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Introdução

Estamos vivendo na era da modernidade, onde tudo é descartável, pois sempre o


novo é melhor ou pelo menos a sociedade impõem está idéia de forma assustadora e
massificadora. E esse material descartável, fica desprezado e recebe outro nome,
“sucata”.

Sucata, segundo Bueno (2000), é “qualquer material que pode ser


reaproveitado em trabalhos artesanais”. O assunto de Meio ambiente, vem fazendo
com o que antes fosse “lixo”, transforma-se em arte. E concordamos com Freire (1997),
que fala sobre a sociedade do descartável estar cada vez maior, onde os materiais
jogados foras pelos adultos podem ser reutilizados nas mãos das crianças, e partir das
crianças faz uma nova história desse material. São copos, garrafas plásticas, cordas,
arcos, tampinhas, pneus, bolas de meias e etc. Vejamos como poderíamos adaptar esses
materiais, aproveitando a própria habilidade da criança. Qualquer material pedagógico
será mais rico se for variado e construído pela própria criança e também a prática do
equilíbrio e preservação do meio.

A importância desse projeto é desenvolver os aspectos motores, cognitivos e


sociais da criança através da construção da sucata. Para a criança será uma brincadeira,
e como nós levamos o brincar a sério, acreditamos nas palavras de Catunda (2005),
onde fala que o brincar é necessário à formação de uma sociedade mais feliz, criativa,
saudável e com uma melhor qualidade de vida.

O brincar, só se torna importante quando ele engloba as três esferas da


psicomotricidade; o psicomotor, cognitivo e afetivo. Fomentamos nossa idéia com Rosa
(2002), ressaltando a importância da motricidade humana, pois a motricidade é a
interação de diversas funções motoras (perceptivomotora, neuromotora, psicomotora,
neuropsicomotora, etc). Um bom controle motor permite à criança explorar o mundo
exterior apontando-lhe as experiências concretas sobre as quais se constroem as noções
básicas para o sue desenvolvimento intelectual.

Explicaremos onde a construção da sucata despertará na criança a


psicomotricidade. No aspecto psicomotor, durante a construção a criança estimula a
coordenação fina, a tonicidade muscular, a lateralidade e também a noção de corpo.

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Continuando com o aspecto psicomotor, mas agora após a construção ou na hora onde a
criança vai brincar, o brinquedo estimula à coordenação global, equilíbrio, a estrutura
espaço temporal, e também a noção de corpo, a lateralidade, tonicidade e a coordenação
fina, como sugere Mello (1989), na maioria dos movimentos, várias funções
psicomotoras apresentam-se conjuntamente, é importante acrescentar sobre um grande
número de ações, as coordenações globais e finas manifestam-se de forma associada.
Outras vezes, há a solicitação simultânea da percepção visual e da parte do corpo ou do
seu todo. Neste caso, destaca-se a coordenação óculo-manual, importante para
aprendizagem escrita.

Nos seus aspectos cognitivos, que está ligado ao desenvolvimento intelectual. A


construção propiciará a idéia de reciclagem e de meio ambiente, estimulará a memória,
a percepção e o pensamento lógico matemático.

1.Justificativa

A educação infantil como base para inserção da criança no âmbito


escolar,necessita de práticas educativas que venha despertar o interesse de educadores e
educando na intenção de criar atividades que promovam o desenvolvimento motor,
cognitivo e social .Nessa perspectiva faz-se necessário o conhecimento da importância
da utilização de materiais recicláveis no processo da educação infantil,construindo
recursos didáticos que venham a facilitar no desenvolvimento do ensino aprendizagem
da criança,diante dessas considerações, o presente projeto visa, tanto o regate de valor
dos brinquedos, que foram substituídos pela indústria eletrônica, quanto à construção
dos mesmos com o aproveitamento de materiais de seu cotidiano.

2. Objetivos.

2.1 Geral:

Desenvolver a coordenação motora, raciocínio lógico, percepção tátil, visual


e auditiva estimulando a atenção, concentração, persistência e criatividade no educando.

