documento, um evento da classe 10.0.XXX,
fazendo os lançamentos a seguir:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar 2.9.1.1.1.00.00 – Previsão Inicial da Receita (O)

5.1.4. Cancelamento de créditos

Os créditos orçamentários e adicionais poderão ser cancelados durante o


exercício e, neste momento, a Unidade Gestora deve emitir o documento Nota de
Lançamento – NL com a utilização de um evento da classe 10.0.XXX, fazendo os
lançamentos a seguir:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.1.1.9.00.00 – Anulação da Previsão da Receita 1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar (O)

5.1.5. Arrecadação da receita

A arrecadação da receita pode ser feita, tanto por uma Unidade Orçamentária,
como por uma Unidade Administrativa ou Executora que, ao arrecadar os recursos
financeiros, emitirá uma Guia de Recebimento – GR, quando os recursos forem entregues
no seu Setor Financeiro, ou uma Nota de Lançamento – NL, quando os recursos forem
depositados na sua conta bancária, com a utilização dos eventos da classe 80.0.XXX. A
contabilização da receita pode ser feita de duas maneiras distintas, ou seja, uma referente
aos fatos modificativos e outra referente aos fatos permutativos.
A) Fatos Modificativos

Os fatos modificativos são referentes à contabilização das receitas correntes,


com exceção feita às receitas já auferidas e contabilizadas, anteriormente, como receitas
correntes extra-orçamentárias, para respeitar o Princípio da Competência, tais como:
Dívida Ativa, Contas a Receber referentes a serviços prestados, e à cessão de servidores a
outros Órgãos.

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.1.1.1.2.99.yy – Outras Contas (1) 4.y.y.y.y.yy.yy – Receita Orçamentária (1) (F)
1.9.1.1.4.00.00 – Receita Realizada 1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar (O)

B) Fatos Permutativos

Os fatos permutativos referem-se às receitas de capital, com exceção das


receitas auferidas, por serem receitas correntes e representarem fatos permutativos.

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.1.1.1.2.99.yy – Outras Contas (1) 4.y.y.y.y.yy.yy – Receita Orçamentária (1) (F)
5.1.3.x.x.xx.yy – Mutações Passivas (1) ATIVO/PASSIVO (2) (P)
1.9.1.1.4.00.00 – Receita Realizada 1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


2. Uma receita de capital ou uma receita corrente refere-se aos fatos
permutativos, acarreta uma baixa nos componentes do Ativo ou uma
incorporação nos componentes do Passivo.

5.2. FIXAÇÃO DA DESPESA

É a autorização dada pelo Poder Legislativo às Unidades Orçamentárias para


executarem as despesas necessárias ao funcionamento dos serviços públicos. A
contabilização do orçamento é feita pela leitura de uma fita magnética, pelo SIAFI, que
colocará à disposição de cada Unidade Orçamentária, o valor do orçamento inicial ou do
crédito adicional aprovado.
5.2.1. Aprovação de créditos iniciais – Lei Orçamentária Anual

Quando da aprovação do orçamento anual, cada Unidade Orçamentária


receberá o seu orçamento, por meio da emissão automática, via fita magnética, da Nota de
Dotação, utilizando os eventos da classe 20.0.XXX, fazendo os lançamentos seguintes:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponívele/ou
1.9.2.1.1.01.00 – Créditos Iniciais 2.9.2.1.2.00.00 – Crédito Indisponível (O)

5.2.2. Aprovação de créditos suplementares

Na aprovação dos créditos suplementares, as Unidades Orçamntárias receberão


o orçamento, também por meio da emissão automática, via fita magnética, da Nota de
Dotação, com a utilização dos eventos da classe 20.0.XXX, fazendo os seguintes
lançamentos:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
1.9.2.1.2.00.00 – Créditos Suplementares e/ou (O)
2.9.2.1.2.00.00 – Crédito Indisponível

5.2.3. Aprovação de créditos especiais

Na aprovação de créditos especiais, as Unidades Orçamentárias receberão o


orçamento, também por meio da emissão automática, via fita magnética, da Nota de
Dotação, com a utilização dos eventos da classe 20.0.XXX, que fará os seguintes
lançamentos:
DÉBITO CRÉDITO S/C
2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
1.9.2.1.3.01.00 – Créditos Especiais e/ou (O)
2.9.2.1.2.00.00 – Crédito Indisponível

5.2.4. Aprovação de créditos extraordinários

Na aprovação dos créditos extraordinários, as Unidades Orçamentárias


receberão o orçamento, também por meio da emissão, via fia magnética, da Nota de
Dotação, com a utilização dos eventos da classe 20.0.XXX, fazendo os lançamentos
seguintes:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
1.9.2.1.4.00.00 – Créditos Extraordinários e/ou (O)
2.9.2.1.2.00.00 – Crédito Indisponível

5.2.5. Cancelamento de créditos

No cancelamento de créditos, as Unidades Orçamentárias farão o cancelamento


do orçamento, também por meio da emissão, via fita magnética, da Nota de Dotação, com
a utilização dos eventos da classe 20.0.XXX, que fará os seguintes lançamentos:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
e/ou 1.9.2.1.9.00.00 – Créditos Cancelados (O)
2.9.2.1.2.00.00 – Crédito Indisponível
5.3. DESCENTRALIZAÇAO INTERNA - PROVISÃO

É a transferência de créditos orçamentários entre Unidades Gestoras de um


mesmo Órgão e é feita, sempre, por meio de Nota de Movimentação de Crédito – NC, com
a utilização de um evento pertencente à classe 30.0.XXX, fazendo os lançamentos nas
Unidades Gestoras envolvidas no processo:

A) Na Unidade Gestora Descentralizadora do Crédito:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.2.2.00.00 – Provisão Concedida (O)

B) Na Unidade Gestora Recebedora do Crédito:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.2.2.2.00.00 – Provisão Recebida 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível (O)

5.4. DESCENTRALIZAÇÃO EXTERNA – DESTAQUE

É a transferência de créditos orçamentários, entre Unidades Gestoras de Órgãos


diferentes, feita sempre por meio do documento Nota de Movimentação de Crédito, com a
utilização de um evento constante da classe 30.0.XXX, que fará os lançamentos nas
Unidades Gestoras envolvidas no processo:

A) Na Unidade Gestora Descentralizadora do Crédito:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.2.1.00.00 – Créditos Concedidos (O)

B) Na Unidade Gestora Recebedora do Crédito:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.2.2.1.00.00 – Créditos Recebidos 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível (O)
5.5.– PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

5.5.1. Aprovação do Orçamento

O Órgão Central de Programação Financeira do Governo Federal é o


Ministério da Fazenda, que tem como Órgãos Setoriais, as Subsecretarias de Planejamento
e Orçamento dos Ministérios Civis e Órgãos equivalentes nos Ministérios Militares, na
Presidência da República, no Ministério Público da União, nos Tribunais do Poder
Judiciário e nas Casas do Poder Legislativo. Esses Órgãos são chamados de ÓRGÃOS
SETORIAIS DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA – OSPF.

Quando o orçamento é contabilizado, as fontes de recursos provenientes do


Tesouro Nacional devem passar pelo processo de Programação Financeira, que deverá ser
efetuado pelos Órgãos Setoriais de Programação Financeira da Administração Direta. Na
aprovação do orçamento, ou dos créditos adicionais, serão contabilizados também, os
recursos que deverão ser programados pelos OSPF, por meio da emissão automática, via
fita magnética, da Nota de Dotação – ND, que, ao ser registrada, fará os lançamentos nas
Unidades Gestoras envolvidas:

A) No Órgão Setorial de Programação Financeira – OSPF

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.3.1.1.99.00 – Div. Cotas Orçamentárias 2.9.3.1.1.01.02 – Cota de Despesa a Programar (C)

B) Na Unidade Gestora da STN

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.3.1.1.01.02 – Cota de Despesa a 1.9.3.1.1.99.00 – Div. Cotas Orçamentárias (C)
Programar
5.5.2. Proposta de Programação Financeira (PPF)

As Propostas de Programação Financeira – PPF são feitas pelos OSPF, de cada


Órgão da Administração Direta com emissão do documento Proposta de Programação
Financeira – PPF, por meio da Transação “>PF”, utilizando-se dos eventos da classe
54.0.XXX, gerando os lançamentos nas duas Unidades envolvidas.