Propiciar o desenvolvimento artístico, cultural, ambiental e humanístico dos


envolvidos, agregando procedimentos gerais de arte educação, apoiados em pilares
pedagógicos de observação, experimentação e representação.
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2.2 Específicos:

Criar um espaço de interação entre educando e educadores apartir da


utilização de brinquedos de sucatas;

Exercer a criatividade através de jogos e brinquedos de sucata;

Elaborar atividades que promovam a socialização através de brinquedos;

3.Metodologia

O presente projeto será realizado através de oficinas onde as crianças terão


a oportunidade de explorar diversos materiais através de sua criatividade e imaginação.
A socialização entre os participantes e a interação dos professores será efetiva, onde o
trabalho realizado ocorrerá por meio de ajuda mútua para que se consiga o sucesso
esperado. Após a construção os brinquedos serão utilizados pelas próprias crianças em
exposição e competição entre os participantes. O primeiro passo é coletar sucata e por
ela deixar-se provocar, buscando formas para efetivar a sua transformação em
brinquedos, uma sucata limpa e selecionada, passando por várias formas de
classificação: por tipo de material, por tamanho, por forma, por cor, será um período de
quatro horas a atividade de construção de brinquedos com material de sucata, com as
turmas: ocorrerá uma breve apresentação da atividade, onde se dará uma explicação
sobre a importância e o objetivo da atividade; exposição o material á ser utilizado
explicando que é um material público de uso de todos onde deverão usar e depois
devolver para os organizadores, onde outras equipes também possam utilizar este
material, e dividimos as tarefas de cada turma, levando em consideração o nível de
aprendizagem e desenvolvimento motor de casa série.No final serão feitas as exposições
dos brinquedos e a avaliação do professor sobre o material produzido, após a exposição
os alunos brincarão. Os brinquedos ficaram com a escola, como uma forma de material
lúdico de uso dos alunos para a posteridade.

Todos os seres da natureza dependem do meio ambiente para viver. Logo


os bens da terra são patrimônio de toda humanidade. Seu uso deve estar sujeito a regras
de respeito às condições básicas da vida em sociedade, e dentre elas a qualidade de vida
dos que dependem desses bens. Propomos com esse projeto, trabalhar com atitudes,
com formação de valores e conceitos, buscando sensibilizar os alunos sobre a
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importância da reciclagem e reutilização a fim de diminuir o acúmulo de lixo, como
também para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Conhecer as formas
de fazer a separação do lixo em nossa comunidade, haja vista que a mesma ainda não
tem um projeto pronto voltado a esta área, mas é importante salientar também que já
está sendo analisada a possibilidade da implantação da coleta seletiva em nossa
cidade.Diante deste contexto acreditamos que a escola possui um papel relevante no que
diz respeito a desenvolver o senso crítico dos alunos.

4.Referencial teórico

Antes de qualquer coisa é preciso saber o que podemos reaproveitar do lixo


que o ser humano joga. O primeiro passo é entender o que é sucata, como nos define
MACHADO (l970 p 68), "sucata é qualquer coisa que se perdeu o seu uso original, que
se quebrou, que não serve mais ou que não tem mais significado".Pretendendo
reaproveitar essa sucata vemos a confecção de brinquedos como uma das hipóteses para
isso acontecer.

O brinquedo/sucata é assim denominado por tratar-se de um objeto


construído artesanalmente, com diversos materiais, como madeira, lata, borracha,
papelão, arame e outros recursos extraídos do cotidiano. É o resultado de um trabalho de
transformação, de reaproveitamento. Assim como a própria colagem, ele surge da
junção de materiais diversificados e, uma vez extraído do seu contexto original, se
transforma. A lata de óleo, por exemplo, pode deixar de ter esta função e transformar-se
no corpo de uma boneca ou de um dragão. Essa capacidade de síntese, de juntar
diversos materiais que adquirem outra forma, é uma das características do
objeto/colagem. A criança, por sinal, é extremamente sintética ao fabricar brinquedos.

O mérito do brinquedo-sucata é a sua fabricação, o que em si só já é uma


brincadeira. Por ser um brinquedo não-industrializado, a brincadeira com a sucata só
pode acontecer com a ação da própria criança, contando com a colaboração do
professor. Como nos mostra MACHADO "o brinquedo-sucata permite, a quem brinca
com ele, desvendá-lo, ressignificá-lo, pois é um objeto que possui inúmeros significados
que não são óbvios nem estão evidentes. Portanto, será a criança quem irá descobrir no
que poderá se transformar aquela sucata que tem em mãos". Provavelmente, em uma
mesma turma, aparecerão inúmeros brinquedos feitos com um mesmo tipo de objeto.