A) Na unidade gestora do órgão setorial

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.3.1.1.03.99 – Div. Cotas Financeiras 2.9.3.1.1.03.01 – Cotas Financeiras (C)
Solicitadas

B) Na Unidade Gestora da STN

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.3.1.1.03.01 – Cota Financeira Solicitada 1.9.3.1.1.03.99 – Diversas Cotas Financeiras (C)

5.5.3. Aprovação da Proposta de Programação Financeira

Os procedimentos de programação financeira estão definidos pela Secretaria do


Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, Órgão Central de Programação Financeira da
União, após considerar as disponibilidades do OSPF, com a emissão da Programação
Financeira Aprovada – PFA, por meio da Trasação “> PF”, utilizando-se dos eventos
constantes da classe 54.0.XXX que fará os lançamentos nas Unidades envolvidas:

A) Na Unidade Gestora da STN

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.3.1.1.03.02 –. Cota Financeira a Liberar 1.9.3.1.1.03.01 – Cota Financeira Solicitada (C)
1.9.3.1.1.01.03 – Cota de Despesa a Liberar 1.9.3.1.1.01.02 – Cota de Despesa a (C)
Programar
B) Na Unidade Gestora do Órgão Setorial

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.3.1.1.03.01 – Cota Financeira Solicitada 2.9.3.1.1.03.02 – Cota Financeira a Receber (C)
2.9.3.1.1.01.02 – Cota de Despesa a Programar 2.9.3.1.1.01.03 – Cota de Despesa a Receber (C)

5.5.4. Liberação das cotas de despesas pela STN

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) liberará, nas datas previstas, para


cada categoria de gastos, as cotas de despesas dos OSPF, por meio da emissão do
documento Ordem Bancária – OB, com a utilização dos eventos da classe 70.0.XXX,
fazendo os lançamentos nas unidades envolvidas:

A) Na Unidade Gestora da STN

DÉBITO CRÉDITO S/C


5.1.2.1.1.01.00 – Cota Concedida 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)
1.9.3.1.1.03.03 –. Cota Financeira Liberada 1.9.3.1.1.03.02 – Cota Financeira a Liberar (C)
1.9.3.1.1.01.04 – Cota de Despesa a Liberar 1.9.3.1.1.01.03 – Cota de Despesa a Liberar (C)

B) Na Unidade Gestora do Órgão Setorial

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única 6.1.2.1.1.01.00 – Cota Recebida (F)
2.9.3.1.1.01.03 –. Cota de Despesa a Receber 2.9.3.1.1.01.04 – Cota de Despesa Recebida (C)
2.9.3.1.1.03.02 – Cota Financeira a Receber 2.9.3.1.1.03.03 – Cota Financeira Recebida (C)
5.6. UNIDADE ADMINISTRATIVA OU EXECUTORA

5.6.1. Empenho da despesa

O empenho representa o 1º estágio da despesa orçamentária, e é feito, no


momento da contratação do serviço, da aquisição do material ou bem, da obra e da
amortização da dívida, por meio da emissão da Nota de Empenho – NE com a utilização
dos eventos pertencentes à classe 40.0.XXX, que farão os reflexos seguintes na
contabilidade:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Empenhado – a (O)
Liquidar

Toda vez que se emite um empenho, no sistema orçamentário, ocorrerá,


sempre, o mesmo lançamento:

5.6.1.1. CRÉDITO DISPONÍVEL (2.9.2.1.1.00.000) A CRÉDITO EMPENHADO – A


LIQUIDAR (2.9.2.1.3.01.00)

A anulação do empenho será processada, mediante a emissão da Nota de


Empenho, com a indicação de um evento constante na classe 40, que estornará os
lançamentos feitos quando da emissão do empenho.

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.3.01.00 – Créditos Empenhado – a 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível (O)
Liquidar
5.6.2. Liquidação da despesa

A Liquidação da despesa é, normalmente, processada pelas Unidades


Administrativas ou Executoras que, ao receberem o objeto do empenho (material, serviço,
obem ou a obra), emitirão uma Ordem Bancária - OB, quando o pagamento for
concomitante com a liquidação, ou uma Nota de Lançamento – NL, quando o pagamento
for efetuado a prazo, com a utilização dos eventos pertencentes à classe 51.0.XXX. A
contabilização da despesa pode ser feita de duas maneiras distintas, ou seja, uma referente
aos fatos modificativos e outra referente aos fatos permutativos:

A) Fatos Modificativos

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.2.2.1.00.00 – Créditos Recebidos 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível (O)

Os fatos modificativos são referentes à contabilização das Despesas Correntes,


com exceção feita às Despesas de aquisições de material do consumo, que mesmo sendo
uma Despesa Corrente por representar um fato permutativo, é contabilizada como tal.