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O brinquedo-sucata faz com que as crianças valorizem sua participação na
confecção dos jogos, promovendo também a interação entre colegas, outra característica
importante é o valor afetivo que a criança dá ao material com o qual trabalha. Os
objetos construídos por ela são tratados com muita afeição, fato que pode ser observado
com freqüência no cotidiano das aulas: por certo período, antes de transformá-lo num
objeto, a criança brinca com um determinado material, tendo com ele uma relação de
afeto. A criança torna-se mais criteriosa, adquire uma habilidade manual mais
desenvolvida, realiza construções em diversas etapas. As crianças requerem nessa etapa
muita orientação técnica do professor que deve poder ampliar-lhe as possibilidades de
construção, de aperfeiçoamento de seu projeto.

5.Recursos.

5.1 Recursos Humanos:

Autores do Projeto

5.2 Recursos Matérias:


Material de expediente e didático (grampeador, marcadores, papel A4,canetas...)
Impressora; Computador.

6.Cronograma
ATIVIDADES 16/04/11 18/04/11 27/04/11 29/04/11

Levantamento de bibliográfico X
Montagem do projeto X
Revisão do texto X X
Entrega do Trabalho X

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7. Conclusão

Acreditamos no que sugere Freire (1991), que afirma que somos corpos motores,
corpos locomotores e diferentes dos vegetais que onde nascem permanecem parados,
então entendemos que sempre devemos explorar a nossa motricidade e também
comprovar que através dela a aprendizagem se transforma mais prazerosa como Alves
(1988), afirma que para muitos essas atividades não produzam nada, mais para o autor
antes de tudo ela produz o prazer aliado a uma boa seqüência pedagógica consiga sim
construir uma boa aprendizagem.

Entendemos que atividades assim não precisam virar sempre projetos científicos
para chegar ao âmbito escolar e sim serem atividades corriqueiras. Pois desta forma os
alunos terão costumes com temas como meio ambiente e todo o conteúdo que este tema
aborda

Neste trabalho somente alguns, de tantos jogos pensados e elaborados, foram


mostrados. A escolha de materiais que possam ser encontrados com facilidade e as
adaptações de jogos foram feitas de modo a facilitar o encontro entre divertimento e
aprendizagem. Com um pouquinho de criatividade e dedicação, podem-se transformar
as aulas em momentos agradáveis e produtivos, que agradem a todos. Criar o espaço da
brincadeira dentro da sala de aula possibilita ao professor fazer do ensino algo divertido,
que prenda a atenção do aluno, mostrando, aos mesmos, modos diferentes de se pensar a
realidade, redimensionando conceitos.

Referencias:
Retirado dos sites, dia 18/04/2011:
http://www.unisanta.br/proeducar/encontro2/oral6.asp ;
http://cantinholudico.forumeiros.com/t95-projeto-brinquedos-e-brincadeiras-de-ontem-
e-hoje; http://www.bugigangue.com.br/bugigangue/html/materias/ComoQfaz/menu_CQF.htm;
http://educaresonhar.blogspot.com/2008/03/meninas.html
BUENO, Silveira. Silveira Bueno: minidicionário da língua portuguesa. São
Paulo: FTD, 2000.

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FREIRE, João Batista. De corpo e alma: o discurso da motricidade. São Paulo:
Summus, 1991

ALVES, Rubem. Estórias de quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez: Autores
Associados, 1988.

MELLO, Alexandre M. Psicomotricidade, educação e jogos infantis. São Paulo:


IBRASA, 1989. 

ROSA, Francisco N. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed Ediora,


2002.

MACHADO, Maria Clara. Como fazer teatrinhos de bonecos. Rio de Janeiro. Agor,
l970.

Referências

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BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: educação física. Rio de Janeiro,


DP&A, 2000.

BROTTO, Fabio O. Jogos cooperativos: Se o importante é competir o


fundamental é cooperar. São Paulo: O autor, 1993.

CATUNDA, Ricardo. Brincar, criar, vivenciar na escola. Rio de Janeiro: Sprint,


2005.

DAOLIO, Jocimar. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas, Sp:


Autores Associados, 2004.

______. Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da educação física. São


Paulo: Scipione, 1997.

MELLO, Alexandre M. Psicomotricidade, educação e jogos infantis. São Paulo:


IBRASA, 1989.

ROSA, Francisco N. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed Ediora,


2002.

SOLER, Reinaldo. Jogos cooperativos. Rio de Janeiro: Sprint, 2002. 

* Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Acaraú


(2008). Especializando em Educação Física Escolar pela Faculdades Nordeste –
FANOR (2008). Professor da Universidade Infantil Pingo de Ouro – UIPO

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