B) Fatos Permutativos

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.3.x.x.x.xx.yy – Despesas Correntes (1) 2.1.x.x.x.xx.yy – Passivo Financeiro (F)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. Liquidado (O)

Os fatos permutativos são decorrentes das Despesas de Capital e das Despesas


Correntes, referentes à aquisição de material de consumo, ou adiantamentos efetuados por
conta do orçamento (Férias, Fornecedores, Seguros, etc.) que por representarem fatos
permutativos recebem o mesmo tratamento dado às Despesas de Capital.

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.4.x.x.x.xx.yy – Despesas de Capital (1) 2.1.x.x.x.xx.yy – Passivo Financeiro (F)
ATIVO/PASSIVO (2) 6.1.3.x.x.xx.yy – Mutações Ativas (1) (P)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. Liquidado (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


2. Uma Despesa de Capital ou uma Despesa Corrente, referente à aquisição de
material de consumo, ou adiantamentos concedidos, acarretam
incorporações nos componentes do Passivo quando se tratar de amortização
da Dívida Pública.

5.6.3. Pagamento da despesa

O pagamento da despesa refere-se ao terceiro estágio da despesa e será


processado pela Unidade Gestora no momento da emissão do documento Ordem Bancária
– OB, com a utilização dos eventos da classe 53.0.XXX.

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.x.x.x.xx.yy – Passivo Financeiro (1) 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos Conta Única (F)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.7. RESTOS A PAGAR

5.7.1. Inscrição

A inscrição de Restos a Pagar será feita, automaticamente, pelo sistema no


final de cada exercício financeiro (31/12), com a utilização dos eventos da classe
54.1.XXX, pela emissão de Nota de Sistema – NS.

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.x.x.x.x.xx.yy – Despesas (1) 2.1.2.1.6.01.02 – Restos a Pagar (F)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. Liquidado (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


5.7.2. Liquidação (pagamento)

O pagamento dos Restos a Pagar será feito mediante o recebimento do objeto


do empenho, e processado por meio da emissão de Ordem Bancária – OB, com a utilização
dos eventos da classe 61.0.XXX. A liquidação dos Restos a Pagar pode ser referente a um
fato permutativo (despesas de capital) ou a um fato modificativo (despesas correntes).

A) Fatos Modificativos

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.6.01.02 – Restos a Pagar 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos Conta Única (F)

B) Fatos Permutativos

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.6.01.02 – Restos a Pagar 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos Conta Única (F)
ATIVO/PASSIVO (2) 6.2.3.x.x.xx.yy – Acréscimo Patrimonial (1) (P)

1. Classificação de acordo com o Plano de Cotnas Único.


2. A liquidação de despesas, inscritas em Restos a Pagar pode gerar uma
incorporação no Ativo, quando se trata de empenhos referentes às
aquisições de bens ou direitos e uma desincorporação no Passivo, quando
se trata de amortização da Dívida.

5.7.3. Cancelamento de restos a pagar

Os Restos a Pagar inscritos no exercício anterior poderão ser cancelados no


exercício seguinte, desde que o contrato com o fornecedor seja cancelado e, para isso, a
Unidade Gestora deverá emitir uma Nota de Empenho com um evento pertencente à classe
40.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.6.01.02 – Restos a Pagar 6.2.3.x.x.x.xx.yy – Acréscimo Patrimonial (1) (F)
1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.8. DÍVIDA ATIVA

5.8.1. Inscrição da dívida ativa

A inscrição da Dívida Ativa será feita, junto à Procuradoria da Fazenda


Nacional que procederá a inscrição na Dívida Ativa da União, e comunicará aos Órgãos de
Contabilidade Analítica, que procederão aos registros no sistema, por meio de Nota de
Lançamento, com a utilização de um evento pertencente à classe 54.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.2.2.1.1.00.00 – Dívida Ativa (direito) 6.2.3.1.7.03.00 – Acréscimo Patrimonial – (P)
Insc. Div. Ativa

5.8.2. Cobrança da dívida ativa

A arrecadação da receita da Dívida Ativa representa um fato permutativo, pois


a repartição pública está trocando direitos por recursos financeiros. A arrecadação da
receita da Dívida Ativa é uma receita corrente que é arrecadada pela rede bancária e
contabilizada no sistema, por meio de fita magnética:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única 4.1.9.3.y.yy.yy – Receita da Dívida Ativa (1) (F)
5.1.3.1.7.02.00 – Mut. Passiva – Dívida Ativa 1.2.2.1.1.00.00 – Dívida Ativa (direito) (P)
1.9.1.1.4.00.00 – Receita Realizada 1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


5.8.3. Cancelamento da dívida ativa

A Dívida Ativa pode ser cancelada e, para isso, a Procuradoria da Fazenda


Nacional informará aos Órgãos de Contabilidade Analítica, que efetuarão a contabilização,
por meio de Nota de Lançamento – NL, com a utilização de um evento pertencente à classe
54.0.XX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


5.2.3.1.7.03.00 – Decréscimo Patrimonial – 1.2.2.1.1.00.00 – Dívida Ativa (direito) (P)
Dívida Ativa

5.9. DÍVIDA PASSIVA

5.9.1. Registro da dívida passiva

O registro da Dívida Passiva é feito no momento em que a repartição pública


recebe os recursos financeiros provenientes dos Empréstimos Tomados ou Contraídos, por
meio de Nota de Lançamento – NL, com a utilização dos eventos pertencentes à classe
80.0.XXX e 55.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.1.1.1.2.xx.yy – Bancos (1) 4.2.1.1.y.yy.yy – Oper. de Créditos (1) (F)
5.1.3.3.x.00.00 – Oper. de Créditos (1) 2.2.2.x.x.xx.yy – Empréstimos Tomados (P)
1.9.1.1.4.00.00 – Receita Realizada 1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


5.9.2. Atualização da dívida passiva

A atualização da Dívida passiva deve ser feita, pelo menos, mensalmente, com
base nos contratos de Empréstimos Tomados, por meio da emissão do documento Nota de
Lançamento – NL, com a utilização dos eventos pertencentes à classe 54.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


5.1.3.3.1.00.00 – Operações de Créditos 2.2.2.x.x.xx.yy – Oper. de Créditos(1) (P)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.9.3. Amortização da dívida passiva

A Dívida Passiva será amortizada pelas Unidades Gestoras, nas datas previstas
para os seus pagamentos, por meio de Ordem Bancária – OB, com a utilização dos eventos
pertencentes à classe 51.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.4.x.x.x.xx.yy – Despesas de Capital (1) 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)
2.2.2.x.x.xx.yy – Oper. de Créditos (1) 6.1.3.3.x.00.00 – Operações de Créditos (1) (P)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. – Liquidado (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


5.10. EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

5.10.1. Registro da concessão de empréstimos

O registro da Concessão de Empréstimos é feito no momento em que a


repartição pública empenha os recursos financeiros e emite o documento Ordem Bancária
– OB, para fazer a remessa dos recursos ao favorecido, com a utilização dos eventos
constantes na classe 51.0.XXX:

A) Empenho da despesa

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Empenhado – a (O)
Liquidar

B) Liquidação/Pagamento da despesa

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.4.6.x.x.xx.yy – Despesas de Capital (1) 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)
1.2.2.3.x.xx.yy – Emp. e Financiamentos 6.1.3.1.2.01.00 – Emp. Financiamentos (P)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Créditos Emp. - Liquidado (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.10.2. Amortização dos empréstimos concedidos

A amortização dos empréstimos será processada pelos terceiros que receberam


da repartição pública os valores dos empréstimos. A receita orçamentária decorrente dos
empréstimos será depositada na conta da Unidade Gestora que efetuará o registro contábil
por meio de Nota de Lançamento – NL com a utilização dos eventos pertencentes às classe
80.0.XXX e 55.0.XXX:
DÉBITO CRÉDITO S/C
1.1.1.1.2.xx.yy – Bancos 4.2.3.y.y.yy.yy – Amortizações (1) (F)
5.1.3.1.2.01.00 – Emp. e Financiamentos 1.2.2.3.x.xx.yy – Emp. Financiamentos (1) (P)
1.9.1.1.4.00.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 1.9.1.1.1.00.00 – Receita a Realizar (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.11. AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PERMANENTES

5.11.1. Vinculada a contrato

A) Emissão do Empenho

Na aquisição de bens de capital, vinculada a termo formalizado de contrato,


antes da assinatura do mesmo, deve ser emitida a Nota de Empenho – NE, com a utilização
de um evento pertencente à classe 40.1.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar (O)

B) Registro do Contrato Compensado

Após a emissão do empenho, a Unidade Gestora deverá proceder ao registro do


contrato no sistema de compensação, por meio de Nota de Lançamento, com a utilização
de um evento pertencente à classe 54.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.9.7.2.04.00 – Contratos Fornec. de Bens 2.9.9.7.0.00.00 – Dir e Obrig. Contratuais (C)

C) Liquidação da Despesa
No momento do recebimento dos bens pela Unidade Gestora, essa deve
proceder aos registros, referentes à liquidação da despesa, por meio da Nota de
Lançamento – NL, com a utilização dos eventos pertencentes às classes 51.0.XXX e
52.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.4.x.x.x.xx.yy – Despesas de Capital (1) 2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores (F)
1.4.2.1.2.xx.00 – Bens Móveis (1) 6.1.3.1.1.02.01 – Bens de Uso Permanente (P)
2.9.9.7.0.00.00 – Dir. e Obrg. Contratuais 1.9.9.7.2.04.00 – Contratos de Fornec. Bens (C)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. Liquidado (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

D) Pagamento da Despesa

Para se efetuar o pagamento da despesa, torna-se necessária a emissão da


Ordem Bancária para crédito na conta do favorecido, com a utilização de um evento
constante da classe 53.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)

5.11.2. Sem contrato formalizado

A) Emissão de Empenho

Na aquisição de bens de capital, sem vinculação a termo formalizado de


contrato, deve ser emitida a Nota de Empenho – NE, com a utilização de um evento
pertencente à classe 40.1.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar (O)
B) Liquidação de Despesa

No momento do recebimento dos bens, pela Unidade Gestora, essa deve


proceder aos registros referentes à liquidação da despesa, por meio da Nota de Lançamento
– NL, com a utilização dos eventos pertencentes às classes 51.0.XXX e 52.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.4.x.x.x.xx.yy – Despesas de Capital (1) 2.1.2.1.1.00.00– Fornecedores (F)
1.4.2.1.2.xx.00 – Bens Móveis (1) 6.1.3.1.1.02.01 – Bens de Uso Permanente (P)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. - Liquidado (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

C) Pagamento da Despesa

Para se efetuar o pagamento da despesa, torna-se necessária a emissão da


Ordem Bancária para crédito na conta do favorecido, com a utilização de um evento
constante da classe 53.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)

5.12. AQUISIÇÃO DE MATERIAIS DE CONSUMO

5.12.1. Vinculada a contrato

A) Emissão do Empenho

Na aquisição de bens de consumo, vinculada a termo formalizado de contrato,


antes da assinatura do mesmo, deve ser emitida a Nota de Empenho – NE, com a utilização
de um evento pertencente à classe 40.1.XXX:
DÉBITO CRÉDITO S/C
2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar (O)

B) Registro do Contrato Compensado

Após a emissão do empenho, a Unidade Gestora deverá proceder ao registro do


contrato no sistema de compensação, por meio de Nota de Lançamento, com a utilização
de um evento pertencente à classe 54.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.9.7.2.04.00 – Contratos Fornec. De Bens 2.9.9.7.0.00.00 – Dir e Obrig. Contratuais (C)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

C) Liquidação da Despesa

No momento do recebimento dos bens pela Unidade Gestora, essa deve


proceder aos registros, referentes à liquidação da despesa, por meio da Nota de
Lançamento – NL, com a utilização dos eventos pertencentes às classes 51.0.XXX e
52.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.4.x.x.x.xx.yy – Despesas de Capital (1) 2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores (F)
1.1.3.1.8.01.xx – Estoques – Mat. de Consumo 6.1.3.1.1.02.02 – Bens de Consumo (P)
2.9.9.7.0.00.00 – Dir. e Obrg. Contratuais 1.9.9.7.2.04.00 – Contratos de Fornec. Bens (C)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. Liquidado (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

D) Pagamento da Despesa

Para se efetuar o pagamento da despesa, torna-se necessária a emissão da


Ordem Bancária para crédito na conta do favorecido, com a utilização de um evento
constante da classe 53.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)
1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.12.2. Sem contrato formalizado

E) Emissão de Empenho

Na aquisição de bens de capital, sem vinculação a termo formalizado de


contrato, deve ser emitida a Nota de Empenho – NE, com a utilização de um evento
pertencente à classe 40.1.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar (O)

2. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

F) Liquidação de Despesa

No momento do recebimento dos bens pela Unidade Gestora, essa deve


proceder aos registros referentes à liquidação da despesa, por meio da Nota de Lançamento
– NL, com a utilização dos eventos pertencentes às classes 51.0.XXX e 52.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.3.x.x.x.xx.yy – Despesas Correntes (1) 2.1.2.1.1.00.00– Fornecedores (F)
1.1.3.1.8.01.xx – Estoques – Mat. De Consumo 6.1.3.1.1.02.02 – Material de Consumo (P)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. - Liquidado (O)

1. Classificação, de acordo com o Plano de Contas Único

G) Pagamento da Despesa

Para se efetuar o pagamento da despesa, torna-se necessária a emissão da


Ordem Bancária para crédito na conta do favorecido, com a utilização de um evento
constante da classe 53.0.XXX:
DÉBITO CRÉDITO S/C
2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.13. AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE TERCEIROS

5.13.1. Vinculada a contratos

A) Emissão do Empenho

Na aquisição de bens de consumo, vinculada a termo formalizado de contrato,


antes da assinatura do mesmo, deve ser emitida a Nota de Empenho – NE, com a utilização
de um evento pertencente à classe 40.1.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

B) Registro do Contrato Compensado

Após a emissão do empenho, a Unidade Gestora deverá proceder ao registro do


contrato no sistema de compensação, por meio de Nota de Lançamento, com a utilização
de um evento pertencente à classe 54.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


1.9.9.7.2.03.00 – Contratos de Serviços 2.9.9.7.0.00.00 – Dir e Obrig. Contratuais (C)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


C) Liquidação da Despesa

No momento do recebimento dos bens pela Unidade Gestora, essa deve


proceder aos registros, referentes à liquidação da despesa, por meio da Nota de
Lançamento – NL, com a utilização dos eventos pertencentes às classes 51.0.XXX e
52.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.3.x.x.x.xx.yy – Despesas Correntes (1) 2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores (F)
2.9.9.7.0.00.00 – Dir. e Obrg. Contratuais 1.9.9.7.2.03.00 – Contratos de Serviços (C)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. Liquidado (O)

1. Classificação, de acordo com o Plano de Contas Único

D) Pagamento da Despesa

Para se efetuar o pagamento da despesa, torna-se necessária a emissão da


Ordem Bancária para crédito na conta do favorecido, com a utilização de um evento
constante da classe 53.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)

5.13.2. Sem contrato formalizado

A) Emissão de Empenho

Na aquisição de bens de capital, sem vinculação a termo formalizado de


contrato, deve ser emitida a Nota de Empenho – NE, com a utilização de um evento
pertencente à classe 40.1.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar (O)
B) Liquidação de Despesa

No momento do recebimento dos bens pela Unidade Gestora, essa deve


proceder aos registros referentes à liquidação da despesa, por meio da Nota de Lançamento
– NL, com a utilização dos eventos pertencentes às classes 51.0.XXX e 52.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.3.x.x.x.xx.yy – Despesas Correntes (1) 2.1.2.1.1.00.00– Fornecedores (F)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. - Liquidado (O)

1. Classificação, de acordo com o Plano de Contas Único

C) Pagamento da Despesa

Para se efetuar o pagamento da despesa, torna-se necessária a emissão da


Ordem Bancária para crédito na conta do favorecido, com a utilização de um evento
constante da classe 53.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.1.2.1.1.00.00 – Fornecedores 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único

5.14. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

As despesas de exercícios anteriores devem estar previstas no orçamento e,


para isso, antes do pagamento seria necessária a emissão na Nota de Empenho – NE, com a
utilização dos eventos constantes na classe 40.1.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar (O)

1. Classificação de acordo com o Plano de Contas Único


Após a emissão da Nota de Empenho, a Unidade Gestora poderá efetuar o
pagamento, por meio de Ordem Bancária, com a utilização de um evento pertencente à
classe 51.0.XXX:

DÉBITO CRÉDITO S/C


3.3.x.x.x.xx.yy – Despesas (1) 1.1.1.1.2.01.02 – Bancos – Conta Única (F)
2.9.2.1.3.01.00 – Crédito Emp. – a Liquidar 2.9.2.1.3.02.01 – Crédito Emp. - Liquidado (O)

1. Classificação, de acordo com o Plano de Contas Único


CONCLUSÃO

A Contabilidade Pública é mais do que uma simples fornecedora de


informações, pois a administração, à medida que utiliza todos os instrumentos da
Contabilidade, torna-a mais útil e significativa, obrigando os profissionais a uma constante
atualização de seus métodos de trabalho.

Com a criação do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo


Federal- SIAFI em 1986, a Administração Financeira nas Unidades Gestoras passou a ser
realizada através de teleprocessamento de dados, visando agilizar a execução do fluxo
financeiro das mesmas, baseado em um cronograma de embolso e desembolso, bem como
dar transparência aos gastos públicos e informações oportunas sobre a execução financeira
a nível de UG, bem como a nível de Administração pública Federal.

A correção dos dados registrados e das informações (Balancetes,


Demonstrações Contábeis, etc) geradas pelo Sistema depende da correta informação dos
eventos utilizados no mesmo. Isso torna de fundamental importância o conhecimento
profundo do SIAFI pelos contadores que trabalham na Administração Pública, para que
esses possam executar a correta introdução, no Sistema, dos atos e fatos administrativos
relacionados com a execução financeira das UG. Dessa forma, dados imediatos e
fidedignos sobre a Administração Financeira nas Unidades Gestoras são produzidos,
garantindo a eficiência e a eficácia na gestão de seus recursos financeiros.

Todavia, a plataforma de grande porte na qual o SIAFI foi desenvolvido traz


algumas limitações que acabaram por restringir bastante o campo de ação da equipe
gestora do sistema em matéria de implementação de certas melhorias consideradas
desejáveis e até mesmo necessárias aos usuários. Se, de um lado, há o universo dos
usuários SIAFI demandando novos recursos de utilização do sistema, de outro, uma
barreira às inovações representada por uma plataforma já um tanto emperrada, ainda que
em perfeito funcionamento.
Essas restrições tecnológicas estruturais impostas pela plataforma atual,
sugerem, num futuro próximo, o desenvolvimento de um novo projeto de sistema, numa
nova plataforma, que permitirá a utilização de tecnologias mais avançadas já existentes e
de algumas outras que venham a surgir.
BIBLIOGRAFIA

IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade Introdutória.3ed. São Paulo : Atlas, 1.998.

SILVA, Lino Martins da. Contabilidade Governamental: Um enfoque


administrativo. São Paulo : Atlas, 1988.

ANGÉLICO, João. Contabilidade pública. 8ed. São Paulo : Atlas,1994.

KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 6ed. São Paulo :


Atlas, 1998
FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 22ed. São Paulo : Atlas, 1989.

MOTA, Francisco Glauber Lima. Contabilidade Aplicada à Administração


Pública. 2ed. Brasília : VEST-COM, 1998.

SÁ, Antonio Lopes de, & SÁ, Ana M. Lopes de Sá.. Dicionário de
Contabilidade. 9ed. São Paulo : Atlas, 1994.

Manual do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal


(SIAFI)/ Secretaria do Tesouro Nacional, Volumes 01 a 15, 1996.

Instrução Normativa nº 10, de 02 de outubro de 1991 / Secretaria do Tesouro


Nacional (Manual de Despesa da União).

Normas de Execução Conjunta nº 01, de 03 de maio de 1995 / Secretaria do


Tesouro Nacional.

Normas de Execução Conjunta nº 04, de 18 de agosto de 1997 / Secretaria da


Receita Federal / Secretaria do Tesouro Nacional / Secretaria Federal de
Controle.
Lei nº4.320, de 17 de março de 1964.

DA INTERNET

SITE DO PROFESSOR FERNANDO http:// www. virtual.vserver.com.br


SITE DOS ESTUDANTES DE CONTÁBEIS DA UNYAHNA –
SALVADOR- BA http://www.contabeis2000.vila.bol.com.br
CIZOTO HOME PAGE. http://www.aserver.com.br/cizoto
SITE DO PROFESSOR HERALDO DA COSTA REIS
http://www.alternex.com.br/~hreis/
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE http://www.cfc.org.br/
ANEXOS

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